HenriCartoon
18 maio 2010
17 maio 2010
Pensamento do dia
Revendo um caderno de notas, encontrei algumas pérolas, anotações soltas e alguns desenhos. Nesta reunião, de há 5 anos atrás, participava uma mulher, já confortavelmente nos seus 40 (e tantos) e de lábios muito sensuais. Foi então que me ocorreu escrever isto:
Tradução: "Pensamento do dia: A percepção do mundo e da convivência social altera-se profundamente quando percebemos que na boca das mulheres com quem falamos já entraram um ou mais pénis".
Tradução: "Pensamento do dia: A percepção do mundo e da convivência social altera-se profundamente quando percebemos que na boca das mulheres com quem falamos já entraram um ou mais pénis".
Contos já sem pontes no azul
O frio dos dias queima a página das horas. O fogo. Eu tentei escrever-te o fogo.
Sou apenas um fósforo. E tu sabes. Eu sei, agora sei.
Ele deu-me amor. Mas tu deste-me azul. E azul é mais que amor. É mais que qualquer amor.
É mais que todos os amores. É azul. E tu sabes.
E eu? O que te dei? Dizes-me? E tu sabes?
Quem vai aumentar as palavras para te demorares nelas? Se não lês, o silêncio pode não demorar. Diz-me do princípio. Prometo não contar a ninguém. Nem a mim. Eu não conto. Quem vai domar os versos para te servirem? O que foi feito dos pássaros que escrevi na tua gaiola?
Fala-me do princípio.
O gelo no azul queima os olhos presos nas páginas. O fogo sempre procurou os teus para se escrever; agora, acredita que não tens. Saberás? Não.
Sou apenas um fósforo. E tu sabes. Eu sei, agora sei.
Ele deu-me amor. Mas tu deste-me azul. E azul é mais que amor. É mais que qualquer amor.
É mais que todos os amores. É azul. E tu sabes.
E eu? O que te dei? Dizes-me? E tu sabes?
Quem vai aumentar as palavras para te demorares nelas? Se não lês, o silêncio pode não demorar. Diz-me do princípio. Prometo não contar a ninguém. Nem a mim. Eu não conto. Quem vai domar os versos para te servirem? O que foi feito dos pássaros que escrevi na tua gaiola?
Fala-me do princípio.
O gelo no azul queima os olhos presos nas páginas. O fogo sempre procurou os teus para se escrever; agora, acredita que não tens. Saberás? Não.
Postalinho com vários postais
16 maio 2010
Sem medo
Não tenho medo.
A foto és tu deitado
e eu ao teu lado.
Vês?
Mas não tenho medo
que seja só uma ideia minha.
Sei - sobretudo - que és tu
e não me amedrontas.
Aonde é que foi o delírio?
Aonde foram a vontade e o prazer?
Continuo a vasculhar
todos os precipícios
e ainda não dei contigo:
- Onde foste?
Foto e poesia de Paula Raposo
Morrer no ar
É por isso que não te consigo agarrar
porque não tenho mãos
e tenho os dedos a divagar
em gestos sem mãos a vaguear;
os gestos sem mãos
são gestos vãos
que morrem no ar.
porque não tenho mãos
e tenho os dedos a divagar
em gestos sem mãos a vaguear;
os gestos sem mãos
são gestos vãos
que morrem no ar.
Beauty Demo
A Patrícia Manhão recomenda-nos esta montagem de publicidade feita por Stephane Pivron para a Mikros Image, ao som de Whitey - «Stay On The Outside».
Beauty Demo from stephane pivron on Vimeo.
15 maio 2010
Compilação* de poesia erótica dita pelo Luis Gaspar
Na Décima Terceira Hora, o Luis Gaspar (voz d'ouro do Estúdio Raposa) lê-nos poemas já apresentados em "Poesia Erótica" dos seguintes poetas: Affonso Romano, 1 poema, Alexandre O’Neill, 1 poema, Álvares Azevedo, 1 poema, Antero de Quental, 1 poema, António Botto, 5 poemas, Cláudia Marczak, 1 poema, Ernesto Melo e Castro, 5 poemas, Gui de Maupassant, 1 texto, Gustave Flaubert, 1 texto, Jean Everaets, 3 poemas, Judith Teixeira, 5 poemas, Rosa Lobato Faria, 1 poema, Salvador Pliego, 1 poema e Vera Silva, 5 poemas. É aqui:
decima_terceira_hora.mp3
* não, eu não disse "com pila, São"!
* não, eu não disse "com pila, São"!
Cronologia do eco
Primeiro foi a chuva. Só passos entre espaços.
Intervalos. E os espaços cada vez mais curtos.
Aquele que nunca fica e sempre repete. O eco.
Ele. O compasso que marca os intervalos.
O segundo veio do minuto ao chegar da hora.
Eu gosto do eco. Tem garras e ri e pouco
depois agarra-me as pernas pelos joelhos.
E agora? Por onde me queres entrar, agora?
Talvez me entres pelo fim da tarde e, então, oco
te enchas de nós. A tarde escorre o sol pelos raios
e, agora, agora que já nunca aqui se demora,
vou montando o eco da voz de um louco
que chove e chove e o tempo tão seco.
Intervalos. E os espaços cada vez mais curtos.
Aquele que nunca fica e sempre repete. O eco.
Ele. O compasso que marca os intervalos.
O segundo veio do minuto ao chegar da hora.
Eu gosto do eco. Tem garras e ri e pouco
depois agarra-me as pernas pelos joelhos.
E agora? Por onde me queres entrar, agora?
Talvez me entres pelo fim da tarde e, então, oco
te enchas de nós. A tarde escorre o sol pelos raios
e, agora, agora que já nunca aqui se demora,
vou montando o eco da voz de um louco
que chove e chove e o tempo tão seco.
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