– Tira – sussurrou ela, beijando-me o pescoço.
– Já tiro – respondi, tentando desajeitadamente pôr a mão esquerda dentro das suas cuecas.
Ela sorriu, como se soubesse que me havia de convencer, e abriu-me a camisa, beijando e lambendo devagar cada parte do meu peito que ia ficando descoberto.
Arrepiado, senti as mãos arrefecerem e passei a mão para fora das cuecas, para lhe sentir as nádegas sob a protecção térmica do tecido, esfreguei-as, agarrei uma e outra e, rodando a mão, passei-a lentamente entre as suas nádegas.
Desabotoada a camisa, ela pôs-me as mãos nos ombros, afastando-a e obrigando-me a despir. Enquanto despia a camisa e pensava no modo de aquecer as mãos, ela desapertou-me o cinto, abriu o botão das calças e o fecho. Deitei-me e pus as mãos debaixo do rabo, para as aquecer, mas também para o levantar quando ela me puxasse as calças. Foi o que fez a seguir.
– Tira – pediu novamente.
– Já tiro – voltei a responder, baixando os boxers quase até aos joelhos.
Ela sorriu, pôs as mãos no colchão e deu um pequeno salto para trás, mantendo-se de joelhos e, de uma vez, puxou-me calças e boxers, que deixou cair aos pés da cama.
Fiquei nu, deitado. Ela debruçou-se na cama sobre mim, agarrou as suas calças que estavam caídas encostadas à mesa de cabeceira, tirou um elástico vermelho, prendeu-o ao cabelo com desenvoltura em duas voltas e voltou à posição inicial, de joelhos à minha frente, acariciando-me o sexo, que beijava quando, nos seus movimentos pela minha barriga e coxas, a sua boca se encontrava com ele.
Ajeitou-se na cama, empurrou-me o sexo, encostando-o ao corpo e beijou e lambeu devagar, desde a base até à ponta, repetiu chegando aos testículos e ao períneo, utilizando o líquido seminal, que colhia com cuidado com a ponta da língua e com os lábios, para lhe lubrificar a boca e o meu corpo. Arrepiava-me, fazia-me tremer de desejo e quando, segurando-me no sexo, o beijou e engoliu, movendo a língua, usando os dentes e forçando os lábios, voltou a murmurar:
– Tira.
– Agora? – perguntei, a custo.
– Sim, tira – repetiu.
Olhei para ela, que acenou ligeiramente com a cabeça para me encorajar, ergui as sobrancelhas resignadas mas satisfeitas e ela com um luminoso sorriso ajoelhou-se na cama, dando-me espaço para tirar a prótese da perna direita.
– Quero-te tal como és – disse enquanto seguia os meus movimentos e, despachada a prótese, beijou-me onde terminava a minha perna, acima do joelho, e murmurou: – És o meu coxo preferido.
– Perneta – corrigi.
– Perneta – disse ela, com uma gargalhada. – És o meu perneta preferido.