24 dezembro 2005
Mais uma peça para a minha colecção
Esta é uma pequena estatueta em bronze, com um segredo delicioso, que veio da Áustria. Fechada, é um turco com um gato ao colo. Abrindo a capa articulada, vêem-se (e vêm-se em) malandrices: E continuo sem encontrar quem queira investir num espaço de exposição para a minha colecção...
Resolução estupenda - por Mano 69
Na quarta-feira de 27 de Junho de 1579 reúne-se a edilidade Coimbrã para resolver a questão dos estudantes da Universidade que residiam nas casas da Rua da Calçada e da Praça. Com a intenção louvável de lhes impedir a cabulice, naturalmente mais fácil na “Baixa” do que na “Alta” da cidade, pois não queria a Câmara que os rapazes morassem na "Baixa" pela peregrina razão de fazerem correr sério risco aos… homens casados.
«(…) Quem nos diz (…) é o escrivão Pero Cabral da Costa, (…)
Aos 27 dias do mes de Junho de (15)79 anos nesta Câmara onde estavam juntos Diogo Marmeleiro, vereador e juiz pela ordenação, os vereadores Aires Gonçalves de Macedo, Doutor Gonçalo Gil, vereador do corpo da Universidade, o procurador Gonçalo Ramos e João Fernandes dos vinte e quatro, se praticou que era grande inconveniente e prejuízo desta cidade e das mulheres casadas e devassidão das casas dos homens casados morarem estudantes nas Ruas da Calçada e Praça desta cidade e haver nelas pupilos e por ser isto tão notoriamente grande inconveniente, sempre se guardara esta ordem e assim se usava e guardava, por mandado dos Reitores da Universidade e se diz ser dadas sentenças no caso sobre isso: pelo que acordaram e mandaram que se desse conta do sobredito ao Snr. D. Nuno, Reitor da Universidade, para que favorecesse este negócio, para o que elegeram o Doutor Gonçalo Gil, vereador do Corpo da Universidade e mandaram que se notificasse com penas aos moradores das ditas ruas, que não agasalhassem em suas casas pupilos, nem as alugassem a estudantes, com penas, de que se faria auto das tais notificações, de que mandaram fazer este que assinaram no livro.»
in BRITO, Alberto Moreira da Rocha (1944) Horas coimbrãs
Coimbra: Coimbra Editora. Págs. 68-69
Mano 69
«(…) Quem nos diz (…) é o escrivão Pero Cabral da Costa, (…)
Aos 27 dias do mes de Junho de (15)79 anos nesta Câmara onde estavam juntos Diogo Marmeleiro, vereador e juiz pela ordenação, os vereadores Aires Gonçalves de Macedo, Doutor Gonçalo Gil, vereador do corpo da Universidade, o procurador Gonçalo Ramos e João Fernandes dos vinte e quatro, se praticou que era grande inconveniente e prejuízo desta cidade e das mulheres casadas e devassidão das casas dos homens casados morarem estudantes nas Ruas da Calçada e Praça desta cidade e haver nelas pupilos e por ser isto tão notoriamente grande inconveniente, sempre se guardara esta ordem e assim se usava e guardava, por mandado dos Reitores da Universidade e se diz ser dadas sentenças no caso sobre isso: pelo que acordaram e mandaram que se desse conta do sobredito ao Snr. D. Nuno, Reitor da Universidade, para que favorecesse este negócio, para o que elegeram o Doutor Gonçalo Gil, vereador do Corpo da Universidade e mandaram que se notificasse com penas aos moradores das ditas ruas, que não agasalhassem em suas casas pupilos, nem as alugassem a estudantes, com penas, de que se faria auto das tais notificações, de que mandaram fazer este que assinaram no livro.»
in BRITO, Alberto Moreira da Rocha (1944) Horas coimbrãs
Coimbra: Coimbra Editora. Págs. 68-69
Mano 69
23 dezembro 2005
na tal vidinha
na tal de homem ou mulher
na tal de alma tão contusa
na tal é quando alguém quer
na tal tanto que se abusa
se é na tal que dás prendas
se é na tal rabanada
se é na tal que te alindas
se é na tal perfumada
se é na tal a alegria
se é na tal a ternura
come na tal a aletria
sente na tal a doçura
porque é na tal mais intenso
porque é na tal a viagem
de entrar na tal por consenso
de ser na tal vadiagem
se é na tal noite escura
se é na tal alvorada
seja na tal a ventura
de ser na tal desejada
será na tal que se imprime
na tal de orgasmo a premência
por ser na tal tão sublime
por ter na tal tanta urgência.
E muitos votos de festinhas alegres...
na tal de alma tão contusa
na tal é quando alguém quer
na tal tanto que se abusa
se é na tal que dás prendas
se é na tal rabanada
se é na tal que te alindas
se é na tal perfumada
se é na tal a alegria
se é na tal a ternura
come na tal a aletria
sente na tal a doçura
porque é na tal mais intenso
porque é na tal a viagem
de entrar na tal por consenso
de ser na tal vadiagem
se é na tal noite escura
se é na tal alvorada
seja na tal a ventura
de ser na tal desejada
será na tal que se imprime
na tal de orgasmo a premência
por ser na tal tão sublime
por ter na tal tanta urgência.
E muitos votos de festinhas alegres...
Feliz Natal
cores
Primeiro mandou-me um sms, "Café", faltava-lhe o ponto de interrogação, mas eu percebi que era um convite. Seriam umas duas da tarde e o café, a ser o caso, seria bebido depois do jantar. Não respondi.
Uma hora depois, outro: "Preciso conversar ctg". O ctg era eu. Meia hora depois respondi, "ok. Café e conversa".
Pelas seis o programa mudou: "Queres jantar?". Estranhei a frase completa e a correcção do português e, principalmente, o pormenor do ponto de interrogação.
Quinze minutos depois, sob o olhar atento do Borrego e o sorriso trocista do Oliveira, nova mensagem: "vamos". A palavra completa pressupunha algum cuidado na escrita, a ausência de maiúscula e de ponto de interrogação indiciavam urgência e davam sinal de alguma impaciência. Devia ter percebido, mas, a verdade, é que não liguei.
"Onde? Quando? Como? Com quem?", procurei saber.
"lá 8 meia lá so". O só já não teve direito a acento. Ou seja, íamos jantar os dois, cada um em seu transporte, ao restaurante do costume, às 20.30.
Fomos.
Ainda não tinham vindo as bebidas, já ela arrancava um esclarecedor:
– Temos de falar.
Eu respondi perguntando porquê e ela avançou:
– Não podemos continuar assim.
– Assim, como?
– Isto não é saudável.
– O quê?
– Nós.
– Nós não somos saudáveis? – Perguntei, mas não queria gozar, saiu-me.
– Não estou a brincar, Pereira.
– Nem eu. Não era isso que eu queria dizer – justifiquei-me. – O que é que se passa?
– Abusas dos "ques"!
– Desculpa?
– Estava a brincar. – Sorriu por sms. – Não podemos continuar assim... Quer dizer, casámos, divorciámo-nos e agora andamos a... Quer dizer, temos uma amizade colorida. – Fez uma pausa e continuou: – Já não tenho idade para isto, nem feitio...
– Tem sido bom – atalhei.
– Tem – concordou ela, – mas não é isso que interessa.
– Não, porquê?
– Isto não é vida – respondeu ela, categórica.
– E o que é? O que é a vida?
– Sei lá, mas isto não é. Isto não nos leva a lado nenhum.
– E porque havemos de querer ir a algum lado?
– Eu quero!
E se ela queria, não havia nada a fazer, só deixar a poeira assentar. É o que andamos a fazer. Pode ser que qualquer dia ela me ligue ou me escreva um e-mail. Ou pode ser que não. De todo o modo, após digerirmos o ponto de exclamação que podia ter concluído a conversa, esta continuou:
– Mas já sabes para onde queres ir? – Perguntei para desanuviar.
– Não é um sítio, Pereira, é a minha vida.
– Eu sei que não é um sítio, eu sei que é a tua vida – expliquei. – O que comemos?
– Estás a pensar em comer? – Pelo olhar que me fez, ela também devia estar a pensar em comer, ou melhor, em comer-me (sem qualquer conotação sexual).
– Estamos num restaurante – lembrei-lhe – e são horas de jantar.
– Não tenho fome nenhuma. – Olhou em volta, fez uma careta e perguntou: – Se nos fossemos embora, parecia mal?
– Ainda não pedimos – encolhi os ombros, – arranjamos uma desculpa e vamos embora. Acho que o Sr. Fernando percebe.
– Então vamos, não quero ficar aqui.
Saímos e, a convite dela, que eu agradeci, fomos para a sua casa comer e, a iniciativa foi dela, nem tudo o que comemos foi alimento – do you know what i mean?, nudge, nudge, do you know what i mean?
E, no fim, ainda deitados a olhar sei lá para onde, a conversa da vida, do rumo e do desejo, da idade, das complicações e dos sentimentos, dos encontros coloridos e da poeira envolvente voltou e agora está a assentar.
Deixá-la!
Uma hora depois, outro: "Preciso conversar ctg". O ctg era eu. Meia hora depois respondi, "ok. Café e conversa".
Pelas seis o programa mudou: "Queres jantar?". Estranhei a frase completa e a correcção do português e, principalmente, o pormenor do ponto de interrogação.
Quinze minutos depois, sob o olhar atento do Borrego e o sorriso trocista do Oliveira, nova mensagem: "vamos". A palavra completa pressupunha algum cuidado na escrita, a ausência de maiúscula e de ponto de interrogação indiciavam urgência e davam sinal de alguma impaciência. Devia ter percebido, mas, a verdade, é que não liguei.
"Onde? Quando? Como? Com quem?", procurei saber.
"lá 8 meia lá so". O só já não teve direito a acento. Ou seja, íamos jantar os dois, cada um em seu transporte, ao restaurante do costume, às 20.30.
Fomos.
Ainda não tinham vindo as bebidas, já ela arrancava um esclarecedor:
– Temos de falar.
Eu respondi perguntando porquê e ela avançou:
– Não podemos continuar assim.
– Assim, como?
– Isto não é saudável.
– O quê?
– Nós.
– Nós não somos saudáveis? – Perguntei, mas não queria gozar, saiu-me.
– Não estou a brincar, Pereira.
– Nem eu. Não era isso que eu queria dizer – justifiquei-me. – O que é que se passa?
– Abusas dos "ques"!
– Desculpa?
– Estava a brincar. – Sorriu por sms. – Não podemos continuar assim... Quer dizer, casámos, divorciámo-nos e agora andamos a... Quer dizer, temos uma amizade colorida. – Fez uma pausa e continuou: – Já não tenho idade para isto, nem feitio...
– Tem sido bom – atalhei.
– Tem – concordou ela, – mas não é isso que interessa.
– Não, porquê?
– Isto não é vida – respondeu ela, categórica.
– E o que é? O que é a vida?
– Sei lá, mas isto não é. Isto não nos leva a lado nenhum.
– E porque havemos de querer ir a algum lado?
– Eu quero!
E se ela queria, não havia nada a fazer, só deixar a poeira assentar. É o que andamos a fazer. Pode ser que qualquer dia ela me ligue ou me escreva um e-mail. Ou pode ser que não. De todo o modo, após digerirmos o ponto de exclamação que podia ter concluído a conversa, esta continuou:
– Mas já sabes para onde queres ir? – Perguntei para desanuviar.
– Não é um sítio, Pereira, é a minha vida.
– Eu sei que não é um sítio, eu sei que é a tua vida – expliquei. – O que comemos?
– Estás a pensar em comer? – Pelo olhar que me fez, ela também devia estar a pensar em comer, ou melhor, em comer-me (sem qualquer conotação sexual).
– Estamos num restaurante – lembrei-lhe – e são horas de jantar.
– Não tenho fome nenhuma. – Olhou em volta, fez uma careta e perguntou: – Se nos fossemos embora, parecia mal?
– Ainda não pedimos – encolhi os ombros, – arranjamos uma desculpa e vamos embora. Acho que o Sr. Fernando percebe.
– Então vamos, não quero ficar aqui.
Saímos e, a convite dela, que eu agradeci, fomos para a sua casa comer e, a iniciativa foi dela, nem tudo o que comemos foi alimento – do you know what i mean?, nudge, nudge, do you know what i mean?
E, no fim, ainda deitados a olhar sei lá para onde, a conversa da vida, do rumo e do desejo, da idade, das complicações e dos sentimentos, dos encontros coloridos e da poeira envolvente voltou e agora está a assentar.
Deixá-la!
Objectos malandrecos
Aqui o Pedro Oliveira está a meter-se (a Fundo) comigo... e com o Garfanho no conto aqui de cima.
Refª 0145/DIVORCIO-0456932
Refª 0145/DIVORCIO-0456932
22 dezembro 2005
CISTERNA da Gotinha
Este é o verdadeiro strip de Natal!
Fuck Yoga: enviado pela MataHary.
Match-a-Boob: vamos a um joguinho?!
Natal mais erótico só aqui na Funda! Com direito a chapéu para proteger as orelhitas...
Os 100 melhores Corpos: uma selecção da revista Zoo Magazine.
Fuck Yoga: enviado pela MataHary.
Match-a-Boob: vamos a um joguinho?!
Natal mais erótico só aqui na Funda! Com direito a chapéu para proteger as orelhitas...
Os 100 melhores Corpos: uma selecção da revista Zoo Magazine.
[...] até os tomates estorvam!
Há cenas que são engraçadas e um gajo ri-se e tal, mas sinceramente vamos lá saber: Quantos de vocês, homens, fariam melhor nesta situação? É que não é tão simples como parece. Aquelas coisas têm a mania de se fazerem difíceis de aplicar e não é propriamente como se abundassem cursos de formação sobre o assunto. E com tanta gente a ver, um gajo enerva-se... Ser homem não é fácil. Update: Já este parece estar muito à vontade com as mulheres. Completamente relaxado... muito melhor que o primeiro lá de cima. |
Sê Feliz Na Tal...
A Gotinha propõe-nos esta página do desodorizante Linx (Axe) para enviarmos mensagens feitas com a ajuda (muito animada) de duas voluntárias em lingerie vermelha:
Lynx Alphabet Girls
Lynx Alphabet Girls
Continuo a receber sorrisos
"Não, não sou... lamento mas não sou...
Alguém que desista facilmente... não sou...
A minha curiosidade persiste... (é o problema de ser gaja)...
Tive direito a post e tudo... (ainda estou para perceber se isso foi positivo ou não :)
Mas a verdade é que a São não respondeu... não falou... limitou-se a pôr o post... a agradecer...
Esperava mais da mulher furacão que incendeia a mente de muitos homens... e mulheres...
Esperava uma resposta à altura... ainda espero... quem sabe...
E a curiosidade continua à deriva no mar do desejo...
Um sorriso meu para si :)"
Alguém que desista facilmente... não sou...
A minha curiosidade persiste... (é o problema de ser gaja)...
Tive direito a post e tudo... (ainda estou para perceber se isso foi positivo ou não :)
Mas a verdade é que a São não respondeu... não falou... limitou-se a pôr o post... a agradecer...
Esperava mais da mulher furacão que incendeia a mente de muitos homens... e mulheres...
Esperava uma resposta à altura... ainda espero... quem sabe...
E a curiosidade continua à deriva no mar do desejo...
Um sorriso meu para si :)"
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