27 junho 2007

Validação


O avô teria sido valido do rei D. Carlos e devia andar por essas bandas a explicação para a sua intocável posição de cavalheiro a pagar todos os jantares o que me provocava uma brotoeja que nem vos digo nem vos conto.

Mas havia qualquer coisa na ternura com que me desnudava e osculava os ombros, na precisão com que me molhava o pescoço, no som cavo dos seus gemidos por cada poro que lhe beijava, na maneira como me amparava os seios antes de sofregamente sugar os mamilos, nas suas mãos frenéticas como se espalhasse óleo de massagem pelo meu corpo, no modo calculado e cúmplice de olhar quando empurrava o polegar contra o clítoris enquanto os dedos da outra mão erguiam mastros vulva adentro, na visão almariada com que requeria que me sentasse na sua boca e na facilidade como em três penadas se introduzia todo dentro de mim, que nesses momentos até acreditava que foder podia mesmo ser traduzido por fazer amor.

Fotografava-me durante o sono e espalhava os resultados pelas paredes da casa mesmo quando nem uma nesga de lençol aparecia no enquadramento e nos dias em que aquele espaço se enchia de gente barulhenta e conversadeira se bem que privasse as suas mãos de se dilatarem pelo meu rabo não escondia a língua para me fazer crer que o seu malte era melhor que o meu uísque americano.

Maria Árvore
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Muito o Alcaide gosta de oder:
"Na forma como ela... voa
da forma como ele poisa
só pode ser gente boa...
Gente fina é outra coisa!

Não se fode... faz-se amor
não é broche... nem se diz..
não é cu nem é... tambor,
nem é «crica», é... clitoris!"

CISTERNA da Gotinha


A Stacy tem umas calças de ganga bem giras.



Publicidade à portuguesa sobre vibradores, preservativos e até amaciadores para a pintelheira.



Tantas humidades e rendas que por aqui pululam.



Vídeo: duas lésbicas na brincadeira.

Intimate Videogame (02:39)

Mais informação aqui

Outras Coisas

VII Encontra-a-Funda, danados e danações

A diva desta res pubica (coisa púbica, como é sabido) desencaminhou-me no sentido de partilhar, também aqui neste espaço, o comentário que fiz na minha casa sobre o evento. De bom grado o faço, esperançoso até de que a arte de bem conviver frutifique.


Digam o que quiserem. Perturbem-se e estrebuchem os que para isso lhes dê. Escarranchem-se no lombo de mula velha, da cooperativa ou outra, se puderem... Mas que uma boa colecção de gargalhadas já ninguém nos tira do bucho, essa é que é essa!

Paisagens do melhor, vinho do melhor, insana loucura do melhor, comida do melhor, companheirismo do melhor... Ora, tenham lá santa paciência, mas metam as beatices e alguns pudores carunchosos na arca da velha avó - coitada, que no tempo dela, sabe-se lá, até parece que nem se faziam meninos e tal... - e roam-se as unhas até ao sabugo, espreitando algumas fotografias que dão apenas uma ténue imagem do que por lá se passou.

Um abraço enorme a todos, mas com muito especial destaque à Tuna Meliches e respectivas bailarinas que levaram à cena, com garbo e atropelo, por entre a maior humidade nocturna, o Auto das Danações, numa versão tão próxima do Inferno que dir-se-ia estarmos todos no Céu!

Também ao Pedro Laranjeira que, uma vez mais, comigo partilhou esses ínvios caminhos da poesia.

Uma palavra de justo reconhecimento à mentora do projecto, a inefável São Rosas, pela impecável organização do evento, sem mácula, nem atritos - coisa tão rara, que é comovedora (ou cu-movedora, como por cá se dirá, com mais propriedade).

Também ao David Caetano, da Arqueobeira, que sustentou com denodo a sua argumentação erudita em defesa do Centum Cellas e do símbolo fálico da vila do Ferro contra 'algumas vozes' de maldicência e outras insolências; ao João Carvalho, da Quinta dos Termos, no Carvalhal Formoso, e o seu excelente vinho; ao Pielas Bar, do Pedro Daniel, em Caria, com uma jeropiga só suplantada pela simpatia... e por uma aguardente de figo de fazer chorar os mais empedernidos; ao casal dos Pimpões, na Quinta do Panasco, em Caria, afáveis, amáveis, simpáticos e inexcedíveis anfitriões, a quem tiro o meu chapéu pela paciência e altruísmo; ao Hotel Belsol, em Belmonte, com excelentes alojamentos e uma óptima vista panorâmica; ao Restaurante D. Sancho I, em Sortelha, com belíssima decoração e que nos "arrumou" a todos com um prato de javali e outro de veado, ambos acompanhados com castanhas e regados a vinho da Quinta dos Termos... que nem vos conto!


Por aqui se descobre um sentido para a vida!

26 junho 2007

no VII Encontro d'A Funda - encerramento e despedidas

Ainda a tempo, que o afecto não tem tempo, aqui fica o meu abraço e agradecimento pela excelente companhia a todos quantos participaram no VII Encontra-A-Funda, já esperando pelo próximo:

confrades meus está saldada
a VII dada a preceito
de cada uma bem dada
colhamos nós o proveito
desta - diferente daquelas -
houve pedra caralhal
Panascos e até Pielas…
vimos bordel ancestral
soubemos de lagartixos
amantes de sol e pedra
que nem serão nenhuns bichos
só por eles a terra medra

de Coimbra até Caria
foi um pulo sem desgosto
mas já lá vem outro dia
encontro morto – outro posto

a vós ergo a minha taça
abraço dado por gosto
feito de um dia que passa
mostrando da vida o rosto
porque a vida são três dias
um que já foi e outro não
mas contra dores e azias
viva-se este, que é bem bom…

o Panasco, Centum Cellas,
o Ferro até de cernelha
passámos pelo Pielas
concluindo por Sortelha…
na Funda nos afundámos
fomos à Funda tu e eu
quem nunca afundou na Funda
nem sabe quanto perdeu!



«Auto das Danações» - de Jorge Castro
Alternadeira e Gil Vicentezão

Depois admiram-se...

"A maior parte das pessoas faz uso dos medicamentos e quase nem lê o folheto das indicações! Têm dúvidas? Então o que me dizem da vaselina? É indicada para uso externo e, no entanto, fazemos uso dela lá dentro..."

Cambralenta
(recebido pelo grupo de mensagens da funda São no Yahoo)

Abre-cartas

À venda na secção "Knives"













Outras Coisas

Também quero!


JYL - Air Hostess

No avião, o alentejano pede um tinto de Borba.
A hospedeira pergunta à testemunha de Jeová se quer beber alguma coisa.
Responde a testemunha de Jeová com ar ofendido:
- Prefiro ser raptado e violado selvaticamente por uma dezena de putas da Babilónia antes que uma gota de álcool toque os meus lábios!
O alentejano devolve o copo de tinto à hospedeira e diz:
- Eu também. Não sabia que se podia escolher.

(enviado por MN)

25 junho 2007

Nós na Funda...estamos sempre a crescer.

Então, o que acharam do 7º Encontra-a-Funda?

"húmido, airoso, vibrante
do tanto que não abunda
vem-se um gajo num instante
em cada Encontro da Funda!"


OrCa

Enchidos


O seu paleio de encher chouriços não seria das coisa mais saborosas. Que não era. Mas afiambrar-lhe a farinheira até sentir o odor dos fumados sempre era uma petisqueira que a vida também se atesta com estes pequenos nadas.

Só estranhava que nas nossas matanças do porco apenas no final ele soltasse um grunhido abafado como se o gato lhe tivesse comido a língua e sugeri uma receita mais apimentada de uma dúzia de vocábulos de calão para estas ocasiões. Ele tentar articular palavras, tentou. Enunciou florinha, gatinha e outras alegorias terminadas em inha que só diminuíam a minha vontadinha. Cheguei a pensar que era tamanho o afluxo sanguíneo àquela parte do corpo que mais se assemelha a um enchido que isso o impedia de movimentar as cordas vocais ou lhe falhava a energia para fazer a ligação à região demarcada da fala no cérebro.

Até que um dia ele conseguiu pronunciar putinha e fê-lo de uma forma tão mimosamente infantil que me arrepiei julgando-me parte de um acto de pedofilia. Que não era suposto. Do meu rosto deve ter transparecido o calafrio e ele avançou um pujante minha vaquinha que é daquelas coisas que se eu tivesse três estômagos regurgitava logo ali.

De maneira que o convidei para uma pausa, um lanchinho de leite quente com bolachinhas, para lhe afirmar que se tinha características de menina mimada, que tinha, equilibrava a travessa sendo perversa na cama.

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