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03 fevereiro 2015

A posta que é fácil falar de amor

É fácil falar de amor. A palavra é pequena, apesar do alegado tamanho da emoção em causa. Por isso mesmo, toda a gente sabe do que se trata e trata-o por tu.
“Eu amo-te”.
Não custa nada a dizer. E ainda por cima, tal como julgam que o sexo se aprende com filmes pornográficos, acreditam que o amor se aprende nas séries ou nas novelas da televisão. E é fácil de dizer, com expressões tão curtas como as paixões mais assolapadas se revelam quando não evoluem no sentido do compromisso emocional que o amor implica.

É fácil, sim. Falar de amor é possível bastando o recurso aos clichés dos contos de fadas ou dos clássicos do romance (quase a mesma coisa). Violinos em fundo, meia dúzia de adereços e I love you montanhas mesmo que não se faça a mínima ideia de qual a sensação que um amor suscita. A paixão serve de adoçante, o falso açúcar que, mesmo sendo doce, não é exactamente a mesma coisa. E depois a coisa amarga.
O amor implica riscos de que a paixão foge a sete pés. Coisas sérias. Confiança, perspectivas de futuro, cumplicidade, intimidade, respeito, uma carga pesada que a paixão alivia quando até se pode chamá-la de amor para dar o ar.

São afinal coisas parecidas, um bocado como o aglomerado de madeira pode fingir-se mogno. Não dura tanto, o aglomerado de paixão, mas remedeia. E depois de várias paixões, qualquer pessoa sente-se versada nas artes do amor. É paixão, mas até se pode chamar-lhe um assobio desde que produza a ilusão pretendida, o sonho disney de quaisquer candidatos a príncipes ou princesas.
“Amo-te muito”. Mas…
Mas é mais fácil de dizer do que fazer (sentir), por estranho que pareça a quem sente o coração acelerado por alguém sem ter a noção de que até uma queca ansiada pode produzir esse efeito na pessoa.

É fácil falar de amor. Mas também é fácil falar de futebol e achar que o do Brasil, por exemplo, é igual aos outros. E no entanto é de outro campeonato que se trata.

17 outubro 2009


pedi-lhe que não andasse nua pela casa. ela fingiu não ouvir. que corresse as persianas do quarto. ela escancarou a janela. que ajoelhasse e me fizesse um broche. ela não ajoelhou. não me permitiu tocar-lhe, não me deu um beijo, não olhou para mim.
levantei-me e agarrei-lhe os pulsos, forçei o meu pénis contra a sua boca. ela resistiu. tapei-lhe o nariz, obrigando-a a abrir a boca. segurei-lhe a cabeça para que não fugisse. ela debateu-se. empurrei o pénis contra a sua garganta e ela quase sufocou. quando lhe retirei o pénis da boca para que ela me lambesse: «lambe.» ela ainda disse: "mordo-te", conseguindo excitar-me mais. prendendo-a ainda, disse-lhe: "vou enfiar-te os dedos na cona, se estiveres molhada vou-te aos cornos." estava. fui-lhe à cara, deixando a marca da minha mão na sua cara afogueada. ela arfava, mal conseguindo respirar. obriguei-a a sentar-se sobre mim, a vir-se enquanto lhe apertava dolorosamente os mamilos. vim-me também. ela levantou-se um pouco, apenas o suficiente para poder ver o esperma a escorrer entre as suas pernas. mandei-a limpá-lo com a boca. ela recusou fazê-lo.
empurrei-lhe a cabeça com força amarfanhando-a: nariz, boca, cabelo. «lambe». obedeceu. levantou a cabeça, juntou a sua boca à minha, as nossas línguas enroscaram-se, lamberam-se, engoliram-se. «amo-te» disse-lhe. ela vestiu-se. eu levantei-me e fui-me embora.

07 abril 2009

Boas e Más Notícias


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Boas Notícias: o teu parceiro tem este bom aspecto quando tira a roupa.

Más Notícias: O teu parceiro usa boxers Hello Kitty.

Boy Culture
via
Cu-Cu que hoje dedica o dia às meninas!

04 fevereiro 2008

entrudança

foto: nicola ranaldi
Esta noite visto-me de mulher
E serei a tua puta
Que se veste e se despe
Para que gozes o prazer
De ver em mim o teu corpo.

as tuas meias negras
os teus sapatos de salto alto
o teu corpete de seda
as peças que te arranco
desenfreado de tesão.


Esta noite
Ofereço-te o meu corpo
E nele poderás despir a tua roupa
E sentir na minha a tua pele.
De puta
Por uma noite!

07 abril 2007

a melhor fodografia, habita no teu imaginário...

Acontece sempre

Nas tuas mãos

livremente me entrego.
Como alvo de técnica infalível
nelas venho-me muitas vezes
molhando-te a camisa
escorrendo-me até ao cotovelo...
E chapinando suavemente
da tua voz carinhosa
adoro ouvir-te dizer
por mil vezes
sorrindo sempre
- xiii... estás toda esporradinha... amor!!

papoila_rubra
Março 2007

05 abril 2007

sem foto, porque o teu imaginário, é a melhor fodografia....

Ausência

Aí, onde te encontras
queria lembrar-te
que jamais esqueço
o prazer vivido
muitas vezes repetido
naquele mágico click
daquela secreta frase-chave
ditada pela tua voz côncava
intensa e louca
ainda entranhada em mim…
Da tua boca saída
no meu ouvido mergulhada
mas nossa
muito nossa…
Nesse teu jeitinho de dizer
desse teu jeitinho de pedir
- uiiii… abre-te!...
mulher, abre-te agora!...
Abre essas pernas p'ra mim!...

E mesmo sem me veres
eu abria…

papoila_rubra
Março 2007

25 novembro 2006

frutinha da época...
"é o que está a dar"... pensava eu!!!

ANÚNCIO de VERÃO

Evitando ao meu jeito
certo tédio estival
resolvi pôr um anúncio
num site e num jornal.

Esperava deste modo
meu íntimo animar
ou talvez até quem sabe
algum “gato” arranjar.

De algumas das respostas
nasceu apenas risada
e de real e concreto
não se viu mesmo nada…

Uns eram muito jovens
bem bonitos de se ver
diziam ter pau enorme
para me dar e vender...

Outros eram arrogantes
provocando-me a paciência.
Mas. eu juro que de entre eles
apareceu a … impotência...

Cabe aqui também falar
nos da ejaculação precoce
afirmaram que é culpa minha
que o que faço, é muito doce…

Enfim, uns... muito tímidos
outros, com a doçura do queque
mais alguns de carícias atadas
completaram assim o leque.

Em face deste desânimo
de novo anúncio, não sou capaz.
É melhor nem perder tempo
vai-me bastando… o meu lilás…

E foi assim que deste modo
fiquei de todo chateada.
É qu'isto d`'homem por anúncio
dahhhh!...
não recomendo
dá mesmo… em NADA…

Papoila_Rubra
Junho / 2006

O Bartolomeu respondeu ao anúncio (mesmo estando em pleno Outono):
"Olá, aqui estou eu
a responder ao tal anúncio
o nome? Bartolomeu
credenciais? Abrenúncio!

O que tenho para dar
não necessita pregão
não é muito, mas para bastar
sobra-me em imaginação

Não sou novo, não sou velho
nem ejaculo precoce
não sou feio, não sou belo
mesmo sendo teu fruto um doce

Se me quiseres, aqui estou
segurando do barco o timão
todo o meu amor te dou
não esquecendo o tesão"

12 novembro 2006

sem foto...
porque estás na minha cabeça...

Corpo de homem

Se te desnudei
acariciei
e contigo sexei em gesto de oração
é porque te adoro
é sinal que venero
esse teu corpo lindo
alvo da minha paixão

Se na tua pele sussurrei
segredos mudos, mais de mil
e com meus lábios os concretizei
é porque te adoro
é sinal que venero
esse teu corpo lindo
alvo da minha paixão

Se em ti suei, chupei ou mordi
se transbordei, molhei e lambi
é porque te adoro
é sinal que venero
esse teu corpo lindo
alvo da minha paixão

Se sobre o teu peito
ofegante repousei
e finalmente adormeci
foi porque atingimos o cume
e conquistamos a paz ambicionada.

Merece-mo-la.
Fomos recompensados.

Papoila_Rubra
30/08/2006

O OrCa, quando gosta, ode com a devida vénia e aplauso:

"que delícia estar na cabeça de alguém
que ternura
que fervor
que coisa linda
e se então essa cabeça entra em alguém
que doçura
que ardor
mais goza ainda..."

O Bartolomeu também se vem com vénia:

"do real e do imaginário
a cabeça que entra e sai
é motivo extraordinário
de quem se vem com um ai

e quem chupa morde e sua
com toda aquela paixão
quem se entrega de alma nua
é uma mulher de tesão"

06 novembro 2006

a ponte é uma passagem...


Prazer

teu corpo
é ponte
que me separa
que me liga
entre momentos
de prazer sublime
fluente
puro

Papoila_Rubra
07 / 09/ 2006

20 outubro 2006

a outra vertente do sexo anal

Finalizada a 1ª parte, largamente participada, esclarecida e ilustrada, acho que devemos passar de imediato à 2ª parte: sexo anal masculino.

Conheço alguns dos motivos que originam a adesão a esta prática ( agora mais divulgada e generalizada, mas, muito antiguinha ), entre os quais destaco o prazer originado pelas “carícias” profundas e por isso, mais próximas da sensível e valiosa próstata. Mas nada como dar a palavra a... ELES.

Tendo conhecimento da grande adesão e simpatia masculina por esta prática, quer por homossexuais quer por homens bissexuais, venham então daí muitos e preciosos depoimentos, porque nesta matéria, apesar da minha idade, confesso ser ainda aprendiz…

Concluindo, o tema é: sexo anal masculino, quando é exercido por homens ou por mulheres.

Este tema, tal como toda a temática sexual, na minha opinião pessoal, merece ser dialogado e participado sem tabus, talvez com humor, mas nunca, desmerecendo a consideração e todo o respeito devido a quem pratica.

Adivinho que, em exemplo de situações anteriores, não faltarão jovens e generosos voluntários para ajudarem a velhinha... sabendo como sei que as visitas deste blog são maioritariamente masculinas... :)


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Após alguns dias de diversificada e interessante troca de opiniões, surgiu repleta de síntese, em jeito de acta, ensaiada a duas vozes ( masculina e feminina) e sobejamente dramatizada pelo grupo "os rabinhos fofos... a dar, a dar...", a seguinte canção:

no meu cu, mando eu - EU MANDO !...
no teu cu, mandas tu - TU MANDAS !...
no cu dele, manda ele - ELE MANDA !...
no cu dela, manda ela - ELA MANDA !...

nos nossos cus, mandamos todos nós - NÓS MANDAMOS !...
Mandam eles...
Mandam elas...
ai mandam eles mais elasssssss!!!!!
ai mandam...
ai mandam ELES mais ELAS...
POIS CLARO!!!!!!

16 setembro 2006

Saudade, essa coisinha terrível!...


Exausta, tardiamente, deixava-me cair de lado, na cama.

Os teus braços abriam-se sempre e encontravam-me. Com gesto calculado e mil vezes repetido, eu recuava e encaixava direitinha no teu corpo.

O côncavo e o convexo, encaixam sempre.

Geralmente comentavas ralhando: “porque demoraste tanto??!!!” ou “que estiveste a fazer até agora?!” ou ainda: “ai, estás tão gelada!!!”
Muitas vezes não respondia. Outras, retribuindo a ironia, dizia:
- Bem sabes que estive a namorar o vizinho…
- Qual deles?!
- O... filho, claro!!
Sabias de sobra que apenas tinha olhos para ti, mas fingindo ciúmes infundados, cravavas as unhas na minha nádega nua, tipo punição com garra, até eu gritar um “aiiii, pááára!”. Na sequência, aconchegavas-te e enroscávamo-nos mais…

Raramente usávamos a parte de baixo dos pijamas. Então, por trás, encaixavas entre as minhas coxas, a perna esquerda dobrada, ficando o teu joelho a partilhar o calor e a humidade, exercendo ligeira mas agradável pressão, sobre o meu sexo.
A mão esquerda, primeiro arrumava o meu cabelo, afastando-o do teu nariz. Depois, em breve carícia deslizante sobre o meu tronco, geralmente repousava ao nível do baixo-ventre. O meu braço prendia o teu e as mãos entrelaçavam-se.

Sensação quente e doce, invadia-me rápida e completamente. Num ápice, os ritmos respiratórios sincronizavam-se.

Éramos um só corpo. Sentia paz e sem saber como… já dormia…

Agosto / 2006


13 setembro 2006

correntes...


REENCONTRO


Na tua presença
As minhas pernas tremem sempre

O teu olhar
cúmplice e direccionado
continua a ruborizar-me

A tua voz
grossa, quente, vibrante
provoca a mesma arritmia

As tuas meias palavras
complementadas com aquele sorriso
confundem os meus neurónios

O toque das tuas mãos
como descarga eléctrica
estremece todo o meu corpo

O teu aroma nicótico
embriaga-me
e todo o mundo gira à minha volta

A tua proximidade
baralha os meus sentidos
enevoa a minha mente
descontrola o meu radar

Sinto-me frágil
Rendo-me

Suspendo-me no teu abraço
Escondo o rosto no teu peito
e o tempo pára

Eu sei
tudo isto acontece
porque és uma página virada
mas que ainda
me perturba demais…

Papoila_Rubra
02 /09/ 2006
foto daqui

08 setembro 2006

prazer solitário...

Nota prévia: Setembro chegou. Com ele outros afazeres e ocupações prioritárias, se aproximam . Termino aqui a minha participação assídua neste blog. Daqui para a frente, será muito esporádica.

Nos posts que publiquei, tive a preocupação de focar, alguns dos patamares do PRAZER DA MULHER.

Quando escrevo sobre prazer sexual feminino, refiro-me SEMPRE a SEXO REAL, geralmente contado na primeira pessoa, porque é VERDADEIRO. Rebusco sempre dentro de mim o modo mais simples de me expressar e as palavras mais autenticas, sintéticas e cristalinas.

Não me exibo. Apenas falo com naturalidade, associada à responsabilidade inerente à pessoa da geração a que pertenço, tentando sempre, DIGNIFICAR o PRAZER FEMININO. Obviamente que não sou sua representante, mas, orgulho-me muito de ser mulher e de pertencer à geração a que pertenço.

Sou mulher de Abril.
Mulher com mais de cinquenta.
Mulher madura que sabe pedir e escolher os seus prazeres.
Mulher que aprendeu há muito, que: BOM SEXO requer muita criatividade, sendo esta, sempre associada a BOA TÉCNICA.
Estou viva. Estou presente. Estou aqui.

Desejo que todos os homens e mulheres colaboradores deste espaço, continuem e encontrem sempre dentro de si, a maneira mais verdadeira de “afundar” aqui, os seus prazeres sexuais.

À São ( uma verdadeira força criativa da Natureza ), mui digna gestora e moderadora deste espaço, desejo que nunca te falte a força para continuares, com alegria e qualidade.

Este último trabalho será apenas entendido por alguns/mas. Sei disso, mas, não importa.
Dedico-o a todos os leitores deste blog, desejando que todas as mulheres tenham a possibilidade de verem incluído nas suas vivências sexuais, este PRAZER MAIOR, e aos homens, a possibilidade de o presenciar.


Prazer MAIOR

No corpo, sentia enorme tensão.
Nos músculos, o dorido
sobejamente manifestado
nas tardes densas de trovoada.

Concretizando vontade inadiável
que do corpo convite provinha
aconteceu
AcOnTeCeU…
ACONTECEU
A... CON... TE... CEUUUU!...
e não parava de acontecer...

Agora sei a diferença.

Conheço a lava que jorra abundante
mas, mansamente, sufocada...
Conheço o esplendor do geiser
que em exuberante explosão
se liberta imponente...

Choveu no meu pé!...

De joelhos, à minha frente
com o mais carinhoso dos sorrisos
foi o teu rosto que eu “vi”...

Perdoa
ter escrito um dia
que entre lágrimas
desistia de ti.

Na verdade
cada vez mais
sei… que não consigo…

a 25/06/2006

07 setembro 2006

sonho (con)sentido...


À hora combinada, soou a senha, sob a forma de pancadinhas. Pela porta do quarto do hotel, ligeiramente entreaberta, ela fez passar uma écharpe que prontamente foi recolhida por uma mão de homem. Calmamente, Ivone pegou noutra igual e vendou os seus olhos. Estavam a fazer tudo conforme o combinado.

- Já posso entrar? Perguntou ela em tom baixo.
Como resposta, a porta abriu-se. Ela entrou e Duarte fechou-a com segurança.

Finalmente, o ENCONTRO tantas vezes adiado!!!

Estavam frente a frente, mas, não se viam. Tinham combinado conhecerem-se apenas com os olhos do sentir, como se de invisuais se tratasse. Ivone estendeu a mão, tacteando o ar, à procura do corpo de Duarte… Encontrou-o. Estavam agora tão próximos que as suas respirações ofegantes confundiam-se...

Dizendo um olá cordial, abraçaram-se... O rosto de Ivone encaixou numa zona masculinamente aromatizada, que ela identificou como sendo o peito.
- Uiiii…és realmente MUITO alto!...

Ivone sentiu o afago de duas mãos quentes e carinhosas no seu rosto, mimando-o, como se quisesse adivinhar-lhe as feições. Então ela, elevando um pouco as mãos, partiu à descoberta daquele corpo desconhecido. Primeiro sentiu-lhe o picar da barba. Hummm… estava por desfazer como lhe pedira…

Ao seu comentário “hummm, pica bem…” ouviu um ligeiro riso, um pouco sufocado. Com o indicador hesitante, contornou-lhe os lábios e sentiu-o estremecer... Continuou esse contorno até sentir a humidade da boca entreaberta… Aproveitou para lhe medir a temperatura sendo o seu dedo lambido, beijado e sugado gulosamente. Agora humedecido, o dedo contornava melhor… deslizando sobre uma textura humidamente apetecida… De seguida, escalou o aprumado nariz, saltou a venda de seda e as suas mãos percorreram uma cabeleira farta, mas curtinha. Na descida, ao contornar suavemente os lóbulos das orelhas, o percurso foi interrompido por duas mãos enérgicas, que seguraram as suas. Apertou-as e acariciou-as, de encontro ao rosto escaldante. Sentiu o seu queixo a ser erguido, a cabeça a ficar segura e mantida para trás, enquanto uns lábios sequiosos pousavam nos seus. Sentiu um beijinho curto, seguido de outro e outros mais… Muitos, progressivamente ardentes, se seguiram.Ivone sentia que podia confiar completamente naquele homem.
Sentiu enorme vontade de rodear e pendurar-se no seu pescoço… porém não o fez… Optou por rapidamente atirar os sapatos, trepando para a cama…

Agora também estava alta, até mais alta que ele… Aconchegou ternamente a cabeça de Duarte ao seu peito…
Tinham combinado não se verem , porém, no tocar, no sentir, não haveria limites caso se sentissem confiantes!!...

Ela deixou-se acariciar pelas mãos de Duarte, que percorriam todo o seu corpo. Chagadas ao limite da saia, as mãos experientes, iniciaram a descoberta subterrânea… Acariciou-lhe as coxas, e as frias nádegas… Inesperadamente as suas mãos tornaram-se rápidas, impacientes… Ivone, emocionada apertava fortemente a cabeça de Duarte contra o seu peito, e afastara ligeiramente as pernas para manter o equilíbrio sobre o instável colchão…

Sentiu então que a mão direita dele, aproveitando o espaço surgido, lhe acariciava o sexo, afastando o pouco tecido que o cobria… os seus dedos desbravavam o desconhecido. As suas respirações aumentaram o ritmo… Um gemido não contido, fez-se ouvir …
- Desculpa, gosto mais com o polegar, faz-me como eu gosto… isso... uiiii... é assim... aiii, forte agora…isso, isso.. assim.... veloz… não tenhas medo… não dói…. mais rápidooo!!!…
Uma musicalidade sobejamente conhecida dela, um chap, chap de humidade cada vez mais abundante, fazia-se ouvir… Deu conta que o abraçava cada vez mais forte… Que intenso momento aquele!... Sentiu que lhe encharcava a mão e que pelas suas coxas escorriam humidades…
- Fazes outra vez ?... - pediu ofegante….
- Faço querida, faço... sim… hummm, eu faço, faço tudo o que quiseres… isso, isso, molha-me a mão, molha mais que eu gostoooo!….
O transbordar repetiu-se e repetiu-se…

- Ui.. agora, pára um pouco, estou sem ar… dá-me saliva…- pediu ela numa voz que se adivinhava feliz.
As bocas uniram-se nova e sofregamente. Gostoso e doce jacto de saliva entrou na boca ressequida…
- Finalmente estamos juntos… morria de desejo por este momento… segredava-lhe ela, num sussurro, beijando-lhe o cabelo…
- Também o desejei muito. - e segurando-me a mão entre as suas, ajudando-a a descer. Guiando-a, fez um convite com voz irrecusável:
- Anda, vamos descobrir mais de nós...

- trim...trim….trim…
- Oh, não!!... cachaticeee!!!... Oh, quero lá saber!!!! Que se lixe!!!!! Hoje falto à primeira hora!!!!

Ivone, desligou o despertador e virou-se para o outro lado… tornando a adormecer…
Estava esperançada que retomaria o sonho… Porém, para seu desencanto, tal não aconteceu…

Apesar de desconsolada, de uma coisa ficara convencida: não poder ver para fora, possibilita, ver com maior clareza… para dentro!!!..
De olhos vendados, conseguiu interiorizar melhor muitas sensações, redimensionando o seu corpo...

Pena não ter podido descobrir mais… :(

Papoila_Rubra / Abril de 2006

31 agosto 2006

gastronomia: canibalismo camuflado...


Em tempo de Verão e de férias
de praia e de montanha
de rodízio e picanha
de assadas, churrascos e espetadinhas...
não poderá ser esquecido
um BOM "bifinho" na pedra...


Porém, enorme dúvida se põe e... impôe:

- meninas, deverá ser comido de faca e garfo, ou... à mão e à dentada ??!!!!

foto daqui

20 agosto 2006

contaram-me e eu... ACREDITEI...

.
Meias encharcadinhas


Era a segunda vez que se encontravam.

- Dás-me colinho ??
- Vem - disse ele sorrindo, fazendo recuar o assento de condutor, criando espaço face ao volante.
Prontamente ela rodou um pouco, e de joelhos no assento, deixou-se descair para os braços e pernas que a aguardavam. O seu rosto encaixava direitinho no peito dele, como ela tanto gostava…
- Adoro colinho de homem! É muito bom estar assim aconchegadinha em ti…
Ternamente ele acariciou-lhe os longos cabelos. Aproximou a boca beijando-lhe a testa, os olhos fechados, a pontinha do nariz… As bocas encontraram-se. Provaram-se. Saborearam-se. Testaram-se… A empatia mantinha-se. A mão direita dele percorreu-lhe o corpo, por cima da roupa, como se de uma segunda pele se tratasse. Por várias vezes ela estremeceu. Fora casada muitos anos com o mesmo homem, e embora já tivesse evoluído um pouco, a verdade é que, ao toque de um homem diferente, o seu corpo reagia com uma espécie de choque eléctrico, uma descarga misto de repulsa e surpresa… Ele apercebeu-se.
- Fica calma rapariguinha, não te faço mal…

Como resposta, ela ofereceu-lhe a boca que foi beijada intensamente. A sua mão esquerda começou então a passear-se pela camisa macia…Pela abertura do punho, desapertado e arregaçado, ela enfiou a mão, sentindo os pêlos do braço a ficarem eriçados… Suavemente, começou a acariciá-lo muito ao de leve, causando uma subtil fricção, apenas perceptível e manifestada na electricidade dos pêlos. Adorava causar aquele arrepio aos homens… Olharam-se e gargalharam com muita cumplicidade no olhar. Saindo do esconderijo, a mão continuou a desbravar muitos centímetros da camisa. Trepou braço acima, contornou o ombro… Involuntariamente fechara-se, dando lugar a uma carícia de traço fino, sinuosa, feita unicamente pelo indicador. Passada a zona dos primeiros botões desapertados, resolveu desbravar o que se escondia por baixo. Pelos espaços inter-botões, os seus quadro dedos juntinhos, cabiam perfeitamente. Entrou. Tal como suspeitara, ele era muito peludinho, mesmo ao gosto dela. Começou a desapertar-lhe os botões com certa ansiedade.
- Que loucura! Comentou ela entre dentes, esfregando gulosamente o rosto naquela macieza peluda…

Sentia a cabeça quente e certamente teria as faces rubras e escaldantes. Com os lábios começou a agarrar montinhos de pêlos e com a ajuda da língua, enrolava-os repuxado - os, em todo o comprimento, até se soltarem… Como tinha saudades dessa brincadeira!!! Ele observava-a com estranheza e prazer. Nunca ninguém lhe fizera aquilo!… Entretanto, a sua mão detivera-se no seio dela, segurando entre o indicador e polegar, o mamilo hirto.
Contemplava intrigado, a desconhecida que tinha nos braços. Por momentos, perderam-se ambos, algures num tempo de memórias esquecidas.

- Vamos para o meu escritório. Ficar aqui, é perigoso.
Com a anuência dela, compuseram as indumentárias, e com uma condução rápida e ansiosa, encaminharam-se para uma zona industrial da cidade. A carrinha entrou pelas traseiras do armazém, ficando em segurança. No acesso ao andar superior, ele retirou do congelador do mini frigorífico, uma garrafinha de vodka fresquíssimo.
Como foi agradável o primeiro gole! Estavam precisados de algo refrescante.

Uma vez no gabinete, não podiam esperar mais! Com rapidez despiram-se e os seus corpos entregaram-se com sofreguidão. Tinham necessidade um do outro, tinham necessidade de muito mais…
- Como preferes ??

Como resposta, ela afastou desordenadamente alguns papéis da comprida secretária. Sentou-se na beirinha e descaiu para trás. Ele entendeu, aproximou-se e afastou-lhe as pernas. Erguendo-as, colocou-as nos seus ombros. Os seus corpos ajustavam-se perfeitamente. Com movimentos bem rápidos, ele penetrou-a ficando muito entusiasmado com os seus gemidos de prazer. Entre um sorriso de delírio, o primeiro orgasmo dela aconteceu, escorrendo pelas pernas dele abaixo… Confirmava-se o entendimento entre ambos e ele queria dar-lhe MUITO mais prazer, saciando a sua saudade acumulada. Retomou o ritmo veloz e de novo, as suas pernas foram inundadas. Que mulher aquela que tanto transbordava!... Ajudou-a a erguer-se ficando frente a frente.

Numa dúvida infundada, ele perguntou-lhe:
- Estás a gostar??!!!! Eu avisei-te que era pessoa de bem, e que comigo, nada de mal te aconteceria…
Um pouco envergonhada pelos receios e insegurança demonstrados no primeiro encontro, ela escondeu o rosto no seu peito, abraçando-lhe o tronco. Segurando e erguendo-lhe o queixo, ele olhou-a bem nos olhos dizendo serenamente:
- Não precisas recear tanto os homens… como vês, não são assim tão maus!....- Selou as suas palavras com um prolongado beijo.
-Agora trocamos!

Saltou ela da secretária, sendo o seu lugar ocupado por ele. Com um impulso, subiu ela também. Olhou em redor. Como era giro ver o mobiliário de outra perspectiva!!! O seu olhar parou nos copinhos de vodka. Segurando num, pediu-lhe:
- Quero beber da tua boca…

Este sempre fora um prazer adiado… tinha de experimentar, queria muito experimentar!
Chegou-lhe o copo. Erguendo-se e apoiando o longo tronco sobre o cotovelo, ele meteu um gole na boca. Fizeram o transbordo. Que carícia óptima o jacto veloz a passar na língua!... Repetiram, repetiram, trocaram… Ele também ADOROU! A boca dela, querendo saborear outras texturas, começou a mordiscá-lo rapidamente o tronco, a puxar-lhe os pêlos do peito e dos sovacos, esticando-os bem esticadinhos com os lábios… Mordiscou-lhe os flancos até ele gritar! Com a boca cheia de vodka, pôs-se a gotejá-lo entre a barriga e os joelhos dele… Com calma premeditada, lambeu-o lentamente, recuperando o líquido, sentindo-lhe as contracções, escutando entusiasmada todos os seus ais e uis inevitáveis.
Retomada a erecção, ajudou-o no preservativo, saltando-lhe para cima, oferecendo o seu corpo às mãos sabedoras.
Ainda ofegantes, voltaram à posição inicial e pela terceira vez, de pé em frente dela, ele sentia as pernas molhadas…
- Onde o puseste ?? Quero o meu ajudante de campo!…

Com inigualável perícia de mestre, ele procedeu à penetração dupla com ajuda do vibrador. Os movimentos eram ritmados e sabiamente sincronizados pela sua barriga e pénis. Nunca sexo anal lhe dera tanto prazer, e novo orgasmo aconteceu… Ele estava deliciado com a resposta do corpo dela, assim frente a frente, avaliando a intensidade do seu prazer, desfrutando do seu sorriso e de toda a expressão do seu rosto…
Nova pausa, novo gole com sabor a boca, nova acalmia.

Ela sempre acreditara que o prazer tem diferentes patamares… e naquela noite, já tinha subido vários…
- É bom ver assim o teu rosto… parece iluminado!...
Ela sufocou-lhe o elogio enfiando-lhe a língua na boca…
A seu pedido, ele friccionou-lhe delicadamente o pescoço e os ombros, com o queixo, que picava muito, causando-lhe uma agradável ardência e rubor na pele… SEXO, É MESMO O CORPO INTEIRO - costumava dizer e confirmava uma vez mais… O CORPO DOS HOMENS É MESMO UMA FONTE INESGOTÁVEL DE PRAZERES…

Sem poder segurar mais, ele reclinou-a novamente. Colocou as pernas nos seus ombros e freneticamente começou a penetrá-la. Mas agora só pensava no seu prazer. Então, para sua surpresa, os soluços dela fizeram-se ouvir. Grossas lágrimas escorregavam-lhe para as orelhas.
- Onde queres??
- Na barriga… respondeu ela a soluçar.
Retirado o preservativo, generoso jacto, agradavelmente quente, espalhou-se na barriga. Sabendo que ela apreciava, massajou-a carinhosamente deixando as mãos deslizarem até o seu corpo escaldante ter evaporado toda a humidade.

Estavam calmos, felizes e fez-se silêncio. Ele ajudou-a a sentar-se e novamente os seus rostos ficaram frente a frente.
- Pregaste-me um susto! Porque começaste a chorar??!!!!
Ela abraçou-o e em tom de justificação, acrescentou:
- Desculpa, eu sou assim: quando me emociono demais, choro… Não fiques preocupado. Hoje conseguiste elevar-me ao cume da pirâmide do PRAZER… Estou-te muito grata… Foi MUITO BOM. Morria de saudades de tanta emoção junta…
Partilhando essa manifestação de prazer, ele lambeu-lhe o rosto, sorvendo os restos de humidade salgada junto dos olhos:
- Sabem bem. Também quero a minha parte!...
Ficaram por momentos, nova e fortemente abraçados.
- É tarde, preciso ir.

Era chegado o momento do balanço dos “estragos”.
- Olha-me isto!!!!… tenho as meias todas molhadas… - Lamentava-se ela fazendo descer as meias pelo joelho…
- Ah pois… e eu também não tenho ??!!! Olha para o chão… vê a mancha na alcatifa…
- ahahahahah Isto foi tudo meu ??!!! Bolas, andava mesmo com os tomatinhos cheios…
- não sei... meu, sei que não foi...

Gargalharam como criancinhas travessas. As meias foram postas a secar frente ao aparelho de ar condicionado. Era Março. As noites ainda eram frias e eles de modo algum queriam ficar doentes…

Meias encharcadinhas, mas, rostos felizes, em corpos saciados!...

Papoila_Rubra
Abril de 2006

19 agosto 2006

Alguém conhece o autor do poema ??

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Esse homem

Se esse homem mexe contigo, amiga, avança,
Dá o corpo ao prazer e ao delito
E sustenta o peso enorme da leveza
E arrisca uma vez mais o ser mulher
E tudo o mais que houver será bonito.

Há dias a mais iguais no calendário da razão
Por isso avança, amiga, que ao dizeres que sim,
Quebraste enfim o medo - estás a dizer não!

Se é esse o teu cheiro a sério mesmo cá de dentro;
Se, ao tocares, é essa a pele que sentes como tua;
Exulta por, afinal, viveres esse momento,
Que, ao fim da vida, um dia, foi isso o que contou,
E dança, e avança, e vai e põe-te nua.

Se é esse o teu macho, o teu homem, o teu cio
Serve-te quente e intensa naquele enorme instante
E vai, e ferve devagar no arrepio,
E esmaga-lhe os teus lábios como amante
E inunda-lhe a cama como um rio.

Há dias a mais iguais no calendário da razão
Por isso avança, amiga, que ao dizeres que sim,
Quebraste enfim o medo - estás a dizer não!


In CD -> Crónicas da Violentíssima Ternura