24 maio 2008

«Le monsieur d'à côté joue avec sa pine» - desenho de Camille M M

Desenho original a lápis compradinho de fresco para a minha colecção.
Colori a imagem em computador, só para combinar melhor com as cores dos cortinados do blog.


"O senhor aqui do lado está a brincar com a pilinha dele"

Empresária Izabela Berg mostra brinquedos eróticos no programa do Jô Soares



Enviado por Lamatadora para o grupo de mensagens da funda São

... e o Jô Soares testa uma cuequinha com comando remoto no Bira:

Mais fotos de sexo selvagem

"Todos sabem que a principal utilidade da internet (a grande rede mundial de computadores) é fornecer fotos de sacanagem o mais pornográfica possível. Talvez por isso, o post que mais nos manda visitas do Google é um chamado “Fotos de Sexo Selvagem”. Poderíamos criar um texto genial ou ficar um dia inteiro desenhando um quadrinho maravilhoso. Porém, em busca do sucesso fácil e efêmero, resolvemos apelar fazendo a continuação de um post fraco e apelativo.
Alexandre Affonso"


Alexandre Affonso - nadaver.com

23 maio 2008

Bom fim de semana...


... com uma mãozinha da Sorte...

Engolir ou não engolir, eis a questão…

Esta é uma das mais complexas querelas dos nossos dias, dividindo a doutrina de mais alto coturno. Como é consabido, a temática tem sido objecto de simpósios, seminários e congressos, bem como de duas teses de Doutoramento: "Os homens são de Marte, as mulheres de Vénus e o esperma de Saturno" e " O Amor e o Engolimento" (N. A. – isto é humor inteligente, pelo que peço desculpa aos leitores que não vão entender a excepcional piada…)
Ainda em jeito de preliminares (que vão longos, como devem ser) não é colocada nesta análise uma terceira hipótese, ou seja, o estádio intermédio: aquela coisa de cuspir!
Minhas adoradas amigas (e leitores que também praticam o desporto, porque aqui na funda São não somos preconceituosos para paneleiros, rabetas, maricas, bichonas, larilas cagam ao contrário,…): cuspir é feio! Achavam bem que o vosso gajo fosse jantar a casa da sogra e no fim, mesmo na parte do fim, desatasse a cuspir pela casa toda? Leiam esse ícone da cortesia e boas maneiras, Paula Fazme Bobone, para perceberem o quão insolente e desrespeitosa é essa patética mania!
Indo ao conteúdo, ao coito por assim dizer, indaguemos a problemática: engolir ou não engolir o leitinho.
Os argumentos anti-engolimento são conhecidos: o sabor não é muito agradável, é muito espesso, tem como contra-indicação impedir a continuação da degustação do acto, irritação na garganta e susceptível de causar inveja à outra pessoa que participa no trio!
Sinceramente, todos os estudos feitos na Universidade Independente provam que os factos podem não sugerir a factualidade que visa ser prosseguida, pelo que os meus carecem de análise de pormenor conclusiva que permite concluir uma conclusão! Por outras palavras: são uma merda de argumentos!
Obviamente que se deve engolir: por um conjunto de considerandos que são insofismáveis, axiológicos!
Desde logo o argumento higiénico: não sujar os lençóis, o carro ou a cadeira do cinema!
Depois o argumento matrimonial: pretender casar é estar disponível para engolir os sapos do nubento: logo, quem engole sapos, por maioria de razão…
Argumento financeiro: pode sempre gravar o acto e divulgar na Internet, recebendo os Euros com isso; quanto mais ingerir, mais recebe!
Argumento Saúde: não foi eufemismo utilizar a expressão "engolir o leitinho"; estudos confirmam que o esperma tem vitamina A, B, C e W, pelo que o seu consumo é benéfico para a saúde, não sendo apenas uma salutar dieta, como combate as dores no ânus!
Argumento feminilidade: para a arte de bem engolir, exige-se colocar em prática um ancestral truque feminino: fazê-lo acreditar que foi o primeiro!
Crucial é o fundamento maternal: se o seu filho não quiser comer a sopa porque não sabe muito bem, é espessa, retira o apetite para outras gulodices, não o vai obrigar a comer? Então... ensine-o com o seu exemplo!

Ocorrências inócuas

22 maio 2008

Chamaste-me Rosa dos Ventos. Eu não aposto, mas quase, que não sabes que estás tão certo. Que estou contigo, agora, nesta cama, como poderia estar com outro qualquer, porque qualquer um serve para não me dar nada. Porque qualquer um serve para a foda imediata, funcional na sua essência.

Mas chamaste-me Rosa dos Ventos, e com esse pormenor fizeste-te diferente. É verdade, não sabias?, a mim não me seduzem presentes caros e fins de semana em spas; a mim seduzem-me as palavras. As palavras com que me pedes um broche. As palavras sem sentido que dizes quando te vens. As palavras. Como Rosa dos Ventos. Mesmo que não saibas que sou como aquelas plantas do deserto, sem raizes, arrastadas pelo vento, com leveza, sem esperas.

Recomenda São - poesia e contos eróticos

Vão ao Estúdio Raposa e deliciem-se ouvindo Luis Gaspar a apresentar-nos e a ler-nos:



> Excerto de «A Balada da Praia dos Cães» de José Cardoso Pires. O texto pode ser lido aqui.



> Poesia erótica seleccionada por Inês Ramos no seu blog «porosidade etérea».



> Poemas eróticos de Casimiro de Brito.



> As núpcias de Asmodeu do livro «Novos Contos Eróticos do Velho Testamento», de Deana Barroqueiro.



> Poemas hindus de amor recitados, segundo a lenda, por Bilhana, no sec XI d.C, enquanto subia os 50 degraus que o levavam ao cadafalso.

E há mensagens que me deixam toda molhadinha. Depois admiram-se que chova... hmmm...
"Afundo eu para dizer que a São merece TUDO pelo carinho que dedica ao Estúdio Raposa.
Do livrinho de onde “piquei” os poemas hindus (Os Cinquenta Poemas do Amor Furtivo – Assírio & Alvim) envio-te duas gravuras.
E um obrigadão pela divulgação que tens feito ao meu trabalho.
Lg"

prevenção, nunca é demais...

prática ancestral?!
depois de bem martelada, a pedra aquece...
e, francamente, nada tenho contra a
dureza das pedras :)

21 maio 2008

Os cheiros do amor


A solidariedade feminina existe e ela deu-me o número dele junto com rasgados encómios às suas características físicas e desempenho no que se queria de qualidade: o sexo. Até me informou pormenorizadamente da tarifa cobrada à hora.

No dia marcado esfalfei-me por chegar à hora ao hotel que não queria perder pitada e de facto, aquele metro e oitenta de carnes firmes no traseiro que as calças encerravam e a camisa descobria em parte do peito e do pescoço impressionava qualquer uma. Além de que era loiro como todos os príncipes e logo me assolou a ideia de que passeado pela mão em qualquer local público era de fazer inveja à pupila mais casta.

Serviu-me um uísque sem pedra de gelo conforme solicitei o que me deu azo para lhe espiolhar os polegares sem ser notada e salivasse com as perspectivas. Entre uns golinhos e umas palavras que até sabia articular despia-me a camisa botão a botão com beijos em cada pedaço de pele desnuda enquanto os dedos de outra mão me surripiavam as pernas sem ultrapassar a liga colante das meias. E mal me retirou a saia, puxando-a sem me tirar do assento do sofá, ajoelhou-se e aninhou as suas orelhas nas minhas coxas em bailados de língua coreografados para me encantar a vistinha e espetar a sensação de relaxamento aguado por mais, mesmo que no caso não ficasse bem dizer-lhe faz de mim a tua puta.

Só depois aquele pêssego se começou a despir numa versão abreviada de espectáculo de despedida de solteira embora mantendo a pose e quando descalçou as botas um cheiro nauseabundo de queijo dinamarquês com enxofre começou a adensar-se no ar que era uma coisa inconcebível num profissional do ramo, tanto mais que nem a desculpa de nunca me tinha acontecido como quando um gás sai de mansinho numa estocada mais esforçada se enquadrava. Mas, enfim, como não tinha sido totalmente chita e o primeiro avio tinha sido cumprido abandonei simplesmente o aposento para não irritar mais a minha pituitária.