24 fevereiro 2007
100.000 anos de sexo
A exposição decorre em Mettmann (Alemanha) e termina no dia 20 de Maio. Mais informações aquiOutras Coisas
23 fevereiro 2007
CISTERNA da Gotinha
Sabrina Ferilli é uma italiana com pinta de fogosa.
Fotografia: Shiva Sharifi - stealing time studios
Boa publicidade: Já viu carros promovidos por modelos em bikini. Mas caixões?
E por falar em bikinis...
Lembro-me de ti ainda adolescente - por Zé

"Lembro-me de ti ainda adolescente,
de faces pálidas e a pele em tom leitoso
a sugares-me o sumo, assim de repente
resplandecendo-te a face num imenso gozo!
E quando anuíste, pela vez primeira
A que te visse, trémula e desnudada...
Recordo perfeitamente que só à terceira
ficaste mais calma, mas quase esgotada!
Pouco tempo durou, que a tua boca impura
implorou de joelhos que te desse o falo
bem duro... querias tirar da boca a secura,
passando a tarde inteira, toda, a chupá-lo!
NR - Foi bom, Diácona?..."
Zé
A diáCona tem direito de resposta (de respescada):
Afirmar a heresia
Que nasci sem esse pito
Peça prenhe de aleivosia
Não entrou cá coisa alguma
Nem um só momento cedi
As pernas que junto numa
são tão puras como quando nasci
E por isso não me tocam
as palavras torpes e vis
Sou Diácona sem pecado
não me toca do que vos ris"
22 fevereiro 2007
Jogo de cintura

Não tive jogo de cintura. Sentei-me na sua frente, ajeitei a saia como se por artes mágicas o tecido fosse crescer naquele preciso momento e fiquei a ouvi-lo discorrer sobre as oportunidades que se abriam, o lugar vago, as regalias inerentes, enquanto os seus olhos faziam a carreira regular de elevador entre o traçar das minhas pernas e as minhas mamas e não tive dúvidas de que ele pintava o cabelo para o seu rosto mimoso não deixar transparecer o ano de nascimento impresso no bilhete de identidade.
De forma cavalheiresca estendeu-me a cigarreira e fez questão de me dar lume com o seu isqueiro Dupont prateado, enaltecendo o desafio desta oportunidade que até poderíamos discutir à mesa se isso me agradasse mais já que ele, graças ao facto da esposa ser médica tinha as análises sempre em dia e transportava-as consigo no bolso interior do casaco.
Verdade seja dita que uns amassos até fazem mais pela minha estética que várias sessões de ginásio e aquele exemplar até tinha um corpinho jeitoso para lhe fazer uma sauna mas esgravatava-me o orgulho aquela imposição de me fazer assalariada quando apenas sou promíscua com quem me dá na real gana pelo que na volta lhe retorqui que não trazia arco porque não era adepta da prática do hula-hula.
De forma cavalheiresca estendeu-me a cigarreira e fez questão de me dar lume com o seu isqueiro Dupont prateado, enaltecendo o desafio desta oportunidade que até poderíamos discutir à mesa se isso me agradasse mais já que ele, graças ao facto da esposa ser médica tinha as análises sempre em dia e transportava-as consigo no bolso interior do casaco.
Verdade seja dita que uns amassos até fazem mais pela minha estética que várias sessões de ginásio e aquele exemplar até tinha um corpinho jeitoso para lhe fazer uma sauna mas esgravatava-me o orgulho aquela imposição de me fazer assalariada quando apenas sou promíscua com quem me dá na real gana pelo que na volta lhe retorqui que não trazia arco porque não era adepta da prática do hula-hula.
Gotinhas de Prazer
21 fevereiro 2007
A arte de Fazer o Amor, por mostrengo Adamastor
Uma animação do ternurento Bill Plympton.
A igreja e o carnaval
Surpreendeu-me, por isso, este texto do Padre Mário de Oliveira, feito no seu diário numa quarta-feira de Cinzas: «Deus gosta mais do Carnaval» [site www.esquerda.net]
Eis alguns excertos (mas recomendo que leiam mesmo o texto todo):
"Ontem foi o dia de Carnaval. E, hoje, é o dia de Quarta-feira de cinzas. Entre um e outro, qual será o dia que Deus prefere? Tenho para mim, que Deus gosta mais, muito mais, do dia de Carnaval, do que do dia de Quarta-feira de cinzas, apesar deste ser iniciativa da Igreja."
"(...) Mas como é que Deus poderia gostar mais do dia de hoje, Quarta-feira de cinzas, do que do dia de ontem, Carnaval? Não é Ele o Deus da Alegria e da Festa? Não é Ele o Deus da Vida e dos Vivos? Não é Ele o Deus da Plenitude e da Abundância? Não é Ele o Deus do Excesso e da Ressurreição?"
"(...) Ora, se ontem foi o dia da Folia e do Erotismo sem barreiras, hoje, por determinação da nossa Igreja católica romana, é o dia da Tristeza e do Sacrifício. Se ontem foi o dia da expansão da vida humana, hoje, é o dia da repressão da vida humana. Se ontem, as pessoas foram águias e puderam voar até à exaustão, hoje, não passam de galinhas de capoeira, condenadas a olhar para o chão, com a cabeça coberta de cinza. Se ontem os corpos humanos se mostraram nus e esbeltos, numa proclamação sem tabus da beleza erótica e da vida chamada à ressurreição, hoje são corpos sobre cujas cabeças, os clérigos - são, felizmente, cada vez menos os seres humanos que ainda se prestam a esse papel à frente das paróquias - depositam ritualmente cinza, ao mesmo tempo que dizem, "Lembra-te, ó homem, que és pó e em pó te hás-de tornar" (as mulheres, pelos vistos, não são tidas nem achadas, não são sequer nomeadas e, por isso, parece que poderiam e deveriam continuar o Carnaval sem qualquer interrupção; mas, por mais estranho que isso seja, a verdade é que são as mulheres quem, hoje, ainda mais corre a receber a cinza e a escutar estas absurdas palavras que o texto do Ritual católico se «esqueceu» de endereçar também a elas!). Ou seja, se ontem tudo nos dizia que a vida humana é bela e é para ser vivida até à exaustão, hoje, tudo nos diz que a vida humana não presta para nada e, por isso, o melhor é mesmo renunciar a crescer em idade, em estatura, em sabedoria e em graça - coisa que Jesus de Nazaré nunca fez, antes pelo contrário (cf. Lucas 2) - para apenas crescermos em derrota e em fracasso, até que a morte nos reduza a pó, a cinza, a nada."
"Está visto que, com as coisas assim, Deus só pode gostar do Carnaval e detestar o dia de hoje, Quarta-feira de cinzas, bem como a quaresma que com ela se inicia. Por sinal, a humanidade, cada vez mais liberta da nefasta influência do clero católico e da sua ideologia moralista, também gosta mais do Carnaval, do que da Quarta-feira de cinzas.""(...) Só mesmo uma Igreja que, depois da derrocada do Império romano, se transformou em poder eclesiástico e em império religioso-católico, é que foi e é capaz de sentir sádico prazer em reprimir as pessoas que a integram e as populações em geral. E em castigá-las com cilícios. Com jejuns. Com abstinências. Com longas listas de pecados, cada qual o mais grave e o mais feio, a ter de confessar, de joelhos, aos pés de um clérigo que se deixou, ingenuamente, convencer de que Deus delegou nele o poder de perdoar pecados. Mas não só. Também com a sádica repressão dos corpos."
"(...) Mais. Se assim é, e é de facto, então, tudo isso que a Igreja católica tanto valorizou, são falsos valores, são manifestações concretas duma cultura desumanizada, repressiva, anti-humana, duma falsa cultura, duma cultura que tem tudo a ver com o culto dos deuses e das deusas do Paganismo politeísta e idolátrico, nada tem a ver com Jesus de Nazaré e com o Deus que se nos revelou definitivamente na sua prática de vida e na sua palavra, uma e outra, radicalmente libertadoras e promotoras da vida humana em plenitude e em abundância. E, igualmente, nada tem a ver com cultura verdadeiramente humana e humanizadora. (...)"
Subscrever:
Comentários (Atom)


