10 dezembro 2007

Não Fode! Nem sai de cima!


"A obesidade foi considerada pela OMS a epidemia do século XXl. Segundo as últimas estatísticas, cerca de 15% da população portuguesa está clinicamente obesa."

A obesidade mórbida é uma doença grave que tem que ser tratada!

As aventuras homossexuais...


Alexandre Affonso - nadaver.com

09 dezembro 2007

posso entrar sem cortar as unhas?...

... E a barba, está bem assim?... Não use calças muito justas, veja lá o que aconteceu às castanhas embrulhadas em jornal!...

Pois, não sei... Se um dia se legaliza por cá a prostituição, vem de lá a ASAE e vai ser um deus-nos-acuda...

tal como ao medronho e à bola de Berlim levada à praia
imporá a ASAE bitola no comprimento da saia?

ou p'r'ajudar à função num desses dias da treta
a ASAE dirá que não ao bater de uma punheta?

cerceia a ASAE qual vírus três gritinhos espremidos
três ais darás três suspiros que mais não são permitidos

e dia virá por certo que decreto assertivo
limitará ao esperto a cor do preservativo

pois quem nos garantirá que só porque um gato mia
não vem a ASAE de alvará acabar co’a sodomia?

não se estranhe então por fim que normalizem o ardor
a régua esquadro algo assim que vá da fundura à dor

por entre a boa e o mau ninguém meterá colher
seja de inox ou de pau se a grande ASAE não quiser

julgo bem que p’ra nos ter bem atadinhos dos pulsos
definirá p’ra foder sacudidelas e impulsos

com tanto regulamento tão paternal e correcto
há-de haver voz de jumento pondo o sexo a decreto

seios traseiros e pilas tudo normal e a preceito
não há lugar p’ra larilas nem p’ra coisas de outro jeito

nem se inventem outras formas pois haja ASAE que garante
tudo estar dentro das normas…não há é já quem a levante

que tudo isto é consumo diz o povo consumido
consumado neste rumo de ser mal pago e… comido.


ilustração do Raim
- visita o blog do Raim

Circuitos da febra


Comprei mais uma mala. Com muitos bolsos exteriores para o tabaco, o telemóvel e as chaves. Mesmo mudando de cor, com mais ou menos berloque, compro sempre a mesma mala que é tal e qual o que faço com os homens.

Já tentei enganar as sinapses escolhendo alternadamente esguios, baixos, magros e obesos mas aquelas putinhas descobrem sempre o mesmo tipo de personalidade por baixo do intrincado dos vasos sanguíneos, das fiadas de músculos, dos pêlos e das vestes.

É irrelevante se baixam ou não a tampa da sanita desde que saibam o significado de endorfina que estar a cuidar do vocabulário que se usa na intimidade é uma grande chatice. Nem me intimida que sejam secos de carnes quase ao ponto de se sentir os ilíacos em vez das nádegas ou tão volumosos que licitamente se possa duvidar que entre a barriga saliente e as imensas virilhas ainda haja espaço para algum músculo desde que sejam dedicados à actividade física que amores platónicos não se coadunam com a idade adulta quanto mais não seja porque se não activamos a circulação sanguínea a pele envelhece mais depressa. Tampouco me rala se escolhem como passatempo o futebol, a informática, a pesca, a bricolage ou o dolce faire niente desde que essa cumplicidade não seja mais absorvente que um penso higiénico que me constrangem os bibelots de carne e osso.

O que somado quer dizer que estou feita ao bife já que mesmo que diversifique os circuitos da febra quase posso garantir que a semelhança ao modelo incluído no meu disco duro é o meu ponto gê.

Grelo certificado, já!


«Confrades em boa companhia com os nabos»
Notícia no Diário «as Beiras» de 30/11/2007

A Confraria dos Nabos e Companhia, de Mira, tem um objectivo louvável. Como diz o confrade-mor (não deveria ser «com_o_nabo-maior»?!): "Gostava de ver os grelos certificados".
E com um mérito ainda maior por se especializarem em grelos de nabos. Que, de facto, são os que mais sofrem por não receberem o gozo a que têm direito. Nabos!...
Pois fica já aqui a minha candidatura para que me certifiquem o grelo.
Maltinha, vamos lá criar slogans para esta campanha do grelo certificado!

Florbela Espanca, a Diva da Poesia Erótica

8.Dezembro.1894 - 8.Dezembro.1930


Languidez

Fecho as pálpebras roxas, quase pretas,
Que poisam sobre duas violetas,
Asas leves cansadas de voar...
E a minha boca tem uns beijos mudos...
E as minhas mãos, uns pálidos veludos,
Traçam gestos de sonho pelo ar...

'...Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo p'ra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!...'

«parnasiana, de intenso acento erótico feminino, sem precedentes na Literatura Portuguesa.
Vacilando entre a moral e o preconceito, a beleza própria da poesia de Florbela recebeu pouco mais do que incompreensão, em vida e manipulação em morte, durante cerca de 40 anos.»

Florbela Espanca, lembramos hoje e sempre os dias do seu nascimento e da sua morte. Precursora dum erotismo poético, no seu tempo. Uma grande poetisa. Uma grande mulher. Um grande exemplo!

Biografia de Florbela Espanca


crica para visitares a página John & John de d!o

Boas também para elas...!


Pronto, pronto, já sabia que ia ter reclamações da outra metade...

Aqui fica, para quem goste!

08 dezembro 2007

Boas Frestas!




O Pai na tal da funda São

"São Rosas
Informo que já recebi imensos mails que me dizem que o Pai Natal não existe.
Por exemplo este:
«Assunto: O Teu Primeiro Cartão de Natal
Queres ver o pirilau do Pai Natal?
Então vai mais abaixo.
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Francamente, com essa idade já devias saber que o Pai Natal não existe.»


A todos tenho respondido mais ou menos assim: (fico a aguardar comissão)
Estás enganado! Com essa idade já devias saber que o Pai Natal nu existe! Nós é que entendíamos mal o que nos diziam!

Podes comprar esta t-shirt especial na tal... funda São.
Maria Concertinas"
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É como dizes, Maria. O Raim ensinou-nos isso e é uma excelente prenda de Natal. Como eu sempre disse, especialmente para os mais cépticos, devemos ser anticépticos.
E também há as t-shirts do d!o para gajas (antes que me perguntem: mamas não incluídas... e as t-shirts não são translúcidas):

«Apalpando»

«Atira-nos água!»

Encomenda agora e chegará a tempo para o Natal.

A Didas foi ao cinema

Dina: 'Estas janelas/portas (sei lá) não te fazem lembrar qualquer coisa, São?...'"Nos inícios dos anos 80 em Aveiro, o Cine-teatro Aveirense, agora elevado à categoria de local para exibição de peles e pseudo-sensibilidades artísticas, exibia à meia-noite de sábado sessões de cinema porno. A vossa padeira andava pelos vinte anos e morava mesmo ao lado, e um dos seus passatempos preferidos era ir para a janela assistir ao movimento espontâneo dos apreciadores. Em mais nenhuma ocasião se via (e ouvia) tanta Famel Zundapp e Casal Boss junta, parecia uma convenção. Surgiam em hordas de todos os subúrbios desconhecidos, na maioria dos casos homens sozinhos mas também alguns casais, elas no lugar do pendura. Invariavelmente, os últimos a chegar já não arranjavam bilhete porque os 900 lugares não eram suficientes para todos os fãs do género e lá vinham eles de volta à motorizada largando audíveis “foda-ses” de frustração. Já depois do filme começar e reposto algum sossego, havia lugar à segunda parte do espectáculo: Passava o camião do lixo da Câmara pela estreita rua inundada de motas e os trabalhadores vinham à frente, batedores improvisados, desviando veículos para permitir a passagem. Ouvia-se “um, dois, três… vai!” e por vezes até um ou outro carro era desviado em peso. Mais tarde acabava o filme. A inspiração acumulada durante a sessão obrigava os pequenos motores de 50cc a arrancar de súbito e mais estridentes do que antes. Vistos de cima, pareciam um enxame de zangões em fúria. Até que o último desaparecia e a rua estreita voltava a dormir pachorrentamente até à manhã seguinte. Só nessa altura eu ia dormir, depois de apreciar e me divertir com todos os detalhes.
Mas chegou inevitavelmente o dia em que a repetição levou ao cansaço e eu decidi que queria mais. Queria ver lá dentro, in loco. Dito e feito, comprei um bilhete e fui ver uma sessão. Não tenho a menor recordação do título do filme, nem dos actores, nem do argumento se é que existia algum. Só me recordo nitidamente de ver à minha volta vários espectadores que viviam a emoção da sétima arte com a mão dentro das calças e mesmo na fila atrás de mim fazia-se um bico à descarada. Foi mau. Porque nunca mais consegui assistir a uma sessão das “normais” sem pensar bem no que já teria acontecido à cadeira onde me ia sentar."

Didas
Farinha Amparo - a padaria da família
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Nota da ediSão: Isto só me faz ter ainda mais saudades das sessões das sextas-feiras à meia noite no cinema Avenida, em Coimbra.
A malta entrava para lá com tampas de panelas, bombos, cornetas, cartazes, paus com uns cornos presos na ponta, ferrinhos, pandeiretas... e acompanhava o ritmo com palmas e incentivos.
Bons momentos, esses, em que o importante não era o filme e sim o ambiente de festa...

E as bocas que lá mandavam? Humor fino, aquele...

Acordar com um Beijo.

Mamas para Retrovisor

(clicar na imagem para mais informações)























Outras Coisas