"Um mercenário que vende o seu corpo para a guerra, sem lhe interessar muito contra quem nem a favor de quê, não será uma grande puta? Um político que ganha eleições por promessas que nunca cumpre porque o «pragmatismo» não o deixa... o que é? Vá, digam todos: uma grande puta! Não é?...
Isto da prostituição tem muito que se lhe diga. No fundo (ou mesmo mais acima...) tudo se prende com a arte de vender o corpo a favor de qualquer coisa...
Colocar crianças de sete anos, altamente mascarradas, a saracotearem-se pateticamente em passarelles sob o olhar embevecido e bovino dos cretinóides dos pais, o que será? Putedo, pornografia abjecta e promoção de pedofilia de alto lá com ele!
Tal como aqueles figurantes, pagos para aparecerem como alunos de escola modelo...
No fundo, no fundo, no verdadeiro fundo, as putas parecem-me menos putas do que muito putedo que por aí campeia...
Há tantas multiplas abordagens sobre esta questão... Faz toda a diferença saber ao que vai quem vende, tal como porque lá vai quem compra.
interessa ter atenção
se se vende porque acende
o fugaz de uma paixão
ou porque apenas pretende
trazer para casa o pão
e quem a compra afinal
compra o quê e com que fim?
por ser só um animal
que chafurda porque sim
ou porque o bem dele é um mal
de flor sem ter jardim?
(mau, mau... anda a dar-me para os moralismos e isto não é nada bom sinal!... Se calhar é por causa das catorze prestações aos reformados... É bem verdade, nem tudo o que nos fode é erótico)"
OrCa
Como diz o povo, quem ode e não é odido está ao Nelo a fazer um pedido:
Já todos çabemos isso
É çó pena o çafado
levar tempos desaparecido
Oh Orca este broshe
Onde fazes tanta auzênsia
Explandeçe com o toque
do pueta: Voça Eçelênsia
É o verço de rima perfeita
O çentido irudito
Todo o meu pacote çe ajeita
Ai Orca que fico aflito
Nam fujas mais pueta
nem te fassas isqueçido
Vem ao broshe, tá ca o Nelo
Um leitor teu derretido.
Çó te deicho mais um coizo
Para ficares a pençar
Este broshe é çó um poizo
A minha caza éi melhor lugar
Lá taremos à vontade
Çeim olhares, complicasões
Farás puema até metade,
E eu depois metade até aos culhões..."
Nelo