A diva desta res pubica (coisa púbica, como é sabido) desencaminhou-me no sentido de partilhar, também aqui neste espaço, o comentário que fiz na minha casa sobre o evento. De bom grado o faço, esperançoso até de que a arte de bem conviver frutifique.
Digam o que quiserem. Perturbem-se e estrebuchem os que para isso lhes dê. Escarranchem-se no lombo de mula velha, da cooperativa ou outra, se puderem... Mas que uma boa colecção de gargalhadas já ninguém nos tira do bucho, essa é que é essa!
Paisagens do melhor, vinho do melhor, insana loucura do melhor, comida do melhor, companheirismo do melhor... Ora, tenham lá santa paciência, mas metam as beatices e alguns pudores carunchosos na arca da velha avó - coitada, que no tempo dela, sabe-se lá, até parece que nem se faziam meninos e tal... - e roam-se as unhas até ao sabugo, espreitando
algumas fotografias que dão apenas uma ténue imagem do que por lá se passou.
Um abraço enorme a todos, mas com muito especial destaque à
Tuna Meliches e respectivas bailarinas que levaram à cena, com garbo e atropelo, por entre a maior humidade nocturna, o
Auto das Danações, numa versão tão próxima do Inferno que dir-se-ia estarmos todos no Céu!
Também ao
Pedro Laranjeira que, uma vez mais, comigo partilhou esses ínvios caminhos da poesia.
Uma palavra de justo reconhecimento à mentora do projecto, a inefável
São Rosas, pela impecável organização do evento, sem mácula, nem atritos - coisa tão rara, que é comovedora (ou cu-movedora, como por cá se dirá, com mais propriedade).
Também ao
David Caetano, da
Arqueobeira, que sustentou com denodo a sua argumentação erudita em defesa do Centum Cellas e do símbolo fálico da vila do Ferro contra 'algumas vozes' de maldicência e outras insolências; ao
João Carvalho, da Quinta dos Termos, no Carvalhal Formoso, e o seu excelente
vinho; ao Pielas Bar, do
Pedro Daniel, em Caria, com uma jeropiga só suplantada pela simpatia... e por uma aguardente de figo de fazer chorar os mais empedernidos; ao casal dos
Pimpões, na Quinta do Panasco, em Caria, afáveis, amáveis, simpáticos e inexcedíveis anfitriões, a quem tiro o meu chapéu pela paciência e altruísmo; ao
Hotel Belsol, em Belmonte, com excelentes alojamentos e uma óptima vista panorâmica; ao
Restaurante D. Sancho I, em Sortelha, com belíssima decoração e que nos "arrumou" a todos com um prato de javali e outro de veado, ambos acompanhados com castanhas e regados a vinho da Quinta dos Termos... que nem vos conto!
Por aqui se descobre um sentido para a vida!