30 novembro 2012

Postalinho automóvel

"Só com um Renault se pode fazer isto!"
Lourencinho


Quem não quer morrer num caixão desses?


A empresa polonesa Lindner vem com uma proposta ousada para vender seus caixões: um calendário sexy. A foto acima é de um dos meses do calendário. É bem possível que muita gente morra antes da hora.

Obscenatório
http://obscenatorio.wordpress.com/

Incendiários



Tudo o que resta são cinzas
que serpenteiam nas encostas das montanhas,
outrora verdejantes e abrigo de lobos e raposas...
Copas e ramos que escondiam ninhos de cucos e perdizes
são apenas fotografias do que o fogo já consumiu,
memórias esmagadas pelo horizonte queimado
e a cortina de fumo que nos enclausura
numa terra sem estrelas e lua.

Aqui as fontes secaram,
mas as lágrimas vão escorrendo lentamente lá em cima,
pelas encostas cada vez menos geladas da Gronelândia,
empurrando o mar que vai engolindo o cimento do litoral,
tomando de assalto o espaço roubado à Vida Natural!

Parecemos suicidas,
porque insistimos em destruir a nossa casa...
Ou seremos loucos masoquistas
que se regozijam com o sofrimento da incerteza?

Lua Cósmica
http://luacosmica.blogspot.pt/

Naturismo... natural... natureza...



Via Special Nudes

29 novembro 2012

Elevador


Jean François Gaté

[...] Às vezes pasmo, Melanie, com a exactidão com que estes momentos me vêm à memória. Estou a ver o elevador, é como se tivesse sido ontem. O portão de grades trabalhadas em cobre, o guarda-vento de vidros foscos com umas flores lavradas que pareciam jarros do oriente. E os espelhos aos lados? E o banquinho de veludo na parede do fundo, tão virginal, tão romântico? Oh, era uma cestinha de arcanjos, aquele elevador, todo em ouros e brancos esmaltados. Mas o inesquecível era a máscara do diabo que havia no tecto a olhar cá para baixo! Assustava e enternecia. Tinha uns corninhos de fauno, saídos do conjunto da figura que era em relevo dourado e com uma mascarilha vermelha. Tantas minúcias, eu bem digo…Não te parece estranho?
E todavia todo se passou fora do tempo e do espaço! Tudo, ma chèrie, Tudo! Ainda mal tínhamos fechado a porta já o Gaston-Philippe se colava a mim a percorrer-me desvairadamente com as mãos. Contornava-me, cingia-me com um braço e procurava-me as coxas e as nádegas por baixo da roupa. Eu própria levantei o vestido, colando-me mais a ele, e imagina a surpresa que o tomou quando sentiu nos dedos a verdade do meu ventre!
Sim, minha Melanie, eu estava nua por baixo do vestido! Não me perguntes porquê, mas no bar, por um impulso inexplicável, tinha ido ao toilette com esse propósito. Um presságio? Só sei que estava feliz com o meu instinto, felicíssima. O assombro e o deslumbramento do Gaston-Philippe por aquela surpresa não tiveram limites e eu sentia isso através da sua mão que era grata e ardente. E que hábil, que mão! Que imaginativa e que extensa, Melanie! Penetrava com tais segredos que me levava para lá da ascensão do próprio elevador e logo me esgotava e me fazia afundar à medida que voltávamos a descer.
Impossível calcular as vezes que percorremos para baixo e para cima aqueles cinco andares. Uma verdadeira escalada do paraíso! Subíamos e mergulhávamos, e tornávamos a subir…a nossa viagem parecia não ter fim, pois o Gaston-Philippe era daqueles amantes afortunados nos quais l’amour fou é servido por um talento prático ajustado às circunstâncias e, assim, manobrava o manípulo do elevador no momento exacto em que ele se ia a deter.
Mas entoncededor ainda foi que dei por ele de joelhos, abraçado às minhas pernas e abrindo-me toda ao mesmo tempo, nem sei, com o rosto mergulhado nas minhas coxas! Então senti-me trespassada por algo muito vivo e voraz, por uma espessura revolvente e arguta que me descobria por dentro e me dilatava, sugando-me. E eram mais coisas, minha querida, os dentes percorrendo os pelos e os músculos , o calor do rosto contra o meu ventre, as mãos explorando-me as nádegas, tanta coisa!
Eu, de pé, uma perna em cima do ombro dele, via-me ao espelho e não me reconhecia. Esquecida, esquecida, liberta pelo espaço…»

excerto de A Balada da Praia dos Cães, de José Cardoso Pires

blog A Pérola

«Há moura na posta» - Patife

Esta semana conheci uma moura. Era algarvia de gema e tinha sangue mourisco, o que me fez de pronto recordar as lendas das mouras encantadas. Estava eu sossegado a passear por Alfama quando a vi, tal e qual como reza a lenda das mouras encantadas, que as descreve como jovens donzelas de grande beleza, perigosamente sedutoras, que aparecem frequentemente cantando e penteando os seus longos cabelos, louros como o ouro ou negros como a noite, e prometem tesouros a quem as libertar do encanto. Assim que a ouvi cantarolar à janela rústica enquanto penteava os cabelos soube que tinha de descobrir onde ela guardava o tesouro, o que, numa lenda contemporânea, seria certamente na pachacha. Convidei-a para passear e ela acedeu. Íamos de eléctrico até ao Chiado quando outra sardanisca me liga a perguntar o que eu estava a fazer, certamente porque queria levar nas bimbas. Como a despachei a bom despachar, começou logo a urdir impropérios e terminou com um: para estares a despachar-me assim é porque há moura na costa. Apeteceu-me dizer-lhe que não, mas que em breve haveria uma moura na minha posta. Mas achei profundamente indelicado, por isso disse-o na mesma. Finalmente lá chego a casa e, oh céus, que a moça era uma cavaleira mourisca de alto gabarito, habituada a cavalgar sem sela nem freio. Montou-me como se não houvesse amanhã, e confesso que durante a cavalgada cheguei mesmo a desejar que não houvesse amanhã, para que aquele cavalganço pélvico nunca mais terminasse. Mas no final apercebi-me que aquela longa e enérgica pinada me tinha deixado uma cova mesmo no meio do colchão. O que foi uma chatice pois, dada a maratona com a moura, acabámos por adormecer e a meio da noite os corpos resvalaram das bordas do colchão para o meio, dando uma ilusão de queridice a todos os títulos de vomitar. Agora a minha cama parece uma pachacha gigante, com duas bordas de lado e uma grande cova no meio. É a minha versão da cova da moura.

Patife
Blog «fode, fode, patife»

Comprei uma máquina de lavar loiça

Já tem algum uso, mas está em perfeitas condições!


«T-shirts Moloko 2» - por Luis Quiles


"Aquí os dejo unos cuantos diseños que tambien podreis encontrar en nuestra tienda de camisetas Moloko . En este caso se trata de (...) hacer un homenaje al porno de los años 80, especialmente cutre y especialmente entrañable, como modelos he utilizado a Traci Lords y Ron Jeremy. Dos de los actores porno mas representativos de la época."

Luis Quiles

28 novembro 2012

5 maneiras de agradares à tua mulher na cama

«conversa 1929» - bagaço amarelo

Ela - As sogras, as mulheres e os maridos constituem uma cadeia alimentar.
Eu - Uma cadeia alimentar?!
Ela - Sim, pelo menos no meu caso quando jantamos os três juntos. A minha sogra dá-me na cabeça porque acha que eu já devia ter filhos e nunca mais engravido, eu dou na cabeça do meu marido porque acho que ele devia mandá-la calar e nunca manda.
Eu - Então o teu marido está no fundo da cadeia alimentar e não dá na cabeça de ninguém. É isso?
Ela - É. Ele cala-se e bebe vinho.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Casal gay de pinguins se reencontrará em breve


Pedro e Buddy, dois pinguins africanos machos, uma espécie em extinção, do zoológico de Toronto. Ambos tinham nascido em cativeiro, e são um casal homossexual, mas haviam sido separados para que pudessem reproduzir sua espécie. Mas o zoológico prometeu, após alguns protestos, que reuniria o casal novamente.

Obscenatório
http://obscenatorio.wordpress.com/

Até dói à vista!...

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Bolo arco-íris


1 página

oglaf.com

27 novembro 2012

«Passos» - Susana Duarte




revejo-te na luz silente da tua pele, e na noite ambígua
das tuas mãos. revejo os teus pés de romã e a língua rubra
de todas as manhãs. é na luz submersa do despertar
que sinto os teus passos, que não oiço, que não vejo.
são nebulosas, os teus passos. são passos ausentes,
os teus passos. são pássaros de fogo e eternidade
na luz débil das estrelas. são a água que escorre dos
meus braços e a língua de fogo do meu ventre escondido.
revejo-te silencioso, nas estórias que me conto e na memória
de uma noite sob a água e a chuva e a dança das mãos.
da tua pele, fiz uma manta de retalhos de sombras,
e com ela teci a obnibulada manhã do despertar dos ossos.
é com ela que me visto. é com ela que te visito.
é assim que te sei. manhã submersa de cada recanto
dos meus olhos. tecido estranho das vestes das noites.
visão ansiada das pálpebras da realidade. pés que caminham
sobre o chão que piso. geometria de tudo o que sei. pele.

(foto de Ivano Cetta)

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

Para perceber o Tantra... não é sexo, mas também é sexo

Tantra Loveway 

 Convite aos audazes :-)

Na Sessões de Grupo e Workshops exploramos várias dinâmicas: individuais, em casal ou a pares, Meditações Activas de OSHO e Meditações Tantricas, Dança e Movimento, Respiração, Terapias Corporais e de Desbloqueio Emocional.

Fazemos vários exercícios em que trabalhamos com Energia, com os Chakras e com Toque e Massagem do coração.



Site do Tantra LoveWay

Eva portuguesa - «O vestido vermelho»

Pediste-me para te receber vestida. Assim o fiz. Escolhi um vestido vermelho justinho, realçando ainda mais as formas de viola do meu corpo, com um decote que mais mostrava do que escondia dos meus seios (agora) grandes e firmes. Sapatos de salto agulha também vermelhos, a condizer. Por baixo, apenas uma cuequinha fio dental preta, a pedir para ser despida...
Abri-te a porta... e sustive a respiração. Olhei para o azul claro dos teus olhos e perdi-me neles. Fiquei sem saber o que dizer ou fazer...
Tu entras e dizes: "És uma mulher lindíssima!" e percebi que estavas tão nervoso como eu...
Beijei-te nos lábios doces que tens e senti a tua língua atravessar os meus e explorar a minha boca...
Foi um (ou vários?) beijo infinito, em que mergulhei na tua alma e tu na minha...
Arfávamos os dois de desejo e expectativa.
E ali mesmo, à entrada, soltaste os meus seios do pouco que os cobria e chupaste com avidez os meus mamilos erectos. Senti-te crescer e ficar duro na cumplicidade do nosso abraço...
Atabalhoadamente, tentei despir-te e ter livre acesso ao teu membro rijo que chamava por mim. Abocanhei-o, chupei e lambi até sentir que não irias aguentar muito mais.
Enquanto isso, percorrias o meu corpo com a tua boca e repetias: "és linda!"
Eu tentava não me entregar totalmente a ti.
Quem és tu?! - pensava eu para mim... - onde tens estado?!
E, olhando-me olhos nos olhos, entraste em mim de uma forma ao mesmo tempo carinhosa e brusca, meiga e bruta, como se te pertencesse, como se tu me pertencesses....
E naquele momento, olhando para o vestido vermelho caído no chão, percebi que já não era a Eva que estava contigo... e senti-te como há muito não sentia ninguém... e beijei-te, agarrei-te, amei-te numa entrega total... e quando saíste, pensei muito baixinho: será que me vou apaixonar?...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Comentários de um casal fixe que visitou a minha colecção

"Olá, São Rosas
Queria desde já agradecer-te pela tua disponibilidade para me mostrares a colecção com todas as explicações.
Foram duas horas bem passadas e fiquei espantado com toda a documentação e objectos por ti coleccionados.
Obrigado e até um próximo encontro."
Fernando O.

"Felizmente, em tempos de crise há quem nos faça sorrir e nos lembre que nem só de pão vive o homem e que o sexo e o erotismo estão presentes no nosso dia-a-dia, trazendo colorido e apimentando as nossas vidas. Basta estar atento e gostar do tema, claro.
Um convite para conhecer a colecção de arte erótica da São Rosas aguçou-me a curiosidade e resolvi ir visitar. Foram duas horas bem passadas, por entre milhentos objetos de toda a espécie, livros, gravuras, postais, quadros, autênticas obras de arte, preciosidades criativas e artísticas que nos colocam um brilhozinho no olhar e um sorriso malicioso nos lábios.
Adorei ver e verifiquei como o ser humano é criativo num tema afinal tão presente nas nossas vidas. É caso para concluir:
O sexo comanda a vida e sempre que um homem «sexa» o Mundo pula e avança."
Teresa C. B.

26 novembro 2012

Um espectáculo a descer a plateia

«Parterre» - Festival Clandestin na Maison des Metallos (Março de 2009)

«respostas a perguntas inexistentes (217)» - bagaço amarelo

Éden

Nunca verbalizámos o Amor. A primeira vez que abri a boca para lhe dizer que a Amava ela tocou com o dedo indicador da mão esquerda nos meu lábios, encostando um ao outro como se os quisesse coser com um único ponto.

- Chiu!

Depois beijou-me e fizemos Amor.
A partir daí não precisou mais de usar os dedos. Quando eu falava em nós, tentando dar existência a essa primeira pessoa do plural, ela mudava de expressão. Passou a bastar-lhe o olhar para me silenciar.
Uma vez, por fim, explodi. Não com ela, mas com a situação. Foi como se as palavras que eu engolia há meses me tivessem provocado uma congestão. Vomitei-as, dizendo-lhe que a Amava. Só que o Amor nunca pode ser um vómito.
Depois beijei-a e não fizemos Amor.
Naquele tempo o corpo dela era o meu Éden, uma extensão de vales e montanhas perfumadas onde tudo, menos falar de Amor, me era permitido. E foi assim que fui expulso.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Professora do ensino médio de um colégio do Paraná será afastada por uso de “gestos e palavras obscenas”

Após a exibição de um vídeo gravado por um aluno, em que a professora utiliza de gestos e palavras que afronta a moral e os bons costumes, a Secretaria de Educação afastará a funcionária por tal conduta.


Essa é a nossa sociedade hipócrita. Como se a professora estivesse a cometer um crime. Lembro de minha época de escola, em que nós estudantes falávamos palavrões, zoneávamos a sala de aula, dávamos apelidos a professores e a outros alunos, víamos as meninas trocarem de roupa nos banheiros, tudo isso sem nada de ofensivo. Mas nossos políticos desviarem o dinheiro destinado a educação para seus bolsos, ahhh, isso não é nem um pouco obsceno.

Obscenatório
obscenatorio.wordpress.com

Uma pegadinha elaborada

Precisa ter um nível de maturidade para fazer isso.



As pessoas na rua não verão, apenas dessa janela específica.

Capinaremos.com

25 novembro 2012

Bümdoser - «Lovesick»

Bar põe 'Jesus e Maria' na cama em propaganda


Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/pagenotfound/

O bar Chapel, em Auckland (Nova Zelândia), resolveu provocar na comemoração dos seus sete anos de vida noturna. A propaganda, assinada pela agência Ogilvy New Zealand, mostra o que seriam "Jesus" e "Maria" na cama, depois de uma suposta noite de prazer.
Esta não é a primeira vez que o Chapel usa imagens sagradas. Em outras campanhas polêmica, o restaurante pintou em copos as imagens de Jesus e Maria com pizzas como se fossem halos sobre a cabeça e já imprimiu o cardápio como se fosse uma escritura sagrada.
E tem dado certo. O Chapel vem arregimentando muitos clientes e gozando de fama em Auckland.

Obscenatório
http://obscenatorio.wordpress.com/

Vinte palavras apenas



Uma mulher tão desempoeirada em casa, na fábrica e por todo o lado e esquecera-se de um gesto. Da prosa escrita em papel a comunicar a situação mal tivera a confirmação.

Em fragmentos revia a torrente de murmúrios entre as coxas, naquela luta  dócil de risos na boca e paixão a alagar o chão que a deve ter gerado. Os traços dessas tentativas  sucediam-se alegremente por todo o canto da casa desde a mesa da cozinha ao lavatório da casa de banho, sem esquecer o escurinho da dispensa porque era suposto engravidar e alardear o primeiro neto de ambas as famílias.

E agora frente   à frieza daquele homem, com a preeminência   que lhe assiste de maximizar os seus proveitos económicos e lhe estende aquele íman de olhos com umas vinte palavras a que chamam carta de despedimento, sente o inverno a penetrar-lhe os ossos e as veias tornando-a impotente para qualquer movimento.

Não pensara que o sangue que alimenta a matéria dentro de si era passível de castigos e punições, apenas por o fazer mas agora sabe que as injustiças esmagam a esperança de vida.


Se é proibido, pode-se fazer!



Via Special Nudes

24 novembro 2012

Homens, aprendam a fazer uma gravata!

«conversa 1928» - bagaço amarelo

(no café)

Eu - Está tudo bem?
Ela - Está. Porque é que perguntas?
Eu - Estás com um ar tão pensativo...
Ela - Sim, porque estou mesmo pensativa.
Eu - Alguma coisa que te preocupe?
Ela - Mais ou menos.
Eu - Posso ajudar?
Ela - Não. Estava a pensar como é que é possível que algumas mulheres usem roupa interior preta ou vermelha por baixo de vestidos quase transparentes. Fica tão mal...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Cinzeiro-mamocas com reservatório

Cinzeiro em cerâmica pintada e vidrada, com parte superior metálica, com mola rotativa para depósito das cinzas no interior.
Na minha colecção não se fuma... mas há um pouco de tudo.


Um sábado qualquer... - «Gosto não se discute»



Um sábado qualquer...

23 novembro 2012

Postalinho do Museu do Caramulo

O Museu do Caramulo incorpora...

1) um Museu do Automóvel


2) um Museu do Brinquedo


3) um Museu de Arte


Concha prateada



Quando a lua se despe sobre o mar,
as estrelas protegem essa pele nua e cristalina
diminuindo a intensidade com que iluminam a vigília noturna.
Apenas um feixe mínimo te acaricia a tez prateada
e esse longo cabelo negro que esvoaça sobre os seios claros...
O vento beija-te o ventre húmido, abraçando-te o corpo firme...
Danças, subindo e descendo num voo rasante sobre a água,
enquanto as gaivotas espreitam curiosas esse amor cósmico
que se desenha em constelações de rosas e tulipas...
E assim que te entregas à noite,
uma fina névoa desliza sobre o leito denso,
que ondula em espuma e sal sobre os rochedos
que se erguem do imenso areal agora em silêncio...
Não há vozes, nem pegadas inscritas à beira-mar,
mas escuto-te no interior desta concha prateada!


Lua Cósmica


necrofilia...

mulher condenada por necrofilia... sente-se injustiçada
Raim on Facebook

22 novembro 2012

A Pérola



The Pearl, A Magazine of Facetiae and Voluptuous Reading foi um periódico pornográfico mensal, publicado em Londres, por William Lazenby,  desde Julho de 1879 a Dezembro de 1880. Foram também publicados dois suplementos extra: Swivia: or the Briefless Barrister (1879) e Christmas Annual (1881).

Durante a sua existência, o periódico incluiu seis novelas serializadas: Sub-Umbra, Miss Coote's Confession, Lady Pokingham, La Rose D'Amour, My Grandmother's Tale e Flunkeyania, além de inúmeras paródias, anedotas e poesias obscenas.

Por detrás da fachada de respeitabilidade e repressão sexual,  a sociedade vitoriana revelava-se na sua busca desenfreada do prazer e da experimentação sexual. The Pearl  fornecia erotismo para todos os gostos.

Em nome da decência e da moral, as autoridades impuseram o fim da sua publicação. 

O poema seguinte foi retirado do 1º número, Julho de 1879.

A PROLOGUE
Spoke by Miss Bella de Lancy, on her retiring from the stage to open
a Fashionable Bawdy House
(Written by S. Johnson, LL.D.)

When cunt first triumphed (as the learned suppose)
O'er failing pricks, Immortal Dildo rose,
From fucks unnumbered, still erect he drew,
Exhausted cunts, and then demanded new;

Dame Nature saw him spurn her bounded reign,
And panting pricks toiled after him in vain;
The laxest folds, the deepest depths he filled;
The juicest drained; the thoughest hymens drilled.

The fair lay gasping with distended limbs,
And unremitting cockstands stormed their quims.
Then Frigging came, instructed from the school,
And scornde the aid of India-rubber tool.

With restless finger, fired the dormant blood,
Till Clitoris rose, sly, peeping thro' her hood.
Gently was worked this titillating art,
It broke no hymen, and scarce stretched the part;

Yet lured its votaries to a sudden doom,
And stamped Consumption's flush on Beauty's bloom..
Sweet Gamahuche found softer ways to fame,
It asked not Dildo's art, nor Frigging's flame.

Tongue, not prick, now probes the central hole,
And mouth, not cunt, becomes prick's destined goal.
It always found a sympathetic friend;
And pleased limp pricks, and those who could not spend,

No tedious wait, for laboured stand, delays
The hot and pouting cunt, which tongue allays.
The taste was luscious, tho' the smell was strong;
The fuck was easy, and would last so long;

Til wearied tongues found gamahuching cloy,
And pricks, and cunts, grew callous to the joy.
Then dulled by frigging, by mock pricks enlarged,
Her noble duties Cunt but ill discharged.

Her nymphae drooped, her devil's bite grew weak,
And twice two pricks might flounder in her creek;
Till all the edge was taken off the bliss,
And Cunt's sole occupation was to piss.

Forced from her former joys, with scoft and brunt,
She saw great Arsehole lay the ghost Cunt
Exulting buggers hailed the joyful day,
And piles and homerrids confirmed his sway.

But who lust's future fancies can explore,
And mark the whimsies that remain in store?
Perhaps it shall be deemed a lover's treat,
To suck the flowering quims of mares in heat;

Perhaps, where beauty held unequalled sway,
A Cochin fowl shall rival Mabel Grey;
Nobles be rained by the Hyaena's smile,
And Seals get short engagements from th'Argyle.

Hard is her lot, that here by Fortune placed,
Must watch the wild vicissitudes of taste;
Catch every whim, learn every bawdy trick,
And chase the new born bubbles of the prick;

Ah, let not Censure term our fate, our choice,
The Bawd but echoes back the public voice;
The Brothers laws, the Brothel's patrons give,
And those that live to please, must please to live;

Then purge these growing follies from your hearts,
And turn to female arms, and female arts;
'Tis yours ths night, to bid the reign begin,
Of all the good old-fashioned ways to sin;

Clean, wholesome girls, with lip, tongue, cunt, and hand,
Shall raise, keep up, put in, take down a stand;
Your bottoms shall by lily hands be bled,
And birches blossom under every bed.
























blog A Pérola

«O salvador da pátria vaginal» - Patife

Ouvi-a queixar-se às amigas que andava com dificuldade em ter orgasmos e que os últimos homens com quem tinha estado nem perto estiveram de lhe proporcionar essa bênção da natureza. Não é preciso muito mais para activar a minha atenção, conquistar a minha simpatia e apelar à minha compreensão. Sei que tenho um dom. É o Dom Pacheco. E tento tocar com o meu dom no maior número de pachachas que conseguir. Sou uma espécie de super-herói do grelo. Sempre que uma pachachinha está em apuros orgásticos, ou em perigo de ganhar teias de aranha, lá apareço eu em seu auxílio para pôr cobro à situação. É uma tarefa exaustiva, mas igualmente nobre, que contribui amplamente para o bem-estar da sociedade. Continuando, ela lá continuava a lamentar-se, confessando o seu desejo em voltar a ter um orgasmo, e aqui passo a citar, daqueles capazes de me meter a cabeça a andar à roda. Ora como a minha cabeça anda sempre à foda, achei que tínhamos ali qualquer coisa com pernas para andar. A pinar. Como ela estava com as amigas, quando saí deixei-lhe um bilhete, à moda antiga, com o meu número de telefone. Nem meia hora depois já me estava a ligar. Contei-lhe que, inadvertidamente, tinha ouvido a conversa dela com as amigas e apresentei-me como o salvador da pátria vaginal. Às suas dúvidas iniciais respondi que tenho à minha disposição um leque alargado de truques sexuais capazes de proporcionar um autêntico buffet de orgasmos. E enquanto gerente responsável desse buffet, tratei logo de fazer a advertência: Cuidado para não se queimar. Que eu estou com a picha em brasa.

Patife
Blog «fode, fode, patife»

Consultório da São Rosas de Design Tarado

"São Rosas
É impressão minha, ou vejo algo erótico aqui? Sou só eu?
Joana M."


Não, Joaninha, não estás só!

«Moloko t-shirts» - por Luis Quiles


"Ya hemos abierto la tienda online de camisetas!
Se lama Moloko y aquí os paso el link: http://moloko.spreadshirt.es/ 

Pasaos por allí y espero que encontreis algun diseño que sea de vuestro gusto."

Luis Quiles

21 novembro 2012

Já se chamou "Quatro e um Quarto" mas depois de algumas ponderações com alguns admiradores passou a intitular-se "Quatro mãos e um Quarto".

Acrilico sobre tela, 40x60, 150 €



«respostas a perguntas inexistentes (215)» - bagaço amarelo

pickles

O Amor não chega, disse ela. E eu, que tinha acabado de sair do banho para lhe abrir a porta, pedi-lhe que entrasse, fosse ao frigorífico buscar duas cervejas e um frasco de pickles, e esperasse um pouco por mim enquanto eu me vestia. Algumas gotas de água escorriam-me pelas pernas formando pequenas poças no chão da entrada. A minha mão esquerda segurava a toalha de banho à cintura, a direita encaminhava-a para a sala de estar.
Vesti as calças do dia anterior e uma das t-shirts que estavam por cima na gaveta da roupa, atrapalhado e confuso por aquela frase que mais parecia uma pedrada: o Amor não chega. Quando entrei na sala, ela estava silenciosamente sentada numa cadeira, mesmo ao lado da mesa onde tinha posto duas cervejas, já abertas, e dois pequenos garfos apoiados num prato cheio de pickles.

- O Amor não chega para quê?
- Não chega, é só isso! - disse ela pegando numa das cervejas.

Conheço a Joana e o Carlos há mais de vinte anos. Acompanharam, como um casal amigo, todo o meu primeiro casamento. Depois do meu divórcio continuámos próximos e a ter encontros mais ou menos regulares. Sempre achei que tinham uma relação perfeita, forte. Nunca discutiam, nunca davam sinais de fragilidade. Agora estão a separar-se porque, segundo a Joana, o Amor não chega.
Durante as férias recentes que realizaram, disse-me ela, foi ele a escolher todos os restaurantes onde comeram, as praias onde foram, os museus que visitaram e até os filmes que viram. Durante esses anos todos que passaram, ela deixou-se anular lentamente por ele, e agora já não existia a não ser para o seguir para todo o lado e contemplar as suas opções do dia-a-dia.
Nem ele nem ela fizeram de propósito. Talvez tenha sido um processo natural em que nenhum dos dois se apercebeu de quão incompatíveis podiam ser com o seu próprio Amor. O que ela sabe é que percebeu durante as férias que não é feliz com ele. Ponto.

As férias são isso mesmo, uma espécie de saída precária da prisão. Saímos de trás das grades que encerram a nossa normalidade de horários impostos por quem nos paga um salário de sobrevivência, de quatro paredes brancas e inócuas dum escritório sem sentido. Experimentamos, por alguns dias, uma nova relação com o mundo e ficamos surpreendidos por percebermos que não somos apenas máquinas de transformar oxigénio em dióxido de carbono. Afinal, estamos vivos e devemos tentar ser felizes.
Foi mais ou menos isto que eu lhe disse. Depois bebi a minha cerveja, tentando aproveitar ao máximo esse prazer corpóreo que é comer pickles ao mesmo tempo. Ela riu-se. Já não é mau, ou melhor, é óptimo.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Campeonato de Air Sex

Você já viu um campeonato de Air Sex?
Em Austin, Texas (EUA), há um campeonato de Air Sex, modalidade inventada no Japão.







Gostou?
Você pode tentar participar do campeonato mundial: Air Sex World Championship

Obscenatório http://obscenatorio.wordpress.com/

"És mesmo mau na cama!"

Crica para veres toda a história
Ar zangado


1 página

oglaf.com

20 novembro 2012

«dispo-te e sigo-te os caminhos» - Susana Duarte

dispo-te e sigo-te os caminhos

através de corredores por onde,
nús, se passeiam espectros e onde,
silentes, voam palavras antigas

dispo-te e sigo-te os caminhos,

desnudo o ventre e as auroras e
toco as nuvens por um instante.

mas é na boca que me queres,

dispo-te e sigo-te os caminhos,

e é da boca que sai a súplica
para que te deite sobre mim

e me dispa de tudo o era dantes

dispo-te e dispo-me das memórias.
pode ser que esqueça as lágrimas
da noite, e o teu corpo seja a rua

e o meu corpo, a alma nua,

de onde te levantas a cada madrugada.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

Eva portuguesa - «Actualização de preços»

A crise está aí, não há como negar...
Tenho tentado manter-me positiva em relação a isso mas começa a ser quase impossível.
Esta está a ser a pior semana desde que comecei a trabalhar nisto, há dois anos atrás.
Entre o desespero e a necessidade de fazer algo para mudar esta tendência, resolvi reduzir os valores do meu atendimento. Mas não a qualidade.
A partir de agora 30 minutos são 50; e 1 hora é 80, sendo que 1 hora é completa.
Continuo a oferecer o café, a água, a cerveja e o whisky.
Continuo a ser doce, meiga, a tentar agradar e ser agradada.
Reduzo os valores mas não a qualidade do atendimento nem as minhas qualidades enquanto mulher, amante e Acompanhante com que sempre "presenteei" aqueles que generosamente me procuram.
Continuo a ter muito para dar...
Espero continuar a receber...
Preciso de dar a volta a esta situação e estou a tentar fazê-lo de uma forma em que nenhum dos "meus homens" saia prejudicado, bem pelo contrário...
O esforço é meu, esforço esse que espero ver compensado....
Conto convosco. Por favor contem também comigo....


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Sexo no Feminino - Pelo empoderamento da Mulher


A Academia de Vénus

A Academia de Vénus é constituída por mulheres que promovem reuniões, onde se fala de sexo e sexualidade sem tabus e preconceitos, e se apresentam vários produtos relacionados com a sexualidade, fantasia e erotismo, que as convidadas podem comprar depois de devidamente esclarecidas sobre os seus benefícios na intimidade da mulher e do homem.

O nosso lema é “Pelo empoderamento da Mulher”



Academia de Vénus

Cartazes franceses de filmes eróticos

Estes cartazes de cinema são muito grandes e por isso não é fácil fotografá-los.
Mas ficam muito bem na minha colecção, junto de outros cartazes portugueses e espanhóis.



19 novembro 2012

Caralhinhos de São Gonçalo de Amarante

Desde 4 de Maio de 2011, tenho uma página minha no Facebook: São Rosas no Facebook.
(antes disso, tive uma página d'a funda São mas foi eliminada pelo Facebook, por "conteúdo obsceno").
Actualmente, a página tem mais de 450 gostos. Além de tudo o que é publicado no blog, eu e mais maltinha d'a fundiSão colocamos lá regularmente outros conteúdos.
A Maria Árvore colocou lá uma imagem dos "foguetes" de S. Gonçalo de Amarante. Achei tão interessante que pesquisei sobre o tema e encontrei esta explicação e as fotos n'o Belogue:
"Diz-se que São Gonçalo é o santo protector das velhas e que cura problemas de fertilidade masculina. Segundo a lenda o santo teria casado em segredo os habitantes de uma aldeia chamada Ovelha, habitantes esses que a Igreja não queria casar: os que viviam maritalmente. Entre estes encontravam-se novos e velhos, como é claro. Mas o povo passou a dizer que São Gonçalo era o "casamenteiro dos de Ovelha", que abreviado e com o tempo deu "casamenteiro das Velhas". Das questões sentimentais rapidamente o povo passou para as questões de ordem sexual. Não há provas neste caso (assim como não há no outro, mas sempre há uma história que o justifica) de que São Gonçalo tenha sido o taumaturgo dos impotentes sexuais, mas se virmos os ex-votos que são colocados na capela onde se encontra o seu sarcófago antropomórfico, notaremos que se são na sua maioria partes do corpo como seios, partes genitais masculinos e femininos e corpos de crianças. O que pode corroborar estas duas histórias e juntá-las é a venda, ainda hoje, nas barracas e nas pastelarias mais tradicionais de Amarante, de uns bolos em forma de pénis aos quais se dá o nome de (desculpem-me) caralhinhos de São Gonçalo."



Nesta publicação no Facebook, o Fernando Pereira comentou com uma quadra:

S. Gonçalo de Amarante
é um grande aldrabão.
Ele deu-me estas três pernas...
só duas chegam ao chão!

A Kikas comeu lá num restaurante que tinha uma quadra alusiva ao santo padroeiro:

São Gonçalo de Amarante
Que estás virado prá vila
Vira-te pró outro lado
Que te dá o sol na testa