28 junho 2006

V Encontro - Aquela banda...

raim's blog

Dúvidas de CUlinária

"Andava a consultar sites de CUlinária quando me dei com isto:
Refogar, quer dizer cozinhar os alimentos em pouco óleo e no líquido que se forma durante o cozimento. É o caso dos tomates, quase sempre usados num bom refogado. Eles soltam líquido. Cozinha-se mexendo até que se forme um molho grosso.
Alguém me pode explicar isto um pouco melhor?

Vaipe"

És pouco tarado, és...

Publicidade genial da Jontex...

... para as casas de banho públicas.
Para quem não saiba, Jontex é uma marca de preservativos (da Johnson & Johnson).

(pescado na Fishky pela Gotinha)

27 junho 2006

V Encontro - P(h)ot(h)ografias do OrCa

Pronto, agora o ramalhete documental já está mais compostinho.
Revede-vos em todos os pratinhos:


"Vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos, como convém no Senhor." Colossenses 3:18

V Encontro - Quem comeu sardinhas safou-se

raim's blog

CISTERNA da Gotinha

Madonna erótica revisitada.

Vídeo: Sessão fotográfica da
Bikini Bandit

Os
mosquitos são danados para a brincadeira...

Preto e branco na praia.

Galeria de fotografias de
Jamie-Lynn Sigler: a menina dos Sopranos.

Os resultados da sondagem feminina já foram publicados. Descobre qual é o jogador da selecção que mais titila as meninas...

Estranhos hábitos

No rescaldo do 5º Encontra a Funda cá vai um sonetito sobre o que de mais importante aprendi acerca do Porto. Um agradecimento muito especial ao Jorge Costa que, com tal esclarecimento, me enriqueceu culturalmente. Tenho agora mais uma preciosa informação guardada no cantinho da memória reservado às coisas inúteis. Obrigado, Jorge. Bem-hajas, pá!


No quinto encontro desta funda São
não podia faltar a boa mesa.
Comeu-se tão à grande e à francesa
que até se lhe juntou o São João.

Cidade humilde mas de gente tesa,
o Porto foi um nobre anfitrião.
Mas há por lá tais hábitos que não
compreendo e que me causam estranheza.

Portanto, para os incautos, atenção:
Mame-se bacalhau com broa e alho,
Rojões, vitela, tripas, o caralho...

Mas mesmo que para tal sobre tesão,
nunca se pape pito nem morango
na terra onde a lixívia sabe a frango.

O OrCa não pode ver um pito que ode também:
"com FGS o soneto apetece
com pitos de morangada
morangos em frangalhada
entretém e entontece

visto daqui já parece
a cidade mais caiada
e de lixívia lavada
co'o soneto que acontece

mas decerto o mais bonito
melhor que moreno frango
é no Porto gritar pito

e como que a dançar tango
entalar no atrás dito
com chantilly um morango."

V Encontro - fot(h)ograp(h)ias do OrCa


Ainda não estão todas... mas aí vão algumas, para alimentar os espíritos:

A prestação

– Tiveram muita sorte – disse a puta na paragem do autocarro, com ar de quem acredita no que está a dizer.
– Sorte? – perguntou o Oliveira, no lugar do pendura, espantado. – Sorte, porquê?
A puta, encarquilhando ainda mais a face, sorriu, obrigando-nos a constatar a quase total ausência de dentes nas suas gengivas, deu um passo atrás, para a contemplarmos em todo o seu esplendor, passou a mão pelo cabelo, colorido e estranho, num gesto teatral de diva do cinema mudo e voltou a aproximar-se do carro. Pousou as mãos na porta e falou directamente para o Oliveira, que lhe sentiu o bafiento hálito antes de a ouvir.
– É que eu não tenho estado cá – disse ela em voz maviosa, compondo o sorriso, fazendo boquinhas e movendo o risco preto mal amanhado que fazia as vezes das sobrancelhas.
– Não? – intrometeu-se o Azevedo, muito sério. – Então e hoje?
– É que eu já não preciso disto – ela falava pausadamente para que não nos escapasse nada (ou, provavelmente, para que não nos escapássemos), – mas estava em casa e não dá nada de jeito na televisão...
– É – concordou o Azevedo, – hoje em dia só dá é bodegas.
– Então, lembrei-me de vir até cá – soltou um risinho quase juvenil, absolutamente extravagante e inesperado, e com o ar mais convicto do mundo, concluiu: – Sabem que gosto de dar prazer, gosto muito, foi sempre o que me perdeu.
– Já não há putas destas – soltou o Picoto. – Putas por amor!
A puta que fechara o sorriso à primeira declaração do Picoto, abriu um sorriso tão radioso como um buraco negro ("e igualmente poderoso" pede o Oliveira que acrescente) e comovida, confessou:
– Mas também tenho uma prestação do frigorifico para pagar.
– Mas não é isso que a faz vir cá! – exclamou o Picoto.
– Claro que não, claro que não – concordou a puta. – É o amor. É poder dar prazer! Vocês querem? Vocês querem imenso prazer?
– Imenso? – sublinhou o Picoto.
– Imenso – repetiu ela. – Querem?
– Os cinco? – indagou o Oliveira, que se queria despachar.
– Claro, todos – os olhos da puta brilhavam, – mas um de cada vez, que eu não faço essas coisas porcas que se vêem nos filmes.
– E quanto é?
– Normalmente, são 40 euros – disse a puta, tirando as mãos do carro, endireitando-se e assumindo um ar profissional, e continuou, quase a sussurrar – mas como, se eu fizer os cinco, vou-me já embora, quatro vezes cinco vinte, duzentos – e aqui já nem sussurrava, apenas mastigava as palavras, mas o Oliveira percebia –, a prestação são quarenta e cinco, mais o táxi, os preservativos e o halibut...
– Está a rezar ou quê? – gritou o Picoto. – Afinal, quanto é que leva?
– 150.
– Cento e cinquenta?! – gritou o Picoto. – Trinta contos?! Nãã... isso é amor a mais.
– Nós não aguentamos tanto prazer – reforçou o Azevedo. – De certeza que era dinheiro bem gasto...
– De certeza – anuiu o Oliveira, procurando o controlo da conversa, – mas é muito dinheiro, senhora puta.
– Muito dinheiro!? – A puta parecia realmente indignada. – Estou a fazer um desconto de 50 euros. Dez contos!
– E nós agradecemos, senhora puta – o Oliveira bateu na perna do Azevedo, que era o condutor, e, com a mão, mandou-o seguir, – mas não temos esse dinheiro.
– Quanto é que têm?
– Devemos ter p'raí trinta euros, senhora puta – o Oliveira entristeceu a voz e agitou a mão alegremente com mais energia. – Só temos trinta euros, que pena...
– 'Tá a gozar – disse a puta, pronta a explodir. – 30 euros?!
– É... – lamentou-se o Oliveira e virando-se para o Azevedo, ordenou sibilante: – 'Bora, caralho, 'tás à espera?!
– Tanta conversa e só têm trinta euros?! – a puta estava em choque. – Isso nem dá para a prestação...
– É assim, senhora puta, desculpe lá – o Oliveira deu um murro na perna do Azevedo. – Então, boa noite, e boa sorte – o Azevedo engrenou a primeira, destravou e o Oliveira gritou alarve, enquanto o carro arrancava: – que bem precisa!

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