11 junho 2009

"É com enorme orgulho que..."


"... o blog porcalhoto pela primeira vez se
associa às comemorações do 10 de Junho."

Ali em baixo comentei:
"Já mandei um abraço especial ao OrCa... mas pedi-lhe que pusesse a medalha de lado para não magoarmos os nossos peitos. É que eu não nasci peituda nem sou siliconada..."
Pois ele parece que está sempre com ela engatilhada:
"trago a medalha em meu peito
que faz preito ao meu trabalho
por ti hei-de pô-la a jeito
não te embarace... outra coisa "

Bem hajas, Paula Raposo, pela dica.
E já escrevi sobre esta distinção (falo do OrCa e não da medalha, que ele é que é distinto... ou disbranco) no blog da Tuna Meliches.

«Le sentiment de la famille» - teatro de Pierre Louÿs

Já tinha outros livros de Pierre Louÿs. Mas desconhecia este, uma peça de teatro sobre uma família que faz lembrar (obrigada, Corto) aquelas quadras populares:

"O pai vai p'ró trabalho
A mãe p'ró rendez-vous
a filha p'ró caralho
o filho levar no cu

Que família tão unida
Que nunca tal se viu
Fode o pai, fode a mãe, fode a filha
Fode a puta que os pariu"

Esta edição numerada de 1996, da Astarté (Paris) tem capa e ilustrações de Erich Von Götha que são um mimo.
Já cá canta!







"No início parecia uma ideia maluca, mas o pulo nas vendas falou por si."

«Bend Over» - RDX ft. Bermuda Kidd

Põe o som ao máximo para apreciares a nova moda da Jamaica.

10 junho 2009

Para ter a certeza que ele se porta bem...




Comentários para quê? Ainda estou estupefacto.

Imagens recebidas por e-mail

Hoje deveria ser um dia da Maria Árvore



Bruno WAGNER - Yayashin.com

O Nelo resume tudo:

"Maria, melhér Árvem
Que deçeste a todus: Améim
Nâo te vásh, melhér pralém
Que quem é cu fica, quem,
que iscreva milhor que tu?
Ninguéim..."


E o Olho Vivo re-resume:

"Uma Árvore frondosa assim,
De palavra livre e acertada,
Uma a uma... Pim! Pim, Pim!
Acredita, nunca serás vaiada!"


Não há Árvore que o OrCa não oda:

"mas a árvore abalou?
assim de órfãos nos deixou
sem o verdor da ramagem?
volta, árvore, que a nós
faz falta ouvir tua voz
purificando a paisagem

três parágrafos singelos
e nos três as Sãos e os Nelos
que nós somos
na viagem
sentimos quantos anelos
espalhas tu nesta aragem

volta, árvore, acredita
o quanto de ti se espera
nem que seja uma folhita
que anuncie a Primavera...

"

Xaveco


Alexandre Affonso - nadaver.com

09 junho 2009

Monólogos da Vagina

VAGINA!
A palavra que tantos receiam é repetida alto e bom som pelas actrizes que interpretam os Monólogos da Vagina, em cena no Auditório dos Oceanos do Casino de Lisboa.

VAGINA!
A relação das mulheres com «aquilo que está ali em baixo» e cujo nome raramente se pronuncia.

VAGINA!
Se ela falasse, o que te diria? E a roupa? Que roupa vestiria ela?

VAGINA!
O seu perfume, o seu gemer... conhecem-nos? E deixam que alguém os conheça?

VAGINA!
Um texto para rir, pensar e olhar para dentro (e para baixo) e descobrir que aquilo que somos é mais do que um nome. É um centro de ser e sentir e sabor e estar e descobrir.

Humor

Videoclip baseado na música «Dicht dran»



Mais um trabalho do blog Garm's Kiss

08 junho 2009

«Exposição e venda de objectos e meios de conteúdo pornográfico e obsceno»

Petição para Apreciação e Alteração do Decreto-lei nº 254/76 e do Decreto nº 647/76

Leste as notícias sobre a ASAE e uma loja de Coimbra?

Assina aqui a petição

Como comentou alguém que já lá assinou, "Pornográfica é a subjectividade com que as autoridades classificam algo como obsceno!"
O Vintesete conta uma história muito a propósito:
"Já aqui há tempos apareceu aqui no monte do Cardo um chouriço assim de penteadinho lambido e de falas amódes que de telenovela. Entrou no tasco do Orelhas de Podengo e disse: «Oi, pessuáu! Tudo legáu? Estou de passagem mais antxis éu quiria deixá a mensagem dji Deus prá cês»
Meteu-se logo com o Ti Calhau que tava a beber um branquinho e tem um perna de pau, anda de bengala e disse logo que havia de fazer um milagre logo à noite. O Fritadinho, que é um lá do Monte do Cardo e que é gago, ouviu e disse logo que tameim queria ir a ver se lhe curava a doença.
Bom, vossamecezes haviam de ver a lata do gajo a levar o pessoal. Ele há gajos que falam muita bem, cona da mana....
E depois perguntou se nã havia ninguém que quisesse alugar um casão para uma noite, e aí eu entrei logo e disse que tinha, que era grande e bom e que agora estava vazio. Acordei uns €uros com o magano. Pagamento adiantado que eu cá nã vou em moengas.
«Não se isqueçam dji passá a todo o mundo qui cês conheci. Leva as vossas muléres, os amigo. Cês vão ver todo o mundo curado das doença. A fé fais tudo e Deus ajuda quem tem fé. Esta noitxi vai havé milagri aqui no Montxi do Cárrdo.»
Aghhh cona da mana, que eu já vi este filme antes, mas como o magano me deu os cem euros logo de adianto, lá preparei o casão e moços, vossamecezes haviam de ver. Mal a noite se pôs encheu-se me o casão de canalha. Era gente do Monte do Cardo, era dos montes ao lado, era gente que ia de passagem e que o Orelhas de Podengo disse pra ir. Bem aquilo estava cheio.
E bem à frente, com um micro na mão, o gajo falava, falava, falava.
E mostrava um livro que ele vendia por 15 €uros. Escrito por ele e cheio de paleio. E continuava:
«Cês sabem qui a Fé cura, pois todos os qui tem fé em Deus, além dji têrr a porrta aberrta prá vida iterrna, ricebem a benção da cura prás suas doenças»
Bom! O filho dum cabrão continuou, continuou e continuou! Depois, vendo o pessoal já todo vidrado no paleio, chamou o Ti Calhau.
«Irrmão! Cê tem Fé em Deus? Fé na sua Cura?» E nem esperou que o ti Calhau dissesse nada. «Então dê cinco passos e djipois larga essa bengala qui cê vai mais precisá dela não!»
Depois voltou-se de costas para o Ti Calhau e meteu-se com o Fritadinho, gago que nem uma boa porra e disse-lhe, pondo a mão na testa num gesto largo: "Irmão, se ponha calmo e com a Fé dji Deus, cê fali claro e sem gaguejá..."
Fez-se um silêncio no casão e sobressaiu a voz do Fritadinho: "O... o... o co... q... o... o ... O co... xo... ca... ca... O co-co-coxo caiu..."
Pornográfico, digo eu, que ele nã vendeu nem um livrinho e ainda queria o dinheiro de volta do aluguer do casão.
- Nã, nã. - disse-lhe eu - Que culpa tenho eu que vossamecê tenha escolhido um homem sem perna que mal largou o cajado caiu? Ora que porra! Pensava que ele sofria de joanetes, nã era?
Pois olhe, compadre: se vossamecê lhe tivesse feito crescer a perna que ele perdeu há uns anos, até eu lhe comprava um livrinho desses. Assim, olhe : vá-se safando. Tenho que arrumar aqui a trujia que o pessoal deixou...
Nã sei se tão a ver onde quero chegar, né?
Fechar uma loja de brincadeiras porque há uns gajos que fazem milagres ali ao pé...
Porra dum cabrão...
Vintesete"