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19 abril 2007
Uma senhora vaidosa pergunta a um senhor sincero:
- Que idade o senhor me dá?
- Bem... pelos cabelos, dou-lhe vinte anos, pelo olhar, dezanove, pela sua pele, dezoito, e pelo seu corpo, dezassete anos!
- Hmmm... como o senhor é lisonjeador!
- Nada disso, sou sincero. Agora espere que vou fazer a soma.
(enviado por José Longo pelo grupo de mensagens da funda São)
- Que idade o senhor me dá?
- Bem... pelos cabelos, dou-lhe vinte anos, pelo olhar, dezanove, pela sua pele, dezoito, e pelo seu corpo, dezassete anos!
- Hmmm... como o senhor é lisonjeador!
- Nada disso, sou sincero. Agora espere que vou fazer a soma.
(enviado por José Longo pelo grupo de mensagens da funda São)
18 abril 2007
Aula de castidade
Praticar sexo faz bem à pele e à moleirinha, por ser um anti-stress e anti-depressivo natural, e por mais mil e uma razões que qualquer médico vos explicará melhor que eu.
Então para quê a castidade, perguntareis vós?...
Imaginem que vivem em África, que já acabaram os preservativos que as ONG's por lá distribuem e que nem têm dinheiro que chegue para os comprar no mercado negro. Aliás, com a fome e em alguns casos, até com a guerra que por lá campeia, a sida é só a preocupação seguinte porque instintivamente procura-se sobreviver, conseguindo comida e escapando da morteirada. Quem é que numa situação dessas tem vontade de foder?...
É uma castidade imposta pela situação mas a falta dela é desejo de suicídio.
Mais perto de nós, recordo sempre aquele Dia das Mentiras em que o Mário Viegas morreu de verdade. O mundo em que podíamos ter sexo com quem e quando nos apetecesse desmoronou. A maravilhosa pílula que deu liberdade à mulher precisa agora de funcionar em conjunto com um preservativo ou umas análises credíveis. E isto retira toda a magia do momento, da concretização do desejo ali e já, para se tornar quase num acto médico ou burocrático.
Dir-me-ão que a alternativa passa então pela monogamia. Que é uma repressão sobre os instintos da espécie que somos, porque se assim não fosse, todos os povos, independentemente da sua cultura e organização social, seriam monogâmicos. E se todos os dias envelhecemos, também todos os dias algo em nós muda e por milhentas razões que me escuso de enumerar porque todos as conhecem, há um dia em que até o casal mais perfeito já não se reconhece e facilmente tem desejo de outro.
A castidade não mata. Ninguém morre por não ter sexo durante algum tempo ou então, todos os dias morreria gente nas nossas prisões. Ou em suas casas e em todos os escalões etários. É tal e qual como gostarmos de lagosta mas só a comermos lá de longe em longe porque o dinheiro não chega para mais.
Se somos livres e responsáveis para tomarmos as nossas opções, a questão é se preferimos poupar para saborear lagosta ou se aceitamos comer carapauzinhos todos os dias.
Então para quê a castidade, perguntareis vós?...
Imaginem que vivem em África, que já acabaram os preservativos que as ONG's por lá distribuem e que nem têm dinheiro que chegue para os comprar no mercado negro. Aliás, com a fome e em alguns casos, até com a guerra que por lá campeia, a sida é só a preocupação seguinte porque instintivamente procura-se sobreviver, conseguindo comida e escapando da morteirada. Quem é que numa situação dessas tem vontade de foder?...
É uma castidade imposta pela situação mas a falta dela é desejo de suicídio.
Mais perto de nós, recordo sempre aquele Dia das Mentiras em que o Mário Viegas morreu de verdade. O mundo em que podíamos ter sexo com quem e quando nos apetecesse desmoronou. A maravilhosa pílula que deu liberdade à mulher precisa agora de funcionar em conjunto com um preservativo ou umas análises credíveis. E isto retira toda a magia do momento, da concretização do desejo ali e já, para se tornar quase num acto médico ou burocrático.
Dir-me-ão que a alternativa passa então pela monogamia. Que é uma repressão sobre os instintos da espécie que somos, porque se assim não fosse, todos os povos, independentemente da sua cultura e organização social, seriam monogâmicos. E se todos os dias envelhecemos, também todos os dias algo em nós muda e por milhentas razões que me escuso de enumerar porque todos as conhecem, há um dia em que até o casal mais perfeito já não se reconhece e facilmente tem desejo de outro.
A castidade não mata. Ninguém morre por não ter sexo durante algum tempo ou então, todos os dias morreria gente nas nossas prisões. Ou em suas casas e em todos os escalões etários. É tal e qual como gostarmos de lagosta mas só a comermos lá de longe em longe porque o dinheiro não chega para mais.
Se somos livres e responsáveis para tomarmos as nossas opções, a questão é se preferimos poupar para saborear lagosta ou se aceitamos comer carapauzinhos todos os dias.
CISTERNA da Gotinha
Nus masculinos do fotógrafo Mick Payton.
Concurso de fotografia feminista. Queres participar, São?
Le Pen(is) aconselha as mulheres a masturbarem-se para não engravidarem
«Para evitar embarazos indeseados, lo mejor, la masturbación. El consejo no es de ningún pastor descarriado de alguna religión o de algún sexólogo desorientado, sino del candidato ultraderechista a la Presidencia francesa, Jean-Marie Le Pen, que participó ayer en un debate en la Escuela de Ciencias Políticas de París sobre la mujer. »[20 Minutos Link] (via Jumento)
Musiquinhas: Metic - Suck Sexy & Strip Squad - pervert/expert.
Concurso de fotografia feminista. Queres participar, São?
Le Pen(is) aconselha as mulheres a masturbarem-se para não engravidarem
«Para evitar embarazos indeseados, lo mejor, la masturbación. El consejo no es de ningún pastor descarriado de alguna religión o de algún sexólogo desorientado, sino del candidato ultraderechista a la Presidencia francesa, Jean-Marie Le Pen, que participó ayer en un debate en la Escuela de Ciencias Políticas de París sobre la mujer. »[20 Minutos Link] (via Jumento)
Musiquinhas: Metic - Suck Sexy & Strip Squad - pervert/expert.
Para baixo vai, para cima empanca...
Anúncio da Wonderbra com um problema técnico propositado...
Não admira que para aquilo sejam precisas umas mãos adequadas...
Não admira que para aquilo sejam precisas umas mãos adequadas...
17 abril 2007
Exclusão da ilicitude nos casos de interrupção voluntária da gravidez
Foi publicada hoje no Diário da República a Lei nº 16/2007. Pode ser consultada aqui.
"O artigo 142º do Código Penal (...) passa a ter a seguinte redacção:
«1—Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob a sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, quando:
(...)
e) For realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas de gravidez."
A partir de hoje, o Governo tem 60 dias para regulamentar esta lei.
"O artigo 142º do Código Penal (...) passa a ter a seguinte redacção:
«1—Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob a sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, quando:
(...)
e) For realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas de gravidez."
A partir de hoje, o Governo tem 60 dias para regulamentar esta lei.
Orgasmo
foto: daqui
Oh… que me evaporo no limiar
desta fronteira rasgada
para lá do acordar e o sonho.
Neste corpo desfeito
em mil unhas cravadas nas estrelas
dos universos em cascatas infindas.
Onde já não existo.
Já livre da alma
Já livre de tudo
Já livre... abandonada de mim.
Para quê mais viver?
Poderia morrer
Se soubesse
Que a eternidade
Tem a grandeza
Que há na verdade,
Dum momento
Assim…
Margarida Beijaflor
desta fronteira rasgada
para lá do acordar e o sonho.
Neste corpo desfeito
em mil unhas cravadas nas estrelas
dos universos em cascatas infindas.
Onde já não existo.
Já livre da alma
Já livre de tudo
Já livre... abandonada de mim.
Para quê mais viver?
Poderia morrer
Se soubesse
Que a eternidade
Tem a grandeza
Que há na verdade,
Dum momento
Assim…
Margarida Beijaflor
Menina com toalha
Primeira noite de um casal recém-casado.
Quando vão para a cama, diz ela:
- Amor, ainda não te disse mas... eu sou muito inexperiente, não sei fazer nada de nada!
- Não te preocupes, querida, eu explico-te; tiras a roupa, deitas-te na cama com as pernas abertas, e eu trato do resto.
E ela, muito meiguinha:
- Não, amorzinho... foder eu sei...! O que eu não sei é lavar, passar a ferro, cozinhar...
16 abril 2007
horta-lícias
(a propósito de um encontro deficitário lá mais para baixo relatado pela maria-árvore...)
um nabo chega-se a um grelo
e diz-lhe em tom suspirado
"- Ah, grelo, por ti me pelo,
não queres sentir-te enabado?"
mas grelo que se apresente
que não se faz penca loura
do nabo cedo pressente
a escassez da cenoura
e diz "- ó filho, tem tento
de teus dislates me poupa
que sou mulher de alimento
e não vou co'a tua sopa!"
um nabo chega-se a um grelo
e diz-lhe em tom suspirado
"- Ah, grelo, por ti me pelo,
não queres sentir-te enabado?"
mas grelo que se apresente
que não se faz penca loura
do nabo cedo pressente
a escassez da cenoura
e diz "- ó filho, tem tento
de teus dislates me poupa
que sou mulher de alimento
e não vou co'a tua sopa!"
In fraudem legis
Primeiro quis vendar-me os olhos. E eu, no uso da capacidade de gozo dos meus direitos, achei que o patrocínio das partes, tinha todas as possibilidades para dar origem a uma ratificação no mínimo à altura do órgão competente. Era tudo uma questão de pró rata. A definição das coordenadas fundamentais da posição de cada um deixava-me a braços com os fundamentos do direito. Tinha-se constituído, pois, a situação ideal para verificar a constitucionalidade da matéria formal, adiada vezes sem conta por falta de comparência da minha parte.
Incisivo – dizia ele – podes crer!, nunca menos do que isso!Para mim incisivo era assim tipo curto e grosso; mas… in dubio pró réu, sempre, pois os meus preconceitos são facilmente contornáveis quando se trata da análise detalhada do corpus. Parto daí, como manda a metodologia de qualquer recherche.Mas eu conto: a insistência aguçou-me a curiosidade, embora o nosso conhecimento tivesse ocorrido numa situação chata: foi na altura do meu primeiro divórcio e ele teve aquela atitude paternalista do homem que, viciado na tutela dos mais fracos, achou que devia bater-se pelo habeas corpus, dando um murro na secretária quando lhe disse que a outra parte ansiava pelo contencioso. Desde então ficou sempre pendente entre nós uma promessa de deveres recíprocos, mas ele tinha-se queixado de uma disfunção intestinal e eu, na altura a braços com merda suficiente para me atolar, ad cautelam, não dei azo ao trato proposto, até porque me fartei daquela conversa do direito potestativo. Não sou de ficar à espera que os braços de um homem me protejam das agruras da vida. Coitados, nem o direito patrimonial lhes confere a autonomia que uma mulher traz à nascença, quanto mais uns braços deontologicamente estatuídos.Mas a minha curiosidade mata-me. Aquilo da concepção contratualista da sociedade fez eco durante uns tempos, até porque não sendo eu mulher de coacções, quando me ponho sobre a matéria não descanso enquanto não vou até ao fundo. Aceitei, pois, ficar de olhos vendados. Mal sabia ele que estava a alimentar um dos meus fetiches. Oh deuses… até me senti desfalecer ante a perspectiva da aplicação do direito, assim em animus jocandi.
O que depois me meteu raiva for a pega que ele me pôs na mão, associada a um tilintar de ferros. Sujeitei-me à contra-ordenação e, ex abrupto, tirei a venda, não fosse o doutor estar à espera de uma violentação com base na matraca.Uma balança? Para que queria ele que eu segurasse a balança? Teria dúvidas sobre o peso da sua matéria orgânica? Seria alguma regra de conduta sancionada e promulgada pela Ordem? Um modus operandi que eu desconhecia? É que há gente que, de tão normativa, consegue perder o sentido do gozo dos seus direitos! Que natureza social seria a daquele indivíduo, ali de joelhos no chão, a pedir-me sigilo ainda antes de iniciar a sessão. Meto-me em cada uma!
De olhos esbugalhados encarei a caducidade da coisa como uma afronta e, sem apelo nem agravo, disse-lhe que não havia acórdão que resistisse a tamanha humilhação. A dele, porque para mim foi apenas mais um fracasso para a minha colecção...
E saiu-me, assim de rompante, ipsis verbis, esta chave de ouro: “olhe, querido, ponha a sua capacidade jurídica num dos pratos da balança que eu ponho a minha capacidade de gozo no outro. Vai ver qual de nós terá de ir à procura de um órgão mais competente!”
E saiu-me, assim de rompante, ipsis verbis, esta chave de ouro: “olhe, querido, ponha a sua capacidade jurídica num dos pratos da balança que eu ponho a minha capacidade de gozo no outro. Vai ver qual de nós terá de ir à procura de um órgão mais competente!”
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