Fruta malandra - ZSmart
26 setembro 2005
A Cisterna da Gotinha
Acessórios HILARIANTES...
Loira bem ousada e atiçada!!
Cartazes de Cinema eróticó-pornográfico dos anos 60/70.
Mulheres de ancas largas são as favoritas desta artista Sarah Bishop.
Morena com malmequer.
Loira bem ousada e atiçada!!
Cartazes de Cinema eróticó-pornográfico dos anos 60/70.
Mulheres de ancas largas são as favoritas desta artista Sarah Bishop.
Morena com malmequer.
Quem são estes gajos?
Lembram-se de eu perguntar quem era este gajo?
Pois continuo sem saber
quem é este par?
O Meteorico esclarece que este par pertence à Michelle Marsh (a cultura é, de facto, algo de titilante) e que a morena da primeira imagem é Lucy Pinder. E de bónus aí têm as duas (ou melhor, os dois pares).
Pois continuo sem saber
quem é este par?
O Meteorico esclarece que este par pertence à Michelle Marsh (a cultura é, de facto, algo de titilante) e que a morena da primeira imagem é Lucy Pinder. E de bónus aí têm as duas (ou melhor, os dois pares).
Armadura para arma mole
proposta de lamatadora para os visitos
"Este deve ser o homem do talho..." - Matahary
"Pois... pois... senão o chouriço ficava às rodelas..." - Bruno
"Coitado do senhor!" - Mad
"Coitada da senhora!" - Fernando
"Acho que é por causa dos dentes das ratas..." - Charlie
"Na volta é a isto que chamam um Trava-Línguas ou, talvez com mais certeza, um Desembrochador. Ou será um Caramelho?" - Ferralho
"Bolas... Nós nem mordemos assim com tanta força! EXAGERADO! (E se a moda pega... estamos mal, que aquilo deve arranhar!)" - Maria
"Aquilo para mim, e não querendo ser muito assertivo, é uma ARMADURA DO CARALHO. Coloca-se no animal e peleja-se à vontade contra o cinto de castidade da donzela." - Mano69
25 setembro 2005
E eu que nem sei Norueguês...
... mas tive que encomendar este livro, que recebi agora e recomendo: «Penisatlas» [OK, eu traduzo para vocês porque é difícil perceber: «o atlas do pénis»]. O livro é revestido por uma protecção deslizante. Quando essa protecção é retirada, o livro pode ser usado como acessório para andar pela rua, por festas sociais e até por senhoras, como o demonstram os quatro autores.
Além de uma análise histórica, anatómica e fisiológica, os autores entrevistaram 117 homens e fotografaram-lhes os respectivos pénis de diversos ângulos, em repouso (entre 6 e 15 cm) e em erecção (entre 6 e 21,5 cm). É uma análise exaustiva (o termo aqui é mesmo bem aplicado). Um detalhe interessante: vá-se lá saber porquê, os pénis (plural de péni) são todos louros ou ruivos...
Para quem queira ler as notícias sobre o lançamento do pénis... digo, do livro, estão aqui, aqui, aqui, aqui ou aqui (em norueguês, claro).
Além de uma análise histórica, anatómica e fisiológica, os autores entrevistaram 117 homens e fotografaram-lhes os respectivos pénis de diversos ângulos, em repouso (entre 6 e 15 cm) e em erecção (entre 6 e 21,5 cm). É uma análise exaustiva (o termo aqui é mesmo bem aplicado). Um detalhe interessante: vá-se lá saber porquê, os pénis (plural de péni) são todos louros ou ruivos...
Para quem queira ler as notícias sobre o lançamento do pénis... digo, do livro, estão aqui, aqui, aqui, aqui ou aqui (em norueguês, claro).
Diário do Garfanho - 117
The Moon Is Mine
Ver os nossos esforços resultarem imediatamente é bom. Vê-los entendidos e expressamente reconhecidos é melhor. Muito melhor.
Depois do hercúleo esforço de contenção e reserva ocular e mental a que me obriguei e, exactamente, após o desespero, a raiva, o desgosto de, mais uma vez, não virar a cabeça (disfarçadamente, claro) ou, sequer, procurar um último vislumbre pelo canto do olho:
- Sabes, tu és diferente - anunciou ela com um sorriso.
- Diferente? - perguntei eu, às cegas.
- Sim, não olhas para todas as mulheres que passam.
- Não? - deixei escapar. "E olha que bem me custa" pensei.
- Não - repetiu ela, com a certeza que só as mulheres conseguem ter. - Há homens que parecem loucos, sempre a olhar em volta, sempre à procura, sempre a cobiçar. A ver. A salivar. Parecem uns maluquinhos.
- Há?!
- E isso é muito irritante. Chateia-nos. É uma falta de respeito. - Ela amaciou a voz: - Mas tu és diferente.
Garfiar, só me apetece
Ver os nossos esforços resultarem imediatamente é bom. Vê-los entendidos e expressamente reconhecidos é melhor. Muito melhor.
Depois do hercúleo esforço de contenção e reserva ocular e mental a que me obriguei e, exactamente, após o desespero, a raiva, o desgosto de, mais uma vez, não virar a cabeça (disfarçadamente, claro) ou, sequer, procurar um último vislumbre pelo canto do olho:
- Sabes, tu és diferente - anunciou ela com um sorriso.
- Diferente? - perguntei eu, às cegas.
- Sim, não olhas para todas as mulheres que passam.
- Não? - deixei escapar. "E olha que bem me custa" pensei.
- Não - repetiu ela, com a certeza que só as mulheres conseguem ter. - Há homens que parecem loucos, sempre a olhar em volta, sempre à procura, sempre a cobiçar. A ver. A salivar. Parecem uns maluquinhos.
- Há?!
- E isso é muito irritante. Chateia-nos. É uma falta de respeito. - Ela amaciou a voz: - Mas tu és diferente.
Garfiar, só me apetece
24 setembro 2005
Jogo
ASSteroids: divirtam-se!
uma oferta do Nikonman para os/as visitantes da FundaSão
"Ou é dos meus olhos ou a rata está fora do sítio." - Predatado
"Que par de ratas tão querido!" - Bruno
"Esta foto faz-me lembrar a 3ª comichão na Guiné. Comia ratos ao almoço e ratas ao jantar..." - Mano69
"Estava a bichinha tão sossegada,
Na vida pensando, quiçá adormecida,
Quando deu um salto, gritou, assustada,
Olhando para o bicho que contra ela vinha:
- Bicho feio, careca e pontudo
Que queres tu, desta rata assim pousada?
- Oh! criatura ingénua, tu sabes que eu quero é tudo,
Fazer-te guinchar enquanto te dou uma... fada"
Maria
"Esta é Mulher que tanto me apraz
Tem rata à frente, tem rata atrás
Tem bichinho bom e ordeiro
tanto à frente como no traseiro
É assim toda como se quer
pode-se comer de muita maneira
Mesmo voltando-se é sempre mulher
Tem na frente bicha traseira
Ou será que estou errado
E não sei já lugar certo
o bicho é todo ele entalado
Nesta rata ou lá por perto?
Pois agora estou confuso
deixe-me pronto ir espreitar
Levo comigo o mano tuso
ele depois lhes virá contar..."
Charlie
"pousa uma rata no rego
de outra rata bem regada
será duplo aconchego
ou a bicha é despistada?
ou será que a rata é rato
algum bichinho lampeiro
e só busca um entreacto
para se aninhar no traseiro?
pois vendo bem de repente
e coisa que muito apraz
é tanger a rata à frente
e meter o rato atrás!"
OrCa
"O meter o rato à frente
e tanger a rata atrás
Ou será contrariamente
Já não sei como se faz
Tinham todas noutras eras
A bicheza bem definida
À frente tinham uma fera
e atrás a desprevenida
Quando se trocava de repente
por gosto ou só curiosidade
Ficavam com a rata à frente
não trocavam a verdade.
Mas agora nesta treta
duma rata em duplicado
sendo igual na dita greta
Fica o bicho baralhado
E assim quando se trata
do recado do Tí Orca
Já não sei se estou na rata
ou se na vizinha porca"
Charlie
"Que par de ratas tão querido!" - Bruno
"Esta foto faz-me lembrar a 3ª comichão na Guiné. Comia ratos ao almoço e ratas ao jantar..." - Mano69
Na vida pensando, quiçá adormecida,
Quando deu um salto, gritou, assustada,
Olhando para o bicho que contra ela vinha:
- Bicho feio, careca e pontudo
Que queres tu, desta rata assim pousada?
- Oh! criatura ingénua, tu sabes que eu quero é tudo,
Fazer-te guinchar enquanto te dou uma... fada"
Maria
"Esta é Mulher que tanto me apraz
Tem rata à frente, tem rata atrás
Tem bichinho bom e ordeiro
tanto à frente como no traseiro
É assim toda como se quer
pode-se comer de muita maneira
Mesmo voltando-se é sempre mulher
Tem na frente bicha traseira
Ou será que estou errado
E não sei já lugar certo
o bicho é todo ele entalado
Nesta rata ou lá por perto?
Pois agora estou confuso
deixe-me pronto ir espreitar
Levo comigo o mano tuso
ele depois lhes virá contar..."
Charlie
"pousa uma rata no rego
de outra rata bem regada
será duplo aconchego
ou a bicha é despistada?
ou será que a rata é rato
algum bichinho lampeiro
e só busca um entreacto
para se aninhar no traseiro?
pois vendo bem de repente
e coisa que muito apraz
é tanger a rata à frente
e meter o rato atrás!"
OrCa
"O meter o rato à frente
e tanger a rata atrás
Ou será contrariamente
Já não sei como se faz
Tinham todas noutras eras
A bicheza bem definida
À frente tinham uma fera
e atrás a desprevenida
Quando se trocava de repente
por gosto ou só curiosidade
Ficavam com a rata à frente
não trocavam a verdade.
Mas agora nesta treta
duma rata em duplicado
sendo igual na dita greta
Fica o bicho baralhado
E assim quando se trata
do recado do Tí Orca
Já não sei se estou na rata
ou se na vizinha porca"
Charlie
Post-Tits
Memorizado por Mosca Morta
Recebido pelo grupo de mensagens da funda São.
E tu, já recebes estas mensagens?
Os cobertores do Ti Ferro - por Charlie
Conheci-o numa das minhas voltas pela Lisboa antiga, numa altura em que se podia
ouvir cantar o fado, atrás das janelas, andando às cegas pelas ruas de Alfama,
subindo direito às sombras do Castelo e descendo depois para as ruelas que acabavam num abraço junto ao rio.
Olhei para aquela montra e entrei. Perguntei pelo preço dos cobertores que estavam na montra. Só depois de ter feito a pergunta é que reparei no despropósito. Era uma drogaria, com todas as coisas próprias deste tipo de negócio e onde mantas e cobertores não tinham aparentemente lugar.
Ele sorriu e disse-me:
- Dão sempre jeito na mala duma carripana de qualquer jovem.
E, dizendo isto, foi buscar uma e embrulhou-a, dando-me o preço com um pequeno desconto para acertar o valor. Ao mesmo tempo, entrou um homem que pediu um garrafão de água férrea. Ele pegou num garrafão, dirigiu-se à parte de trás do estabelecimento e voltou depois com o dito já cheio. O cliente pagou e saiu.
Fiquei curioso. Perguntei-lhe se tinha uma nascente e ele, vendo-me na ignorância e preso à ingenuidade da minha juventude, disse-me encostando a porta:
- Você é jovem, não é de cá... pensei que soubesse. Mas deixe dizer-lhe umas coisas.
Deixe-me ajudá-lo nestas questões da vida.
E puxou-me para a parte de trás da loja. Era um bar pequeno, completo com bebidas, dois bancos altos e uma mesa junto à porta para a rua das traseiras, que estava fechada.
- É aqui onde me entretenho depois das horas do expediente, agora siga-me!
No cimo das escadas havia um pequeno quarto, sem janelas mas com uma enorme clarabóia a iluminar uma cama e uma cadeira.
- E aqui é para onde as trago depois de um copo, mas quase sempre isso só acontece à primeira vez, porque à segunda querem logo vir para o quarto,sem mais nada! Elas entram na loja para comprar uma merda qualquer, tipo 5 escudos e gesso e eu dou-lhes a chave do bar. Voltam mais tarde quando já estou fechado. Nunca entram pela porta da frente. Como o bar nunca abre e a rua de trás é só de armazéns, tenho aqui o ideal para papá-las sem dar nas vistas.
Ficou olhando para mim e de repente acordou:
-Ah, pois, a água. As coisas são muito engraçadas. Esta água é da torneira, mas não sei se é de um cano ferrugento ou não sei que coisa possa ser, ela tem um sabor férreo e propriedades especiais.
Piscou-me o olho:
- Tem um efeito afrodisíaco. Queres levar uma garrafa, miúdo?
- Não preciso. Veja lá se com 23 anos queria que me faltasse a tusa.
- Pois a mim já me faltou com a tua idade, uma só vez e foi logo com uma gaja que me pôs maluco.
Olhou para mim e disse em jeito de sentença:
- Nunca te apaixones. Fode-as o mais cedo possível e passa para a seguinte. Conselho de quem sabe!
Já era a segunda vez que ouvia esse conselho no espaço de uma semana. O meu parceiro de cowboiadas e noitadas, um pouco mais velho que eu, já me dissera o mesmo. E logo eu, que sempre ligara os olhos de uma mulher a um naco de poesia a correr num rio de emoções ao primeiro toque dos lábios. Ele adivinhou os meus pensamentos e interrompeu-me:
- Quando as abordares pensa com a pila e não com o coração - e piscou-me o olho.
Abriu-me uma gaveta e mostrou-me um livro com nomes e cruzes. Cada nome uma mulher, cada cruz uma queca.
- Pensas que estas gajas não tem em casa afecto e carinho? Pensas que elas não tem quem as aqueça à noite e lhes faça sentir a poesia de dormirem agarrados um ao outro? Não é isso que elas procuram! Querem sexo puro e selvagem. Aventura! Foder! Sem compromissos.
Esperei um pouco olhando para ele e perguntei-lhe:
- Quando você está com elas pensa em quem?
Desviou os olhos para o chão e não me respondeu, mas eu disse-lhe:
- Pensa nela...
Ficámos a fitar-nos uns segundos eternos. Sem respirar, a medir-nos, a pesar coisas. Como que a querer terminar a conversa, disse-me:
- Nunca laves o cobertor. Eles são mergulhados nesta água antes de eu os pôr à venda...
Voltei anos mais, já sem o carro que tinha e sem o cobertor, e procurei pelas ruas a drogaria do Ti Ferro. Não a encontrei mas no lugar onde me parecia ter sido, havia um enorme buraco no chão e uns escombros resguardados por tapumes.
Desci uns bons cinquenta metros e entrei numa pastelaria antiga que já existia nesses distantes anos. Perguntei à senhora já idosa que estava ao balcão pela drogaria, mas ela respondeu que nunca se lembrara de haver ali nada. Retirou-se para o interior e de uma mesa respondeu um senhor, já idoso também:
- Ela não gostava dele. A minha mulher ia lá buscar coisas que precisava e tinha de voltar mais tarde reclamar que ele tinha aviado as coisas mal e havia sempre trocas a fazer. Um valdevinas! Olhe aquilo ruiu tudo com uns canos que rebentaram debaixo da casa. Ele foi-se embora. Encheu o carro com uns garrafões e umas mantas e nunca mais o viram. Partiu. Disse a uns que vêm aqui às vezes que ia resolver um assunto antigo...
Sorri.
Desejei do fundo do coração que ele a tivesse encontrado....
Charlie
ouvir cantar o fado, atrás das janelas, andando às cegas pelas ruas de Alfama,
subindo direito às sombras do Castelo e descendo depois para as ruelas que acabavam num abraço junto ao rio.
Olhei para aquela montra e entrei. Perguntei pelo preço dos cobertores que estavam na montra. Só depois de ter feito a pergunta é que reparei no despropósito. Era uma drogaria, com todas as coisas próprias deste tipo de negócio e onde mantas e cobertores não tinham aparentemente lugar.
Ele sorriu e disse-me:
- Dão sempre jeito na mala duma carripana de qualquer jovem.
E, dizendo isto, foi buscar uma e embrulhou-a, dando-me o preço com um pequeno desconto para acertar o valor. Ao mesmo tempo, entrou um homem que pediu um garrafão de água férrea. Ele pegou num garrafão, dirigiu-se à parte de trás do estabelecimento e voltou depois com o dito já cheio. O cliente pagou e saiu.
Fiquei curioso. Perguntei-lhe se tinha uma nascente e ele, vendo-me na ignorância e preso à ingenuidade da minha juventude, disse-me encostando a porta:
- Você é jovem, não é de cá... pensei que soubesse. Mas deixe dizer-lhe umas coisas.
Deixe-me ajudá-lo nestas questões da vida.
E puxou-me para a parte de trás da loja. Era um bar pequeno, completo com bebidas, dois bancos altos e uma mesa junto à porta para a rua das traseiras, que estava fechada.
- É aqui onde me entretenho depois das horas do expediente, agora siga-me!
No cimo das escadas havia um pequeno quarto, sem janelas mas com uma enorme clarabóia a iluminar uma cama e uma cadeira.
- E aqui é para onde as trago depois de um copo, mas quase sempre isso só acontece à primeira vez, porque à segunda querem logo vir para o quarto,sem mais nada! Elas entram na loja para comprar uma merda qualquer, tipo 5 escudos e gesso e eu dou-lhes a chave do bar. Voltam mais tarde quando já estou fechado. Nunca entram pela porta da frente. Como o bar nunca abre e a rua de trás é só de armazéns, tenho aqui o ideal para papá-las sem dar nas vistas.
Ficou olhando para mim e de repente acordou:
-Ah, pois, a água. As coisas são muito engraçadas. Esta água é da torneira, mas não sei se é de um cano ferrugento ou não sei que coisa possa ser, ela tem um sabor férreo e propriedades especiais.
Piscou-me o olho:
- Tem um efeito afrodisíaco. Queres levar uma garrafa, miúdo?
- Não preciso. Veja lá se com 23 anos queria que me faltasse a tusa.
- Pois a mim já me faltou com a tua idade, uma só vez e foi logo com uma gaja que me pôs maluco.
Olhou para mim e disse em jeito de sentença:
- Nunca te apaixones. Fode-as o mais cedo possível e passa para a seguinte. Conselho de quem sabe!
Já era a segunda vez que ouvia esse conselho no espaço de uma semana. O meu parceiro de cowboiadas e noitadas, um pouco mais velho que eu, já me dissera o mesmo. E logo eu, que sempre ligara os olhos de uma mulher a um naco de poesia a correr num rio de emoções ao primeiro toque dos lábios. Ele adivinhou os meus pensamentos e interrompeu-me:
- Quando as abordares pensa com a pila e não com o coração - e piscou-me o olho.
Abriu-me uma gaveta e mostrou-me um livro com nomes e cruzes. Cada nome uma mulher, cada cruz uma queca.
- Pensas que estas gajas não tem em casa afecto e carinho? Pensas que elas não tem quem as aqueça à noite e lhes faça sentir a poesia de dormirem agarrados um ao outro? Não é isso que elas procuram! Querem sexo puro e selvagem. Aventura! Foder! Sem compromissos.
Esperei um pouco olhando para ele e perguntei-lhe:
- Quando você está com elas pensa em quem?
Desviou os olhos para o chão e não me respondeu, mas eu disse-lhe:
- Pensa nela...
Ficámos a fitar-nos uns segundos eternos. Sem respirar, a medir-nos, a pesar coisas. Como que a querer terminar a conversa, disse-me:
- Nunca laves o cobertor. Eles são mergulhados nesta água antes de eu os pôr à venda...
Voltei anos mais, já sem o carro que tinha e sem o cobertor, e procurei pelas ruas a drogaria do Ti Ferro. Não a encontrei mas no lugar onde me parecia ter sido, havia um enorme buraco no chão e uns escombros resguardados por tapumes.
Desci uns bons cinquenta metros e entrei numa pastelaria antiga que já existia nesses distantes anos. Perguntei à senhora já idosa que estava ao balcão pela drogaria, mas ela respondeu que nunca se lembrara de haver ali nada. Retirou-se para o interior e de uma mesa respondeu um senhor, já idoso também:
- Ela não gostava dele. A minha mulher ia lá buscar coisas que precisava e tinha de voltar mais tarde reclamar que ele tinha aviado as coisas mal e havia sempre trocas a fazer. Um valdevinas! Olhe aquilo ruiu tudo com uns canos que rebentaram debaixo da casa. Ele foi-se embora. Encheu o carro com uns garrafões e umas mantas e nunca mais o viram. Partiu. Disse a uns que vêm aqui às vezes que ia resolver um assunto antigo...
Sorri.
Desejei do fundo do coração que ele a tivesse encontrado....
Charlie
PORNanima - mais, mais, mais... oh, mais!...
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quando podes fazer os teus próprios
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