18 setembro 2005

Diário da República - III Série - nº 110 de 8 de Junho de 2005


A Madeira é mesmo um Jardim!
(despachado pelos Manos Metralhas)

Encomenda - por Anukis

Já não sentia o próprio corpo. Regressava a casa, após mais um dia entendiante e cansativo. Entrou no prédio carregada de sacas de compras e, claro, a porta estava fechada. Quando vinha sem nada, estava sempre escancarada para trás. Procurou a chave no meio do caos da sua mala. No finzinho de tudo. Já que estava ali, foi ver qual das simpáticas contas para pagar lhe tinha escrito. Nenhuma.
Ao invés, tinha lá uma pequena encomenda de correio verde. Para ela?! Devia ser engano! Não... Era mesmo para ela. No remetente, um apartado qualquer. O que seria?! De quem seria?! Enfiou a caixa numa das sacas e dirigiu-se para o elevador.
Uns andares mais acima, abriu a porta. O cão ladrou. Sinal da sua chegada. Alerta aos vizinhos. Pousou as sacas na cozinha. O cão deu uns pinotes de contentamento. Bifes para mim, parecia ele dizer. Meteu no frigorífico os frescos e os congelados. Tirou o casaco e pegou na encomenda. Abanou-a. Não emitia qualquer som e era leve. Com uma faca, tirou a fita-cola e abriu-a. Corou violentamente! Uns boxers! A caixa trazia uns boxers dentro, e masculinos! Ainda bem que não tinha cedido à curiosidade e não tinha aberto a encomenda à frente do vizinho do 8º andar que costumava galá-la com o olhar no elevador. O coração batia quase dolorosamente com o espanto. "Depois penso nisso", falou para si própria. Foi tratar dos seus afazeres. Jantar. Loiça. Umas roupas para pôr a lavar e estender. Minutos que se transformaram em horas passaram sem que os pudesse agarrar.
Banho. Merecia um duche bem quente para descontrair o corpo mortiço. Mmmm a água pelo rosto e pelo cabelo. Lavou-o bem lavado. Ensaboou-se sempre com água quente a correr pelo corpo, pelos ombros e pelo pescoço, doce massagem. Já não se lembrava da última vez que umas mãos lhe tinham massajado o pescoço, nem que um homem a tivesse acariciado. Vivia fechada sobre o próprio corpo, sarcófago de sensações adormecidas. Enrolou-se no roupão. Secou o cabelo numa toalha. Passou creme para amaciar a pele. Vestiu a sua camisa de noite avermelhada que tinha comprado num desses dias, em que lhe apeteceu fazer uma loucura. Para quê? Ninguém nunca a tinha visto, nem nenhumas mãos lha tinham tirado.
Deitou-se na cama, cabelos ainda húmidos, refrescantes na almofada. Na mesinha de cabeceira, em cima do habitual livro: a encomenda. Tirou os boxers da caixa. Eram simplesmente brancos. A medo, aproximou-os do nariz. Cheiravam a qualquer coisa que não sabia bem definir. Cheiravam-lhe a homem. Imperceptivelmente, ficou acelerada. Apeteceu-lhe tirar a camisa e sentir a frescura dos lençóis na pele. Tirou as cuecas. Cheirou-as. Tinham cheiro a sabão porque tinha acabado de as vestir, ainda não tinham guardado o seu próprio cheiro. Apeteceu-lhe sentir a textura dos boxers pelo corpo. Acariciou-se ao de leve com eles no peito, sobre a barriga e na parte interna das coxas onde a pele era mais tenra. O cheiro dele tinha-lhe ficado retido nas narinas. De olhos fechados, imaginou-o ali ao lado dela.
Ele aproximou-se. Encostou o seu corpo nu ao dela. Sentiu um frémito irresistível. Ele, na sua boca. Ele, no seu pescoço. Ele, agarrado às suas nádegas. Uma mão entreabre-lhe as pernas. Um dedo atrevido no seu sexo. Respiração acelerada. Dedo dominador que a tomou sem reservas. Não há qualquer pudor no desejo que cresce por dentro de uma forma quase violenta. Geme, mas apetece-lhe gritar, dizer-lhe coisas obscenas ao ouvido. Que ficaria ele a pensar? Pergunta perdida no meio do furacão de sensações que se abate sobre ela, com aquele dedo que simplesmente não pára, nem pretende parar. Chora. É demasiado. Não consegue conter as sensações dentro do corpo tanto tempo fechado.
Abre os olhos. Ele não está ali, mas está. O cheiro dele fez emergir nela a vontade de ser mulher, de voltar a sentir, de ceder aos impulsos e aos desejos. Paz. Corpo aberto. Corpo saído do sarcófago da insensibilidade. Agora, ela era todo corpo.
Adormece nua, agarrada aos boxers, a pensar que amanhã tem de descobrir de quem são...

Anukis
Estórias duma deusa

A deusa Anukis amamenta
Ramses II, já adulto

Queres ver uns boxers brancos? Crica aqui

17 setembro 2005

A qualquer hora...



Ou em qualquer lugar!



Um chá ou uma refrescante cerveja. A escolha é vossa.
Mas a febre de Sábado à noite deve ser combatida com líquidos.
Divirtam-se que eu também.

Jogo

Memória erótica: um orgasmómetro com uma oferta no final!!

Efeitos indesejados...

... dos autocarros como meio publicitário:

No melhor pano cai a nódoa

Mamilos erectos

(serviço púbico da Gotinha)

A visita... numa noite de Verão

Al-Dhaher - DreamingAproximei-me por trás de ti.
Devagar, depois de teres aberto a porta que eu fechei sem ruído.
Não estavas nada à espera, assim sem mais, mas nem te mexeste quando te toquei suavemente nos ombros.
Senti nas minhas narinas o teu cheiro a mulher, quando me encostei a ti.
Compartilhámos um estremecimento de emoção.
Levantei-te o cabelo, segurei-o em rabo de cavalo e mordi-te levemente no pescoço.
Levantaste a cabeça, pendeste para mim e deixei a minha boca afundar num beijo em que a língua rodava áspera na pele da tua garganta.
As minha mãos desceram e puxei-te para mim, massageando os teus peitos enquanto sentia o meu sexo crescer encostado a ti.
No teu corpo que se colava como a querer entrar no meu, com as tuas mãos procurando a minha virilidade e puxando-me para ti.
Cruzei as mãos sobre o teu ventre e puxei ainda mais.
Ouvia o teu respirar acelerado e sentia o bater do teu coração dentro do meu peito.
Desci mais as mãos e entrei nas tuas calças. Abri o fecho e rodei-te para mim.
Disse-te baixinho quanto te amava.
As nossas bocas entregaram-se sofregamente enquanto as roupas se iam sublimando em vôos descontrolados e cegos.
Deitei-te no chão e lambí o teu corpo. Senti-te mulher na minha língua e desci pelas tuas pernas voltando a subir. Regressei ao peito e com a mão afastei-te as pernas penetrando-te lentamente. Contorceste-te e vi-te desaparecer os olhos perdidos no céu das órbitas.
Os corpos contorcendo-se de prazer e entrega.
Apertaste-me contra ti com toda a força, cravando as unhas na minha pele.
Entrámos na explosão dos sentidos e fundi-me contigo num êxtase de almas em chamas...
... ... ...
Toquei à campaínha!
Abriste a porta e sorriste.
Nos meus olhos o brilho das estrelas da noite agora começada.
Fechei a porta devagar enquanto olhava para ti, que te afastavas lentamente...

Charlie

16 setembro 2005

Grande

Pode ser grande... mas mexe que se farta!!

Fica-me bem?

A GAP criou esta página onde podes criar o teu próprio personagem (homem ou mulher) com as características que quiseres, vesti-lo e... vê-lo despir-se num mini-striptease, voltar a vestir-se e ir-se embora. Põe som na máquina.

Watch Me Change

Anúncios parecidos

A malta da Coloribus.com (*) diverte-se com a publicidade quase tanto como eu.
Têm uma colecção engraçada de anúncios eróticos.
Mas o que nos traz aqui hoje é a sexão (sim, sim, secção de sexo... ou sexo enorme) dedicada a anúncios parecidos. Entre muitos outros, aparecem estes:

sorrisos verticais

(*) experimenta cricar no aviso "Do not press this red button" na página de entrada... (mas antes liga o som).

Procura-se Legenda

Matahary: "O meu cavalo és tu."
Pedro Oliveira: SOU A MELHOR CU BOA DO OESTE
Sã Rosas: Tu não tens cabedal para mim.
Isso Agora: Hoje quem monta sou eu.
Madr: "Não tens pistola p'ra mim".
Ferralho: "Saca tu primeiro, se és homem".

15 setembro 2005

Anúncio delicioso da Wonderbra

Actriz [III] do Amor, por moStrenGo adamastoR

Calca para Ver Mais

O realizador da nova versão do romance de Jane Austen Orgulho e Preconceito, teve que pedir à protagonista - Keira Knightley - para conter a sua sensualidade. O pouco conhecido cineasta Joe Wright confessou-lhe que ela morde o lábio de uma forma tal, que subtrai a cena e desconcentra toda a equipa. A produção teve que contratar um assistente cuja única missão é advertir a actriz quando esta se distrai e faz algum trejeito com a face.

Esse assistente, ou fosse quem fosse, devia explicar ao realizador que a jovem actriz, por mais que se contenha, há-de ser sempre demasiado atraente para aquele papel. Keira é demasiado perfeita, ponto final.

A pedido dos membros e das membranas, tomem lá um bónus e outro e mais outro.

Filosofia barata?

Quando ela me pediu – foi um pedido não chegou a ser uma ordem –, eu tentei ignorar, confesso, estava a gostar e o pedido foi tão educado, que não responder nem parecia mal, mas quando ela se repetiu com um ponto de exclamação, "Pára!", eu senti um frio na barriga, as palmas da mãos ganharam uma pequena camada de suor e perguntei, deve ter parecido mais que implorava, mas era uma pergunta, "Paro?", ela acenou que sim, estávamos frente a frente.
– Mas deixa-te estar – disse ela, esboçando um ligeiro sorriso para me confortar.
– Mas porquê? – Queria eu saber.
– Não digas nada, – ela abriu os olhos no – por favor – e fechou-os em seguida. – Descontrai-te.
Eu olhei para ela, estava especialmente bonita, apetecível, as faces estavam um pouco rosadas, a pele brilhava ligeiramente e todo o rosto transparecia uma calma explosiva (ainda que eu não saiba o que isso possa ser).
– Rebola – ordenou ela, descaindo para a direita. – Devagarinho para não saíres.
Eu decidi manter-me calado e seguir as ordens tácteis que ela me dava. Quando as minhas costas assentaram completamente no chão, ela dobrou as pernas, pôs os pés no chão e ficou de cócoras. As minhas mãos procuraram as nádegas para sentir a pele quente e lisa e a carne firme, mas ela manteve o controlo do ritmo. Lento, muito lento, até que parou. Em baixo, mas sem fazer peso.
– Abre os braços – e eu abri. – Não faças nada – e eu não fiz.
Ela apertou-me, primeiro devagar num aperto ligeiro, depois mais depressa e mais forte e mudava o ritmo e a pressão e subia e descia e apertava mais acima e mais abaixo e apertava e apertava... mais forte, mais fraco e mexia-se e mexia-me e quando eu, entusiasmado, excitado, perdido, me queria mexer, dar ritmo, ela apertava e eu, a custo, mas a gosto, aguentava e ela desapertava e tornava a apertar e a subir e a descer, lentamente, suavemente, sentindo-nos...
E fê-lo enquanto quis e eu, de olhos fechados, não sabia de mim, mas, por outro lado, nunca tive tanta consciência de mim, dela, de nós ou do mundo.

Garfanho, de Garfiar, só me apetece