24 dezembro 2010

Votos não, que soa a política! Desejos!

As meninas da Triumph e o Natal

O Natal é assim. Tem, entre muitas outras coisas, meninas quase nuas espalhadas pelas ruas. Não em carninha palpável, temos pena, mas em mupis nas paragens de autocarro e em outdoors de grandes dimensões que representam para a segurança rodoviária um perigo muito superior ao de conduzir de olhos vendados a 200km/h e, mais ainda, com pneus carecas.
Já no ano passado (e em anos anteriores) abordei o assunto. É difícil não o fazer. Vejamos então o que nos propõe a Triumph para este Natal (melhor dizendo, vejamos de que modo a Triumph tenta fazer-nos accionar o seguro automóvel):

Temos uma Helena Coelho em esforço. Provavelmente com uma forte dôr de pescoço. Se começo por esta é porque a acho a melhor do lote (a mulher, e a foto). Dolorosa, sim, mas a melhor.


De novo. Helena Coelho. Não sei o que pensar disto. É que se na primeira foto estamos num contexto assaz doloroso para o pescoço mas possivelmente indicador de êxtase, já nesta segunda foto a cara é do mais absoluto frete, ou até desconfiança, e isso, lamento, não é bom. Mau. Mau mau mau.


Não sou especial apreciador da Andreia Rodrigues. Desculpa Andreia, até podes ser uma porreira, e dentro daquilo que eu aprecio, o conjunto que te deram a vestir até é jeitosinho, é sóbrio (embora dispense o raio do laçarote no soutien, mas enfim, fazer o quê) e razoavelmente eficaz, mas não me convences. Ao menos, não tens a cara de frete da fotografia anterior com a Helena Coelho.

Dizem que é a Isabel Figueira. Desculpem. Mas só com muito esforço a reconheço. Concluo com a sensação de que a campanha de Natal da Triumph aterrou ao lado. Não foi bem conseguida. A linguagem corporal não é nada natural, as expressões faciais estão no mínimo esquisitas, e, se calhar, já nem vale a pena insistir em tanto vermelho só porque é Natal.

Não estou satisfeito.

na tal festividade

aqui vos deixo um Natal
quiçá rico em rabanadas
aletria e afinal
coisas boas e bem dadas

e não se entenda de fora
destas coisas outras várias
aquelas que o pudor cora
mas que são extraordinárias

façamos do mundo todo
o tudo que ao prazer cabe
limpando do mundo o lodo
mas que o amor nunca se acabe

amor por ti e por mim
e por quanto lá vier
e quem não quiser - enfim
bem se pode ir… recolher

e depois com Lennon digo:
imaginem toda a gente
num grande abraço de amigo
fazendo um mundo diferente!


E, como nos dizia o Solnado, façam todos o favor de ser felizes!

Lides domésticas






Finalmente um electrodoméstico que nenhuma mulher se importa de receber como prenda.
Instructions: After turning the dial to the required setting, press the 'on' button and climb into the saddle with your legs at the front of the machine.

Vencer os frios grandes [no Natal]

Os poetas meninos desenharam
tantas pontes nos rios
tantos ramos nas árvores
tanto azul em sal nos mares
que cercaram de fogo os frios
grandes, depois escreveram
paz na folha, assim encheram
cada peito inundado de vazios;
e no meu peito eles cresceram,
não são grandes, são maiores!
Os poetas meninos desenharam
os nossos beijos nas suas dores.

Prenda de Natal

Para colocar no sapatinho da menina e do menino.
Compra-se aqui



23 dezembro 2010

Outra sugestão de prenda.

Sugestão de prenda de Natal para o avozinho

Nunca jamais


Nunca te deixes influenciar por aquilo que te possa demonstrar num momento de desnorte, acredita que foi pouca sorte teres a desdita de te confrontares com o outro lado de amores que se querem secretos, que nem sempre se revelam discretos e podem explodir numa simples exibição de uma mera irritação com o rumo que a vida por vezes toma, a que se pode juntar a soma de pequenos focos de incêndio, aqui e além, na mente de quem possa não estar assim tão bem quanto seja seu desejo provar.
Nunca te permitas ignorar tudo o resto que se esboça quando não meto a pata na poça, leviano, e te induzo naquilo que é um engano, a descrença, quando não te privo de argumentos para a esperança, sempre que exibo outra face livre de tudo o que nas horas más me entorpece a consciência do quanto vales para mim.
Nunca aceites chegado o fim da resistência, o esgotar da paciência que talvez não faça por merecer a todo o tempo, enfatiza o encanto de que sou capaz no todo que se faz de partes tão distintas, o monstro que me pintas quando te desiludo mas também o que mostro quando tudo não me basta para ti e tento ir mais além, as coisas que faço bem e te rendem à evidência de que a tua tolerância não é investida em vão.
Nunca rejeites a voz do coração quando te verga a uma verdade talvez para ti incómoda, quando a realidade te faz sentir estúpida por cultivares tamanha paixão por um homem que por vezes se revela tão distante da forma como o consegues sentir e por vezes não consegues entender o porquê.
Nunca esqueças que para lá do que se vê existem razões inexplicáveis para as coisas aparentemente impossíveis de aceitar.
Nunca inferiorizes o amor ou a paixão perante uma simples reacção impulsiva, deixa que o instinto sobreviva ao duelo com o vilão em que se transforma a razão quando ameaça a felicidade com base numa lógica sem capacidade de entender as emoções, que se baseia em equações sem que nada se prove porque afinal a prova dos nove bate certa no teu peito acelerado que se prefere enganado nas conclusões do que privado das sensações que lhe ofereço quando aceitas as desculpas que te peço, por vezes sem emitir um som, e fechas os olhos, enfeitiçada, ao meu lado menos bom.

Há manifestações bem mais interessantes que outras...

3 de Novembro de 2010 - "Imágenes de una mujer que se paseó esta tarde por el centro de la capital catalana, desnuda y con la cara tapada por un burka, para mostrar su repulsa por la posible ejecución de la mujer iraní acusada de la muerte de su esposo."

Casalinho entretido

Estes malandrecos vieram nestes preparos do Bali até Portugal.
Agora estão na minha colecção... e não "deslargam".

Estatueta em madeira Kayu Suar (sim, sim, tive que ir ver o que era) com 30 X 10 X 19cm