Um dos termos a que achei mais piada de entre os vários que a pornografia inventou é aquele que se aplica a mulheres maduras, quarentonas e cinquentonas: MILF.
A MILF é aquela mulher com o perfil típico das fantasias teenagers, a tia do amigo, a mãe do amigo, a professora de História ou a cabeleireira do bairro, boa como o milho e com o ar experiente que tanto alicia os mais sedentos de aprendizagem.
Contudo, a MILF também é uma aposta certeira para os que não tendo tanto para aprender gostam da aplicação prática dos conhecimentos adquiridos, do intercâmbio de sabedoria que, regra geral, só uma mulher menos jovem faculta.
Mas acima de tudo a MILF é uma gaja boa e essas, como é do domínio comum, reúnem com facilidade o consenso de quem aprecia a fruta.
Neste caso não é de fruta verde que se trata. A MILF (Mother I´d Like to Fuck – em tradução ligeira pode dizer-se que é uma progenitora a quem gostaríamos de convidar para um jantar com ceia e pequeno-almoço incluídos) não é necessariamente uma mãe mas tem idade para o ser e isso implica a experiência de vida, a quilometragem que desenvolve os atributos mais chamativos desse segmento com direito a sigla própria, o que por si só diz bem da relevância do papel das MILF na indústria cinematográfica mais naturista e, acrescento eu, na vida da pessoa comum com pila.
Da MILF espera-se o equipamento de série habitual, eventualmente com as marcas do desgaste que o tempo provoca no material circulante (embora a analogia com o sector automóvel seja desmentida, por exemplo, pelo facto de na MILF preferirmos os pneus carecas), marcas essas que são rapidamente descartadas em face da desenvoltura com que a MILF tradicional ataca o problema.
E não há problema algum quando tudo se simplifica por via do saber de experiência feito que uma MILF, por norma, ostenta. Ela sabe o que quer, como quer, quando quer.
E quer imenso, o que a torna num dos alvos mais apetecíveis para quem acima de tudo pretende um desempenho fora do alcance das TEENs (que abordarei noutra ocasião, mas adianto tratar-se de uma designação um bocado chunga e a roçar o pedófilo para as jovens adultas com mais pinta de pitinhas).