A menstruação da mulher é um estado fisiológico que os romanos concomitantemente apreciavam pelos benefícios que dela provinham e aborreciam pelos prejuízos que igualmente dela advinham. (…)
Acreditava-se que a mulher menstruada e por efeito exclusivo do seu fluxo afastava dos campos a saraiva, os furacões, o raio, as trovoadas, enfim todos os cataclismos celestes. (…) A simples exibição das partes sexuais banhadas no rubro corrimento catamenial nas praias sossegava o mar revolto, abrandava as ondas alterosas, afugentava os tufões e as trombas de água, em resumo acalmava todas as tempestades marítimas, sendo assim de considerar a sua acção benéfica em prol dos que, andando no alto-mar, ao aproximarem-se das costas corriam perigo de a elas darem.
(…) tinha-se por certo que, as regras coincidissem com um eclipse lunar ou solar ou com a ausência da lua (lua nova), a cópula que se executasse seria funesta e mortal para os machos. (…)
Bastaria que a mulher menstruada tocasse com um dedo em certos objectos para os prejudicar; assim, tratando-se de cortiços, as abelhas abandoná-los-iam para sempre; (…) tratando-se de navalhas da barba, o fio embotar-se-ia de súbito; (…) Todos estes maléficos poderes se mostravam exaltados e se manifestavam por um simples olhar da mulher, se a menstruação era a primeira após a perda da virgindade ou se, sendo ela virgem, a menstruação era a inicial.
in AGUIAR, Asdrúbal de (1935) Estudos sobre Roma nos tempos antigos
Lisboa: Imprensa Nacional, pág. 1-3.
N.B.: Asdrúbal António de Aguiar (1883-1961) era chefe de serviço do Instituto de Medicina Legal de Lisboa e professor do curso superior de Medicina Legal.
Acreditava-se que a mulher menstruada e por efeito exclusivo do seu fluxo afastava dos campos a saraiva, os furacões, o raio, as trovoadas, enfim todos os cataclismos celestes. (…) A simples exibição das partes sexuais banhadas no rubro corrimento catamenial nas praias sossegava o mar revolto, abrandava as ondas alterosas, afugentava os tufões e as trombas de água, em resumo acalmava todas as tempestades marítimas, sendo assim de considerar a sua acção benéfica em prol dos que, andando no alto-mar, ao aproximarem-se das costas corriam perigo de a elas darem.
(…) tinha-se por certo que, as regras coincidissem com um eclipse lunar ou solar ou com a ausência da lua (lua nova), a cópula que se executasse seria funesta e mortal para os machos. (…)
Bastaria que a mulher menstruada tocasse com um dedo em certos objectos para os prejudicar; assim, tratando-se de cortiços, as abelhas abandoná-los-iam para sempre; (…) tratando-se de navalhas da barba, o fio embotar-se-ia de súbito; (…) Todos estes maléficos poderes se mostravam exaltados e se manifestavam por um simples olhar da mulher, se a menstruação era a primeira após a perda da virgindade ou se, sendo ela virgem, a menstruação era a inicial.
in AGUIAR, Asdrúbal de (1935) Estudos sobre Roma nos tempos antigos
Lisboa: Imprensa Nacional, pág. 1-3.
N.B.: Asdrúbal António de Aguiar (1883-1961) era chefe de serviço do Instituto de Medicina Legal de Lisboa e professor do curso superior de Medicina Legal.
Achegas da malta para o Asdrúbal:
osbandalhos: "Afugentava as trombas de água e continua a afungentar. Não só as de água, mas outras trombas e trombadas de que a previsão do instituto de meteorologia não fala. Mesmo sem corrimento catamenial, afugenta qualquer pessoa decente, dirá alguém :)"
matahary: "Nem sei o que diga... Se ria, se chore. Mas uma coisa sei: ainda me lembro que para alguém esta «altura», sendo ele um homem fiel, era altura para não ser fiel. Ai c'um caraças! O Asdrúbal esqueceu-se de mencionar que quando as claras São batidas por uma mulher menstruada, por mais que «bata» nunca ficarão em «castelo»; vai daí que, concluo eu, ando sempre mestruada."
guida: "Aqui onde Judas perdeu as botas, também se tem como 'na vá o diabo tecê-las' o seguinte: a mulher menstruada não pode nunca participar ou sequer assistir à 'matança do porco' porque a carne fica estragada... nem fazer bolos porque não 'medram' e muito menos foder, porque além de ser incómodo, é chato porque não há homem que de bom 'grado' lamba uma crica menstuada. Isto de lamber uma crica é apenas para a mulher alentejana moderna... porque as anciãs não sabem o que é uma crica. Admira-me que o Alentejo ainda conste do mapa, embora seja mais de 1/3 do nosso território nacional. Ainda em tempo e opinando sobre o post: histórico de facto. Também 'antigamente' se usavam fezes de crocodilo na vagina como método anticoncepcional. Mas isso era 'antes'. Entretanto, os crocodilos esborracharam-se porque decidiram passear na selva a uma quinta-feira, que é exactamente quando os elefantes fazem paraquedismo e por isso foderam-se. Desde então tem sido uma foda generalizada."
RicaPrima da São: "Cá em casa, só a minha presença, menstruada ou não, faz talhar a maionese! Durante décadas, se o meu Amor queria fazer uma maionese perfeita (ele faz a melhor do mundo!), eu tinha que ir para o café! Há coisas deliciosas, não há?! Eu adooooro isto! Ah! Se ouço a antena1, e não entro na sala para ver o jogo, a selecção ganha sempre! - diz o meu Amor. Ontem, sozinha, cá no quarto, deu-me para ligar a tv!"
Há coisas fantásticas, não há?