06 abril 2008

Dura lex let's sex


Pareceu-me que a parede precisava de ser pintada mas como senti os seus dedos a cravaram-se mais fundo na minha cintura percebi que rapidamente o seu canudo ia sacolejar convulsivamente até desfalecer e fui aliviando a pressão das minhas mãos contra o topo do sofá para depois me virar e ele pegar-me no queixo para sacar um beijo elanguescido tal e qual numa repartição se carimbam os documentos prontos para entrega.

Ele atirou-se para o sofá, recostou-se de braços abertos e expirou fundo. Acendeu um cigarro para a merecida pausa e palavra puxa palavra lá começou na conjugação do verbo dever para a 2ª pessoa do singular que por azar era eu. Azedou-lhe o monólogo as minhas constantes baforadas e a calma com que sacudia a cinza sem uma desculpa para não cumprir as suas ordens tão explícitas ou uma promessa que o consolasse. E alçou uma das manápulas e zás-trás-pás no meu rosto. Não foi tarde nem cedo para os meus dedos fininhos copiarem o gesto na sua cara. Ele pegou-me com um só braço como se comesse espinafres a todos os pequenos-almoços e com o outro punho foi distribuindo alegremente selos pelo meu corpinho nu.

Após uns pontapés mal amanhados, que era o que o ângulo permitia, lá me desembaracei daquela massa enorme, corri para o quarto a vestir-me numa pressa e rapidamente me escoei porta fora para ir fazer queixa à polícia. Já na esquadra, os agentes lá tentaram colar complacência a uns sorrisos para disfarçar os sobrolhos franzidos e aquele a quem coube a missão de me recolher o depoimento até devia ter um subsídio para creme de mãos tantas foram as vezes que as esfregou nas faces com a barba a romper. Tentou-me explicar que assim tão de repente e sem as marcas que a minha pele fez o favor de não assimilar era um suponhamos e mesmo com elas vivinhas da silva, convinha que provassem uma prática continuada e assim sim, podia-se avançar a toda a brida com a acusação e até a restrição de aproximação no estrito cumprimento da lei. Embora, como cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém seria aconselhável no decorrer do processo refugiar-me em casa de familiares de que ele não soubesse a morada ou na falta destes solicitá-lo à APAV e não aparecer muito na rua e sobretudo, no local de trabalho ou outros sítios que o agressor conhecesse porque ele ia andar por aí solto e o mais certo seria estar aborrecido e vir-me pedir explicações da acusação e até, quiçá, chegar a ponto de me agredir fisicamente e eu precisar de assistência hospitalar.

Até o Cão...

John & John vistos por cartunistas amigos do d!o


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05 abril 2008

desculpa

!!!

desculpa
não peças desculpa, fode-me e cala-te!

é o que estou a fazer

então,
cala-te!
foda-se

o que foi agora?!
não sei se fechei o carro
desculpa?!

não sei se fechei o carro
pára! sai!

o que estás a fazer?
sai!

porquê?

porquê?!

não
querias que eu te fodesse e me calasse?
calaste-te?!
calei
essa é para rir, não é?!
não. eu calei-me, só disse que não sabia se tinha fechado o carro

só?!

não sei se fechei

vai ver!

agora?

sim e podes seguir viagem!

estás a mandar-me embora?

o que é que te parece?!

mas eu não ia lá abaixo
não?!
não, ia à janela com o comando
ah! grande diferença!
o que estás a fazer?

estou à procura das cuecas!
porquê?
para as vestir!
vest… tens de falar sempre com ponto de exclamação?
o quê?!
até nas perguntas
até nas perguntas, o quê?!
tens pontos de exclamação
é melhor do que tu!
do que eu, porquê?
as tuas frases são amorfas, uns pãezinhos sem sal, nem ponto final merecem!
vai-te lixar
"vai-te lixar!"... não é “vai-te lixar” como se me estivesses a pedir por favor!
não quero ser mal-educado
isso é ser mal-educado, fica sabendo!
porquê?
tens de ser afirmativo, foda-se!, não podes ser sempre um choninhas!
o que queres que eu faça?
que me fodas!
agora?
não, amanhã!... claro que é agora!
pensava que já não querias
deixa de pensar! e diz: foda-se! não sei se fechei o carro!
isso foi o que eu disse
com pontos de exclamação?!
não
então, agora dizes com pontos de exclamação! e podes dar-me umas palmadas nas nádegas!
posso?
porra, é preciso fazer um desenho?!
quando?
o desenho?!
não, as palmadas. quando é que te dou as palmadas?
foda-se! quando exclamares, enquanto me possuis por detrás, foda-se! não sei se fechei o carro!
ah... queres?
quero!
então, espera só um minuto que eu vou à janela ver se fechei...
foda-se, vai-te lixar!!!

CISTERNA da Gotinha


Sex Toys muito bizarros.

As ilustrações satírico-eróticas dos nossos heróis infantis feitos por
Vanni Cuoghi podem destruir a imagem de alegria e felicidade que temos da nossa infância.

Profissão antiga: estudo mostra que macacos também compram sexo.

Para todos os efeitos, dá
25 por ano!




Já foram fazer Cu-Cu ao Sapo?!

Brigada Anti-Sabonete da Lynx

04 abril 2008


Quente e bom fim de semana!


Foto: Max Maxwell

São Rosas, na luta contra a Sida.

Na revista Tabu, do semanário Sol de 29 de Março último, saiu uma pequena (grande) notícia com o seguinte texto, imagem e título:

'Rosas Não
O Ministério da Saúde brasileiro lançou uma campanha de prevenção da sida, depois de ter constatado um forte aumento da incidência entre a população gay masculina, com idades entre os 13 e os 24 anos. A imagem principal da iniciativa faz lembrar o cartaz publicitário do filme American Beauty. Mas desta vez não são rosas, senhor. São preservativos.'

Aposto, mas não juro, que o governo brasileiro, se inspirou no título cá do blog porcalhoto da nossa São Rosas, para fazer a campanha e o trocadalho.
Só por isso já devia pagar qualquer coisa.
Em todo o caso, nunca é demais lembrar que a Sida existe e mata (injustamente) gente demais todos os dias. O preservativo é uma das formas de evitar propagar o contágio.


AnotaSão
: Em Dezembro de 2007 estavam diagnosticados em Portugal 32.491 casos de infecção de VIH/SIDA, segundo dados disponíveis aqui.

Prémio de publicidade "Coisa Mais Esquisita!"

Um homem persegue uma mulher com mamas grandes... mas aparece um dragão... e ela arrota?!...



Via Adrants

Mimoso


Alexandre Affonso - nadaver.com

03 abril 2008

CISTERNA da Gotinha



Mamas em concertos.

Mãe adoptiva lésbica - Tribunal Europeu decide a favor.

Modelos na praia - Alessandra Ambrosio, Marissa Miller e Miranda Kerr.


«Um Canto de Amor»

por Jean Genet
video em UbuWeb

«Un Chant d'Amour», de 1950, é o único filme do escritor francês Jean Genet (1910-1986).
O cenário é uma prisão francesa, onde um guarda prisional tem um prazer voyeurístico ao observar os prisioneiros masturbando-se e com dois deles demonstrando a sua paixão, inclusivamente partilhando o fumo de um cigarro por uma palhinha.
Dado o seu conteúdo homossexual explícito, embora apresentado de forma artística, este filme foi censurado e o próprio Jean Genet renunciou à sua autoria, alguns anos mais tarde.


Obrigada pela sugestão, Marcos F.

Maracas





















Coisas [via] [+info]