31 agosto 2011
Patrícia Mamona desclassificada
A desilusão provocada pela desqualificação desta atleta sobe exponencialmente em função do aumento exagerado das naturais expectativas que são criadas por uma pessoa com tal nome.
Sentença
Lamento
mas faz tempo que já sei
tu nunca hás-de beijar o meu ombro
tu nunca hás-de afagar o meu cabelo
Porque, esse dia em que o fizesses, ao chegar
significaria que este meu amor que tenho
aqui, agora
este que me beija o ombro
este que me afaga o cabelo
já aqui não estaria
e, se esse dia chegasse,
eu não quereria existir
e, se por alguma tragédia medonha, macabra,
se por algum castigo impiedoso dos Deuses
eu continuasse a existir
ainda assim
não permitiria que mais ninguém
afagasse o meu cabelo
beijasse o meu ombro
não permitiria
que algum dia espantassem
o que sobra dele, do meu amor,
ainda que tudo o que sobre
de um amor eterno
seja a mais triste solidão.
Por isso, nunca mais me digas
que, um dia, ainda hás-de beijar o meu ombro
nunca mais me digas
que, um dia, ainda hás-de afagar o meu cabelo
porque eu ouço as tuas palavras doces
como a mais terrível, a mais cruel sentença,
o mais horrível destino
que alguém me poderia desejar.
mas faz tempo que já sei
tu nunca hás-de beijar o meu ombro
tu nunca hás-de afagar o meu cabelo
Porque, esse dia em que o fizesses, ao chegar
significaria que este meu amor que tenho
aqui, agora
este que me beija o ombro
este que me afaga o cabelo
já aqui não estaria
e, se esse dia chegasse,
eu não quereria existir
e, se por alguma tragédia medonha, macabra,
se por algum castigo impiedoso dos Deuses
eu continuasse a existir
ainda assim
não permitiria que mais ninguém
afagasse o meu cabelo
beijasse o meu ombro
não permitiria
que algum dia espantassem
o que sobra dele, do meu amor,
ainda que tudo o que sobre
de um amor eterno
seja a mais triste solidão.
Por isso, nunca mais me digas
que, um dia, ainda hás-de beijar o meu ombro
nunca mais me digas
que, um dia, ainda hás-de afagar o meu cabelo
porque eu ouço as tuas palavras doces
como a mais terrível, a mais cruel sentença,
o mais horrível destino
que alguém me poderia desejar.
30 agosto 2011
Premonition
Que mais quero?
Que mais posso querer:
amar o teu amor
que da tua boca
me transcende.
Que mais quero?
Um delírio
e um sentimento
apaixonado;
eu quero-te.
Quanto mais te quero,
mais te perco
nas rotas indefiníveis
de tantos caminhos
por traçar.
Poesia de Paula Raposo
29 agosto 2011
28 agosto 2011
Tradução da Lua (II)
Eu gosto da lua
que se esconde atrás dos prédios.
Eu gosto da lua
que se esconde atrás das árvores.
Eu gosto da lua
que é uma mulher da rua
na esquina espera e enrola
os caracóis nos dedos.
Eu tenho uma lua
que se esconde atrás do peito.
De vez em quando ouço-a cantar.
Quando canta um dó chama-se angústia.
que se esconde atrás dos prédios.
Eu gosto da lua
que se esconde atrás das árvores.
Eu gosto da lua
que é uma mulher da rua
na esquina espera e enrola
os caracóis nos dedos.
Eu tenho uma lua
que se esconde atrás do peito.
De vez em quando ouço-a cantar.
Quando canta um dó chama-se angústia.
Subscrever:
Mensagens (Atom)