24 agosto 2010

"Sou totalmente a favor da mãe solteira porque
também sou frontalmente contra o pai casado."

Millôr Fernandes

Homens desesperados pedem ajuda...

Nos últimos tempos, com maior incidência desde que começou esta onda de calor que incendeia as florestas e os corpos femininos, tenho recebido múltiplas súplicas de homens desesperados, que me rogam e imploram, sobre a fórmula mágica de impedir que as mulheres nos façam sexo oral! Meus caros, é repleto de impotência que vos afirmo que não é fácil impedir que elas vão lá abaixo, mas investiguei este drama colectivo de forma a vos conseguir dar, não propriamente uma resposta, mas uma palavra amiga e solidária!
Não há uma formula mágica, mas meditando em conjunto podemos encontrar caminhos; por exemplo, parece-me pertinente evitar lavar o seu pequeno pénis, porquanto, há sempre a possibilidade de o desagradável odor afastar as bocas femininas mais tímidas: andar com ele limpo e lavadinho é meio caminho andado para ser obrigado a ir ao castigo!
Na actual e estranha conjuntura, parece-me relevante deixar crescer livremente a floresta, nunca em caso algum, ter a infeliz ideia de depilar o seu rés-do-chão: lendo Freud constata-se que a geração de fêmeas actuais é filha de homens de bigode, pelo que, desenvolveram uma psicose por cabeludos em cima rapados em baixo, não resistindo ao abocanhamento selvagem na condição sub judice!
Uma terceira condição será antecipar-se e ser o meu bom leitor a fazer o supremo sacrifício de ir passear a sua língua na vaginolância, sendo que, e isto é importante, deve esforçar-se ao máximo para realizar esta missão da pior forma possível (o que, no seu caso, requer pouco esforço e empenho): praticar o cunnilingus, também designado por mineteigus, de forma propositadamente imprópria é susceptível de o salvar da desagradável retribuição!
Ainda importante é, nos casos onde todas as tentativas forem infrutíferas e ela foi mesmo lá, manter uma atitude calma e serena, de profundo desinteresse: eu sei que na nossa imensa generosidade, somos demasiadas vezes tentados a dizer blasfémias como "ai tão bom" ou a famosa "nunca ninguém me fez tão bem como tu", mas, estas frases piedosas funcionam para elas como estranhos estímulos, pelo que, elogiar, é sempre um erro!
Por fim, deixando aos leitores aberta a possibilidade de debater o tema, deixo escrito que a melhor forma de impedir que elas nos façam o coiso oral é pedir! Porque, como sabemos, as mulheres são crianças com mamas e menstruação, pelo que é consabido que a melhor forma de impedir que façam algo é pedir para fazer...

Fala-me de amor

Fala-me de amor ao som deste mar calmo, na música não apercebida, na carícia que desejamos.
Fala-me de amor mesmo que não façam sentido as palavras levadas pela maré (elas entranham-se mesmo assim) no tacto que os dedos libertam.
Fala-me de amor como se nada fosse, sem importância - que interessa isso - se o sol diz bom dia.
Fala-me de amor a qualquer hora.

Poesia de Paula Raposo

Recolha de 1948 da revista erótica francesa «Sensations»

Uma delícia, só vos digo...






23 agosto 2010

A_corda nós

Se os olhos podem nós fechar
cegos à nossa volta
cada ponta solta um olhar.

Lanço-te em desalinha recta;
vai, tudo em ti por encontrar
nós, eu solto-te por cada ponta.

Majela - «Tickle my vagina»

Uma pérola descoberta pelo Fin:



Cantem com ela:

"I love having sex with bearded men,
I love having sex with bearded men,
They tickle, tickle my vagina; they tickle me with their beard

I love having sex with bearded men,
I love having sex with bearded men,
They tickle, tickle my vagina; they tickle me with their beard

I am the queen of vagina,
I am the queen of promiscuous
I am the queen of genita-,
Come tickle, tickle my vagina

Come have sex with my vagina,
Come have sex with my vagina
Come have sex with my vagina,
Come tickle, tickle my vagina

I got juicy vagina, juicy vagina,
Wet, wet, wet, juicy vagina
Juicy vagina, juicy vagina,
Wet, wet, wet, juicy vagina

Juicy vagina, juicy vagina,
Wet, wet, wet, juicy vagina

I am the queen of vagina,
I am the queen of promiscuous
I am the queen of genita-,
Come tickle, tickle my vagina

Come have sex with my vagina,
Come have sex with my vagina
Come have sex with my vagina,
Come tickle, tickle my vagina

I got juicy vagina, juicy vagina,
Wet, wet, wet, juicy vagina
Juicy vagina, juicy vagina,
Wet, wet, wet, juicy vagina

Juicy vagina, juicy vagina,
Wet, wet, wet, juicy vagina

I am the queen of vagina,
I am the queen of promiscuous
I am the queen of genita-,
Come tickle, tickle my vagina

Come have sex with my vagina,
Come have sex with my vagina
Come have sex with my vagina,
Come tickle, tickle my vagina

I got juicy vagina, juicy vagina,
Wet, wet, wet, juicy vagina
Juicy vagina, juicy vagina,
Wet, wet, wet, juicy vagina

Juicy vagina, juicy vagina,
Wet, wet, wet, juicy vagina
Juicy vagina, juicy vagina,
Wet, wet, wet, juicy vagina

I am the queen of vagina,
I am the queen of promiscuous
I am the queen of genita-,
Come tickle, tickle my vagina

Come have sex with my vagina,
Come have sex with my vagina

I got juicy vagina, juicy vagina,
Wet, wet, wet, juicy vagina
Juicy vagina, juicy vagina,
Wet, wet, wet, juicy vagina

Juicy vagina, juicy vagina,
Wet, wet, wet, juicy vagina
Juicy vagina, juicy vagina,
Wet, wet, wet, juicy vagina

Juicy vagina, juicy vagina,
Wet, wet, wet, juicy vagina

Bad girl! Bad girl!"

Como alguém comentou no YouTube, "trust me, after this video NOBODY wont even get close to your vagina..."

Arte erótica


Alexandre Affonso - nadaver.com

22 agosto 2010

Tradução da marioneta

Elas arrastaram-me. Não consegui lutar ou sequer espernear, eram demasiado fortes, enormes. Teria gritado, mas o que me atravessava a garganta não permitia que os gritos passassem e devolvia-os ao estômago onde ficavam a flutuar, pesados. Empurraram-me. Bati no fundo do precipício. Conheci a morte, uma, duas, três vezes. Conheci o desejo de morrer que invade um ser humano no escuro infinito, no vazio interminável. Conheci o frio, a surdez, a cegueira, o abandono, o monólogo desesperado e interminável.

Arrastaram-me novamente. Não tentei resistir. Vi um palácio. Vi um rei que amou uma rainha como um homem deve amar uma mulher. Fui um rei. Fui um rei quando lutei pelo meu castelo, quando reinei, quando senti o amor, quando vi os meus filhos, quando chorei a morte de um deles, quando enterrei a minha rainha. Vi uma rainha. Fui uma rainha quando amei um rei como uma mulher deve amar um homem. Fui uma rainha quando senti as dores de parto e embalei as dores dos meus filhos. Fui uma rainha quando enfrentei a partida do rei para lutas tremendas, inimagináveis. Fui uma rainha fiel, fui uma rainha que tomou amantes, fui uma aia e fui um trovador que amou uma rainha.

Aqueles dedos que me arrastam. Vejo as mulheres atravessadas pela noite, pelas ruas, pelo desejo alheio sem nome nem afecto. A dignidade, a humilhação, o medo, a coragem; o escuro, a luz do candeeiro; a transpiração e os seus cheiros; os mendigos, os monstros, os homens; o frio e o calor; a decisão e a indecisão; homem bom, homem mau, homem nada; ser, não ser; agora também fui aqui e também soube chamar com a sensualidade, seduzir sem desejo o desejo de quem não queria ter em mim.

Vou. Desta vez vejo o mendigo sentado no banco do jardim. Come uma maçã, restos do jantar de uma qualquer família. Cheira mal. Eu cheiro mal. Cheiro ao lixo e cheiro à fome. Tenho fome. Tenho frio. Está escuro. Não quero voltar a casa, perdi-me da minha vida antes de me perder de mim. Será que ainda tenho casa? Espero que não me encontrem.

Vou. Desta vez sou tu. Qualquer tu que me seja dado a ser. Tenho fios nas pernas, nos braços, nos dedos, no rosto, na boca; sou uma marioneta. Não me arrastam, penduram-me. Algumas vezes, cortam-me. Chamam-se palavras.

«Balões Infláveis»

Ficção de Alessandro Yamada - 2006 (14 minutos)

Marcovaldo é hipocondríaco e trabalha num sexshop. Numa de suas idas ao hospital, conhece o menino Michelino. A amizade entre eles fará com que Marcovaldo siga com sua vida.




Link directo para o filme aqui.

As boas ideias, de onde vêm?


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21 agosto 2010

Nó(s)

Não quero perder (nem desatar)
este elo que nos une
-diametralmente opostos-
e nos persegue os sonhos.
O laço manso da saudade;
a fruição desinibida de nós;
os beijos e o desejo
(im)potente de futuro.
Este é o nó difícil
que de nós se alimenta,
de nós se envolverá
e de nós se reatará, sempre:
nunca perderei de nós
o nó do laço manso da saudade.

Poesia de Paula Raposo

Cheryl Cole - «Parachute »

Enviado especial



Rapunzel


3 páginas + um epílogo
(clicar em "next page" e, na 3ª página, em "epilogue")


oglaf.com