10 agosto 2010

Poema de amor

Às vezes gostava
de voltar aos lugares
onde me limitei a sorrir.
Outras vezes não gostava
de voltar aos lugares
onde me limitei a ser eu.

Tantas outras vezes
eu gostava de não voltar
a lugar algum
-sendo eu-,
para me poder silenciar;
e no silêncio, inventado,
escrever-te o mais belo
poema de amor.

Poesia de Paula Raposo

A mais vergonhosa impunidade



HenriCartoon

08 agosto 2010

Mas os dedos são lacaios, pavios ao teu peito, deixa rebentar estas minhas mãos...

Palavras já exaustas,
metáforas cansadas,
imagens em segunda mão;
que poderei eu dar-te?
Que poderia eu dar-te?
Numa mão só encontro nadas,
na outra só encontro vazios
e as duas sinto-as esquerdas
quando encontram os teus joelhos frios
e direitas às mesmas palavras;
palavras já exaustas
metáforas cansadas
imagens em segunda mão;
que poderei eu dar-te?
Que poderia eu dar-te?
Só tenho as mãos
dou-te as mãos, então;
só com os meus dedos vãos
que nem são como silêncios
que te sirvam para serenar;

mas os dedos são lacaios,
pavios ao teu peito, deixa rebentar
estas minhas mãos;


dou-te as mãos, então;
que poderei eu dar-te?
Que mais te poderia dar?

Beleza palpável

Video do Projecto MULHERES REAIS onde está também a nossa Paula Raposo :

Todos podemos ter super-poderes


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07 agosto 2010

Deste lugar

Deste lugar tão perto,
eu denuncio a minha presença:
o perfume; o andar sobre a relva
e o olhar profundo (traidor)
deslocando-se
quando a minha voz diz de mim,
aquilo que não pude ser.
Deste lugar tão perto,
parto para te alcançar.

Poesia de Paula Raposo

«A Mulher Portugueza»

Opúsculo de Eduardo Schwalbach Lucci com 32 páginas publicado em 1916 no Porto pela Livraria Chardron de Lelo & Irmão, Editores. Uma análise da mulher portuguesa desde a idade média, a partir de agora na minha colecção.

"Deus desce até à mulher, o homem sóbe até ella. Encontram-se no seu coração e beijam-se."

Quem te manda fazer a barba?



Peitoral


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