01 agosto 2010
31 julho 2010
Sem voz
Ansiedade.
Um aperto no peito
e a voz estrangulada.
Sem reacção.
Sem vontade.
É ontem ou foi hoje:
não é futuro.
O correr dos dias
e a eminente desilusão
de uma vida descolorida:
assim se faz a história
do tempo sem voz.
Poesia de Paula Raposo
Um aperto no peito
e a voz estrangulada.
Sem reacção.
Sem vontade.
É ontem ou foi hoje:
não é futuro.
O correr dos dias
e a eminente desilusão
de uma vida descolorida:
assim se faz a história
do tempo sem voz.
Poesia de Paula Raposo
30 julho 2010
Procuram-se casais para colaborar num estudo
A Sofia Refoios, amiga da nossa Vânia Beliz, está a recolher a sua amostra para um estudo de doutoramento em Salamanca. O tema é «Estilos de Vinculação, Intimidade Afectiva e Satisfação Sexual (...)».
Ela precisa de casais (de quaisquer orientações sexuais) que queiram participar preenchendo questionários (um para cada membro - ou membrana - do casal).
Ajudem a Sofia. Enviem um e-mail para sofiarefoios@yahoo.com.br e recebem por correio os dois questionários e um envelope para devolução dos mesmos.
Ela precisa de casais (de quaisquer orientações sexuais) que queiram participar preenchendo questionários (um para cada membro - ou membrana - do casal).
Ajudem a Sofia. Enviem um e-mail para sofiarefoios@yahoo.com.br e recebem por correio os dois questionários e um envelope para devolução dos mesmos.
Maria Poema
Deixa a menina das tranças falar, Maria,
é tão simples, Maria, é apenas deixar;
ouve como antes ouvias, a ventania
nunca soube nem saberá mudar;
não deixes que o peito mude
porque o cabelo agora pende.
Os seios também hão-de pender
tudo o que é corpo de nós
verás que vai começando a secar,
Maria, excepto a voz, excepto a voz
Maria, deixa a menina das tranças falar;
é tão simples, Maria, é apenas deixar.
é tão simples, Maria, é apenas deixar;
ouve como antes ouvias, a ventania
nunca soube nem saberá mudar;
não deixes que o peito mude
porque o cabelo agora pende.
Os seios também hão-de pender
tudo o que é corpo de nós
verás que vai começando a secar,
Maria, excepto a voz, excepto a voz
Maria, deixa a menina das tranças falar;
é tão simples, Maria, é apenas deixar.
29 julho 2010
Fé!...
Fruto, na minha prece, pólvora negra, a reza onde se imprime o meu opaco espaço em transe. Reflexão de nós. Inflexão na voz. Joelhos. Deitada. Joelhos. No além, onde repousa o canto. Bela. Sou, tua, virgem. Deusa. Cega. Parada. Na novena, no silêncio sentada. Impressões. Tuas. Deus?!
As Virgens horas. Fantasias. Amén...
O tempo!... O espaço!... O sonho!...
Deus frio, alma sublime e deslumbradora, concebe-te a ideia. A minha. A nossa. Incognoscível. Misticamente, nos longes. Nos impensados infintos. Nos, ânus luz. Na carne quebrada, suada, apaixonada. No meio dos espinhos. Paixão. Nas mãos postas, os monges, semeiam mil preces, desejos e buracos sobre, esta ou aquela cama.
Amo-te!... Ama!...
Rendas. Prata. Concentração, tão... tão... tão... amén!
Suspiros, sedução no meu estático prazer... Suspiremos!
Amén!...
Deus idílio, eco repetente de todos os imos da minha alma, prende-me eternamente...
(... Na ilusão cansada, que se revela imensa e misteriosamente na minha solidão)
O Meu Deus é uma Deusa!...
Eu!...
Que Se diverte. Diverte-se!... Diverte-me!...
[Blog Vermelho Canalha]
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