22 maio 2010

Viagem ao jardim das sombras

Recebi agora o meu exemplar do livro «voyage au jardin des ombres», com uma dedicatória da autora das ilustrações, Lulu Amere. Eu bem gostava de ter um salário que não fosse português, para comprar um dos desenhos originais dela...


A capa


A dedicatória


Tinha-lhe pedido para me fazer um pequeno desenho na dedicatória. Quando recebi o livro, fiquei triste por não ver lá o desenho que lhe tinha pedido. E ela perguntou-me se eu não tinha visto o "piscar de olho". Tinha visto, mas é um desenho tão perfeito que pensei que era uma ilustração do próprio livro. É este:


«le clin d'oeil»



Ginástica íntima

Ora vamos lá, meninas. Um, dois... um, dois... um..., dois... e...





Explicam no YouTube:
"Intimate gymnastics" é um programa patenteado por Tatyana Kozhevnikova. Tatyana é a única mulher do mundo que levantou 14 Kg com os seus (dela!) músculos íntimos - consta no The Guinness Book of Records (2003).

Se querem ver mais, é só pesquisar no YouTube por "Intimate gymnastics".

21 maio 2010

Não me peçam para assistir a um filme pornográfico em 4D!

"Rock in Rio arranca hoje também em 4D - os visitantes são convidados a assistir a um vídeo com aspecto tridimensional, mas ao qual se somam salpicos de água e acções sensoriais que fazem parte da experiência a 4D"
in Diário Económico

Carta aberta da Miss Joana Well - a realidade na sombra

[carta de Miss Joana Well eliminada pelo Blogger porque "o seu conteúdo violou a nossa política de atividades ilegais", mesmo sabendo-se que, em Portugal, o lenocínio (exploração da prostituição) é crime, mas não a prática da prostituição]

Os dedos

Solta-se da maresia
uma longa história:
entranha-se nos dedos.
Salgada, doce,
sabedora de segredos
uma infinita descoberta.
O poder de te saborear:
lamber as gotas
que escorrem do teu peito.
A maresia percorre-me
os sentidos,
no sentido inverso da realidade.

Foto e poesia de Paula Raposo

A primeira impressão é a que fica?

Nem sempre… Nem sempre…


Você pensaria o que? Apenas outro antílope morto por um cão selvagem?


Pois é, esse PitBull é Poodle!

Capinaremos.com

20 maio 2010

A «nossa» Bruna Real é uma santa!

"Aqui no Brasil, uma professora saiu pra balada. Isso foi lá na Bahia. Era professora de criancinhas. Olha o que ela aprontou.
Deu a maior polêmica.
Foi demitida e tudo.
Flávia Belo"

Quem ainda não aderiu ao grupo do facebook «Bruna Real a ministra da Educação»?

Será uma antestreia do Salão Erótico?!


Olh'ó grelinho liiiiiiiiindooooooooo!"

Tráficos

O funeral decorria dentro da tristonha normalidade que envolve a morte de um velho que já deve anos à terra, quando, de repente, descontrolando-se, o rapaz desatou num berreiro desalmado, repetindo num lamento aflitivo que condoeu todos os presentes:
– E agora, meu Deus?! E agora?! E agora?! E agora, meu Deus?! E agora?!
Primeiro os presentes estranharam e, ainda que incomodados, aceitaram o que podia ser uma legítima manifestação de dor. Depois, percebida a fonte da ladainha, o que podia ser, em qualquer outro, um compreensível e aceitável descontrole emocional foi rotulado como uma pouca vergonha e uma absoluta falta de senso e respeito pelo morto, a que acresceu, e não foi despicienda para a censura generalizada, a desinteressante repetição do monólogo que não ganhava motivos de interesse e o insuportável nível acústico a que, por vezes, era debitado, obrigando a que, enquanto o corpo do ancião descia à terra, dois amigos ladeassem o inesperado carpideiro, o amparassem e levassem quase de rojo para fora do pequeno cemitério.
Sem parecer notar a forçada remoção ou os olhares censórios que o acompanhavam, o rapaz continuava a soluçar a sua invariável lengalenga:
– E agora, meu Deus?! E agora?! E agora?! E agora, meu Deus?! E agora?!
Sensibilizado, como mais ninguém, o sacerdote que tinha a seu cargo dezassete freguesias e pouco tempo ou interesse para conhecer os paroquianos que não frequentavam a liturgia ou que não contribuíam para o bem-estar do rebanho e do seu pastor, inquiriu da identidade do jovem.
– É um amigo do neto do sr. Rebelo – explicaram-lhe, sem mais detalhes, ainda que (ou porque) lhe estranhassem a pergunta.
– Coitado do moço, está mesmo afectado. Pobre rapaz – ia comentando o sacerdote para quem o cumprimentava, prosseguindo na direcção do mais afectado dos presentes no funeral, ainda que o fizesse para se ir embora e não por algum desejo súbito de confortar o jovem.
Junto à porta do cemitério, o padre cumprimentou o neto do sr. Rebelo que amparava o inconformado mancebo, acenou com a cabeça para o rapaz que o suportava segurando-o com o seu braço direito, e, fitando o desesperado, dirigiu-lhe umas breves palavras de solidariedade, obtendo como resposta a mesma anterior ladainha, remoída num sussurro desesperado.
– Coragem, rapaz, coragem – despediu-se o padre, encaminhando-se para a sua viatura onde o esperava uma mulher. – É preciso é coragem. Muita coragem.

Sem olhar para trás, o padre aproximou-se do carro, abriu a mala, desparamentou-se, depois de constatar a ausência de qualquer movimento da acólita para o ajudar, vestiu um blaser, arrumou as vestes litúrgicas, fechou a mala e entrou no carro, sentando-se pesadamente ao volante.
– Já está? – perguntou a mulher, que se mantivera, até aí, quieta e calada.
– Já – respondeu o padre, de maus modos. – Podia ter saído – censurou, ligando a ignição.
– Para quê? – perguntou a mulher.
– Ajudava-me a tirar alba e as pessoas viam que era você… – O padre rodou o volante, para efectuar inversão de marcha.
– Porquê?! – disparou, com animosidade, a mulher e esperou que o padre a olhasse para completar a pergunta: – Porquê, costuma andar com outras mulheres no carro, é?
O padre não respondeu, cogitou sobre a forma de o fazer mas, não chegando a nenhuma opção satisfatória, preferiu mudar de tema aproveitando que o automóvel iria passar em frente ao portão do cemitério, onde estava o lamentoso jovem que havia perdido o rumo na vida com a morte do senhor Rebelo.
– Aconteceu uma coisa estranha no funeral – comentou o padre, terminando a manobra de inversão de marcha. – Está a ver aquele rapaz, ali no meio dos outros? – A mulher assentiu proferindo um som gutural quase inaudível. O padre continuou enquanto o automóvel se aproximava: – Não é da família mas era o mais afectado pela morte do velho… Era só – o padre caricaturou o tom choroso do rapaz, dando-lhe uma entoação de nasalado aparvalhamento: – “E agora? E agora, meu Deus? E agora?”
– Vá devagar – ordenou a mulher, quando o automóvel passou em frente do grupo. O padre abrandou a marcha e a mulher, levantando a voz, quase gritou: – Eu conheço-o. Eu conheço o ra… Ah!
– O que foi? – perguntou o padre e, espantado com o inesperado volume da voz e a súbita e inconclusiva interrupção da mulher, travou o automóvel, em frente ao portão do cemitério.
– Continue! Continue! – disse ela, reforçando a ordem com gestos nervosos. – Continue!
Sem pensar, o padre obedeceu e acelerou, ainda que de forma mais ruidosa que eficaz.
A mulher olhou-a desaprovadoramente mas nada disse.
Vexado, o padre esperou a normal e ácida censura à sua condução e, depois, a explicação quanto ao conhecimento do jovem choramingas mas, constatando o prolongamento do silêncio e a súbita turvação da expressão da mulher, avançou:
– Afinal, mas quem é o rapaz? O que é que aconteceu?
– Espero bem que não seja o que eu estou a pensar – ponderou a mulher, muito preocupada. – Espero bem que não… – A mulher olhou para o padre e perguntou-lhe compenetradamente: – E o que é que ele estava a dizer?
– Estava desesperado…
– Mas o quê? – insistiu a mulher. – Há bocado não o estava a imitar?
– Estava – admitiu o padre. – Ele só dizia “E agora, meu Deus?! E agora?! E agora?! E agora, meu Deus?! E agora?!”
– Que pouca sorte… – lamentou a mulher. – De certeza que é o que estou a pensar… Que pouca sorte…
O padre olhou-a intrigado e, preferindo não ir directo ao assunto, perguntou:
– Mas quem é o rapaz?
– É o filho do Santos.
– Qual Santos?
– Do enfermeiro.
– É?... É o filho do António? – admirou-se o padre. – Aquele é o Antoninho?
A mulher, de olhar perdido que acabou por pousar na braguilha do padre, anuiu desolada:
– É, é o Antoninho. É mesmo o Antoninho.

– E agora? – perguntou o Antoninho. – E agora, Alex?
– Mas tu só usavas o avô dele? – inquiriu o outro, em tom conspirativo.
– Agora era – murmurou Antoninho, passando a mão pelo rosto. – Na semana passada morreu o avô do Juca e na outra tinha morrido o velho Neves… – O Antoninho suspirou profundamente e recomeçou: – Ainda por cima os sacanas dos velhos morreram todos de repente, pá. E numa altura lixada…
– A Primavera… – troçou o neto do sr. Rebelo, abafando o riso. – Chega a Primavera e a natureza começa a desabrochar…
– Se fosse só a natureza… – acompanhou o Alex, rindo.
– Vocês riem-se mas eu é que estou todo lixado – lamentou o Antoninho. – Ainda por cima não tenho stock nenhum.
– Não?! – preocupou-se o Alex. – Nada?
– Quase nada – esclareceu o Antoninho. – Dá para três dias.
– Três dias?! – horrorizou-se o Alex. – Três dias?!
O Antoninho acenou que sim sem vislumbre de esperança.
– Meu Deus… – desabafou o Alex pondo as mãos na cabeça, sem esconder um sorriso trocista. – Vêm aí tempos maus… Tempos muito maus… Tempos de penúria e tédio… Então, e o que vais dizer… O que vais tu dizer… O que vais tu… – Alex colocou a voz como se estivesse a acusar o outro: – Tu, o fornecedor de substanciais alegrias aos habitantes e sólido consolo às habitantes das nossas freguesias; Tu, o dealer das maravilhosas noites azul-viagrosas e das deleitosas tardes cialis que suportam o ânimo das nossas gentes; Tu, o recuperador de auto-estimas, semeador de sorrisos e sustentáculo das alegrias conjugais e extra-conjugais de meio concelho… O que vais tu dizer aos teus clientes?
– Os meus clientes… – relativizou o Antoninho, encolhendo os ombros e espantando os outros. – Com os meus clientes posso eu bem… Que todos os males fossem os meus clientes…
– Então?
– O que me preocupa são as minhas clientes, pá, as minhas clientes – esclareceu o Antoninho, em pânico. – Com os homens posso eu bem: não há esta semana, há para a outra ou para a outra a seguir ou tem de se arranjar outra solução que ainda tem de ser estudada. Agora com as mulheres… Com as mulheres… Com as mulheres não sei se me safo… – O Antoninho abandonou-se ao desalento: – E agora, meu Deus, e agora?
– Agora?… Agora tens de arranjar outros velhos para darem o nome para as receitas – concluiu o neto do sr. Rebelo, alçando os ombros despreocupadamente.

Para pensarem...

Aquilo que a valores mais baixos (preço) pode ser considerado um extra, a valores mais altos é considerado o serviço. E vice-versa.

um cu novo por apenas 39 eur!


um cu, um rabo, umas nalgas empinadas...
'tá comprar, minha gente! 'tá comprar!

e depois «afalfar» aquilo é que... enfim!
_________________________
O OrCa ode ao logro:

"que chatice
que tolice
que canseira
tanto engano para algum nabo empinar
e depois quando afoito
chega o coito
vai-se a ver e de nalgas é só ar

e o nabo
coitadito
deprimido
está fodido por se deixar enganar

não é tanto mais bonito
e expedito
encontrar amante certo e perspicaz
que aprecie mais a frente
que o atrás?

é que há gostos para tudo
minha gente
e do tudo há-de sempre alguém gostar
o pior é quando assim de repente
quando alguém espera um cu
só lá ter ar..."

Fodida na boca



19 maio 2010

vai fermosa e bem segura...

Ainda a propósito de despropósitos…


descalça saiu à praça
Bruna Real professora
vem fermosa e com tal graça
que traz tudo o mais de fora
a pauta nas mãos de prata
mas também um vira-lata
disfarçado de decote
ou de sedoso saiote
mais inocente não fora
vai fermosa e professora
descobre os pés e a garganta
e pelo meio dourado
o corpo todo mostrado
tão linda que o mundo espanta
chove nela a fúria santa
e tanta cabeça à nora
vai fermosa e professora

-  que me perdoe o Luís Vaz, mas acabei agorinha mesmo de pedir autorização ao Camões…