19 dezembro 2005

Qual a Melhor Legenda?


(via Sasisa)
São Rosas - debicar o bico
caralhinho cor-de-rosa - "Vale mais um bico na mão do que dois a voar"
Charlie - "Queres que te faça um bico?"
Flupke - Mamão Marmelo Gaivota
- até os passarinhos gostam
JF - bigus bubus avis rarus picus
Zeak - Matinal meio gordo
Matahary - "Ai! Não me vazes a outra!"
Onanistélico - Luta de bicos
Garfanho - "Não estragues, gaivota estúpida!" ou "Noé, farias bem em ter mandado as gaivotas p'ó caralho!"
1313 - "Silicone Air" ou "Quem com as duas mãos na fruta agarrar, fica a ver a pássara a voar" (provérbio Metralha)
Luis - "O que é esta merda que tenho aqui no cu?"
Daniel - "Uma gaivota voava, voava. Filha da puta, nunca mais mamava"
Mano 69 - "Ai, queres leitinho? Então toma!"
Macaco Adriano - "Das Aves Mamíferas"
JF - "Larga-ma mama"
Maria Árvore - "Gaivotas não mamam! Que bico estranho..."
Xicobilhas - "Atentado às torres gémeas"

A sabedoria popular - pela Didas

A Didas fez obras na padaria.
Os brioches que ela faz continuam a ser uma delícia. E os cacetes recomendam-se.
Um exemplo de uma fornada recente,
"ouvida bem alto no front office, da boca duma velhinha de muletas:
menina, quem se espreguiça... quer piça!"

O Charlie retreta... digo, retrata a São Rosas

Das sedas correndo das mãos
Não perturba em gritos agrestes
O descanso da dona São
Que não usa dessas vestes.

Ela sabe-se no seu lugar
e por isso sedas não grita.
É matrona em gostos de usar
Preparos leves e panos de chita

Mas de mãos também useira
de urgências e humidades
Tem ânsias de vez primeira
Está de eternas mocidades

Tem peles e ventre macios
Face de anjo, pele rosada
Conta quem muito bem a viu
É a mesma São, não perdeu nada.


E por isso as tais carícias
Colhem-lhe toda a ternura
Coxas quentes
e coisas ímpias
Dedos urgentes
e beijos ardentes
Tudo menos a seda pura...

Charlie

Que bicho é este?!...

... Será um daqueles que se tocam?!

(tocado pela Gotinha)
Cá para mim é um alforrénis! A Maria acha que é uma piçarreca. Segundo o Mano 69, pode ser uma «carapiça portuguesa» ou uma anemonapiça. O Vohmito chama-lhe anemonalho. O Macaco Adriano não sabe como se chama, "mas que é um animal do caralho, lá isso é".

18 dezembro 2005

Na Dita

Toquem-lhe na "DITA" e vejam o que acontece....

4º Encontra-a-Funda - a fodografia de grupo

A Rainha D. Leonor abriu o seu regaço para nos acolher... e fazer um pedido:

Crica na imagem para veres o sexo em grupo
Uma vez mais, obrigada, Mad e Nikonman.
Foi um belo fim de semana, não foi?
Entretanto, a Maria tem feito várias tentativas para identificar a São Rosas: primeira, segunda, terceira,...

A Poça da Beija

O UGAJU visitou recentemente um jacuzzi natural nas Furnas onde eu também já tive o prazer de estar.

Fodografia de Fernando Fonseca
página do Parque de Campismo das Furnas (ilha de S. Miguel - Açores)

"Segui por um carreiro que acompanhava uma levada com água transparente, mas com uma tonalidade que lembrava o chá. Não tardei a chegar a uma pequena caverna com água quente onde se encontrava um casal açoriano a banhar-se. Como bom alentejano meti conversa. Não tardou muito para me perguntarem:
- Sabe como é qu'isto se chama?
- Como?
- Poça da Beija!
- Porquê?
- Veja lá a forma qu'isto tem!
- Hmmm... não há língua qu'a satisfaça!"

Sem recibo

Até que aqueles cabelos compridos a imitar a rebelião dos seus vinte e muitos anos me eram apelativos à vistinha, tal como era eficiente a sua profunda respiração boca a boca com dedos massajadores no pescoço. Digo mesmo que os seus olhos alucinados num misto de nirvana e dor quando os meus braços se suspendiam sobre a sua cabeça para ganhar balanço a cavalgar o seu ai-jesus, conscientemente apertado de forma sincopada até à espremidela final, me faziam salivar.

Por isto mesmo, cada vez mais acredito, Sãozinha, que a pele e o corpo costuradas em roupa de sexo são a coisa mais fácil de se lhe partilhar com outros já que quem dá, logo ali também recebe, como duas vacas ou dois porcos que comem da mesma gamela e ninguém se chateia.

E assim, São, quando a propósito de Melilla ele começou a vomitar do umbigo o medo da invasão dos negros Europa adentro, para serem servidos deste pouco que mal nos chega que não vamos nós passar mal por causa dos outros e perante os meus olhos dardejantes tentou pôr de escudo a religião muçulmana dos ditos indívíduos que até minimiza as mulheres, comecei a sentir-me nauseada com o cheiro de tanta mosca esvoaçante sobre crianças esfomeadas misturado com o odor de branquinhos de neve a aspergirem-se abundantemente de perfume Egoiste da Chanel e mandei-o levar no cu.

Títulos de filmes porno - por Seven

Há poucos dias relembrámos aqui alguns títulos deliciosos de filmes porno norte-americanos e portugueses.
Seven, do blog Obvious, fez agora uma análise bem mais aproFundada em dois posts distintos:
«Porno graphia porthuguesa»
e
«Pornografía espanhula, coño!»
Permito-me destacar a poesia em título: «Bajo el abeto, te la meto». Seven ainda recomenda esta página... e eu também.

17 dezembro 2005

Acomoda São


(entalado - salvo seja - pelo Nikonman)

Dos Jornais, em Outubro de 2003 - OrCa

sobre uma pretensa invasão de prostitutas brasileiras por terras de
Bragança, contestada por três ou quatro cidadãs da urbe,
que viram a paz do lar abalada e a fidelidade conjugal diluir-se
em frágil figura de retórica... e à qual a Time achou por bem
conferir honras de capa de edição
*
As «Mães de Bragança» não vão às putas
na verdade
essas almas impolutas
nem vão nem deixam ir os maridos
e pior com os amantes mal-amados
ou filhos
ou enteados
cadilhos encadeados
por receio de afectos
transviados

e não passam afinal de três ou quatro
essas mães que abrem mão do bom recato
para o triste e putativo desacato
do combate à presuntiva prostituta
que lhes rouba o aconchego sem dar luta
e abominam
exorcizam
noticiam
que Bragança invadida por rameiras
- pior
por feiticeiras altamente torneadas
e mulatas
desvairadas brasileiras... -
lhes desviam mais-valias conjugais
e esgotam traiçoeiras
seus parceiros
em orgias
desbragados bacanais
que dão brado nos jornais do mundo inteiro

mas esquecem essas mães sacerdotais
que outrora um bragantino mais enxuto
esfarrapado talvez e basto hirsuto
(e um minhoto
um algarvio
outro do meio...)
pela força muito mais que pelo dinheiro
mal curado do pavor do escorbuto
derrubou mais do que amou nas verdes matas
as castanhas ou até negras retintas
dando ao mundo essas tão belas mulatas
que ora invadem as paisagens transmontanas
e por entre um ai de amor buscam o pai
talvez um tio
ou - quem sabe? - o trisavô
albardado pelas suas sete quintas

e para essas mães de Bragança
pias maganas
com a melhor das intenções se estão nas tintas!

Que alguém diga por piedade
às impolutas
mulheres donas e finaças bragantinas
que as brasileiras
coitadas
dissolutas
apesar de pouco mais serem que putas
são mulheres como as demais
e são humanas
algumas delas pouco mais são que meninas
tantas delas afinal até são mães

e se partilham por dinheiro as suas camas
em reboredos desvairados e carnais
saciando viris fomes transmontanas
só para à fome elas próprias não caírem
mais não fazem que cobrar com o que podem

e fazendo o que assim podem pelos pais
nem se lhes peça ainda mais
que mais não devem.

OrCa

*Nota da editora (eu) - O que eu tive que fazer naquela altura para conseguir comprar um exemplar da Time... mas consegui (enviaram-ma da Holanda!...). E faz parte da minha colecção, para mostrar no futuro que este tema, infelizmente, ainda não está datado. E os jornais continuam a falar das «mães de Bragança», graças à velocidade estonteante da justiça portuguesa.

Este poema faz parte integrante do livro do Jorge Castro «Contra a Corrente», que recomendo. Instruções para encomenda aqui.

Chupa

– Chupa-me isto?
– Desculpe? – Perguntou, desconfiada, a belíssima e simpática empregada, fitando-me com os seus grandes olhos negros.
– Chupa-me isto – repeti, apontando para uma lata que se encontrava em cima do balcão cheia de paus com grandes cabeçorras coloridas.
– Misto? – Arriscou ela, olhando para os chupas.
– Sim – assenti, – tem chupa misto?
– Tinha percebido outra coisa – e riu-se, com um risinho encantador. – Chupa misto?
– Eu chupo!
– Diga?
– Se me der, eu chupo.
– Se lhe der o quê? – Ela arqueou as sobrancelhas, semicerrou os olhos e apertou os lábios, ficando com uma expressão deliciosa.
– O chupa.
– Ah! O chupa... De quê?
– Misto, de banana.
– Chupa de banana? Não há. Só há chupa misto...
– Agora?
– Agora, o quê?
– Chupa misto agora?
– Desculpe lá, o senhor está a gozar comigo?!
– Por agora estou a gozar sozinho, mas não me importava de gozar consigo.
– O quê?! – Ficou um pouco corada. – Está a brincar?
– Não, não vê que tenho as duas mãos aqui em cima do balcão? Não estou a brincar.
Ela sorriu, com um trejeito que lhe levantou ligeiramente os lábios para a direita. Os olhos, negros, voltaram a brilhar.
– Mas, afinal, quer o chupa ou não?
– Não, deixe lá. É só o café.
– Já não vai o chupa misto? – Insistiu, deixando antever um sorriso trocista.
– Nã...
– É pena – disse ela, virando-me as costas para registar o café, – eu saía às seis.
– Já não sai?
– Saio – respondeu, sem se virar.
– Então, está bem, levo dois.
– Para comer já ou quer que embrulhe?
– Embrulhe, que eu venho buscá-los às seis.
– Está bem.

Borrego, de Garfiar, só me apetece