31 março 2017

«Festa surpresa» - para quem não sabe o que fazer com umas mamocas

Luís Gaspar lê «Não te amo» de Almeida Garrett

Não te amo, quero-te: o amar vem d’alma.
E eu n’alma – tenho a calma,
A calma – do jazigo.
Ai! não te amo, não.
Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida – nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!
Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.
Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?
E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.
E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror…
Mas amar!… não te amo, não.

(in Folhas Caídas)

Almeida Garrett
João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett e mais tarde visconde de Almeida Garrett, (Porto, 4 de fevereiro de 1799 — Lisboa, 9 de dezembro de 1854) foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, par do reino, ministro e secretário de estado honorário português.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

#simamor #claroamor #éparajáamor - Ruim







Por cada vez que um gajo perde a razão numa discussão com uma mulher por se exaltar, elas acham-na e guardam na mala para não a perderem.
E é por isso que elas têm sempre razão.

Ruim
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30 março 2017

Postalinho politécnico

"Que bicho é este, que até deita faíscas?!...


... É um anúncio ao Instituto Politécnico de Coimbra!"
Paulo M.

«Léa part»

Desenho erótico original de Itto Itosan, em lápis de cor Caran D´Ache sobre papel Éléphant corado.
2016. 28 x 28 cm.
O título («Léa parte») é um jogo de palavras com Leopard (leopardo).






A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

«Pãosexual» - Adão Iturrusgarai


29 março 2017

Dick Hard

Campanha da MTV pelo uso de preservativo conta a vida de Dick, o cão que não pode ver um buraco quer logo enfiar-se lá.

Repousa em mim...

Repousa em mim o teu ser e depressa terás vontade de entrar numa cadência tão nossa que nada a interrompe.
Usa o meu ser como um heterónimo daquilo que és e nunca quiseste e sentes mas nunca quiseste ver.

Do meu mundo

Falta de rodagem


28 março 2017

Definição de abraço


Abraço é o que sinto quando alguém consegue fazer a magia de me envolver com uma energia sem outra explicação que não a das emoções genuínas

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 83

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







Página pessoal
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O fruto proibido

Peça original em bronze de ramo com pássaro e fruto com vagina, de Pierre Leroux (França).
Junta-se a muitas outras peças deste autor, na minha colecção.








A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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27 março 2017

Luís Gaspar lê «Primeiro a tua mão…» de Rosa Lobato Faria

Primeiro a tua mão sobre o meu seio.
Depois o pé – o meu – sobre o teu pé.
Logo o roçar urgente do joelho
e o ventre mais à frente na maré.

É a onda do ombro que se instala
É a linha do dorso que se inscreve.
A mão agora impõe, já não embala
mas o beijo é carícia, de tão leve.

O corpo roda: quer mais pele, mais quente.
A boca exige: quer mais sal, mais morno.
Já não há gesto que se não invente,
ímpeto que não ache um abandono.

Então já a maré subiu de vez.
É todo o mar que inunda a nossa cama.
Afogados de amor e de nudez
Somos a maré alta de quem ama.

Por fim o sono calmo, que não é
senão ternura, intimidade, enleio:
o meu pé descansando no teu pé,
a tua mão dormindo no meu seio.

Rosa Lobato Faria
Rosa Maria de Bettencourt Rodrigues Lobato de Faria foi uma escritora, compositora e actriz portuguesa. (1932 - 2010)
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Postalinho da Serra da Estrela - 1

"Este rabo está mesmo alçado... a 1.600 metros de altitude, no Vale do Rossim"
Paulo M.


Um sábado qualquer... - «Quando Deus era casado…»



Um sábado qualquer...

26 março 2017

«Para adopção» - bagaço amarelo

Confio-te a minha solidão. Guarda-a bem em tua casa e dá-lhe de comer todos os dias. Algumas festas também. Ela não é muito diferente da maior parte das solidões, mas é contigo que quer ficar quando eu vou de viagem. És só tu que a fazes sentir quem realmente ela é...
Entretanto eu vou sair um bocado. Andar por aí e tentar conhecer alguém que a queira adoptar. Pode ser que num café ou numa cerveja isso aconteça. Se não acontecer, assim que eu voltar levo-a comigo para casa.
Sabes... hoje em dia as solidões andam muito abandonadas. É uma tristeza, vê-las por aí a abanar a cauda em busca de um dono. Ainda ontem alguém me disse que dantes não era nada disto. Havia mais respeito pela solidão de cada um.
Ela come duas a três vezes por dia e não precisa de trela. Normalmente nem dás por ela, aliás. É uma solidão de trato fácil. Adormece num canto da casa e só acorda se te sentir passar.
Obrigado.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho da liberdade


Sexy-horroroso!

Crica para veres toda a história
Excrescências


1 página

25 março 2017

«Sobre machismo, misoginia, cultura do estupro e um idiota chamado Diógenes» - Cláudia de Marchi

Diógenes deve ter esposa, namorada ou ficante. Diógenes é este machista asqueroso como muitos caras com quem namorei! Hoje eu não daria 10 minutos do meu tempo a um tipo deste, nem por bilhões! Porque sou cortesã feminista sim senhor, porque tento desconstruir o machismo como posso, porque eu luto pelas mulheres da minha maneira, porque dispenso homem otário e porque os Diógenes do mundo existem porque existe mulher reprimida sexualmente ou sem estima por si mesma que paga pau pra esse tipo de mané, sim! (Eu já fui uma, meus ex em sua maioria não pensavam muito diferente deste aborígine aí!).
E existem várias miseráveis assim, das quais tenho pena, assim como tenho pena de você que aceita a companhia de homem machista e misógino para não ficar sozinha e, assim, porque no fundo nem você se ama, você alimenta o que de mais negativo há no mundo. A cultura do estupro, inclusive! Porque ela nada mais é do que a "aculturação" que coloca a culpa de tudo nas mulheres, a "aculturação" que gera o ódio ao invés da empatia entre as mulheres, a "aculturação" que faz mulheres debocharem de outras mulheres para mostrarem aos trastes que chamam de "amor" quão "decentes" e superiores elas são, a "aculturação" que, inclusive apoia a "castração química" pra estuprador!
Estupro, baby, é sobre poder, sobre menosprezo a mulher, sobre machismo, sobre ódio, sobre ego, não é sobre libido avantajada, não! Estupro é sobre cultura misógina. O remédio é o feminismo, é a intolerância a opiniões machistas e misóginas, é educação, não é castração química! É castração do machismo da mente dos homens e isso começa em casa, quando, ao invés de ensinar o filho a "pegar todas" (como se mulher fosse gripe!) e a filha a se "guardar", você ensinar que sexo não define masculinidade e virgindade não define moralidade, quando, ao invés de dizer pra menina se "vestir discretamente para não excitar os meninos", você ensinar o seu menininho a respeitar as meninas ainda quando nuas e deitadas de pernas abertas na rua, porque o "não é não" e se aproveitar de quem está desacordada é imoral e criminoso!
E este será um bom começo, porque não tem essa de que "homem pensa com o pênis", nenê, o que tem é mãe e pai machista convencendo o filho portador de falo que é pelo número ou pelas vezes que ele faz sexo que ele será "macho de verdade". E não é! É pela forma respeitosa, cavalheira, educada e gentil com que trata uma mulher, seja ela uma idosa, uma freira, uma estudante, uma garçonete com decote grande, uma coleguinha com traseiro avantajado e jeans justo, uma stripper, uma cortesã de luxo ou uma prostituta de beira de estrada!
Homem não pensa com o pênis não, ele só é ensinado a ostentar poder e sexualidade ainda que acabe não respeitando a mulher que chama de "amor", porque o seu ego frágil e tolo lhe faz achar que precisa enfiar o pau na "gata" do trabalho ou na moça da cantina e depois contar para os amigos, igualmente otários, pra ser "macho de verdade", quando, na verdade, é só mais um babaca broxante no mundo! ("Ah, mas mimimi eu sou exceção à regra!". Bom pra ti, o dia que eu escrever um tratado sobre sexualidade e machismo eu abordo as exceções, no momento só tenho tempo pra falar das regras!).

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

Gajas & copos



HenriCartoon

«Jogar às escondidas» - por Rui Felício

A Praça dos Açores era normalmente o local escolhido. Amplo, rodeado de casas com jardins, arbustos e árvores de fruto, reunia boas condições para o jogo.
A voz de galo roufenho e os primeiros pêlos da cara a despontarem, eram os sinais visíveis dos rapazes acabados de entrar na idade da adolescência.
Os pequenos e rijos seios espetados debaixo das blusas e as ancas alargadas a encherem as justas saias, denunciavam a puberdade das raparigas.
Jogar às escondidas era um divertimento que possibilitava que, ocultos pelos arbustos ou atrás de casinhotos e muros dos quintais, muitos desses jovens se acasalassem, encostados e em silêncio, longe dos olhares do descobridor.
Este descobridor, escolhido por sorteio, era obrigado a tapar os olhos, encostando a cabeça a um portão de madeira, enquanto contava em voz alta de um a cem, para dar tempo a que os jogadores se escondessem.
Finda a contagem, movia-se lentamente pelos locais onde suspeitasse que havia alguém escondido e, se descobrisse algum, corria para o portão, dava três toques com os nós dos dedos na madeira e gritava o nome e o local onde tinha descoberto o jogador escondido.
Os que ainda não tivessem sido descobertos, esperavam, escondidos, pela oportunidade em que o descobridor estivesse distraído com a sua pesquisa, para então correrem céleres para o tal portão e baterem os três toques combinados antes que o descobridor o fizesse.
Lembro-me de uma das vezes em que uma das raparigas exultava, no fim do jogo:
- Fui a vencedora!
- Fui a primeira a dar os três!
Santa inocência!

«Mulher com toalha»
Peça em porcelana
Colecção de arte erótica «a funda São»

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Duas formas de fome


Sentir? Só sinto duas coisas na vida: Fome e tesão. Quando não me vires erecto, prepara-me uma sandes.

Patife
@FF_Patife no Twitter

24 março 2017

L'extase - «preservativos fluorescentes»

Eva portuguesa - «Maturidade»

Aprendi a amar o meu corpo, mesmo não sendo perfeito. Aprendi que mostrar o que sinto é sinal de força e não de fraqueza. Aprendi que o importante é ter respeito e não atenção. Aprendi que devo ser a minha prioridade e pôr-me a mim em primeiro lugar. Que não sou uma alternativa ou plano B, como tantas vezes acreditei ser. Aprendi que não posso, nem preciso ser perfeita. Ninguém é. Até mesmo as pessoas mais bonitas acordam com o cabelo feio. Aprendi que as estrias que incomodam deixam inveja em muitas outras que tanto queriam ter sido mães e não puderam. Aprendi a confiar mais em mim e na minha intuição. Aprendi que não importa o tamanho da casa, mas sim a felicidade de quem lá vive. Aprendi que apesar dos meus defeitos, eu sou maravilhosa e devo acreditar em mim. Obrigado a todos os que me ajudaram a conseguir isto.

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

#invejosos #nabodecenteio - Ruim






Nós homens, somos uma raça fantástica. Somos capazes de estar em grupos de 6 a ver pornografia e todos juram a pés juntos que não repararam no nabo do actor que mais parece um silo de centeio.
Incrível.

Ruim
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23 março 2017

Dijsselbloem sem polémicas


Raim on Facebook

Erotismo rústico


«Pay & Lay - Big Maudies Bawdy House»

"Paga e deita-te"...
Fivela de cinto em peltre (liga de chumbo e estanho), gravada em relevo, de um bordel dos E.U.A.
A juntar-se a outras fivelas da minha colecção.




A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
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«Keith Pop – Incontinência» - Adão Iturrusgarai


21 março 2017

Rotinas perigosas


Abusos sexuais no futebol, abusos sexuais na Igreja, abusos sexuais por polícias.
O abjecto virou moda.


Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 82

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Gato de fora com "rabo" escondido

Pequena estatueta de gato com cabeça amovível que, sendo retirada, mostra um pénis.
Mais um trabalho original de Pierre Leroux (França), a juntar-se a tantos outros na minha colecção.



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20 março 2017

Luís Gaspar lê «Estrela da Manhã» de António Gedeão

Numa qualquer manhã, um qualquer ser,
vindo de qualquer pai,
acorda e vai.
Vai.
Como se cumprisse um dever.
Nas incógnitas mãos transporta os nossos gestos;
nas inquietas pupilas fermenta o nosso olhar.
E em seu impessoal desejo latejam todos os restos
de quantos desejos ficaram antes por desejar.
Abre os olhos e vai.
Vai descobrir as velas dos moinhos
e as rodas que os eixos movem,
o tear que tece o linho,
a espuma roxa dos vinhos,
incêndio na face jovem.
Cego, vê, de olhos abertos.
Sozinho, a multidão vai com ele.
Bagas de instintos despertos
ressuma-lhe à flor da pele.
Vai, belo monstro.
Arranca
as florestas com os teus dentes.
Imprime na areia branca
teus voluntariosos pés incandescentes.
Vai
Segue o teu meridiano, esse,
o que divide ao meio teus hemisférios cerebrais;
o plano de barro que nunca endurece,
onde a memória da espécie
grava os sonos imortais.
Vai
Lábios húmidos do amor da manhã,
polpas de cereja.
Desdobra-te e beija
em ti mesmo a carne sã.
Vai
À tua cega passagem
a convulsão da folhagem
diz aos ecos
“tem que ser”.
O mar que rola e se agita,
toda a música infinita,
tudo grita
“tem que ser”.
Cerra os dentes, alma aflita.
Tudo grita
“Tem que ser”.

António Gedeão
Rómulo Vasco da Gama de Carvalho (Lisboa, 24 de Novembro de 1906 - Lisboa, 19 de Fevereiro de 1997), português, foi um químico, professor de Físico-Química do ensino secundário no Liceu Pedro Nunes e Liceu Camões, pedagogo, investigador de História da ciência em Portugal, divulgador da ciência, e poeta sob o pseudónimo de António Gedeão. Pedra Filosofal e Lágrima de Preta são dois dos seus mais célebres poemas.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Sara's Secret - «O abuso do pepino»

Postalinho chinês espanhol

"Loja chinesa em Espanha"
Maria Löfgren