le blog d'Évelyne Louvre-Blondeau
19 setembro 2011
18 setembro 2011
A prostituta azul (XVIII) - O meu homem
Pensei que nem só esta rua me conhecia.
E que procurei eu nos teus braços?
Uma árvore, um caminho, uma estrada?
Pensei que nem só esta rua me conhecia
troquei-me por um mapa dos teus passos
e uma esquina tua vendeu-me: sou nada!
E que procurei eu nos teus braços?
Uma árvore, um caminho, uma estrada?
Pensei que nem só esta rua me conhecia
troquei-me por um mapa dos teus passos
e uma esquina tua vendeu-me: sou nada!
«Casamento desfeito» - por Rui Felício
Conheceram-se na escola, onde todos, desde professores a alunos, os tinham em alta consideração e a quem recorriam frequentemente, pedindo-lhes esclarecimentos, conselhos, opiniões.
A proximidade das suas vidas era visível, ninguém dela duvidava, muito menos a questionava.
Ele sentia-se limitado sem o bom senso dela, sem a organização e o método que ela punha em tudo.
E ela achava que o feitio organizado e meticuloso que a caracterizava, de nada lhe serviria sem o apoio dele, sem os seus conhecimentos quase enciclopédicos.
Palmilharam a estrada da vida, completando-se, estabelecendo laços fortes, aparentemente indestrutíveis.
Casaram...
Foi o mal que fizeram!
Na intimidade da relação formal estabelecida, começaram a descobrir os defeitos um do outro. Discutem por tudo e por nada, o casamento caminha irreversivelmente para o seu fim.
Ela acusa-o de diariamente acumular conhecimentos novos, sendo incapaz depois de os concatenar, de os organizar. Acusa-o de simplesmente papaguear o que sabe, sem qualquer nexo racional, sem cuidar de organizar os conhecimentos pela natureza dos conteúdos, mas apenas pela forma.
E ele, irritado, em altos berros, contrapõe-lhe que ela, com o seu obsessivo e cada vez mais complicado enunciar de regras organizativas, acaba por lhe cortar a liberdade de pensamento e de memória.
Ontem, depois de mais uma violenta discussão, a Gramática comunicou ao seu companheiro Dicionário, que iria pedir o divórcio.
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
17 setembro 2011
Ardente
Fálico e ardente
o desejo toma conta de mim;
a manhã está calma,
tu ainda dormes
e eu sei despertar-te
como gostas:
toco-te, chupo-te, mordisco-te
o pescoço...
Acordas - então - em mim,
aí mesmo onde sempre
deverás estar.
Poesia de Paula Raposo
Oráculo de Eros
32 cartas que sumarizam as passagens e passos fundamentais de uma relação erótica, divididas em 4 grupos: 6 cartas de Prelúdio, 10 de Acções eróticas, 10 de Emoções eróticas e 6 de Epílogo.
As instruções deste jogo divinatório, das edições «Lo Scarabeo», não indicam o autor das ilustrações mas deviam, pois são 32 obras de arte.
A partir de agora, está juntinho a todos os outros jogos de cartas da minha colecção.
As instruções deste jogo divinatório, das edições «Lo Scarabeo», não indicam o autor das ilustrações mas deviam, pois são 32 obras de arte.
A partir de agora, está juntinho a todos os outros jogos de cartas da minha colecção.
16 setembro 2011
Hoje o "G" do Google está muito malandreco
E, como a cultura é uma coisa muito linda, fiquei a saber que se trata de uma homenagem a Albert Szent-Gyorgyi, cientista húngaro e naturalizado norte-americano que, entre outras descobertas, recebeu o Prêmio de Fisiologia e Medicina de 1973 após descobrir e documentar a vitamina C como catalisador.
«Pour dire entre hommes» (para dizer entre homens) - livro de Octave Pradels dos finais do séc. XIX
Um livro interessantíssimo, com 240 páginas com diversos contos de humor e eróticos em verso, praticamente todos ilustrados, por Kauffmann.
Mais uma pérola na minha colecção.
Mais uma pérola na minha colecção.
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