MegaPortal
30 julho 2006
sexo ao acordar, não!!
foto de IMAGENS
...
SEXO AO ACORDAR :) ... NEM PENSAR!!!!!!
..
Sexo ao acordar, não…
tão pouco enquanto durmo…
..
Quero ser eu a convidar-te
ler-te bem no fundo dos olhos
adivinhando o que em ti existe
muito para além da vontade…
..
Quero estar bem acordada
para que possas despir-me
para poder despir-te também
..
Sexo ao acordar, não…
tão pouco enquanto durmo…
..
Quero ser eu a convidar-te
ler-te bem no fundo dos olhos
adivinhando o que em ti existe
muito para além da vontade…
..
Quero estar bem acordada
para que possas despir-me
para poder despir-te também
apreciando a exibição
das nossas várias diferenças
lenta e sensualmente
usando das carícias, a sedução
naquela ânsia inadiável…
..
Quero descobrir no teu corpo
as zonas mais que sensíveis
e quero que na contrapartida
também as descubras no meu…
..
Por isso, jamais esqueças
que por razão ou vontade minha
vale mais sexo de tarde
usando das carícias, a sedução
naquela ânsia inadiável…
..
Quero descobrir no teu corpo
as zonas mais que sensíveis
e quero que na contrapartida
também as descubras no meu…
..
Por isso, jamais esqueças
que por razão ou vontade minha
vale mais sexo de tarde
nunca de manhã
mas, por vezes… hummm...
mas, por vezes… hummm...
........................................ ... à noitinha!…
..
Papoila_Rubra
29 / 07 / 2006
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Papoila_Rubra
29 / 07 / 2006
29 julho 2006
Quando a modelo não faz o que o director manda
Robot Conferencing
Esta campanha da Robot Conferencing, empresa de video-conferência on-line, utiliza o teaser aqui de cima para nos encaminhar para o anúncio completo, que está aqui.
Não é um detalhe sem importância que a modelo que aqui vemos é a Lauren Jones, actriz, modelo, ex-World Wrestling Entertainment Smackdown Diva e a modelo de biquini mais requisitada de New York.
A NABADA
As freiras do Convento de Santa Maria de Semide eram exímias fabricantes de um doce chamado “Nabada”, que como o nome indica tem como principal ingrediente o nabo. O referido convento foi fundado no séc. XII pela Ordem Beneditina e situa-se na freguesia de Semide, concelho de Miranda do Corvo (distrito de Coimbra).
Quando alguma das freiras do referido convento falecia, havia determinações especificas sobre a alimentação que se deveria fornecer aos padres encarregues das exéquias.
«Se o enterro era de tarde os padres, que assistiam a elle, tivessem para a ceia chá, doces e dois covilhetes de nabada; se era de manhã, o celebrante recebesse tres covilhetes do tradicional doce, e dois cada um dos padres. O jantar dos mesmos constaria de galinha e carne de porco, que pertencia á defuncta, que para esse fim era morto, fructa, doce e café. Para o jantar não tivesse apparencia de festa recommendava-se que a fructa não fosse enfeitada com flores!»
in ASSUMPÇÃO, Lino de (1990) As Monjas de Semide: reconstituição do viver monástico
Coimbra: França Amado, p. 56.
28 julho 2006
Bom fim de semana*
(clica na imagem para aumentares a... perspectiva)
* e boas férias, para quem está de férias
Fotografia - Johannes Barthelmes
CISTERNA da Gotinha
Sexycanvas: pinturas, fotografias, arte digital e desenhos eróticos.
Cidade do sexo: é um projecto no Brasil.
SexCulturas: um estudo sério sobre escultura erótica.
Vídeo: como atingir o rabo Brasileiro perfeito!
Galeria de fotografias da Beyonce
E o fétiche dos pés tem cada vez mais adeptos.
Se alguém atirar alguma pedra, seja meiguinho!....
Contaram-me e eu... acreditei!...
...
Alguns meses após o divórcio, ela sentiu-se encorajada a mudar de casa. Esforçada que foi a sua coluna, teve de recorrer a terapias complementares, numa tentativa de reparar os danos ocorridos. Conheceu um profissional de terapias, passando a sentir-se em franca recuperação com os seus tratamentos. Na primeira parte de cada tratamento, fazia acupunctura e moxabustão, seguindo-se uma deliciosa massagem de corpo inteiro, chamada “californiana”, com óleo aquecido. Ao longo das sessões, de conhecidos, passaram a bons amigos.
...
Com o passar do tempo pós-divórcio, o seu corpo de mulher começava a fazer exigências. Aquelas massagens transportavam-na, involuntariamente, para outros momentos de fortes e boas emoções, guardadas na memória das células da sua pele e mente.
...
Começou a notar que no regresso a casa, apesar de um certo bem-estar e relaxamento geral, se acentuava uma dor que ela bem conhecia, na zona do baixo-ventre. A carência sexual nela, doía-lhe. Não era uma dor intensa, mas fazia-se notar bem e era persistente.
...
Conversou com o terapeuta e juntos tentaram encontrar uma solução. Um terapeuta não tem que ser bombeiro mas, ela, na nova situação de mulher sozinha, precisava reaprender a gerir a sua sexualidade.
...
Na inexistência de namorado, uma das hipóteses considerada foi o recurso a um vibrador. Como ela demonstrasse vergonha na ida a uma sex-shop, ele disponibilizou-se para acompanhá-la.
Uma vez adquirido o objecto, este passou a ser utilizado na parte final das massagens. As tensões começaram a desaparecer, e as “dores” a normalizar. Progressivamente, ela foi descobrindo e dominando a técnica de auto-utilização, com resultados satisfatórios.
Esta autonomia tornou-a mais forte e independente da colaboração masculina. O seu “homem de silicone”, apesar de desagradavelmente frio, era perfeitamente funcional para uso individual ou partilhado.
.....
Numa das sessões de terapia semanal, o ritual repetiu-se: discretamente pousou na estante o seu “amigo fiel” para ser utilizado no momento oportuno; despiu-se e deitou-se na marquesa, em decúbito ventral, como habitualmente fazia. A luz fraca e indirecta, associada à música oriental de fundo, convidavam à descontracção. Enquanto o terapeuta, ao telefone, resolvia assuntos pessoais, ela percorreu com o olhar o mobiliário já sobejamente conhecido. A sua atenção prendeu-se na análise de um objecto novo, uma espécie de tabuleiro de metal, onde repousavam algumas pedras escuras, semi-cobertas de água. Ao som dos passos abafados do terapeuta, ela semicerrou os olhos e iniciou a “viagem”.
...
Ele ensinara-lhe que uma massagem era como uma viagem através de um rio, onde nos abandonaríamos ao envolvimento da corrente, até onde ela, ou nós quiséssemos ir.
...
Na massagem tudo era delícia: o sabedor toque das mãos, o desbloquear e fluir da energia, o conforto do óleo aromatizado e aquecido, a pressão, o deslizar e sentir vigoroso da textura dos pêlos dos braços… tudo se misturava, se confundia e embriagava… o pensamento abandonava o corpo e esvoaçava e brincava com o fumo do incenso… a entrega era total…
...
Naquele dia, porém, foi-lhe dada a provar uma nova sensação. A certa altura o seu corpo não era massajado directamente por mãos, mas por pedras aquecidas. DELÍCIA DAS DELÍCIAS!
As pedras deslocavam-se acompanhando as curvas do corpo numa suave, firme e morna harmonia…
Como competente profissional que era, ele apercebeu-se da reacção agradável que lhe proporcionava. As pedras deslizavam corpo acima, corpo abaixo, e o rosto dela iluminava-se com o mais sincero sorriso de prazer… Encorajado, ele prosseguiu. A troca das pedras aconteceu algumas vezes. A certa altura, ela sentiu-se acariciada nas nádegas. “Uiii… que bom”… gemeu entre dentes… Ele prosseguiu contornando-lhe o sexo… Ela afastou ligeiramente as pernas permitindo-lhe o acesso. A penetração aconteceu, confortavelmente quente, movimentada, deliciosa. Todo o seu corpo reagiu e vibrou. Não tardou que generoso orgasmo inundasse a mão do terapeuta, obrigando-o a interromper os movimentos pela incapacidade de segurar e manejar o objecto causador de tão agradável sensação.
...
Acalmado o ritmo respiratório ofegante dela, virou-se ligeiramente. A seu lado, aguardando a reacção, permanecia de pé o autor da proeza, ostentando no rosto um sorriso misto de prazer e malandrice de menino. Entreolharam-se.
- Gostaste ? Foi bom ? – inquiriu ele numa procura de confirmação verbal.
- A... DO... REI… Que fizeste ? Aqueceste o vibrador?!
Calma e confiantemente, retirando as mãos de trás das costas, com um sorriso meio divertido meio bondoso, exibiu uma das mãos, dizendo:
- Minha querida, foi apenas uma pedra…
Movida pela surpresa e pela onda de ternura que a invadiu, ergueu-se ligeiramente, segurou-lhe a mão entre as suas e beijou-a enternecida…
...
Abraçaram-se duplamente felizes, cúmplices no prazer, completamente gratificados.
Abraços daqueles que apenas os amigos sinceros sabem entender…
...
Uma vez mais a “viagem” tinha acontecido.
A julgar pelo que dizem, como deve ser óptimo conseguir deixar-se levar pela corrente, rio abaixo…. até onde quisermos ir…
...
Março 2006
...
Alguns meses após o divórcio, ela sentiu-se encorajada a mudar de casa. Esforçada que foi a sua coluna, teve de recorrer a terapias complementares, numa tentativa de reparar os danos ocorridos. Conheceu um profissional de terapias, passando a sentir-se em franca recuperação com os seus tratamentos. Na primeira parte de cada tratamento, fazia acupunctura e moxabustão, seguindo-se uma deliciosa massagem de corpo inteiro, chamada “californiana”, com óleo aquecido. Ao longo das sessões, de conhecidos, passaram a bons amigos.
...
Com o passar do tempo pós-divórcio, o seu corpo de mulher começava a fazer exigências. Aquelas massagens transportavam-na, involuntariamente, para outros momentos de fortes e boas emoções, guardadas na memória das células da sua pele e mente.
...
Começou a notar que no regresso a casa, apesar de um certo bem-estar e relaxamento geral, se acentuava uma dor que ela bem conhecia, na zona do baixo-ventre. A carência sexual nela, doía-lhe. Não era uma dor intensa, mas fazia-se notar bem e era persistente.
...
Conversou com o terapeuta e juntos tentaram encontrar uma solução. Um terapeuta não tem que ser bombeiro mas, ela, na nova situação de mulher sozinha, precisava reaprender a gerir a sua sexualidade.
...
Na inexistência de namorado, uma das hipóteses considerada foi o recurso a um vibrador. Como ela demonstrasse vergonha na ida a uma sex-shop, ele disponibilizou-se para acompanhá-la.
Uma vez adquirido o objecto, este passou a ser utilizado na parte final das massagens. As tensões começaram a desaparecer, e as “dores” a normalizar. Progressivamente, ela foi descobrindo e dominando a técnica de auto-utilização, com resultados satisfatórios.
Esta autonomia tornou-a mais forte e independente da colaboração masculina. O seu “homem de silicone”, apesar de desagradavelmente frio, era perfeitamente funcional para uso individual ou partilhado.
.....
Numa das sessões de terapia semanal, o ritual repetiu-se: discretamente pousou na estante o seu “amigo fiel” para ser utilizado no momento oportuno; despiu-se e deitou-se na marquesa, em decúbito ventral, como habitualmente fazia. A luz fraca e indirecta, associada à música oriental de fundo, convidavam à descontracção. Enquanto o terapeuta, ao telefone, resolvia assuntos pessoais, ela percorreu com o olhar o mobiliário já sobejamente conhecido. A sua atenção prendeu-se na análise de um objecto novo, uma espécie de tabuleiro de metal, onde repousavam algumas pedras escuras, semi-cobertas de água. Ao som dos passos abafados do terapeuta, ela semicerrou os olhos e iniciou a “viagem”.
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Ele ensinara-lhe que uma massagem era como uma viagem através de um rio, onde nos abandonaríamos ao envolvimento da corrente, até onde ela, ou nós quiséssemos ir.
...
Na massagem tudo era delícia: o sabedor toque das mãos, o desbloquear e fluir da energia, o conforto do óleo aromatizado e aquecido, a pressão, o deslizar e sentir vigoroso da textura dos pêlos dos braços… tudo se misturava, se confundia e embriagava… o pensamento abandonava o corpo e esvoaçava e brincava com o fumo do incenso… a entrega era total…
...
Naquele dia, porém, foi-lhe dada a provar uma nova sensação. A certa altura o seu corpo não era massajado directamente por mãos, mas por pedras aquecidas. DELÍCIA DAS DELÍCIAS!
As pedras deslocavam-se acompanhando as curvas do corpo numa suave, firme e morna harmonia…
Como competente profissional que era, ele apercebeu-se da reacção agradável que lhe proporcionava. As pedras deslizavam corpo acima, corpo abaixo, e o rosto dela iluminava-se com o mais sincero sorriso de prazer… Encorajado, ele prosseguiu. A troca das pedras aconteceu algumas vezes. A certa altura, ela sentiu-se acariciada nas nádegas. “Uiii… que bom”… gemeu entre dentes… Ele prosseguiu contornando-lhe o sexo… Ela afastou ligeiramente as pernas permitindo-lhe o acesso. A penetração aconteceu, confortavelmente quente, movimentada, deliciosa. Todo o seu corpo reagiu e vibrou. Não tardou que generoso orgasmo inundasse a mão do terapeuta, obrigando-o a interromper os movimentos pela incapacidade de segurar e manejar o objecto causador de tão agradável sensação.
...
Acalmado o ritmo respiratório ofegante dela, virou-se ligeiramente. A seu lado, aguardando a reacção, permanecia de pé o autor da proeza, ostentando no rosto um sorriso misto de prazer e malandrice de menino. Entreolharam-se.
- Gostaste ? Foi bom ? – inquiriu ele numa procura de confirmação verbal.
- A... DO... REI… Que fizeste ? Aqueceste o vibrador?!
Calma e confiantemente, retirando as mãos de trás das costas, com um sorriso meio divertido meio bondoso, exibiu uma das mãos, dizendo:
- Minha querida, foi apenas uma pedra…
Movida pela surpresa e pela onda de ternura que a invadiu, ergueu-se ligeiramente, segurou-lhe a mão entre as suas e beijou-a enternecida…
...
Abraçaram-se duplamente felizes, cúmplices no prazer, completamente gratificados.
Abraços daqueles que apenas os amigos sinceros sabem entender…
...
Uma vez mais a “viagem” tinha acontecido.
A julgar pelo que dizem, como deve ser óptimo conseguir deixar-se levar pela corrente, rio abaixo…. até onde quisermos ir…
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Março 2006
Qrónica do Nelo
Aiiiiii....que coizas fofos
Melhéres cá dias cuma melhér nam çaguenta.
Comessou logo de manhã com a minha Efigénia e dizer:
- Oh meu esposo, Gonçalo Manuel. Preparai-vos desde já para o sarau, de música de câmara e poesia que vai ter lugar no salão dos nossos aposentos, logo à noite. Irá estar presente o mais fino extracto da nossa sociedade, além daqueles que fazem parte desde há muito do nosso círculo íntimo de amizade e cultura. Não fica bem à anfitriã e senhora de sociedade, receber e estar presente sem consorte.
- Ai conçorte... - fiquei eu pinçando... Melherés, que asar digo eu, que vai çer uma çeca de todó tamanho.
Ai com a muzica de çerrote, e as puezias. Ts ts...
Nam bashta o çobrinho da dona Xexé com ash peuzias dele, deve vir tamém um pentiadinho, que mapalpa çempre o pacoti, mazaquém eu nam ligo pévia, melhéres, e que gostá açim munto de ler osh verços shatos deçe Fernandu Peçoa. E asdepois, deve vir um gordo que paça o tempo a rir a cumer, e que teim um melhér que parece que é lésmica. E um cazal que trabalha no Bancu, eli éi girente, e paça o tempo todo a falari com a Efigénia. Vem tamém um canda na politica e que trash çempre com eli duash ó tresh caras novash çempre que veim aus saraous e hás veses à uns que olhom munto pra mim e açim... Ai questes saraous cão uma çeca tam grande. Inté paresse que já tô a veri, éu a deichar-me durmir, e a Efigínia a dar-mi cutuveladas e açim, a dezer baichinho quei uma vergonha, o antifrião a reçonari no meiu da reprezentassão. Maz entam. Melhéres. Nam intendu nada daquilu. Falom de coizas squezitas. A muzica éi com quatre homes, inda per cima feius, a serrar umas cordas e nunca maiz acabom. Ai melhéres u queu batu de palmash quande acabom... ai finalmenti... nam hera çem tempu... clap clap clap... bravo clap clap... hihihi... ( Inda beim que já acabô, que nam à cu caguente)
Beim mazum dia que comessa mal, nunca acaba beim. Tava eu no cafei da Belinha a falari do mé asar com o saraou logo há note, quande intrô o Lalito que mal me vio saiu logu. Mazeu fui atrash, salvo seija, ter com eli.
- Scuti lá sinhori Luish Lazaru... ôça cá. Intam açim é que o sinhori me trôsse os papeis?
- Papéis, Nelo?! Quais papéis?
- Cais papeis, cais papeis...! Us papeis cu sinhori fico de trazeri pró home dash finansas fazoje uma çemana melhér... Fiqui sperandu-ti uma manhãzita toda e parti da tarde melhér, e tu nada...
- Ah. Esses estão entregues. Fui lá mesmo à repartição entregar, e está tudo em ordem e conforme.
- Ai stá tudo com fome Lalito, e eim orde? Intam splica-me lá perqueim éi que a Efigénia arressebeu uma carta dash finansas pra pagari umas multas lá daquilu du clubi?
Olhem melhéres... foi o boi e o benzido! Diçe-me tudo. Que da parti deli stava tudo beim e que natralmente ash multas heram de otrosh papeis e de coizas que çó éu podria resolveri e que deichei pra trás. Queu era uma parva e malagardessida, quele tinha metidu dinhero dele desentereçadamente pra majudari, e cagora, estava descunfiando deli:
– Isso é muito feio, Nelo - Disse – E já que és assim, passa para cá os 158 €uros que eu gastei na repartição das Finanças. Não quero ser mais o teu sócio.
Mazeu, que çô bisha mas nam çô parva, çó lhi dei 130 €rus. Çim perque disconti as bijekas e o camarãu quele diçe que pagava. Ai mas melheres, vô confeçar uma coiza... Inté me cinto mal... Meti na conta umas bijekas que bubi ha mais inquanto sperava pur eli... hihii... Ai que çô terrível melhéres... hihii Uma vilhaca éi o que çô. Mas inté stranhi o Lalito nam ter feitu estrilhu per caza da despeza nu cafei. Mal lhe di u dinhero saiu porta fora e prontes...
Beim deicha me iri pruparari pró saraou.
Melhéres cá dias cuma melhér nam çaguenta.
Comessou logo de manhã com a minha Efigénia e dizer:
- Oh meu esposo, Gonçalo Manuel. Preparai-vos desde já para o sarau, de música de câmara e poesia que vai ter lugar no salão dos nossos aposentos, logo à noite. Irá estar presente o mais fino extracto da nossa sociedade, além daqueles que fazem parte desde há muito do nosso círculo íntimo de amizade e cultura. Não fica bem à anfitriã e senhora de sociedade, receber e estar presente sem consorte.
- Ai conçorte... - fiquei eu pinçando... Melherés, que asar digo eu, que vai çer uma çeca de todó tamanho.
Ai com a muzica de çerrote, e as puezias. Ts ts...
Nam bashta o çobrinho da dona Xexé com ash peuzias dele, deve vir tamém um pentiadinho, que mapalpa çempre o pacoti, mazaquém eu nam ligo pévia, melhéres, e que gostá açim munto de ler osh verços shatos deçe Fernandu Peçoa. E asdepois, deve vir um gordo que paça o tempo a rir a cumer, e que teim um melhér que parece que é lésmica. E um cazal que trabalha no Bancu, eli éi girente, e paça o tempo todo a falari com a Efigénia. Vem tamém um canda na politica e que trash çempre com eli duash ó tresh caras novash çempre que veim aus saraous e hás veses à uns que olhom munto pra mim e açim... Ai questes saraous cão uma çeca tam grande. Inté paresse que já tô a veri, éu a deichar-me durmir, e a Efigínia a dar-mi cutuveladas e açim, a dezer baichinho quei uma vergonha, o antifrião a reçonari no meiu da reprezentassão. Maz entam. Melhéres. Nam intendu nada daquilu. Falom de coizas squezitas. A muzica éi com quatre homes, inda per cima feius, a serrar umas cordas e nunca maiz acabom. Ai melhéres u queu batu de palmash quande acabom... ai finalmenti... nam hera çem tempu... clap clap clap... bravo clap clap... hihihi... ( Inda beim que já acabô, que nam à cu caguente)
Beim mazum dia que comessa mal, nunca acaba beim. Tava eu no cafei da Belinha a falari do mé asar com o saraou logo há note, quande intrô o Lalito que mal me vio saiu logu. Mazeu fui atrash, salvo seija, ter com eli.
- Scuti lá sinhori Luish Lazaru... ôça cá. Intam açim é que o sinhori me trôsse os papeis?
- Papéis, Nelo?! Quais papéis?
- Cais papeis, cais papeis...! Us papeis cu sinhori fico de trazeri pró home dash finansas fazoje uma çemana melhér... Fiqui sperandu-ti uma manhãzita toda e parti da tarde melhér, e tu nada...
- Ah. Esses estão entregues. Fui lá mesmo à repartição entregar, e está tudo em ordem e conforme.
- Ai stá tudo com fome Lalito, e eim orde? Intam splica-me lá perqueim éi que a Efigénia arressebeu uma carta dash finansas pra pagari umas multas lá daquilu du clubi?
Olhem melhéres... foi o boi e o benzido! Diçe-me tudo. Que da parti deli stava tudo beim e que natralmente ash multas heram de otrosh papeis e de coizas que çó éu podria resolveri e que deichei pra trás. Queu era uma parva e malagardessida, quele tinha metidu dinhero dele desentereçadamente pra majudari, e cagora, estava descunfiando deli:
– Isso é muito feio, Nelo - Disse – E já que és assim, passa para cá os 158 €uros que eu gastei na repartição das Finanças. Não quero ser mais o teu sócio.
Mazeu, que çô bisha mas nam çô parva, çó lhi dei 130 €rus. Çim perque disconti as bijekas e o camarãu quele diçe que pagava. Ai mas melheres, vô confeçar uma coiza... Inté me cinto mal... Meti na conta umas bijekas que bubi ha mais inquanto sperava pur eli... hihii... Ai que çô terrível melhéres... hihii Uma vilhaca éi o que çô. Mas inté stranhi o Lalito nam ter feitu estrilhu per caza da despeza nu cafei. Mal lhe di u dinhero saiu porta fora e prontes...
Beim deicha me iri pruparari pró saraou.
Bom fim de semana!
Como a Mad está de férias e não quero que vos falte nada, tomei a liberdade de pensar nisso...
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