10 dezembro 2006

Ai!


Como o Jorge Perestrelo gritei Minha Nossa Senhora e deixei-me cair literalmente para trás, abandonando as minhas coxas à função de peso morto sobre as dele. Tenho a vaga sensação que ele ostentava um sorriso de orelha a orelha, orgulhoso da sua prestação mas, em boa verdade, sentia-me completamente atordoada com uma dor lacinante na nuca. Ele devia estar à espera de uma palavrinha de elogio e aplauso pela sua competência para me fazer rebentar as comportas, porém as pálpebras pesavam toneladas e articular qualquer som pela boca parecia um esforço inglório. Aliás, como seria plausível confessar que no preciso momento do orgasmo tinha ficado com uma dor de cabeça de caixão à cova e, azar dos azares, logo depois de ter tido tanto trabalhinho para levar aquele gajo para a cama?...

Ele lá se desencaixou de mim e veio espreitar-me a cara, a baloiçar na incerteza da sua classificação e intrigado com tão estranho procedimento, muito pouco curial para uma primeira vez. Talvez o divertisse a novidade de saber que as mulheres, afinal, podem ter dores de cabeça não só antes mas também no depois, com a grafia de enxaqueca.

Acabei por soltar um ai seguido do nome dele, para o sossegar de que não o estava a confundir, que mais não conseguia de tão aterrorizada que estava com a perspectiva de estar a ser alvo de um castigo pavloviano para me impedir de dar quecas.

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O Alcaide sente-se tentado a contar outras dores:
"Gosto de te ler Maria.
porém fica o amargor
do engate sem amor,
sexo mnipulador,
do uso e deita na pia...
Quero só dizer com pressa
que escreves tão bem, tão bem,
que me apetece também,
contar a ti e a mais cem,
as dores na outra cabeça!"

E o OrCa, qualquer prato, mesmo sendo marisco, ode:
"dar a queca à sapateira
não será demais o luxo?
é que ele há muita maneira
de dar maionese ao bicho

e dá-se a pinça melhor
agressiva qual tenaz
se o n tirares sem dor
e fores do amor atrás

que o animal é de esguelha
que p'la vida fora avança
já nós vamos de cernelha
frente e atrás e siga a dança

e na concha ter marisco
sei-o bem p'ra meu deleite
mas não melhora o petisco
por ter casca que o enfeite

vais ver foi a congestão
que te estragou a merenda
que ter pinça sempre à mão
pode ser mais que a encomenda..."

O Pedro Laranjeira ode o contraditório:
"Estás enganado, D. Orca,
que toda a gente acredita
que a casca que enfeita a porca
aumenta o valor da dita...

Não é que tenham razão
ou não lhes provoque azia...
Pois se até um peixarão
propõe quecas à Maria...!

(a perca envaidecidona,
com ar de quem rapa o tacho,
procura na árvore a cona,
p'ra melhor se sentir macho...)

...mas o Alcaide, esse então,
que até gosta da Maria,
com enxaquecas-tesão
vai mesmo acabar na pia!

...e depois, ó santas gentes,
que nos mandam estas trovas:
faz mal dar fodas urgentes
e seguir p'ra outras novas?!...

Como aprendi de Vinicius
(que a verdade lhe perdure)
sempre que bebermos vícios
SEJA BOM ENQUANTO DURE!"


Alcaide:
"Acaba na pia a porca
comendo à sua maneira,
uma flor de laranjeira
ou um poema do orca,

e come marisco ou nabo
depende da refeição
põe-se noutra posição,
já a porca torce o rabo.

Com amor mais descartável
que linda...quando está dura
enquanto dura perdura,
come só pescada ou sável.

Até nem tenho apetite,
mas comendo, gosto de ler
o que a Maria escrever
e um ou outro palpite.

Apenas digo e repito
que comer só por comer
acaba por esquecer
que um lindo amor... é um pito!"


Pedro Laranjeira:
"Olha, a porca vai comer
na pia à sua maneira,
de rabo alcaidenrolado,
um poema orquencastrado
e flores de laranjeira...!

Triste sina a da pescada,
do sável e do marisco,
digeridos de assentada
numa gula desregrada
de trincar e lá vai disto!

A Maria de certeza
concordaria comigo
que não há prazer de mesa
por mais farta, rija e tesa,
que não traga algum castigo...
nem que seja em celulite
enfarte ou até trombose
por excessos desmedidos...
Sabe as linhas com que coze
a história que nos contou
e os versos mal paridos
com que nós lhe respondemos
só comprovam que entendemos
que a vida nos ensinou
mais do que aqui confessamos...
é verdade, nós gostamos
de comer só por comer...
... e se um dia é de marisco,
no outro nos torce o rabo
o engodo de ver o isco
fugir com ele entre as pernas
e só nos deixar o nabo...

Façamos então de conta
que a vida acaba amanhã!
Não assinemos a afronta
de que nos possa ser vã!

Comamos só por comer
mas sempre cheios de amor
e vivamos sem rancor
do que a vida nos trouxer!

CARPE DIEM, companheiros!
Na morte não há saudade!
Sejamos sempre os primeiros
a ter a capacidade
de sermos os pioneiros
da nossa própria verdade!"

Domingo Santo




Erotica Curiosa

Ao abrigo do direito de resposta, tem a palavra a diáCona:
"Isto é inusitado. Uma vergonha insuportável. Uma blasfémia!
Gotinha! Ardereis para toda a Eternidade no mais profundo dos infernos, para gáudio do Mafarrico, Belzebú, enquanto eu, Serva do Senhor, estarei na sua Glória, eternizando a Graça da minha alma salva das tentações vis e baixas do Demo, do lado direito do Senhor.
Arrependei-vos, ó criaturas perdidas. Queimai este blogue num grandioso Auto-de-Fé, e vejai como por milagre a Luz surgirá nas vossas vidas indicando os caminhos da Salvação.
Vinde que estais todos a tempo de vos arrepender.
Deixai a São Rosas arder juntamente com este espaço Luciferino e perverso.
E enquanto as chamas dos infernos a consomem e ela grita de dor e sofrimento, olhai e vede o mal de que escapastes...
Vinde! Ainda estais a tempo da salvação!"


O Pedro Laranjeira ode a diáCona (o taradão):
"Também quero a salvaSão
num bom ambiente eterno!
Tem a DiaCona a razão!
Vamos todos pró Inferno!

Com São Rosas e Gotinha
nas chamas da perdição
já não quero sina minha
que me traga redenção!

Além disso, toda a gente
sabe bem que não são loas
que é lá em baixo, eternamente,
que vivem as gajas boas!"
E o Alcaide acode-me:
"Cheirou-me aqui a queimada
zanguei-me com o cozinheiro.
Disse:- Sãozinha mal passada...
nunca metida em fumeiro!"

O ode-me:
"Que carne deste gabarito
Só mesmo mui mal passada
Que as mamas, o cu e o pito
Tem de ser bem temperada!
Com muitos beijos e abraços
Se faz um belo tempêro...
Mais uns apertos devassos
E o piço são como um pêro!
Que em cona afiambrada
Não entra qualquer que quer,
Primeiro, tem que ser beijada
Onde lhe aponta a mulher!
E se o sítio é o que penso
Podem lançar-se foguetes,
Pois há-de haver prazer imenso,
Muitos broches e minetes!
E quando a festa acabar,
Manhã cedo, manhã alta,
Ainda há que enrabar
Quem ainda lhe sinta a falta!"

09 dezembro 2006

Fado.

por Charlie



Olhou para ela.
Viu como ela fechava os punhos enquanto punha toda a alma nos vincos que as unhas cravavam nas mãos e duas gotas do coração procuravam a luz da mundana noite por entre as frestas das janelas dos olhos.
O cante rasgado das entranhas seguia o trilho sofrido do poeta e avançava, todo o corpo em dádiva, todo em entrega, todo um rio de voz a diluir-se em espumas e abraços na foz, mar aberto a caminho do horizonte.
Agora as mãos abriam-se e cruzavam sobre o peito e o seu olhar cheio de brilhos das velas subia para lá do tecto do recinto, muito para lá das telhas e fios emaranhados, muito por cima dos céus cinza da noite de Outono. Era ela mesmo a mãe duma chuva de estrelas, sempre a crescer numa vibração contagiante, e de repente todo o universo saiu-lhe parido no instante em que o tempo parou, o corpo se rasgou, todo ele poema, todo ele voz enrolada nos acordes finais das guitarras...
Olhou sorrindo para a assistência. A respiração ofegante pelo esforço e projecção da alma, e avançou três passos no pequeno palco enquanto fazia uma vénia.
As estrelas voltaram a alinhar-se novamente nos infinitos arranjos e constelações e a sala encheu-se de aplausos. O mundo voltou a falar e as luzes atreveram-se a subir um pouco de intensidade acompanhando os murmúrios em crescendo, aqui e ali num tom mais alto. Por vezes uma risada mais sonora.
Jarros de tinto e chouriço assado enchiam agora o espaço de cheiros e bailados entre as mesas.
O poema continuava nas curvas do corpo de Marina que copiava os movimentos dos lábios a declamar frases e rimas.
De fadista de bairro transformada em empregada de mesa ocasional.
Aproximou-se do sítio onde tinha estado a observá-la embevecido, de olhar magnetizado.
Sentou-se junto a ele, mordendo o lábio inferior num misto de sensualidade e ciúme.
- A tua mulher veio?
Esperou um pouco antes de responder
- Não. Desta vez não. Tinha que fazer, disse-me. Não quis vir... Sabes? Mas isso agora não interessa...
Uma curta pausa sobreveio e ele aproximou-se-lhe.
- Tenho saudades tuas...
Olharam-se longamente, os lábios ardendo no adiado dum beijo.
Ao balcão, o gerente observava cuidadosamente. Pegou no telefone.
- ... Sim... O teu marido. Ele está aqui com ela... - disse baixinho, voltando-se para ficar fora do alcance visual do par - Pois... pelo que vi é coisa para levar umas horas... temos tempo. Vou já ter contigo conforme combinámos... outro para ti... Amo-te...

crica para visitares a página John & John de d!o

08 dezembro 2006

CISTERNA da Gotinha


Têm ido a muitas festas de Natal?!

Cameron Diaz tem umas pernas que nunca mais acabam.

Calendário 2007 de Clara Morgane - no
site da FHM.
As fotos foram feitas por
Gyslain Yarhi nas praias de Ibiza e podem ver algumas das fotos aqui.

Alguém precisa de uma
empregada doméstica?!

Rabiosques:
Jaime Koeppe e a incontornável Vida Guerra.

Postais de Natal III


Postais de Natal (I) - (II)

Alcaide:
"Pai Natal descansa agora
não tenhas tanto trabalho
leva os brinquedos embora
aqui só fica o caralho!"


São Rosas:
"Pai Natal vou ordenhar-te
Até que saias de maca
Com toda a minha arte
Dás o mesmo que uma vaca"


papoila_rubra:
"Menina São, trabalhe bem
que eu daqui até alvitro:
esse Pai, mesmo velhinho
é bem capaz de dar... o litro!"


Rap da Dina:
"Pai Natal «ganda» totó
Vem-te até aqui à Funda
Se não me dás um popó
Levas um pontapé na bunda.

yôh, yôh...(bis)

Pai Natal amigalhaço
Arranja-me um gajo bom
Embrulhado num bruta laço
Que eu cá: «om, om, om»!

Pai Natal vem a cantar
Traz aí um gajo às peças
Para a Dina montar
Numa bela noite dessas.

essas, essas... (tris...)

(e pronto, podem continuar desde que cantem no tom certo: erótico, mas nada de ordinário e ofensivo. Isso fica reservado para aquele dia, a não sei quantos de Dezembro, quando toda a malta estiver a coisar ao mesmo tempo. Aquilo é que vai ser um terramoto!...)"


Alcaide:
"Olá, Dina, quero um abraço!
A função já recomeça
sou teu amigo... promessa!
Olha, tenho aqui uma peça,
p'ra ti neste Natal... com laço!"


papoila_rubra:
"Meu querido Pai Natal
este ano sê bonzinho
Anda lá... que eu só queria
um Alcaide... no sapatinho..."


Alcaide:
"Miúda do gás... Papoila...
obrigado pelo pedido
mas sabes... ando fodido,
depois de ter aprendido,
a fazer à moçoila...

O polegar nem tem unha!
no braço musculatura
digo que sexo é cultura
fica lá grande abertura
nem a peça da Dina eu punha!"

João Mãos de Tesoura:
"Menina, menina,
pede o que quiseres,
não levo um saco, mas dois
cheios de calorias, ah! mulheres
do laço fazei bom uso,
enfeitem-se logo e depois
que neste Natal confuso
não haverá prenda igual,
brinquem, dêem-lhe uso
qu'ele não sentirá abuso
nem levará a mal!"


Pedro Laranjeira:
"O Pai Natal é velhinho
tem barbas brancas e tudo
dura mais do que um menino
que se arme em fuçangudo!

Por isso venham-se as botas
às chaminés mal tratadas:
da pa-ciência dos kotas
saem elas consoladas!"


:
"O Pai Natal é velhinho
Velhinho mais que tu,
Ataca bem de mansinho
E gosta muito de cu!
É pois à parede encostar
Se o Pai Natal estiver por perto,
Qu'ele tem o hábito de fechar
Buraco que esteja aberto!
E fecha aquilo de um jeito
Que fica mesmo fechado...
São duas ou três a eito,
Fechadas com cadeado!
Com o Pai Natal não se brinca
Nem com postais de papel,
Qu'ele usa um balde com tinta
E o caralho dum pincel!"


Pedro Laranjeira:
"o pai natal não é velho
assim tão mais do que eu,
não caias em tais enganos
que eu não sou nenhum fedelho
e quando a lenda nasceu
já eu tinha dois mil anos!"

Homem sofre...

Homem que é homem deve sentir o mesmo que o Macho 47 (digo eu). A propósito de eu lhe ter dito que "não é só levantar a pilinha e já está", teve que desabafoder [claro que esta vai ter que ir para o DiciOrdinário] comigo:
"Algumas vezes vou a chats.
É muito comum ficar 3 horas sem que um único nick se dirija a mim.
Dias atrás resolvo fazer a experiência inversa e entrar com nick feminino. Os resultados são esmagadores: Em 3 minutos, 15 fulanos e duas mulheres metem conversa comigo. O PC bloqueia com o número de janelas que se abrem.
Não é o homem que só precisa de levantar a pilinha para ter as coisas de bandeja.
A mulher é que só precisa de mostrar as perninhas para os machos caírem sobre ela como moscas enlouquecidas.
A nivel da sedução na internet, a mulher tem todas as vantagens e o homem nenhuma.
Ela, é só mostrar a perninha e eles caem como tordos.
Quando quer ela desaparece".

Venham-se daí os vossos comentários...

Bartolomeu: "O Macho 47 tem toda a razão. Há dias, encontrava-me enfastiado, sem nada de interesse para fazer e decidi entrar num chat. Corri a lista de participantes e seleccionei um nick «coninha-aberta». Obviamente pensei, ora aqui está aquilo a que vulgarmente se chama «código postal». Fui ao privado da coninha e entrei logo a matar, espetei-lhe com um dos meus poemas a atirar pró sentimento, com molhos de Rosas, luares reflectidos nas águas calmas de um lago, melodias e essas merdas todas que um gajo diz a uma gaja, quando lhe quer saltar prá cueca e que ela finge que acredita porque também lhe apetece entalar o nabo, mas tem de fazer cumprir o ritual e fingir que tudo tem origem numa paixão avassaladora que não lhe permitiu resistir. É verdade, pois, é que um gajo quer chegar e despejar os tomates, da forma mais porca possível, com a gaja por cima, tipo amazona, aos gritos, fode-me cabrão, enterra-me esse caralho todo até ao fundo, vá com força... , chama-me puta, fode-me com força, enterra-mo à canzana... (porra, já me vim, esperem só um cadito, para ir lavar o nabo). Pronto, já voltei. Elas... elas não gostam assim. Elas gostam de se sentir amadas, de se sentir desejadas, gostam de encarnar o papel maternal, mas numa versão mais extensa, mais abrangente, com avanços progressivos, com pequeníssimos recuos, mas sempre com o objectivo de atingir a suprema e plena conquista. A mulher veio ao mundo para ser conquistada, mas com sabedoria e inteligência, gosta de ser seduzida, amada, acarinhada, e gosta que o homem lhe trepe em cima, mas só na altura certa, e saber reconhecer a chegada desse momento é obra que só está acessível a machos com M. Por isso há mulheres que fodem e outras que fazem amor.
Eu, só faço minete... sou um louco pela lambidela shlaaap shlaaap"

Nelo: "Pois olha, Bartalodeli, melhér.Çe tu fases minete, çe gostas deças perquerias de meteres o narish nas covash cheirando a bacalhau, eçe porblema é teu. Pra mim melhér, nam á cumo uma boa pila. Açim beim teza ensimando uma bela tomatada sheia de lête. Uma melhér deita as mãus ó açunto, fas o estrafego e açim e asdpois, mesmo que abocanhe ta´ vendo o filme tode em sinamascope versão ecran grande. O que ei que tu vesh? Dis-me lá ó Bartalodele... Com as ventas infiadas na scuridão lambendo cumo queim lambe o tapete da porta da intrada da caza. Lambes lambes lambes e çe tiveres falta de vista, neim os ólicus podes uzar, neim á menos tiras partido do pouco que podias ver. E asdepois, mejmu çeim óliculos ovi dezer que á as gaijas que apertom as pernas. Inté podes partir uma maksilar... sei lá melhér... Ts Ts ts... Bar tolo deli, melhér, um dia hades çair cumigo há nôite para eu te mostrar cuma brohsada é munto milhor que cualquer minete..."

matahary: "Já dizia um amigo meu, todo triste, «quem tem cona, tem uma quinta»... Vocês São tão humildes que quase me comovem... Taditos de vocês..."

Venham-se com anéis penianos...

... fiquem os dedos (hmmm...)



100 dedos

O blog Foram-se os dedos ficou 100 dedos.
Só é pena que não dedique também a sua criatividade ao dedo sem unha...

Beijos


Outras Coisas