30 junho 2010

Foda Nos Sentidos ( part II )

Como é o corpo?
No meu peito a terra treme.
Nudez, revela-se fazendo escoar os reprimidos rios, em mim. Sensações progressivas que a carne possui.
Resistir, atirar, correr, golpear, recuar...
Retiras os meus sapatos e entras sem receio.
Cresce o diadema na sombra que se esvai
dentro, num ângulo, onde a alma do homem que és, polígamo e lascivo, te vais matando na minha sede...
Abre-se lentamente a visão encantadora, de uma pele imaculada, a vulva, rósea e tão cheia...
... no toque comprimido do teu dedo indicador, o líquido oloroso que se vem, e desprende daquela pequena semente salgada de mel, dentro, de um mel misterioso, escorrente de uma boca escura...
Não me beijaste, nem sequer me tocaste com as mãos.
O sexo comprimiu-se e vagarosamente deixas-te escorregar, como se te fosses em mim ajoelhar. Genitália.
[contra mim num ferro quente em brasa contra ti]
Por vezes da direita para a esquerda, outras em pleno contrário ou em círculos, avançando com reprimida violência.
O fogo arranca de mim faíscas, cada vez que me movia, como se o desejo estivesse a acender um fogo entre duas pedras.
Olhos fechados, a sentir o membro e a concentrar nele...
... e no prazer dele, (que prazer) um rio num mar de escuridão onde todo o teu sangue é comprimido ao penetrar;
«Um... dois... um ... dois...»
A dança.
O ventre selvagem, constante e inconstante na tua bolsa de pele que oscila no bambolear, nos pêlos púbicos.
É dificil de agora imaginar. Calor ardente. O sentir na firmeza da carne.
[A simples lembrança dos teus dedos na minha nuca arrepia, corpo , arfante, recebia-te]
Todas as sensações dos sentidos, no teu beijo se resumem. Meus lábios acesos e estendidos, sabor subtil numa contrastante cor louca, o poder transcender!
Róseos medalhões que, nus, tocam o céu. Da minha boca, faminta, sedenta onde se desfazem os teus portáis misteriosos. Num beijo vermelho, que longamente possui as tuas entranhas. Nele impulsa, pulsa, suga, lambe, impulsa, pulsa e suga...
Sussurros desconexos, desfloram os seios, que se ofertam.
Coxas que se contraem.
Secreções. Espasmos ávidos, nas costas pálidas. A gozar, à deriva sem hora ou lugar. Fode-me agora sem pudor!
Agora!...
... continua a fazer, usa e abusa, quero afogar-me no prazer...
[Não é doentio, é apenas o delírio que me erotiza e me morde de tesão, deixando-me louca e confusa]
(A cópula na minha mente.)
Mãos, que escapam pelas escarpas do corpo e esculpem sensações, indecifráveis. A seiva a cada subida rega o círculo no meio de nós.
O sexo é um mundo fecundo, imenso...
... profundo, que de manso, procura o fundo, na vagina.
Sou um só desejo. Sou tua!
Somos um só em todos os sentidos...!
[Costumam dizer que os amantes seduzem, mas nunca a matar, e eu sonho contigo de corpo inteiro, nos olhos que olham para mim longamente numa penetração suprema]
Sinto, por senti-lo, tal prazer. Nos poros existe uma tal palpitação que me vem a ilusão de que vou explodir tudo em poemas...
A tua mão contém a minha, de momento a momento, teu corpo túrgido e deslizante desembarca no meu corpo fálico, ainda pulsante, fluindo ainda o êxtase mágico entre murmúrios e carícias...
[Para lá deste templo, deste quarto, desta cidade existe um mar, com areia, montes, e o brazido do Deus sol]
E existimos nós os dois.
Cerro os olhos, quando eu quero, perco-me em pingos incessantes que me fazem ser desejo, ser amor, corpo, alma e tesão...
Fiz amor com posse ou, por assim dizer, uma foda onde eu me rasguei toda;
«Olhos nos olhos, tua pele, minha pele, corpo com corpo, minha boca, na tua boca»
E tu infinitamente no meu íntimo, a tocar, a sentir, a gozar...
Na explosão do depois...
Numa chama arde, trémula, na ponta do cigarro, na sombra da mão que passeia lânguida pela minha pele. O teu suor, o meu suor de quem é?
Ali naquela hora, naquele exacto minuto adormeceu a poesia...
«O devaneio adormece mas a sedução, devassa, essa eu sei que irei sentir sempre em mim como um beijo ardente...»
Abri as portas de desejo simplesmente porque tu és e serás sempre um tesão que excita a minha ousadia. E eu serei sempre a tua fêmea, no cio.

[Blog Vermelho Canalha]

Sensualidade de abóbora

Ó p'ra estas curvas!

Os pré-campeões do mundo



HenriCartoon

Frade com mecanismo peculiar

29 junho 2010

vamos levar um Arraial de Pride? vamos pois!





que tal começar por um super café Starbucks?



e irmos direitinho ao que interessa... straight to the people who are not straight !



encontrar pessoas que afinal conhecemos de outros carnavais... ARRAIAIS!



perceber que o arco íris é ABSOLUTamente fundamental e que gostamos é de cor e gente gira à nossa volta!

não tendo sido este o melhor ARRAIAL PRIDE de todos, ficam os meus parabéns para a organização e à ILGA Portugal por ter promovido uma acção de Filosofia para Crianças no Arraialito da Família.
sim, no ARRAIAL também se compram livros para crianças. o Arraial é de todos!

INÉDITO! Pela primeira vez uma foto da São Rosas na internet!

Foi o Alfredo Moreirinhas que a publicou no blog «Cabrito de Sicó». É o cromo nº 28 da colecção «Cromos do Nosso Bairro». Que honra. Até porque nem vivo naquele Bairro.


«São Rosas - a Lésbica»

T-Shirt Moda Verão 2010 - Chegaram as Vuvuzelas!

Graças à preciosa dica do Sorrisos Em Alta , via Facebook, chega-nos esta original sugestão de moda para este Verão (isto é, passe a redundância, se o Verão realmente chegar a chegar). Um toque de humor e, dizem alguns, quiçá alguma malandrice, ideal para um passeio à beira mar ou para beber um copo com os amigos numa esplanada e que promete fazer sucesso!
O lado menos bom é que o portador da t-shirt arrisca-se a passar a ser conhecido como o "Vuvuzelas".

Inevitável

Inevitável:
pensar em ti,
mesmo não querendo.

Morreste, deixaste-me perdida
e perdeste-te de mim.

Continua a ser inevitável
-apesar de-
pensar em ti.
Alegro-me: sinto-te aqui.
É bom.

Regressas e - mesmo não querendo-,
és tu, ainda
e sempre.

Uma inevitável evidência.

Poesia de Paula Raposo

Menina a abanar perna e leque

28 junho 2010

“Clitorizar”, porque aquilo que não há, tem que se inventar! Do século XXI não passa!

No princípio era o Verbo”!

O termo clítoris procede do grego antigo “kleitorís”.

Assim de forma muito sucinta, após um prolongado eclipse, o conceito é reintroduzido na medicina no século XVI, seguindo-se novo e longo período de “desaparecimento” para voltar a ser reintroduzido na medicina do século XIX, genericamente em notinhas de rodapé, a par de raciocínios nada auspiciosos ao prazer sexual, quer de mulheres, quer de homens, mas sobretudo de mulheres, até por fim, infelizmente de forma metafórica, “cair nas bocas do mundo” por ocasião da “revolução sexual feminina” das décadas de sessenta e de setenta (do século XX, claro).

Na antiguidade clássica grega (uma civilização que eu classificaria, por oposição à nossa, extraordinariamente avançada para os recursos tecnológicos disponíveis, sendo a nossa: extremamente atrasada apesar de dotada de incríveis recursos tecnológicos) a par do termo “kleitorís” coexistia o verbo derivado “kleitoriázō”, que eu, mesmo sem saber nada de grego, farei desde já equivaler a “clitorizar”.

Ei-lo, pois, renascido ao cabo de uma “caterva” de séculos! “Clitorizar”, do grego “kleitoriázō” que significa “acariciar o clítoris para produzir prazer”. Mais vale tarde do que nunca!

Caríssimos, senhoras e senhores, façam o favor de o fazer aparecer no dicionário com a maior brevidade possível!

Muito obrigada!

O amante quebrado

Antes, quando estava na luz, lamentei-me por ter sempre uma sombra. Agora, no escuro dos que não reconheceram o brilho da luz , eu sou uma sombra.


Teste vocacional


Alexandre Affonso - nadaver.com

Prato em metal com surpresa no verso