Confesso que sou daqueles que pensa que isso de um homem levar no cu é coisa de maricas!
Já sei que vou ser criticado por muita gente; a esmagadora maioria dos leitores homens deste blogue, vão ficar ofendidos comigo e dizer-me que homem que é homem dá o cu a outros homens! Boa parte dos meus amigos diz o mesmo; macho que é macho, leva no cu! Sem querer ofender ninguém, pessoalmente discordo!
Conheço os vossos argumentos; quem se sente confortável com a sua sexualidade, quem sabe que é heterossexual não tem pudor em dar o cu a um amigo necessitado! Que é giro e divertido, que machos verdadeiros juntam-se em grupo para ver futebol, filmes porno, beber umas bejecas e depois uma orgiazita de amigos!
Aliás, confesso que não sou apreciador de orgias! Ainda por estes dias, vários dos leitores masculinos deste blogue fizeram uma; resultado: em cima da hora todas as mulheres se cortaram e durante dois dias não tive comentários de homens, que alegaram não se conseguirem sentar em frente do computador!
Por falar nisso, como muitos de vocês me dizem, quando em casa fazem sexo anal com as respectivas é apenas um treino, para depois mostrarem a vossa perícia a outros homens! Essa parte até compreendo: bem vistas as coisas, sexo anal é sexo anal e a pessoa até está de costas, pelo que ser cuzinho de homem ou mulher, é pormenor insignificante! Ainda assim não fico convencido; posso estar a ser picuinhas, mas … é uma questão de pêlos! Se na sopa encontro um pêlo e não como, faz-me confusão ver tanto pêlo num rabinho e comê-lo à mesma!
Ok! Eu sei que depois da malta beber uns copos, uma daquelas noites cadelas em que nos perdemos, às páginas tantas, um cu é um cu: que atire a primeira pedra o gajo que depois de uns whiskys não deu por si a galar o cu de outro gajo! Mas… vamos ser honestos: homem que é homem usa em casa uma mini-saia com meias de ligas, mas não vai assim para a rua!
Já sei que me vão chamar paneleiro por não levar no cu! Que o verdadeiro homem aguenta a dor sem gritar, que gajo que é gajo não tem medo de ser apanhado por trás, que macho que é mesmo macho enfrenta a vida pela frente e pelas costas!
Os meus críticos, vão acusar-me de ser bicha por tolerar a linguinha, mas ter medo do “vargalho”! Ou, como alguns conhecidos, que me chamam egoísta por gostar de agitar o meu e recusar-me a agitar o deles. Conheço o argumento: amigo que é amigo, bate na do amigo! Acreditem que não é egoísmo, mas há coisas que gosto de fazer sozinho! Obviamente que é normal um grupo de amigos ficar por casa, vestir as roupas das mulheres, colocar os soutiens delas, pôr rímel e batôn, beber uns baileys, todos fazemos isso! Agora.. é mesmo necessário jogar à apanhada, cabra cega e depois quem perde leva uma canzana?
Vão chamar-me conservador, antiquado, um cota que não se moderniza: não desconheço que os homens hoje cozinham, depilam-se, usam cremes, disfarçam os peidos que dão, vão ao ginásio, bebem cerveja com sabor a pêssego, mas… para ser moderno, é mesmo obrigatório levar no dito?
E isto não é preconceito! Compreendo que no exército, nas prisões, nos seminários, em algumas Câmaras Municipais, nos cursos de Engenharia, os rabinhos dos amigos sejam a solução mais acessível! Como compreendo que a vida está difícil e na era da igualdade dos sexos seja discriminatório tolerar a ascensão profissional pela abertura das pernas e se critique o macho que se dobra e baixa a cuequinha!
Até sou muito compreensivo e tolerante; recordo sempre a história do meu melhor amigo, da primeira vez que foi às putas! Escolheu, pagou e subiu para o quarto; só na hora “h” é que percebeu que afinal era um travesti! Que fez ele? O que quase todos os homens fazem! Está pago, está pago, pelo que aproveitou, que isto da economia anda mau e não se pode jogar dinheiro à rua!
Respeito tudo e todos… mas confesso que só gosto de cuzinho sem pénis… Mariquices minhas!