08 janeiro 2008

água

Giuseppe Sarcinella


ah! como eu gosto da água
que escorre quente na minha pele
que me acaricia e me alivia
que me afaga e me acalma...


Nota: se a escolha fosse da São, o título seria "molhadinha"...

Ainda sobre a prostituição - a opinião da Guida


"Se eu pudesse mandar não havia putas, mas há. E é como os buracos na estrada, caímos lá dentro mesmo que até desviemos o carro".

Esta legalização das 'casas de passe' é uma questão política incontornável. Refiro desde já já, que não tenho conhecimentos suficientes que me permitam julgar esta matéria, ou qualquer outra aliás, mas, ainda assim aFundo a minha opinião.
Há qualquer coisa neste parágrafo que não me soa bem:
"Postulando que nunca se acabará com a mais velha profissão do mundo, por mais draconianas que sejam as medidas que visem erradicá-la, mais valerá aprender a conviver com ela sem moralismos e dogmatismos fundamentalistas, para, com pragmatismo, e sempre tendo consciência de que não há modelos perfeitos, propor soluções, visando garantir a saúde pública, o decoro, a liberdade e o direito dos profissionais do sexo a exercerem a sua actividade com recato e em segurança, em estabelecimentos licenciados para o efeito."
Pergunto eu que sou meio distraída:
- Desde quando no nosso país escolhemos livremente a nossa profissão ou qualquer outra? Se "mais valerá aprender a conviver com ela sem moralismos e dogmatismos fundamentalistas", porque não convivemos também, com os mesmos princípios, com a interrupção voluntária da gravidez, com a homossexualidade, com a hipocrisia dos padres e da igreja que comete incongruências (para ser soft) diariamente e atrocidades, aliás, ao longo dos tempos? Se legalizarmos os "profissionais do sexo" passaremos a olhar de maneira diferente para as "putas" do cais do sodré e do intendente? Legalizamo-las também ou matamo-las logo?
Se eu escolher ter a minha profissão politicamente correcta e me apetecer 'alternar' com os meus 'vícios', a minha casa ganha uma luzinha vermelha? Ou posso escolher a cor? A minha testa ganha algum enfeite? Uma estrelinha de David? Quem sabe um código de barras? Uma tatuagem?...
Os meus vizinhos continuam a ser simpáticos para mim?
Se na minha casa, devidamente legalizada (vá-se lá saber o que isso é) eu quiser receber amigos, como faço hoje, tenho que descontar na fonte? Passar recibo aos meus amigos?
Não seria melhor, sei lá, dar condições de vida dignas a todos? Educar as populações por forma a que doenças como o HIV não se propagassem à velocidade da luz?
Não seria melhor cumprir a vontade do Sérgio Godinho? "Só há Liberdade a sério quando houver... a Paz, o Pão, Habitação, Saúde, Educação".
Não seria melhor cumprir o 25 de Abril? Alterar a Constituição? Não seria melhor respeitar a dignidade do ser humano antes de legalizar o que não deveria existir?
Vénia à São Rosas porque trouxe esta questão à Funda São. Perdão se confundi tudo e se, também eu, não tenho a solução.
Vem-se a propósito uma frase já nossa conhecida da querida São Rosas: "Nem tudo o que nos Fode é Erótico". De facto...

AnotaSão: Não concordo com a Petição na generalidade e na especialidade faz-me azia. Obviamente não assino!

O ONANISMO (secunda punhada)

Tratando-se da masturbação, tivemos, principalmente por objecto, considerar este hábito na infância e no vigor da mocidade, porque é então que produz as mais terríveis ruínas no organismo.
Poderíamos, todavia, falar do onanismo nas diferentes idades da vida; porque, ainda que nos adultos os seus efeitos sejam menos terríveis do que nos jovens, contudo, produz naqueles consequências mais graves.
Não é raro ver homens, que perderam a memória, serem atormentados por dores contínuas, e caírem enfim no mais completo marasmo, em consequência destes vergonhosos excessos.
As pessoas de um e outro sexo que se entregam a esta pratica, fazem-na com tal paixão, que as praticas normais do amor já não tem atracção para elas: há algumas até, que renunciaram absolutamente a este acto natural.
Nos adultos, esta paixão observa-se principalmente entre os afeminados, os imbecis, e principalmente os idiotas.
Muitas vezes, também, se assenhoreia dos adultos de um ou outro sexo, que, por necessidades de diversas ordens, são obrigados a viverem celibatários.
Algumas vezes, enfim, domina indivíduos que, por sua instrução ou posição social, parecem dever estar em guarda contra semelhantes excessos.

FOURNIER, H. O onanismo: suas causas, perigos e inconvenientes para o indivíduo, família e sociedade: remédios / H. Fournier, trad. Narciso Alberto de Sousa. - Lisboa: Guimarães & C.ª Editores, (19??). Pág. 14-15.

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Mensagem recebida em 13 de Janeiro de 2008:
"Please remove my image from the following post: «O ONANISMO (secunda punhada)».
Failing to do so will result in legal prosecution.
Note that you dont have the copyright or permission to publish this image and that your text is offensive and disgusting.
Looking forward to hear from you,
Pau Ros"

Hello Pau,
As administrator of this blog, my appologies. Obviously, we don't want to use images without the permission of their authors.
Regarding the text, we totally agree with you: it's disgusting. If you notice, that's a transcription of a very well known book written in 1875 about the problems created by masturbation.
Erotic regards from Portugal,
São Rosas

XYXX - Caixa para Preservativos

















Outras Coisas [via]

07 janeiro 2008

2ª feira com amêijoas


Bom início de semana


Foto: cristin lindaK

CISTERNA da Gotinha


Desenhos Eróticos dos anos 50-60 pela mão de Federico Fellini.

Cenas hilariantes de
soft porn.

Rompiendo el Silencio - revista chilena virtual de cultura lésbica.

Durex Orgasm Challenge - quem aceita o desafio?

O Blog
Amante das Imagens merece uma visita diária.

España me mata, coño!

Estive em Espanha e, mesmo com os maus augúrios relativamente à economia, aquela malta é que sabe tratar-se bem. Dois exemplos:

Anúncio a «las mejores carnes»... com «entrantes calientes»... «pescados a la brasa»... e até a rua é um tal de «Pez Volador», que para alguém que fala Portunhol como eu poderia bem ser «pé violador», uma modalidade de «feet fucking» (em português).



Onde, além de Espanha, se poderia fazer uma exposição para mostrar que a Zara goza? Grande maluca, esta Zara. Será a da cadeia de pronto a vestir?...


Olé!

Obscene Interiors

Galeria Flickr






















Outras Coisas [via]

06 janeiro 2008


crica para visitares a página John & John de d!o

Magnético



Deixei-o abrir-me a porta do carro. Foi o primeiro erro. A seguir, aceitei flores que até parecia uma menina educadinha a receber os galanteios de um cavalheiro como no tempo dos meus bisavós.

Estava a vender gato por lebre e porém ainda consegui piorar a má fortuna quando admiti que ele me despisse como quem desembrulha uma relíquia sagrada, sem me mexer um milímetro que fosse e como se ainda não bastasse, em atenção à sua esmerada educação de fornada pasteleira - a dos colégios para meninos queques e copos de leite, claro - nem uma asneirita proferi enquanto os nossos corpos se enroscavam como peças de roupa no tambor de uma máquina de lavar, numa esfrega constante mas apenas com ruído na torcidela final.

A sedução leva-nos pelo caminhos ínvios de não manifestar totalmente a nossa imagem de marca adornando-a com ofertas que aparentam fidelizar o potencial consumidor, só que o meu feitio cigano de calcorrear cada dia ardentemente já estrebuchava e atirei fora os paninhos quentes para confessar que estava fodida porque me bastava o tempo profissional para fingir ser quem não era como uma puta e c'um caralho, nas relações pessoais sempre me comportara como um frigorífico: ou o outro sentia uma necessidade magnética de se colar a mim ou caía de vez.

Nervos de Fumador



Fotografias via PornSaints

Macho Man















Outras Coisas [via]

05 janeiro 2008

a política da prostituição

Isto, a bem dizer, tudo é político. Não tem é de ser partidário... ainda que seja bom que cada um tome partido pela sua causa.
(É lixado isto dos conceitos baralhados, mas a verdade é que as palavras querem dizer qualquer coisa... E conceitos transviados só servem para aumentar a confusão, digo eu...)
Esta questão - a da prostituição legalizada ou não - é mais uma das militantes hipocrisias em que vivemos atascados. Sendo evidente que a prostituição - entendida como venda do próprio corpo para fins sexuais - concentra em si muito de indignidade humana, não é menos verdade ser ela velha como o mundo (patriarcal) e apoiar-se na miséria sexual que advém de vivermos espartilhados por conceitos moralistas e pseudo-éticos, que são incutidos como travões ao livre arbítrio, sempre tido como perigoso e subversivo para quem detém o poder...
Daí o tal poder - ou p(h)oder, para amenizar a conversa - sempre se ter servido, também, da prostituição, vendo-a com um olhar benevolente - por ela constituir uma fonte de 'esvaziamento' de tensões... e, não raro para políticos com visão para o negócio, poder constituir até matéria colectável.
A insatisfação sexual não deve ser vista de ânimo leve e qualquer estadista que se preze saberá - mesmo que ele próprio, em vale de lençóis, possa não estar à vontade - que cidadão recalcado e ressentido é foco de problemas sociais.
Donde, se por um lado se estigmatiza o 'fenómeno' como moralmente indefensável, por outro se condescende até ao limite da institucionalização - as tais casas de passe, ou bares de alterne, ou o que se queira - por ser consensual que a queca funciona como terapia ocupacional para atenuar tensões de primeira água. E para quem não se descontraia no remanso do lar, porque não fazê-lo onde encontre aconchego?
Não deixa de ser curioso verificar, a título de exemplo mas desviando um pouco a conversa, para ser mais abrangente, a bonomia com que se encara a 'aventura fugaz' nascida no bar onde se bebe um copo com os amigos e se consuma no banco de trás do carro, em aflições desvairadas, em contraponto com a crítica social à 'facada conjugal' com a vizinha, a amiga lá de casa ou a colega de emprego (claro que, aqui, o emprego do feminino pode ser trocado pelo masculino, que vai dar ao mesmo). Reflexos, também, estas divergências de pareceres, da tal miséria sexual de que os entendidos falam e os nossos pudores hipócritas querem ignorar, mas toda a gente conhece... e, porventura, a grande, imensa, esmagadora maioria pratica ou, quando não, tem muita pena.
É subordinado a estas dicotomias que se analisa, geralmente, o problema da prostituição, isto é, deixando nós resvalar a nossa opinião para a dependência em relação a 'dados adquiridos', pretensamente sociais, sem olharmos bem para dentro de nós próprios.
Se a prostituição é um fenómeno social que advém da forma como toda a sociedade está organizada, para a combater será de pensar em combater as causas sociais que a originam e não a prostituição em si, que não nos levará a lado nenhum. A bem dizer, é - mutatis, mutandis - como a questão do consumo da droga...
Uma verdade como punhos é aquela de todos sabermos que a prostituição consentida mas não oficializada promove o fenómeno da chulice, com o seu mafioso cortejo de violências, de forma indecorosa e sem qualquer espécie de controlo. E, então, por aqui não devem também as nossas conscienciazinhas ficar abaladas?
Quanto às casas de passe, ou de tias, ou de putas, mais ou menos rascas, ou em vivendas de jardim e piscina... trata-se apenas de regras do mercado. Ou não? E, nessa perspectiva, é bem melhor um colchão, mesmo ruidoso, em cama desconchavada, do que uma parede emporcalhada, em beco mal iluminado e à chuva (a não ser que haja especial predilecção por este modelo).
Afinal, frequentar uma casa de passe ou não frequentar uma casa de passe, essa sim, será também uma questão de formação individual, se quiserem, mas fundamentalmente de livre arbítrio.
Do outro lado, as (e os) prostitutas (e os) emergem do fenómeno social por consabidas razões de miséria social e continuarão a emergir enquanto as actuais condições se mantiverem.
Neste caldinho, funcionam apenas as leis de oferta e de procura, por muito cínico que alguém queira entender o conceito.
Para remate, também estou em crer que a pedofilia às escâncaras num Parque Eduardo VII talvez não fosse de tão fácil ‘amanho’ num estabelecimento legalmente aberto...
Nem será, a partir da legalização, muito admissível ou justificável a oferta de prostituição em lugares públicos, no momento em que sejam legalizadas as casas de passe. A não ser mediante a emissão de recibo verde, claro!...
E tudo o resto não passará, na minha humilde opinião, de conversa da treta.