

15 março 2025
Dia Mundial do Consumidor
30 setembro 2024
Oxitocina-me!
Lembro-me Senhor Doutor que o meu primeiro medo foi que ele deixasse de desejar o meu corpo, de me tocar, já que eu própria me via disforme e horrenda, com uma barrigona monstruosa que o afastaria de mim, ao contrário de todas as histórias que enaltecem as maravilhas da maternidade. Inquietava-me também a posição de dormir já que nunca antes conseguira adormecer sem estar de barriga para baixo, espalmada contra o colchão.
Buliam-me na cabeça as conversas ouvidas sobre aqueles que se amedrontavam com a eventualidade de magoar o feto, não fosse a redoma de músculos e líquidos quebrar ou quiçá, o membro eréctil tocar, por artes mágicas, qualquer pedacinho da futura criancinha. Ou os casos dos que amuavam por se sentirem trocados e que me perdoe o Pessoa, por já não serem o menino de sua mãe.
E qual não foi o meu espanto ao descobrir no segundo trimestre que tinha de trocar os soutiens por outros, dois números acima e que essa nova conjuntura era um bónus sem recurso a cremes ou silicones que o entusiasmava de orelha a orelha. Por outro lado, tal como me habituei a dormir de lado, essa passou a ser posição favorita, pela envolvência de me sentir completamente abraçada pelos seus braços e pernas, com a vantagem adicional dele ter nas mãos os seios dos seus sonhos e a mim, facilitar alguns movimentos sem sentir em demasia o peso da pança, para além das alegrias breves ou pequenas mortes, inauditamente, se multiplicarem.
Afinal Senhor Doutor, os primeiros humanos até à descoberta o fogo, também não se olhavam nos olhos nessas alturas e a espécie sobreviveu, não é?…
Maria Árvore
Texto reciclado deste, cortado e mudado aqui e ali...
16 outubro 2021
Dobradinha alfacinha
25 setembro 2021
O cordel que sussurra
31 maio 2021
A Porra do Soriano
17 julho 2020
Glossário do Cu 2020
10 julho 2020
Mapa da Vagina 2020
{Novas entradas: Maria Teresa Bizarros, Quito]
03 julho 2020
Mapa do Pénis 2020
Colaborações neste blog e página no Facebook - Joca Santos, Teresa Bizarro
26 fevereiro 2020
10 razões pra denunciar a Maria
19 fevereiro 2020
Assobio

05 fevereiro 2020
Grande boca

29 janeiro 2020
Cristina não vais levar a mal

Sou um pai de família ciente dos seus deveres tanto que levo os meus dois miúdos às aulas de natação. Duas vezes por semana. Mas lá por ser um homem muito bem casado não sou cego e aproveito para ver detalhadamente as mães que como eu levam as suas meninas à piscina. O tamanho e a formas das mamas claro está. O contorno das pernas e, com sorte, que ali fica tudo sentado, uma mirada no rabo para lhe avaliar o redondo e a rijeza aproveitando o cavalheirismo de deixar as senhoras passarem à minha frente.
09 setembro 2019
Grande animação
Cresci rodeada de banda desenhada e de animação por todos os lados a ponto de recordar a palavra koniec e isso acabou por ter repercussões que eu não devo considerar inesperadas.
Ao contrário do meu grupo de juventude nunca fiquei pedrada, apenas muito risonha porque ficava a ver as pessoas «passadas a tinta» como qualquer personagem de banda desenhada que se preze.
E da mesma época ficou comigo a sensação de que a maioria dos filmes pornográficos são uma espécie de National Geographic de baixo custo e diminuto valor científico, a não ser que sejam em animação japonesa em que aquele traço inconfundível me endorfina sem quase precisar de mexer um dedo.
02 setembro 2019
Janela indiscreta
Ele apresenta o onze inicial com os dedos no baixo ventre a abrirem o fecho das calças e a posicionarem o goleador num esquema táctico de 5-5-1. Ela faz saltar uma mama para fora do decote e apresenta-a no terreno de jogo. Bem jogado. Ele desaperta os botões da camisa e mostra-se de peito feito em campo. Passa a bola. Ela atira com a blusa num remate ao nariz do adversário e em meneios de ancas faz escorregar a saia pelas pernas abaixo. Ele sacode a perna para libertar-se das calças e chuta-as com as meias para canto. Vai fazer a cobrança. Aproxima-se da grande área. Cheira o relvado e gira a bolinha nos lábios entre os postes das pernas dela. Excelente visão de jogo. Ela apoia-se nas omoplatas dele e desliza para o contra-ataque avançando de língua em riste para o ponta de lança. Apito na boca. Vamos embora rapaziada. Sobreposição de campos e grande versatilidade em foras de jogo sucessivos. Ela passa a bola e ele domina o terreno de jogo. Vamos embora. Vai que não é para ganhar na secretaria. Só falta marcar. A bola começa a subir. Encosta à zona de penalty. Pontapé vai ser levantado e sai uma paradinha. Aguentar a pedalada. Vai lá uma trivela ou um efeitozinho para suar a camisola. Coração da área...e é golo, golo, golo, golo, golooooooooooooooo.
E agora vou ali buscar um rebuçadinho do doutor Bayard que estes relatos dos vizinhos que não correm as persianas deixam-me rouca.
26 agosto 2019
Roxo

Creio que a stevia é afrodisíaca embora ainda não tenha compilado todos os dados para uma conclusão clara. Reparem que até usei o verbo compilar que já por si é significativo sabendo eu que se tivesse nascido homem jogava na outra equipa, tal a fascinação que tenho por pilas.
Ao certo, comprei rebuçados adoçados com stevia que apresentam uma coloração azul tal como aquele comprimido que produz erecções do pénis. Não sei se o meu clítoris se sentiu influenciado, se ficou sugestionado, o que terá sido mas desde aí está todos os dias desperto e aprumado. Creio também que comunica com os mamilos que se não fossem os sutiãs de copas reforçadas toda a gente julgaria que eu trazia duas estátuas do Cutileiro espetadas entre o pescoço e o umbigo.
O que me vale é poder desfazer equívocos logo de manhã graças a um kit de sobrevivência no deserto que uma amiga minha me fez o favor de oferecer e que inclui um pinchavelho a pilhas tão lindo, não azul, mas violeta da cor do Prince.
31 julho 2019
Onomatopeias

A sua mão escorreu por mim como leite condensado a desenhar rebordos nos seios, na linha de cintura, nas ancas e enquanto estendia o guardanapo para envolver a minha cereja encapuçada, gotejava os cinco dedos pela cornucópia pélvica e pelos bagos de uva das nádegas.
Ergui-o pelos cabelos e apliquei a mão a levedar a massa até lhe encontrar a consistência desejada, momento em que me deixei tombar de cotovelos na cómoda, alardeando as nádegas lisas e com o dedo médio indiquei a abertura para enfornar. Sacudi os longos cabelos escorridos enquanto ele me segurava a garupa naquele ritmo de língua-de-sogra soprada por uma criança que não pára enquanto não esfodaça aquilo tudo.
Nem ele gritou Ooooh Silver nem eu me fiquei pelo Oooh yesssssss mas centenas de onomatopeias rolaram pelas paredes após o que me virei para lhe penetrar a boca com a língua e abraçá-lo e beijá-lo no coto do braço esquerdo, ali mesmo à altura dos meus lábios molhados.
30 julho 2019
Ciúmes
As pessoas com quem estabelecemos relações, sejam de que tipo sejam, são nossa propriedade como a viatura, os móveis ou o faqueiro. É por isso que podem ser "roubadas" e se justifica que se faça justiça pelas próprias mãos para recuperar o material furtado. Ou seja, que ninguém se julgue pessoa porque é apenas um bem móvel.
por via desta notícia:
Homicídio em Lousada terá sido motivado por ciúmes
24 julho 2019
Uma casa de meninos
Até que podia casar-me com um jogador de futebol mas como o chico- espertismo nacional dignifica os proxenetas, vou vender-me às evidências e mal seja legalizada a prostituição vou montar uma casa de meninos, com catálogo, livro de reclamações e tudo.
Com tanto desemprego que por aí vai não me hão-de faltar roliços loirinhos, potentes morenos e espadaúdos de qualquer nacionalidade para enfeitar as montras em grande estilo e agradar às mulheres com dinheiro deste país. Bem sei que o investimento será maior do que o de uma casa de meninas que para as mulheres não basta a visão do produto propriamente dito e aqui vai disto mas julgo que uns quantos quartos temáticos como o massagista das mãos de ouro, o cabeleireiro do secador sempre-em-pé, mecânica do ponto G, bastão até partir, na cama com claquette e até para as mais românticas, missionação à lareira, cumprirão com qualidade as funções que lhes serão confiadas.
Os rapazes até podem pensar que não nasceram para isto e que não são nenhuma máquina de fazer sexo para estarem a toda a hora e a todo o minuto com o pau levantado e a língua em riste, mas penso poder contornar essa questão incluindo nas regulares consultas andrológicas e análises de sangue, uma palpação psicológica que os apoie tanto como o Senhor Doutor me apoia a mim. E como qualquer «manager» de futebol , pugnarei para que seja considerada uma profissão de desgaste rápido.
Quanto ao resto, continuarei a pagar os meus impostos mas estarei mais nivelada com os detentores de cargos públicos porque, em boa verdade, Senhor Doutor, não estarei também a gerir um serviço público que garantirá o aumento de receitas do Estado?
15 julho 2019
Um intelectual a nu*
«Sant Priop» de Xicu Cabanyes no Bosque de Can Ginebreda
Maria Árvore
* (um título de Álvaro Santos)
01 julho 2019
Férias sim, filhos não
Quem é que no seu perfeito juízo quer estragar as férias para ser mãe/pai?... Quem é tão irresponsável que programa o nascimento dos filhos para os meses de Julho, Agosto ou Setembro estragando o sempre aguardado prémio que são as férias ou, quanto mais não seja, para ter a oportunidade de mostrar em fotografias que se foi aqui ou acolá, que se está tão bem na vida que se tem dinheiro para aquele destino caro que todos vão não por ser melhor mas porque é caro?...