Para quando um musical português sobre a FAMEL... ou a SACHS... ou a ZUNDAPP?
O Bartolomeu apoia... e conta:
"Já mereciam, sessenhora!
Teria paí os meus 17 ou 18 quando comprei uma sachs modelo de cross de 6 velocidades.
Nessa altura era maradinho pelo moto-cross, fartei-me de foder motas, guito e o corpinho.
Uma namoradinha da altura, menina queque de Cascais, adorava assapar com o "cromo". Então... para me "armar aos cucos" fazia com ela as curvas do Guincho e as da Pena, sempre a "ripar" com os pousa-pés a roçar no asfalto, o que fazia com que a miúda ficasse toda molhadinha e eu, cheio de vontade para lhe saltar prá cueca.
Uma bela tarde de verão, depois do habitual périplo, enfio por uns carreiros na serra de Sintra, já com a ideia de encontrar um local maneiro para o farfalho, mas levava na ideia um exercício que, se conseguisse concretizar, iria fazer de mim o herói, o mago da modalidade do encavanço.
Depois de um sobe e desce frenético de umas derrapagens e umas rasas aos pinheiros, lá encontrei um local que me pareceu bem e parei o "cavalo".
Treta práqui, treta pracolá, apalpão aqui, apertão acolá, mais beijocas e lambidelas, mais dedos e não sei quê, consegui que a miúda consentisse em lhe sacar as cuecas. Estava a tenda armada, entendi que tinha chegado a hora de realizar a minha projectada fantasia.
Então pego na pita ao colo e afinfo-a em cima da mota, de costas voltadas para o volante.
Deram-se ali uns momentos de equilibrísmo mas, com a minha ajuda e as mãos apoiadas no depósito, a moça lá se segurou. Então o "artolas", de moca em riste, galga pra cima da burra, segura as pernas à equilibrista e... lá entala a carola ao menino. A merda toda era que, como a mota era alta, com os pés no chão, não dava para fazer o vai e vem. Então... plano "B".
Subo para cima dos pousa-pés, aguento-me firme, seguro de novo as pernas da miúda e verifico que, assim, a cona ficava lá muito em baixo. Solução: flectir as pernas e levantar o cu dela. Esta manobra exigiu mais força de braços para ela e maior capacidade de equilíbrio para mim.
Quando olhei para a cara da miúda percebi que o esforço estava a ser demasiado, mas... como me atentava o desejo de realizar aquele número, lá voltei a ensaiar a penetração. E Zummm... o bicho deslizou inteiro para dentro da cova apelativa e hipnótica. Porém, era mister que voltasse até quase à entrada para que voltasse a entrar e por aí adiante até que no céu estalassem estrelas, campaínhas tocassem e anjos harpejassem.
Mas não, na segunda ou terceira encavadela, os braços da miúda falharam e a força muscular traíu a suspensão no preciso momento em que o "nabo" entrava profundamente.
Desequilibro-me, deixo-lhe as pernas e tento segurar-me ao volante, a mota agita-se e tomba e nós os dois junto com ela.
Gera-se uma confusão do caraças, a miúda fica com a perna por baixo da Sachs, eu fodo um joelho numa pedra e... só não parti a mola ao caralho porque caí para o lado contrário. Senão, talvez ainda hoje lá estivessemos os dois, já petrificados.
Sei lá... dizem que aquela serra é mágica!..."
20 março 2010
19 março 2010
Momento
Ele deixou-se cair na cama.
Ela esticou-se, lançou a almofada para o chão, pousou a cabeça sobre os braços cruzados, fitou-o e sorriu.
Ele expirou e respondeu-lhe com um sorriso saciado e satisfeito.
Ela piscou-lhe o olho e murmurou:
– Hum… Gosto das tuas palmadas.
Os olhos dele brilharam mais e o sorriso abriu-se:
– E eu das tuas nádegas – respondeu, aproximando-se do rosto dela.
Beijaram-se.
Ela esticou-se, lançou a almofada para o chão, pousou a cabeça sobre os braços cruzados, fitou-o e sorriu.
Ele expirou e respondeu-lhe com um sorriso saciado e satisfeito.
Ela piscou-lhe o olho e murmurou:
– Hum… Gosto das tuas palmadas.
Os olhos dele brilharam mais e o sorriso abriu-se:
– E eu das tuas nádegas – respondeu, aproximando-se do rosto dela.
Beijaram-se.
Gula
Os sentidos, qual é o sentido?
Dois são pendentes, e um sentido...
Estava alto e tenso, o órgão vivo,
O estímulo inflecte nas minhas mãos!...
Havia a boca que o tinha... Devastador...
Todo o organismo, neutro vago tremor!
Em ti há chamas em... Num estrídulo duro.
Sucção da boca, que tem na boca, tem, na língua da boca...
Latente, que bate, na fronte, em frente, tua frente louca!
É na boca, é atrás, é na língua, é atrás, voz que suspira, rouca...
Torrente impetuosa, incandescente , extrema tensão!...
Na exausta haste erecta... Numa gula fascinação!...
Dois são pendentes, e um sentido...
Estava alto e tenso, o órgão vivo,
O estímulo inflecte nas minhas mãos!...
Havia a boca que o tinha... Devastador...
Todo o organismo, neutro vago tremor!
Em ti há chamas em... Num estrídulo duro.
Sucção da boca, que tem na boca, tem, na língua da boca...
Latente, que bate, na fronte, em frente, tua frente louca!
É na boca, é atrás, é na língua, é atrás, voz que suspira, rouca...
Torrente impetuosa, incandescente , extrema tensão!...
Na exausta haste erecta... Numa gula fascinação!...
[Blog Vermelho Canalha]
Quase um poema
Quando me encontrares
deixas-me ser
o teu quase-poema?
Quando me perguntares
deixas-me responder
como quem se declama?
Sabes que os poemas
são tão tímidos
escondidos nos dedos
mas tudo de si dizem
aninhados nas metáforas?
Sabes que os poemas
são tão frágeis
mas tão férteis
quando crescem
na força das palavras?
Quando me beberes
deixa-me escorrer
em versos líquidos de alma.
deixas-me ser
o teu quase-poema?
Quando me perguntares
deixas-me responder
como quem se declama?
Sabes que os poemas
são tão tímidos
escondidos nos dedos
mas tudo de si dizem
aninhados nas metáforas?
Sabes que os poemas
são tão frágeis
mas tão férteis
quando crescem
na força das palavras?
Quando me beberes
deixa-me escorrer
em versos líquidos de alma.
O caminho mais fácil
Muita gente estuda, trabalha muito, se dedica, sofre para chegar a algum lugar na vida. Sempre em busca da fama, sucesso, reconhecimento, luxo… Tudo gira em torno do status social.
Porém existem caminhos mais fáceis para subir na vida. Um é adquirindo um cartão corporativo do governo. O outro é o mesmo que a menina escolheu:
Capinaremos.com
Porém existem caminhos mais fáceis para subir na vida. Um é adquirindo um cartão corporativo do governo. O outro é o mesmo que a menina escolheu:
Capinaremos.com
18 março 2010
Evasão
na minha mão
âmago!
o teu dispersa
em tempestade, turbilhão
um gemido aqui
(dentro)
uma loucura dissimulada
tempo!
escorregadio o destilar dos poros
e essa ânsia madura de ter
arde!
Vera Carvalho
Pétalas Minhas
___________________________________
Quando a malta gosta, a malta ode:
"Arde-te o corpo
num fogo escorregadio
Morfologia!
Esteganografia louca
que dissimula os poros
Barbara!
Veleiro desgovernado
vencendo o Adamastor
Utopia!
Dicionário em construção
alto-relevo, em esperanto
Acordo ortográfico!
Olá Vera inquietude...
Bartolomeu"
"Tens um fogo...
Apago!
Sentes um ardor...
Incendeio!
Tens um tempo...
Aguardo!
Sentes a ânsia...
Acredito!
Queres a loucura...
Espero!
Dás um gemido...
Eu grito!
Santoninho"
tocas-me
tocas o meu corpo
com as tuas mãos nuas,
firmes
roças a minha pele
com os teus lábios doces,
molhados
tocas-me
com a fúria de um orgasmo
com a doçura dos teus olhos
com as tuas mãos nuas,
firmes
roças a minha pele
com os teus lábios doces,
molhados
tocas-me
com a fúria de um orgasmo
com a doçura dos teus olhos
Tal e qual
Saber deixar correr. A vida, tal e qual. Como um rio sem barreiras ou o sexo sem fronteiras que acontecem porque sim. Indomáveis, imparáveis no seu curso, no leito, nas batidas que se sentem no peito quando as margens se deixam beijar, os corpos a latejar pelo sangue que corre também nas veias amantes como a água naqueles sulcos permanentes de vida a acontecer, tal e qual.
E é preciso saber, sem dúvida, deixar correr dessa maneira livre e espontânea, simples e consentânea com o ritmo acertado pelos ponteiros desses relógios tão certeiros que o destino cuida de gerir por nós de forma tão aleatória como a que define o percurso de cada rio até à foz onde desagua e se transforma, por osmose desequilibrada nas proporções, numa nova força, salgada, uma outra energia qualquer, exactamente como gostamos de conceber o melhor fim.
Tal e qual, a vida. A correr, deixada assim, à solta pelo tempo marcado para percorrermos o caminho desde a nascente até onde se verifica o ocaso de cada luz individual. Como um rio banhado pelo sol com raios de calor.
Como um corpo e uma alma obrigados a deixarem (es)correr, tão simples, o amor.
E é preciso saber, sem dúvida, deixar correr dessa maneira livre e espontânea, simples e consentânea com o ritmo acertado pelos ponteiros desses relógios tão certeiros que o destino cuida de gerir por nós de forma tão aleatória como a que define o percurso de cada rio até à foz onde desagua e se transforma, por osmose desequilibrada nas proporções, numa nova força, salgada, uma outra energia qualquer, exactamente como gostamos de conceber o melhor fim.
Tal e qual, a vida. A correr, deixada assim, à solta pelo tempo marcado para percorrermos o caminho desde a nascente até onde se verifica o ocaso de cada luz individual. Como um rio banhado pelo sol com raios de calor.
Como um corpo e uma alma obrigados a deixarem (es)correr, tão simples, o amor.
17 março 2010
vivemos num dos melhores países do mundo para o sexo...
Sexo puro e duro, como sói dizer-se. Sem barreiras nem estribeiras, curto e grosso, tântrico, elementar e profilático. E sem esforço. Ele está aí, entra-nos porta dentro (ou por onde calha e menos se espera) e nem pede licença.
E vêem de cima, como deve ser, os bons exemplos. Curando de cuidar dos cidadãos, tal é a preocupação dos mandantes (supostamente os elementos activos da relação), na sua agitada sanha em promover a satisfação sexual dos viventes, fodem-nos de todas as maneiras e feitios, numa incessante demanda – quiçá – de um sagrado Graal, que colhe em Epicuro o néctar.
Porque, em boa verdade, todos buscamos a felicidade, pela aponia – a ausência da dor – como pela ataraxia – a imperturbabilidade da alma. Temos, até, uma propensão muito nossa para fundir estas duas… e levitar – uma espécie de apotaraxia que nos pariu...
No corre-corre das portagens, em auto-estradas inoperantes por gigantescas filas de carros e eivadas de buracos com e sem obras; no PEC, óbvia abreviatura do esquema pecaminoso com que estamos a ser sodomizados; na Segurança Social à espera de que façamos filhos que nos assegurem a reforma, quando nós descontamos exorbitâncias… para a nossa reforma; por outro lado e em antítese, nas reformas milionárias e recordistas de velocidade de tanto afilhado do regime; de cada vez que metemos gasolina ou gasóleo; de cada vez que pagamos a electricidade, ou a água, ou o gás, ou o telefone; no maquiavelismo sado-masoquista do IRS; nas taxas «moderadoras» (e tantas outras…), bem como na medicamentação, na Saúde; na miserável rentabilidade dos Certificados de Aforro, quando o Estado paga quatro, cinco, seis, sete vezes mais às entidades a quem vai buscar o dinheiro «lá por fora»; na Educação, pobre, atrofiada e deficiente, mas sempre viva e exploradora, qual «marrequinha de Monsanto», à sombra da qual tanto editor livreiro tem feito fortuna; na Justiça, também ela tântrica, sado-masoquista e careira; na desmesura de uma Assembleia da República repleta de boys e girls, (que nem fornicam nem saem de cima, diga-se, mas fazem-se pagar bem e reformar melhor); na violação sistemática das regras ainda ontem definidas e que mudam de posição como amante inconsistente e volúvel, sem que ninguém seja capaz de lhes acompanhar o ritmo… E o rol seria infinito!
Alguém duvida, pois, que nesta costa banhada por tantas lágrimas de Portugal – como dizia o poeta… - haja também muito miasma misturado nas salsas ondas, tal a imensidão orgasmática em que vivemos?
Eu cá não tenho dúvidas… E já estou pràqui que nem posso, diga-se!
E vêem de cima, como deve ser, os bons exemplos. Curando de cuidar dos cidadãos, tal é a preocupação dos mandantes (supostamente os elementos activos da relação), na sua agitada sanha em promover a satisfação sexual dos viventes, fodem-nos de todas as maneiras e feitios, numa incessante demanda – quiçá – de um sagrado Graal, que colhe em Epicuro o néctar.
Porque, em boa verdade, todos buscamos a felicidade, pela aponia – a ausência da dor – como pela ataraxia – a imperturbabilidade da alma. Temos, até, uma propensão muito nossa para fundir estas duas… e levitar – uma espécie de apotaraxia que nos pariu...
No corre-corre das portagens, em auto-estradas inoperantes por gigantescas filas de carros e eivadas de buracos com e sem obras; no PEC, óbvia abreviatura do esquema pecaminoso com que estamos a ser sodomizados; na Segurança Social à espera de que façamos filhos que nos assegurem a reforma, quando nós descontamos exorbitâncias… para a nossa reforma; por outro lado e em antítese, nas reformas milionárias e recordistas de velocidade de tanto afilhado do regime; de cada vez que metemos gasolina ou gasóleo; de cada vez que pagamos a electricidade, ou a água, ou o gás, ou o telefone; no maquiavelismo sado-masoquista do IRS; nas taxas «moderadoras» (e tantas outras…), bem como na medicamentação, na Saúde; na miserável rentabilidade dos Certificados de Aforro, quando o Estado paga quatro, cinco, seis, sete vezes mais às entidades a quem vai buscar o dinheiro «lá por fora»; na Educação, pobre, atrofiada e deficiente, mas sempre viva e exploradora, qual «marrequinha de Monsanto», à sombra da qual tanto editor livreiro tem feito fortuna; na Justiça, também ela tântrica, sado-masoquista e careira; na desmesura de uma Assembleia da República repleta de boys e girls, (que nem fornicam nem saem de cima, diga-se, mas fazem-se pagar bem e reformar melhor); na violação sistemática das regras ainda ontem definidas e que mudam de posição como amante inconsistente e volúvel, sem que ninguém seja capaz de lhes acompanhar o ritmo… E o rol seria infinito!
Alguém duvida, pois, que nesta costa banhada por tantas lágrimas de Portugal – como dizia o poeta… - haja também muito miasma misturado nas salsas ondas, tal a imensidão orgasmática em que vivemos?
Eu cá não tenho dúvidas… E já estou pràqui que nem posso, diga-se!
(Desculpa lá, São, mas se não fosse aqui, onde verteria eu este suspiro de sublime prazer?)
IBIZA FUCKING ISLAND by Tatúm
Dos dibujos de la serie
Inéditos (2006)
Lápiz sobre papel Gvarro esboso DIN A4
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