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23 fevereiro 2006
O trauma do apalpa- folgas
Eu sei que foi uma ideia peregrina, Sãozinha, quando no Natal passado, numa altura em que o Aki está a abarrotar de gente a acotovelar-se na escolha das bolas, das fitas brilhantes, dos lacinhos, das luzes que piscam até doer a vista, dos presépios com mais ou menos figuras, das meias de Pai Natal importadas da tradição escandinava e até dos Pais Natal de pendurar na janela, só a mim me lembraria ir para lá procurar madeiras para fazer mais uns metros de estante em casa.
Com o papelinho das medidas em riste lá avancei com muitos com licença por aqueles casacos e kispos cheios de braçados de decorações de Natal até arribar à silenciosa secção de madeiras, espiolhando as espessuras e larguras. Dirigi-me ao balcão, interrompendo o intenso jogo que o encarregado da secção disputava no telemóvel e expliquei-lhe quantas tábuas queria. Ele saiu de trás do balcão e acompanhei-o a indicar a madeira que ele carregou como uma canastra até à máquina de corte. Fixei as mãos dele enquanto seguravam firmemente a tábua e suponho que a insistência do olhar o fez levantar as pálpebras na minha direcção. Nesse instante pensei que aquele era um cenário adequado a um filme porno em que sem uma palavra o homem do corte despia a bata do serviço e me chamava para a bancada do fundo, transformando magicamente as minhas jeans numa mini-saia de pregas, para de calças arreadas até aos joelhos me penetrar ao som dos formões, martelos e serrotes a abanar.
É claro que peguei nas madeiras cortadas e abalei para a bicha das caixas mas parece-me, Sãozinha, que o facto de antes desta cena ter pintado com tinta para a madeira das portas o apalpa-folgas do meu mais que tudo, que aliás deu uma trabalheira desgraçada para lavar, me marcou mais do que supunha.
Com o papelinho das medidas em riste lá avancei com muitos com licença por aqueles casacos e kispos cheios de braçados de decorações de Natal até arribar à silenciosa secção de madeiras, espiolhando as espessuras e larguras. Dirigi-me ao balcão, interrompendo o intenso jogo que o encarregado da secção disputava no telemóvel e expliquei-lhe quantas tábuas queria. Ele saiu de trás do balcão e acompanhei-o a indicar a madeira que ele carregou como uma canastra até à máquina de corte. Fixei as mãos dele enquanto seguravam firmemente a tábua e suponho que a insistência do olhar o fez levantar as pálpebras na minha direcção. Nesse instante pensei que aquele era um cenário adequado a um filme porno em que sem uma palavra o homem do corte despia a bata do serviço e me chamava para a bancada do fundo, transformando magicamente as minhas jeans numa mini-saia de pregas, para de calças arreadas até aos joelhos me penetrar ao som dos formões, martelos e serrotes a abanar.
É claro que peguei nas madeiras cortadas e abalei para a bicha das caixas mas parece-me, Sãozinha, que o facto de antes desta cena ter pintado com tinta para a madeira das portas o apalpa-folgas do meu mais que tudo, que aliás deu uma trabalheira desgraçada para lavar, me marcou mais do que supunha.
22 fevereiro 2006
O quarto - por Frans Mensink
O SirHaiva deixa-me sempre roidinha de inveja com as descobertas que faz.
Desta vez, permitiu-me conhecer a arte erótica de Frans Mensink. E esta sua história, em que avanças cricando na imagem:
The Room
Desta vez, permitiu-me conhecer a arte erótica de Frans Mensink. E esta sua história, em que avanças cricando na imagem:
The Room
relembrando Natália Correia
«O acto sexual é para fazer filhos» - disse ele
Um poema de Natália Correia a João Morgado (CDS)
«O acto sexual é para ter filhos» - disse na Assembleia da República, no dia 3 de Abril de 1982, o então deputado do CDS João Morgado num debate sobre a legalização do aborto. A resposta de Natália Correia, em poema - publicado depois pelo Diário de Lisboa em 5 de Abril desse ano - fez rir todas as bancadas parlamentares, sem excepção, tendo os trabalhos sido interrompidos por isso:
Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.
(relembrado por Padrinho)
A bem da verdade, comentou o fgs: "Só um pequeno esclarecimento: o João Morgado respondeu que era pai de de dois filhos e não de um. Ao que a Natália retorquiu que bastava então substituir truca-truca por truca-truca-truca-truca. A verdade acima de tudo, mesmo fodendo a métrica".
Um poema de Natália Correia a João Morgado (CDS)
«O acto sexual é para ter filhos» - disse na Assembleia da República, no dia 3 de Abril de 1982, o então deputado do CDS João Morgado num debate sobre a legalização do aborto. A resposta de Natália Correia, em poema - publicado depois pelo Diário de Lisboa em 5 de Abril desse ano - fez rir todas as bancadas parlamentares, sem excepção, tendo os trabalhos sido interrompidos por isso:
Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.
(relembrado por Padrinho)
A bem da verdade, comentou o fgs: "Só um pequeno esclarecimento: o João Morgado respondeu que era pai de de dois filhos e não de um. Ao que a Natália retorquiu que bastava então substituir truca-truca por truca-truca-truca-truca. A verdade acima de tudo, mesmo fodendo a métrica".
21 fevereiro 2006
CISTERNA da Gotinha
Adrianne Curry na Playboy.
Whack off : jogo.
Unscathed Corpse: "open to curious, weird, sexiest, funny, crazy and interesting sites."
Já podem ir escolhendo o fato de banho para o Verão 2006.
Todas nós temos uma Super-Mulher dentro de nós!!
Dez sinais que indiciam excesso de pornografia... quem se acusa com mais de 5 sinais??!
Whack off : jogo.
Unscathed Corpse: "open to curious, weird, sexiest, funny, crazy and interesting sites."
Já podem ir escolhendo o fato de banho para o Verão 2006.
Todas nós temos uma Super-Mulher dentro de nós!!
Dez sinais que indiciam excesso de pornografia... quem se acusa com mais de 5 sinais??!
Publicidade à fruta e aos legumes
Campanha para uma loja alemã em que são mostrados os preços dos espargos, das peras, das bananas e dos melões:
Crica para veres todas as imagens
Crica para veres todas as imagens
Masturbação - por Maria Teresa Horta
Eis o centro do corpo
o nosso centro
onde os dedos escorregam devagar
e logo tornam onde nesse
centro
os dedos esfregam - correm
e voltam sem cessar
e então são os meus
já os teus dedos
e são meus dedos
já a tua boca
que vai sorvendo os lábios
dessa boca
que manipulo - conduzo
pensando em tua boca
Ardência funda
planta em movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
é esse movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
é esse movimento
em torno
em volta
no centro desses lábios
que a febre toma
engrossa
e vai cedendo a pouco e pouco
nos dedos e na palma
Maria Teresa Horta
(obrigada, Miguel P., por nos relembrares esta delícia)
o nosso centro
onde os dedos escorregam devagar
e logo tornam onde nesse
centro
os dedos esfregam - correm
e voltam sem cessar
e então são os meus
já os teus dedos
e são meus dedos
já a tua boca
que vai sorvendo os lábios
dessa boca
que manipulo - conduzo
pensando em tua boca
Ardência funda
planta em movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
é esse movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
é esse movimento
em torno
em volta
no centro desses lábios
que a febre toma
engrossa
e vai cedendo a pouco e pouco
nos dedos e na palma
Maria Teresa Horta
(obrigada, Miguel P., por nos relembrares esta delícia)
20 fevereiro 2006
o poema do dia seguinte
abri a manhã devagarinho
já espantei os passageiros da noite
já sonhei tantas melodias surdas
e enchi-me de loucas cores absurdas
pintei cores e aromas
sonhados no branco do espelho
fui buscá-los a um poema passado
desenhado a ouro e a vermelho
amanhã visto-me de beijos vagabundos
e saio à rua
celebrando mais um dia.
LolaViola
O Dom OrCa pede autorização à LolaViola para uma interferência: "digo daqui o que o poema dela me sugeriu, imaginando alguém ainda encostado, discretamente, à parede fronteiriça daquela casa, ao dealbar do dia...
o poema da noite anterior
nem a noite me soltava
nem a manhã me trazia outro sabor
além de ti
apenas a luz difusa desse quarto a desvanecer-se
na bruma matinal dos meus sentidos
sei-me verso perdido de um teu poema
e espero do dia que desperta
que a noite caia depressa
onde me enleie
vagabundo
no acaso dos teus braços".
Ao Charlie também lhe apeteceu oder:
"Ser vagabundo dos sentidos
Em noites de fins sem sentido
chega à janela uma luz difusa
Do sol que chega
em corpo de vazio perdido
Saio sim, abraço o sol
Que só amo durante o café bebido
A noite é curta e só amo a luz
que encontro nos olhos fechados
dos teus lábios fugidos"
A LolaViola acha que "somos todos vagabundos... ilhas encantadas". E o Alcaide ode-a com um soneto:
"Vagabundo dos sentidos pela rua
com saudade pára frente à janela
que o sabia feliz por vê-la a ela
e vê-la assim serena, toda nua.
E sabia uma vida... noite sua...
que desse amor ali... visão singela
vinha o calor do sonho... ser tão bela
como do corpo a distância, assim crua!
E os sentidos vagabundos voaram,
Esse o mal dos sentidos escondidos,
Quando a janela fechou... e sonharam
Que noutro dia ali, olhos perdidos
Trariam a visão do amor que ansiaram
Uma noite, amor, um corpo. Consentidos!"
já espantei os passageiros da noite
já sonhei tantas melodias surdas
e enchi-me de loucas cores absurdas
pintei cores e aromas
sonhados no branco do espelho
fui buscá-los a um poema passado
desenhado a ouro e a vermelho
amanhã visto-me de beijos vagabundos
e saio à rua
celebrando mais um dia.
LolaViola
O Dom OrCa pede autorização à LolaViola para uma interferência: "digo daqui o que o poema dela me sugeriu, imaginando alguém ainda encostado, discretamente, à parede fronteiriça daquela casa, ao dealbar do dia...
o poema da noite anterior
nem a noite me soltava
nem a manhã me trazia outro sabor
além de ti
apenas a luz difusa desse quarto a desvanecer-se
na bruma matinal dos meus sentidos
sei-me verso perdido de um teu poema
e espero do dia que desperta
que a noite caia depressa
onde me enleie
vagabundo
no acaso dos teus braços".
Ao Charlie também lhe apeteceu oder:
"Ser vagabundo dos sentidos
Em noites de fins sem sentido
chega à janela uma luz difusa
Do sol que chega
em corpo de vazio perdido
Saio sim, abraço o sol
Que só amo durante o café bebido
A noite é curta e só amo a luz
que encontro nos olhos fechados
dos teus lábios fugidos"
A LolaViola acha que "somos todos vagabundos... ilhas encantadas". E o Alcaide ode-a com um soneto:
"Vagabundo dos sentidos pela rua
com saudade pára frente à janela
que o sabia feliz por vê-la a ela
e vê-la assim serena, toda nua.
E sabia uma vida... noite sua...
que desse amor ali... visão singela
vinha o calor do sonho... ser tão bela
como do corpo a distância, assim crua!
E os sentidos vagabundos voaram,
Esse o mal dos sentidos escondidos,
Quando a janela fechou... e sonharam
Que noutro dia ali, olhos perdidos
Trariam a visão do amor que ansiaram
Uma noite, amor, um corpo. Consentidos!"
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