A efígie tumular de Victor Noir - jornalista do século XIX - no cemitério parisiense de Pére-Lachaise, está agora cercada por uma vedação. Numa placa lê-se ainda: «Serão punidos por lei, quaisquer danos causados por graffiti ou adoração indecente.»
Mas a medida não será suficiente para travar as muitas mulheres que prestam tributo à figura lendária, de quem se diz ter morrido na véspera do casamento [a 10 de janeiro de 1870, com apenas 22 anos], num duelo com um sobrinho-neto de Napoleão Bonaparte e primo de Napoleão III.
A lenda assegura que a rapariga que beijar os lábios prostrados e colocar uma flor no chapéu tombado do romântico Victor, encontrará marido nesse mesmo ano.
A estátua mostra Noir deitado de barriga para cima, braços estendidos e traje a rigor... com uma protuberância na zona pélvica, onde o bronze ficou polido.
Tesão, entenda-se.