04 janeiro 2009
03 janeiro 2009
«Broche no jipe» - por Mergulhador
"Era uma vez um mergulhador numa auto-estrada de três faixas deserta e um jipe que se atravessa da faixa da direita para a da esquerda sem demorar pela do meio.
É ver o mergulhador aos S's e a estragar a pintura do primeiro carrinho.
Furioso, perseguiu o gajo e obrigou-o a parar.
Quando saíram do jipe, ela ainda estava a limpar a boca... e como o mergulhador sabia o que ia dar no seguro, pô-lo a ele a limpar a boca também.
Desde esse dia, broches na estrada só se for eu o condutor!
Mergulhador"
É ver o mergulhador aos S's e a estragar a pintura do primeiro carrinho.
Furioso, perseguiu o gajo e obrigou-o a parar.
Quando saíram do jipe, ela ainda estava a limpar a boca... e como o mergulhador sabia o que ia dar no seguro, pô-lo a ele a limpar a boca também.
Desde esse dia, broches na estrada só se for eu o condutor!
Mergulhador"
02 janeiro 2009
Post Exclusivo ...
... para leitores que já assistiram a filmes pornográficos! Caso nunca tenha assistido a nenhum, é favor não ler o texto subsequente…
Agora que já consegui a atenção do meu bom leitor, sendo certo que os meus leitores não assistem a este tipo de parafilia, porquanto quem lê este espaço é puro e casto, começo por definir o que é um filme pornográfico! Podia deixar aqui a foto de Sócrates em conversa com o Xico Santos, que só por si explicaria o que é pornografia, mas, deixo as imagens para mais tarde e explico que um filme pornográfico é a sequela de uma comédia romântica! Ou seja, quando no fim do filme os nossos heróis descobrem os braços um do outro, desligam-se as câmaras e dedicam-se à pornografia!
Mas, não era nada disto que eu queria escrever! Queria contar-vos a história de Vera, mulher linda e maravilhosa, que ainda por cima consegue ser simpática e inteligente, contrariando o mito! Pois bem, Vera consegue ser a mais sensual mulher, loba e carinhosa, audaz e melosa, uma cordeirinha sexy, que consegue partir-nos o coração ao mesmo tempo que nos levanta da cama do desgosto. Mas Vera tinha uma ligeira imperfeição! Algo que não a devemos culpar! Aliás, duas!
Uma delas é ser completamente louca por um trolha, um tipo todo parvo e aprumado, incapaz de compreender que ela era a vida dele, o seu presente, passado e futuro, perdendo-se em futilidades mesquinhas, incapaz de ousar lutar pelo que realmente importa! Até um dia, que por acaso até foi de noite!
Ofereceu a Vera um ramo das mais belas flores! Um divino ramo de orquídeas que a comoveu e entreabriu as pernas! Foram jantar fora! Sushi! Muito! Delicioso! O prato predilecto dela, que ele provou pela primeira vez! Acompanhado por vinho tinto! Alentejano! Muito! Caíram nos braços um do outro, ternos, apaixonados, disseram palavras bonitas, sussurraram a locução saudades, não do tempo que não passaram, mas de todo o tempo que iriam passar juntos! E entraram na primeira pensão, rasca e barata, porque a paixão era grande, mas o dinheiro pequeno!
E beijaram-se demoradamente com língua! Beijos quentes, apaixonados, intensos, como ela nunca tinha beijado, como ele não sabia que se beijavam! E caíram nos lençóis mal lavados, onde se amaram sofregamente, como se a noite de hoje fosse todo o amanhã! E ela ofereceu o melhor de si! E ele quis dar tudo o que tinha para dar! Não por luxúria, mas por amor! Estavam apaixonados sem saber e fizeram o coito com a chama intensa que apenas os enamorados conseguem acender!
Até que ele teve uma ideia! Fazer nela, o que no filme pornográfico o dotado actor fez à angelical actriz! Agarrou-a com a força que lhe restava, sorriu-lhe com ternura, olhou-a no fundo do olhar, com um sorriso no rosto, levantou-lhe as pernas, deixando-a na posição de frango assado no forno com limão no rabo! É bem verdade que ela não é um frango, mas também é certo que não foi um limão que ele lhe meteu no rabo! E levantou-lhe as pernas, contra o peito dele, que ofegante, exausto, encantado, entusiasmado as recebeu! E quando ela estava pousada sobre a cama, com as pernas no peito dele, os pés junto ao seu rosto, emergiu naquele quarto de uma rasca pensão, um tremendo cheiro a chulé, absolutamente irrespirável! E, nem a força da paixão, o êxtase da queca, conseguiu que ele continuasse, perdendo o vigor na verga, enjoado com o intragável odor!
Vera perdeu-o para sempre! Mas naquela noite aprendeu algo que o tempo não a vai permitir esquecer! Se um seu pretendente gosta de ver filmes pornográficos, antes de sair de casa lava sempre os pés!
Mas, não era nada disto que eu queria escrever! Queria contar-vos a história de Vera, mulher linda e maravilhosa, que ainda por cima consegue ser simpática e inteligente, contrariando o mito! Pois bem, Vera consegue ser a mais sensual mulher, loba e carinhosa, audaz e melosa, uma cordeirinha sexy, que consegue partir-nos o coração ao mesmo tempo que nos levanta da cama do desgosto. Mas Vera tinha uma ligeira imperfeição! Algo que não a devemos culpar! Aliás, duas!
Uma delas é ser completamente louca por um trolha, um tipo todo parvo e aprumado, incapaz de compreender que ela era a vida dele, o seu presente, passado e futuro, perdendo-se em futilidades mesquinhas, incapaz de ousar lutar pelo que realmente importa! Até um dia, que por acaso até foi de noite!
Ofereceu a Vera um ramo das mais belas flores! Um divino ramo de orquídeas que a comoveu e entreabriu as pernas! Foram jantar fora! Sushi! Muito! Delicioso! O prato predilecto dela, que ele provou pela primeira vez! Acompanhado por vinho tinto! Alentejano! Muito! Caíram nos braços um do outro, ternos, apaixonados, disseram palavras bonitas, sussurraram a locução saudades, não do tempo que não passaram, mas de todo o tempo que iriam passar juntos! E entraram na primeira pensão, rasca e barata, porque a paixão era grande, mas o dinheiro pequeno!
E beijaram-se demoradamente com língua! Beijos quentes, apaixonados, intensos, como ela nunca tinha beijado, como ele não sabia que se beijavam! E caíram nos lençóis mal lavados, onde se amaram sofregamente, como se a noite de hoje fosse todo o amanhã! E ela ofereceu o melhor de si! E ele quis dar tudo o que tinha para dar! Não por luxúria, mas por amor! Estavam apaixonados sem saber e fizeram o coito com a chama intensa que apenas os enamorados conseguem acender!
Até que ele teve uma ideia! Fazer nela, o que no filme pornográfico o dotado actor fez à angelical actriz! Agarrou-a com a força que lhe restava, sorriu-lhe com ternura, olhou-a no fundo do olhar, com um sorriso no rosto, levantou-lhe as pernas, deixando-a na posição de frango assado no forno com limão no rabo! É bem verdade que ela não é um frango, mas também é certo que não foi um limão que ele lhe meteu no rabo! E levantou-lhe as pernas, contra o peito dele, que ofegante, exausto, encantado, entusiasmado as recebeu! E quando ela estava pousada sobre a cama, com as pernas no peito dele, os pés junto ao seu rosto, emergiu naquele quarto de uma rasca pensão, um tremendo cheiro a chulé, absolutamente irrespirável! E, nem a força da paixão, o êxtase da queca, conseguiu que ele continuasse, perdendo o vigor na verga, enjoado com o intragável odor!
Vera perdeu-o para sempre! Mas naquela noite aprendeu algo que o tempo não a vai permitir esquecer! Se um seu pretendente gosta de ver filmes pornográficos, antes de sair de casa lava sempre os pés!
CISTERNA da Gotinha
Quem é que não tem saudades do calor e da praia?!
Don't Stay a Virgin
Green Porno com Isabella Rosselini que é um animal sexual.
Naked chicks on post-it notes é uma abordagem em miniatura à arte.
01 janeiro 2009
«La Maison Tellier» de Guy de Maupassant - 1883
Neste livro, Guy de Maupassant escreve sobre a pensão Tellier, uma casa de meninas dirigida por uma viúva.
Excertos de uma crítica de Harold Bloom (pp. 32 e seguintes):
"Madame Tellier, respeitável camponesa normanda, administra sua casa como quem gere uma hospedaria ou um colégio interno. As suas seis operárias do sexo (como hoje seriam chamadas por alguns) são descritas por Maupassant com atenção e carinho, e o autor enfatiza a paz que predomina no estabelecimento em virtude da aptidão da Madame para a conciliação, além de seu constante bom humor.
Numa noite de Maio, os frequentadores habituais da casa decepcionam-se diante de uma placa: «FECHADO PARA PRIMEIRA COMUNHÃO». A Madame e as suas funcionárias haviam saído, para assistir à Primeira Comunhão de uma sobrinha, afilhada da Madame. A Primeira Comunhão torna-se um evento extraordinário, pois a emoção das prostitutas, ao relembrar a própria infância, é contagiante, e leva toda a congregação a debulhar-se em lágrimas. O padre proclama a descida do Santo Cristo e agradece, enfaticamente, a presença de Madame Tellier e a sua equipa. Após uma alegre viagem de volta ao bordel, mais dedicadas e animadas do que nunca, a Madame e as suas pupilas retomam as costumeiras actividades nocturnas. «Não é sempre que temos o que celebrar», afirma Madame Tellier, concluindo a história, e só mesmo um leitor muito desenxabido declinaria de com ela celebrar. Pelo menos dessa vez, o discípulo de Schopenhauer liberta-se da sombria reflexão sobre a relação entre sexo e morte. (...) Essa história normanda tem calor, riso, surpresa e até mesmo um certo quê de espiritualidade. O êxtase pentecostal que incendeia a congregação é tão autêntico quanto o pranto das prostitutas que o inflama. A ironia de Maupassant é sensivelmente menos mordaz (e menos subtil) do que a do mestre Flaubert. No espírito shakespeariano, o conto é picante, mas não obsceno; engrandece a vida, e não diminui ninguém.".
Excertos de uma crítica de Harold Bloom (pp. 32 e seguintes):
"Madame Tellier, respeitável camponesa normanda, administra sua casa como quem gere uma hospedaria ou um colégio interno. As suas seis operárias do sexo (como hoje seriam chamadas por alguns) são descritas por Maupassant com atenção e carinho, e o autor enfatiza a paz que predomina no estabelecimento em virtude da aptidão da Madame para a conciliação, além de seu constante bom humor.
Numa noite de Maio, os frequentadores habituais da casa decepcionam-se diante de uma placa: «FECHADO PARA PRIMEIRA COMUNHÃO». A Madame e as suas funcionárias haviam saído, para assistir à Primeira Comunhão de uma sobrinha, afilhada da Madame. A Primeira Comunhão torna-se um evento extraordinário, pois a emoção das prostitutas, ao relembrar a própria infância, é contagiante, e leva toda a congregação a debulhar-se em lágrimas. O padre proclama a descida do Santo Cristo e agradece, enfaticamente, a presença de Madame Tellier e a sua equipa. Após uma alegre viagem de volta ao bordel, mais dedicadas e animadas do que nunca, a Madame e as suas pupilas retomam as costumeiras actividades nocturnas. «Não é sempre que temos o que celebrar», afirma Madame Tellier, concluindo a história, e só mesmo um leitor muito desenxabido declinaria de com ela celebrar. Pelo menos dessa vez, o discípulo de Schopenhauer liberta-se da sombria reflexão sobre a relação entre sexo e morte. (...) Essa história normanda tem calor, riso, surpresa e até mesmo um certo quê de espiritualidade. O êxtase pentecostal que incendeia a congregação é tão autêntico quanto o pranto das prostitutas que o inflama. A ironia de Maupassant é sensivelmente menos mordaz (e menos subtil) do que a do mestre Flaubert. No espírito shakespeariano, o conto é picante, mas não obsceno; engrandece a vida, e não diminui ninguém.".
George Michael - «Feeling Good» com Dita Von Teese
Isto com um relato do OrCa tem outro nível:
"Hummmm... feeling good... com a Dita está tudo dito. Apetece ser um pouco (ou mesmo bastante) retro, mas ir sempre muito direito à coisa; apetece beber o champagne, mas ser a taça que a contém; apetece sempre ousar aceder ao inacessível...
Ah, a propósito: quem é o George Michael? Pois, pois, o gajo que canta. Ah, sim, acompanha muito bem o enredo...
Mas da Dita, ainda para mais Von Teese, está tudo dito e mais venha que deslize."
31 dezembro 2008
A omissão
Não importam os copos de plásticos a bordejarem-nos os pés para atapetar o Bairro porque a malta está mesmo ali para descontrair à força de vapores etílicos e dar aso ao instinto de comer outro ou outra da mesma espécie conforme o gosto.
Pelo canto do olho o gajo já tinha galado os cus de todas as gajas do grupo e entre mil e uma piadas sobre a faculdade e a falta de trabalho estava agora na inspecção demorada dos parapeitos com mais ou menos carne à mostra consoante fossem adeptas da ticharte a recortar cada centímetro das formas e a mostrar a cor das alças do sutiã ou das túnicas linha império a alçarem as mamas para um enorme decote que as descobre.
Com mais uma cerveja ele começou a gorgolejar ridente que procurava a mulher da sua vida e a mexer nos cabelos da fauna presente até se deter em mim a repetir se já me tinha dito que era gira, muita gira num rebolar das sílabas como marcação de deixa. O gajo era um pão alto e magro com um rabiosque direitinho e escorreito e tão intensamente moreno que até lembrava o Matthew Fox que ninguém em seu perfeito juízo se recusaria a papar não fosse ter interiorizado dos meus paizinhos a tendência para ponderar que ali ao vivo numa farra não lhe lia os erros ortográficos nem as sms com abreviaturas e capas.
Mas como para dar uma voltinha mais não podia exigir puxei-lhe as orelhas para junto da minha boca e perguntei ao meu para não haver equívocos nem omissões se queria cá vir para despejar o vergalho ou se era mais alguma coisinha.
Pelo canto do olho o gajo já tinha galado os cus de todas as gajas do grupo e entre mil e uma piadas sobre a faculdade e a falta de trabalho estava agora na inspecção demorada dos parapeitos com mais ou menos carne à mostra consoante fossem adeptas da ticharte a recortar cada centímetro das formas e a mostrar a cor das alças do sutiã ou das túnicas linha império a alçarem as mamas para um enorme decote que as descobre.
Com mais uma cerveja ele começou a gorgolejar ridente que procurava a mulher da sua vida e a mexer nos cabelos da fauna presente até se deter em mim a repetir se já me tinha dito que era gira, muita gira num rebolar das sílabas como marcação de deixa. O gajo era um pão alto e magro com um rabiosque direitinho e escorreito e tão intensamente moreno que até lembrava o Matthew Fox que ninguém em seu perfeito juízo se recusaria a papar não fosse ter interiorizado dos meus paizinhos a tendência para ponderar que ali ao vivo numa farra não lhe lia os erros ortográficos nem as sms com abreviaturas e capas.
Mas como para dar uma voltinha mais não podia exigir puxei-lhe as orelhas para junto da minha boca e perguntei ao meu para não haver equívocos nem omissões se queria cá vir para despejar o vergalho ou se era mais alguma coisinha.
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