03 setembro 2011

02 setembro 2011

01 setembro 2011

Sinfonia (in)completa


A tua mão passeia-se no meu corpo
enquanto a minha pele pede que lhe escrevas
poemas com a tua boca
uma pintura de Klimt no planalto dum seio
um nocturno de Chopin no declive do dorso
um intermezo molto lento na ogiva das minhas coxas
ensaio um adágio num ritmo frenético
e leio-te a pauta numa progressão harmónica
onde importam mais os acordes
do que a fórmula do compasso
marcas o ritmo com uma clave
e suplicas um interlúdio...
ensaio uma tocata e fuga
breve, semibreve, alternando confusa e semifusa
retomamos a sinfonia
que culmina num opus ensemble

«Insubmissa» - o novo livro da nossa Paula Raposo


«Insubmissa - o lado errado numa linha imaginária - poesia de final do Verão entre romãs e açucenas»... é o título (com subtítulo e subsubtítulo que até nos obriga a respirar a meio) do sexto livro da Paula Raposo, a menina que sempre achou que não escreve poesia erótica... e aqui n'a funda São já vai em mais de 200 (sim, duzentos) poemas publicados.
A vertente masoquista da Paulita levou-a a convidar-me para escrever o prefácio deste livro, publicado agora de fresco pela Chiado Editora, na colecção «Prazeres Poéticos». Lá fiz o que pude (muito pouco, mas com muita boa vontade). Para vos açuçar o apetite (ou tirá-lo, sabe-se lá), deixo-vos aqui alguns excertos desse meu prefácio:
" (...) – Os meus poemas, eróticos?! Para mim, nada daquilo tem erotismo algum... – responde-me sempre ela. Mesmo depois de o Luís Gaspar lhe dedicar um dos programas da sua Poesia Erótica. Ai, não?! "Imprevisível, apeteces-me / e nesse apetite (voraz) / deixo sempre um pouco de mim" («Amarrotada») e "das palmas das mãos / saem as palavras / mais belas" («Sexo»).
Nem preciso de fazer eu a introdução que esta Mulher Real, quase "transparente", encarrega-se disso: "Trago-te comigo / lança cravada fundo" («Dias»), "reviramos / o desejo na volta / de uma serra" («Feliz») e "quero (...) / que me dedilhes / incessante / todos os poros / que se abrem às tuas mãos" («Amor Que Faço»).
Sempre vi na poesia da Paula um erotismo melancólico, claramente biográfico. E aqui aparece também, em cada esquina entre versos: "a memória e o sonho / imortais de um desejo" («As Vidas»)... "deixarei o meu cheiro: / reconhecerás o caminho" («Barro»)...
(...)"

O livro pode ser encomendado à autora para o seu e-mail: mapaularaposo@gmail.com. O custo é de € 10 + portes.

Situações constrangedoras

Acontecem com todo mundo, às vezes.




Não se pode nem fazer putarias necrófilas sem ser julgado.

Capinaremos.com

Já não há príncipes como antigamente


Crica para veres toda a história
Príncipe Rodgar


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31 agosto 2011