18 julho 2009

Olhem para o DiciOrdinário tão bem acompanhado


Na Bertrand, procurem junto dos livros de sexualidade. Nesta livraria, até estavam (e muito bem) encostados ao Desporto!



Na FNAC, procurem nos livros de humor. Olhem ali tantos DiciOrdinarotes à vossa espera...

... mas é claro que quem quiser um DiciOrdinário com uma dedicatória minha (e tão bem que eu faço dedicatórias... hmmm...) é só encomendar aqui. E, caso a opção for por envio em correio normal, os portes ficam por minha conta.

Canções eróticas com mais de 200 anos

Um livro (dois volumes) recebido de fresco para a minha colecção: «Chansons Érotiques», com capas em couro, impresso em Londres (claro que não mas isto era só para enganar as autoridades francesas da época) em 1783 (1º volume, com 207 páginas) e 1785 (2º volume, com 251 páginas)




Surpresa!

16 julho 2009

Tira!

– Tira – sussurrou ela, beijando-me o pescoço.
– Já tiro – respondi, tentando desajeitadamente pôr a mão esquerda dentro das suas cuecas.
Ela sorriu, como se soubesse que me havia de convencer, e abriu-me a camisa, beijando e lambendo devagar cada parte do meu peito que ia ficando descoberto.
Arrepiado, senti as mãos arrefecerem e passei a mão para fora das cuecas, para lhe sentir as nádegas sob a protecção térmica do tecido, esfreguei-as, agarrei uma e outra e, rodando a mão, passei-a lentamente entre as suas nádegas.
Desabotoada a camisa, ela pôs-me as mãos nos ombros, afastando-a e obrigando-me a despir. Enquanto despia a camisa e pensava no modo de aquecer as mãos, ela desapertou-me o cinto, abriu o botão das calças e o fecho. Deitei-me e pus as mãos debaixo do rabo, para as aquecer, mas também para o levantar quando ela me puxasse as calças. Foi o que fez a seguir.
– Tira – pediu novamente.
– Já tiro – voltei a responder, baixando os boxers quase até aos joelhos.
Ela sorriu, pôs as mãos no colchão e deu um pequeno salto para trás, mantendo-se de joelhos e, de uma vez, puxou-me calças e boxers, que deixou cair aos pés da cama.
Fiquei nu, deitado. Ela debruçou-se na cama sobre mim, agarrou as suas calças que estavam caídas encostadas à mesa de cabeceira, tirou um elástico vermelho, prendeu-o ao cabelo com desenvoltura em duas voltas e voltou à posição inicial, de joelhos à minha frente, acariciando-me o sexo, que beijava quando, nos seus movimentos pela minha barriga e coxas, a sua boca se encontrava com ele.
Ajeitou-se na cama, empurrou-me o sexo, encostando-o ao corpo e beijou e lambeu devagar, desde a base até à ponta, repetiu chegando aos testículos e ao períneo, utilizando o líquido seminal, que colhia com cuidado com a ponta da língua e com os lábios, para lhe lubrificar a boca e o meu corpo. Arrepiava-me, fazia-me tremer de desejo e quando, segurando-me no sexo, o beijou e engoliu, movendo a língua, usando os dentes e forçando os lábios, voltou a murmurar:
– Tira.
– Agora? – perguntei, a custo.
– Sim, tira – repetiu.
Olhei para ela, que acenou ligeiramente com a cabeça para me encorajar, ergui as sobrancelhas resignadas mas satisfeitas e ela com um luminoso sorriso ajoelhou-se na cama, dando-me espaço para tirar a prótese da perna direita.
– Quero-te tal como és – disse enquanto seguia os meus movimentos e, despachada a prótese, beijou-me onde terminava a minha perna, acima do joelho, e murmurou: – És o meu coxo preferido.
– Perneta – corrigi.
– Perneta – disse ela, com uma gargalhada. – És o meu perneta preferido.


"A Joana mais tarde apercebeu-se que ele, afinal de contas, não era mesmo o Hugh Hefner."

Wonderbra - o que terá acontecido aos rapazes?!

15 julho 2009

Lacuna


Mais que borboletas na barriga era um frenesi que me percorria toda como se o desejo substituísse a corrente sanguínea de cada vez que arranjávamos tempo para desentorpecer os músculos. Tão espontâneo e natural como adormecer atracava ambas as mãos no seu pescoço não fosse falhar o afogamento mútuo de línguas na boca e quando a sua mão se fincava no meu pescoço arrepiavam-se-me todos os pelinhos como a uma gata ronronante. Rapidamente passava ao furor de lhe percorrer cada bocadinho de pele em beijos húmidos, do pescoço ao umbigo para depois deslizar em linha recta espreitando-lhe os olhos de baixo para cima antes de lhe tragar o tortulho acabadinho de despontar.

Dessa vez quando em acto contínuo ele passou a espanejar as minhas zonas húmidas temi que a força das ondas lhe atingisse o nariz como o mexilhão bate na rocha de acordo com a crescente cheia que sentia mas com toda a calma ele acabou por se estender por cima de mim a alimentar-me com um beijo rechonchudo enquanto lançava âncora por dentro de mim. Abri espaço cruzando as pernas por cima do seu sacro naquela mornidão sacolejante como um comboio nas linhas e às tantas soou um pfffffff oriundo do orifício não ocupado.

Parámos momentaneamente para rir da falha humana que facilita tal descontracção do corpo e prosseguimos a viagem trocando de lugares para evitar a monotonia.