26 março 2007

Just Like Heaven

Fizeram amor, sem se olhar, sem se beijar, num movimento rotineiro de entra e sai.
Isto deve ser o débito conjugal, pensou ela, ainda que não fosse casada, gemendo para apressar a função.
Enquanto se vinha, olhando a parede branca à sua frente, onde detectou uma minúscula racha, ele sentiu-se vazio, não conseguindo continuar a arfar. AAAAH!, conseguiu ainda improvisar, como se tivesse gostado.
UUmmUm, suspirou ela, para lhe fazer o favor.
Levantaram-se e foram-se lavar.
Amo-te muito, Diogo, disse ela.
Também te amo muito, disse ele.
Beijaram-se nos lábios e deitaram-se na cama, que permaneceu vazia.

CISTERNA da Gotinha



Leeann Tweeden na revista FHM

Imogen Bailey não deixa os seus créditos por curvas alheias!

Quem é que vai olhar para os carros com estas meninas do salão Automóvel de Geneva?! Show babes - vídeo

Fotografia de Vincent O Byrne: sugestão da Fresquinha.

Calendário da Gemma Atkinson: como tudo aconteceu.

A arte de Claudia Hart

A Fresquinha apresenta-nos Claudia Hart, artista de animações 3D. Um exemplo do seu trabalho:

Machina, 2006
ver imagem animada

25 março 2007

O futuro


O marmelo tinha vinte e pouco anos mas vociferava para o comensal da frente, segurança de profissão como ele, que a honra é que é o ponto e que isso é que não se pode abandonar. Em decibéis largos, ele tinha sido abandonado pela mulher com quem vivia há bastantes meses que directamente lhe comunicara a coabitação com outro. E infernizava-o o facto de ter sido traído que ela fizera questão de lhe referir que já tinha estado com o outro, logo a ele que considerava que a honra é que é o ponto, que até parece que ser monogâmico é estranho. Sim, que ele era como o seu paizinho que nunca traíra a sua mãe que ele bem o sabia. Já a ela, ele nunca lhe perdoaria ter-se metido na cama com outro homem que não o seu paizinho mesmo que ela pedisse desculpa e lhe recordasse que o pai lhe batia como ele vira tantas vezes e que não o podia abandonar a ele e à irmã mas que uma mulher não era de ferro e tinha de ter alguma alegria na vida.

O casaco do uniforme militarizado estava nas costas da cadeira e ele cofiava o cabelinho de um milímetro de altura enquanto desfiava o rosário de ter de lhe tocar a ele uma coisa daquelas, a ele que nunca gostara de pretos desde os tempos da escola da Damaia e teve logo de ir meter-se com uma brasileira. Branca, claro mas brasileira que só porque encontra um gajo mais giro o deixa logo apeado, a ele um defensor da monogamia quanto mais não seja por causa das doenças. Isto está que não se pode e nem sei como será no futuro.

Levou a mão à face para conferir a pele escanhoada, puxou de um cigarro e virou-se directamente para a minha bica lhe ler o futuro, quiçá nas borras e lá tive de responder que pelo que ouvira, o futuro só podia ser como um penso higiénico, branquinho e absorvente mas pelo meu ponto tão cheio de coisas putrefactas e fétidas que o mais ecológico seria reciclá-lo.

Já vos disse que tenho alergia à mudança de hora?

O melhor remédio? Comprar um relógio «reverso» para a minha colecção:


De frente: tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic-tac...



De trás: tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic-tac...

crica para visitares a página John & John de d!o

24 março 2007

3... 2... 1...


Preparados para a Mudança da Hora?!




José Manchado

acabada de chegar


Nascida p’ rós caminhos da Paixão
Faustosa vida estava destinada
A esta que aqui está bem agradada
Por pertencer à excelsa Funda São

Na busca da difícil compreensão
Que aos homens é devida e arrancada
Aqui me confesso já muito cansada
De andar nesta procura da razão

Qual razão? É simples de explicar
Não fosse eu a Fausta apaixonada
São dúvidas demais a apoquentar

Uma pessoa simples mas danada
P’ra compreender criaturas de encantar
Que me deixam a pele arrepiada

___________________________
O Nelo já se apresentou ao serviço, mas só para conversas de melheres:
"Melhér Faúshta
Que paresses bôa
Çeim cuidar de mais reparos,
Çou uma bisha ao té dispôr
Desjde que nãm me dês trabalhus
Neim me fales de coizas novas
Neça arte de ir hás covas
Quéu dou-me mais cuns belos caralhos!

Éi açim quéu çôu melhér
Um amigo bisha pra valer
Pra falar de pishas çe quizer
Eim todas as ocaziões
Çempre que nam te meteres
Com as mãuzinhas que namoram
Us rapáses que çe diverteim
Cu meu mexer-lhes nus culhões

Falaremos de moda trapos e shita
de converças esquizitas
E de coizas de melhéres.
E çempre que tu quizeres
Duma coiza difrente
Podes esquesser toda a gente
O Nelo çabe o que ei estar quente
E dum home que te satisfaz

Nelo, uma bisha ao çeu çervisso..."

O povo é malandreco...

... e por isso também faz coisas que merecem estar na minha colecção:

Fearless little love poems - beetleBLUE


Pequenos poemas de amor sem medo


Descobertos pela Fresquinha

23 março 2007

Bom fim de semana


Springtime


Foto: Janosch Simon
Picasso


O acto sexual é a origem da transmissão de muitas doenças, algumas da quais de consequências bem funestas. Quando se compram em público por preço mais ou menos subido e por forma mais ou menos disfarçada as carícias sexuais, não há sempre cuidado em observar a qualidade da mercadoria que a maior parte dos compradores não estão em condições de apreciar convenientemente, e daí as doenças que se vão espalhando duns a outros por forma ininterrupta.

MONIZ, Egas (1904) A Vida Sexual – Physiologia (1.º Vol.).
Lisboa: Livraria Ferreira. 2.ª Edição – Pág. 332-333

CISTERNA da Gotinha



Isto será o sonho dos homens?!


Coca-Cola: always e
em todo o lado.

Vídeo: Leah Remini



Concurso
Miss Hooters