02 setembro 2011
Série canadiana da TV5 sobre a sexualidade nos diferentes países
São 493 minutos em 19 videos (em francês) excepcionais.
Não demorem a ir lá, porque daqui a algumas semanas deixam de estar disponíveis.
Não demorem a ir lá, porque daqui a algumas semanas deixam de estar disponíveis.
01 setembro 2011
Sinfonia (in)completa
A tua mão passeia-se no meu corpo
enquanto a minha pele pede que lhe escrevas
poemas com a tua boca
uma pintura de Klimt no planalto dum seio
um nocturno de Chopin no declive do dorso
um intermezo molto lento na ogiva das minhas coxas
ensaio um adágio num ritmo frenético
e leio-te a pauta numa progressão harmónica
onde importam mais os acordes
do que a fórmula do compasso
marcas o ritmo com uma clave
e suplicas um interlúdio...
ensaio uma tocata e fuga
breve, semibreve, alternando confusa e semifusa
retomamos a sinfonia
que culmina num opus ensemble
enquanto a minha pele pede que lhe escrevas
poemas com a tua boca
uma pintura de Klimt no planalto dum seio
um nocturno de Chopin no declive do dorso
um intermezo molto lento na ogiva das minhas coxas
ensaio um adágio num ritmo frenético
e leio-te a pauta numa progressão harmónica
onde importam mais os acordes
do que a fórmula do compasso
marcas o ritmo com uma clave
e suplicas um interlúdio...
ensaio uma tocata e fuga
breve, semibreve, alternando confusa e semifusa
retomamos a sinfonia
que culmina num opus ensemble
«Insubmissa» - o novo livro da nossa Paula Raposo
«Insubmissa - o lado errado numa linha imaginária - poesia de final do Verão entre romãs e açucenas»... é o título (com subtítulo e subsubtítulo que até nos obriga a respirar a meio) do sexto livro da Paula Raposo, a menina que sempre achou que não escreve poesia erótica... e aqui n'a funda São já vai em mais de 200 (sim, duzentos) poemas publicados.
A vertente masoquista da Paulita levou-a a convidar-me para escrever o prefácio deste livro, publicado agora de fresco pela Chiado Editora, na colecção «Prazeres Poéticos». Lá fiz o que pude (muito pouco, mas com muita boa vontade). Para vos açuçar o apetite (ou tirá-lo, sabe-se lá), deixo-vos aqui alguns excertos desse meu prefácio:
" (...) – Os meus poemas, eróticos?! Para mim, nada daquilo tem erotismo algum... – responde-me sempre ela. Mesmo depois de o Luís Gaspar lhe dedicar um dos programas da sua Poesia Erótica. Ai, não?! "Imprevisível, apeteces-me / e nesse apetite (voraz) / deixo sempre um pouco de mim" («Amarrotada») e "das palmas das mãos / saem as palavras / mais belas" («Sexo»).
Nem preciso de fazer eu a introdução que esta Mulher Real, quase "transparente", encarrega-se disso: "Trago-te comigo / lança cravada fundo" («Dias»), "reviramos / o desejo na volta / de uma serra" («Feliz») e "quero (...) / que me dedilhes / incessante / todos os poros / que se abrem às tuas mãos" («Amor Que Faço»).
Sempre vi na poesia da Paula um erotismo melancólico, claramente biográfico. E aqui aparece também, em cada esquina entre versos: "a memória e o sonho / imortais de um desejo" («As Vidas»)... "deixarei o meu cheiro: / reconhecerás o caminho" («Barro»)...
(...)"
O livro pode ser encomendado à autora para o seu e-mail: mapaularaposo@gmail.com. O custo é de € 10 + portes.
Situações constrangedoras
Acontecem com todo mundo, às vezes.
Não se pode nem fazer putarias necrófilas sem ser julgado.
Capinaremos.com
Não se pode nem fazer putarias necrófilas sem ser julgado.
Capinaremos.com
31 agosto 2011
Patrícia Mamona desclassificada
A desilusão provocada pela desqualificação desta atleta sobe exponencialmente em função do aumento exagerado das naturais expectativas que são criadas por uma pessoa com tal nome.
Sentença
Lamento
mas faz tempo que já sei
tu nunca hás-de beijar o meu ombro
tu nunca hás-de afagar o meu cabelo
Porque, esse dia em que o fizesses, ao chegar
significaria que este meu amor que tenho
aqui, agora
este que me beija o ombro
este que me afaga o cabelo
já aqui não estaria
e, se esse dia chegasse,
eu não quereria existir
e, se por alguma tragédia medonha, macabra,
se por algum castigo impiedoso dos Deuses
eu continuasse a existir
ainda assim
não permitiria que mais ninguém
afagasse o meu cabelo
beijasse o meu ombro
não permitiria
que algum dia espantassem
o que sobra dele, do meu amor,
ainda que tudo o que sobre
de um amor eterno
seja a mais triste solidão.
Por isso, nunca mais me digas
que, um dia, ainda hás-de beijar o meu ombro
nunca mais me digas
que, um dia, ainda hás-de afagar o meu cabelo
porque eu ouço as tuas palavras doces
como a mais terrível, a mais cruel sentença,
o mais horrível destino
que alguém me poderia desejar.
mas faz tempo que já sei
tu nunca hás-de beijar o meu ombro
tu nunca hás-de afagar o meu cabelo
Porque, esse dia em que o fizesses, ao chegar
significaria que este meu amor que tenho
aqui, agora
este que me beija o ombro
este que me afaga o cabelo
já aqui não estaria
e, se esse dia chegasse,
eu não quereria existir
e, se por alguma tragédia medonha, macabra,
se por algum castigo impiedoso dos Deuses
eu continuasse a existir
ainda assim
não permitiria que mais ninguém
afagasse o meu cabelo
beijasse o meu ombro
não permitiria
que algum dia espantassem
o que sobra dele, do meu amor,
ainda que tudo o que sobre
de um amor eterno
seja a mais triste solidão.
Por isso, nunca mais me digas
que, um dia, ainda hás-de beijar o meu ombro
nunca mais me digas
que, um dia, ainda hás-de afagar o meu cabelo
porque eu ouço as tuas palavras doces
como a mais terrível, a mais cruel sentença,
o mais horrível destino
que alguém me poderia desejar.
30 agosto 2011
Premonition
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