21 setembro 2011

Ciclos

Sempre tive jeito para os homens. Das outras.
Não me perguntem porquê. Seja como for, esta faceta da minha personalidade é algo que escandaliza as minhas amigas casadas e causa admiração nas solteiras. Sinto-me bem neste papel – não falo do empréstimo da casa, do arranjo do automóvel, do custo da escolinha do Afonso. Em vez disso, falo de experimentar o novo restaurante Japonês ou de sítios a visitar durante a minha próxima viagem de trabalho.

Mas nem tudo são rosas nesta minha vida. Os jantares em locais remotos ou, quando à vista de toda a gente, sob pretensão de jantar de negócios ou amigos, sem aquele roçar indiscreto de perna na coxa; acabando depois com um adeus prematuro para ele não se enfiar despropositadamente tarde entre os lençóis da Legítima. Às vezes canso-me destas peripécias e tenho vontade de ter algo diferente – mas apenas temporariamente.

Há pouco tempo aconteceu-me uma incrível – conheci alguém, quase por acaso, e a conversa animou-se imediatamente. Em dois dedos, parecia que nos conhecíamos há dois anos. Ele convidou-me para jantar e eu aceitei antes sequer que ele tivesse acabado de formular o convite. Durante o jantar, a conversa fluiu como o vinho, enquanto a comida permanecia quase intocada. Depois disso uma saída, um pé de dança, mais conversa, mais bebidas, uns beijos trocados. Quando o táxi me deixou à porta de casa, “Convidas-me para subir?”, “hoje não, bebi demasiado e já não estou própria para consumo, fica para a próxima”.

A próxima foi poucos dias depois. Convidei-o eu para jantar na minha casa. Jantamos na varanda do meu 3º andar, virada para o mar e o luar numa noite quente. Mais uma vez, o vinho e a conversa fluíram enquanto a comida ficou nos pratos. Falamos de tudo e mais alguma coisa, quando ele diz “por falar em adultério (…)” sem pensar duas vezes, levantei-me e empurrei-o da varanda, atirando também a cadeira onde ele estava sentado, as duas garrafas de vinho vazias, o frapê e os pratos ainda com a comida, enquanto gritava com toda a minha força “não voltes a fazer uma coisa destas!”

Não, não foi assim. Mas por meio segundo foi o que me apeteceu fazer. No entanto, contive-me e disse-lhe “óptimo. Assim não me dás dores de cabeça."

Fruta 10 - Marmelo com capuz

Photobucket

[Foto: netotal, 2011, Ângelo Rodrigues]

Campanha irlandesa em defesa da prostituição

Um movimento de prostitutas irlandesas está a fazer uma campanha para combater preconceitos em relação à profissão.
Na sua campanha mostram pessoas que descrevem actividades quotidianas com a frase comum "I choose the job that suits my needs" (eu escolho o trabalho que satisfaz as minhas necessidades).




Como explicam na página do movimento «Turn Off the Blue Light», a ideia é apresentar uma versão mais equilibrada e realista da profissão, sem vitimizar homens e mulheres que optam pela atividade, em resposta a uma campanha intitulada «Turn Off the Red Light», que pedia a criminalização para acabar com o tráfico de mulheres no país.
Este movimento critica as abordagens negativas: "Isso diminui a autoconfiança das profissionais, encoraja o ódio à indústria do sexo e, o que é mais sério, passa a mensagem para o público de que os e as profissionais do sexo estão ali para serem abusados".
No outro extremo está a imagem da "prostituta feliz", mostrando a profissão como uma forma glamourosa de ganhar muito dinheiro: "Esta não é a experiência vivida pela grande maioria dos profissionais da área".

Mamilos grandes são mais polémicos

E são uma ótima companhia.



Nojo desses mamilos.

Capinaremos.com

O amor e o facebook



HenriCartoon

20 setembro 2011

Tu: poesia erótica

Eu não sei escrever-te poesia erótica
mas é tua e exigente a pele que me cerca
o corpo e me toca
muito aqui dentro
e salto e largo-me e rendo-me e entro
pelo meio de ti até ao meu próprio centro
sim, embora tudo de mim me perca
é em ti que me sei e encontro
quando não sei escrever-te poesia erótica.

Ricardo Esteves - O LOL

Lambuzar

Tranco-te as ancas
com um golpe meu
sem explicação.
Cerro-te os pulsos
e uso e abuso de ti;
mordiscas-me o pescoço
e os mamilos
e deixas que o dia
escorregue,
quando a luz
me lambuza...

Poesia de Paula Raposo

Piroca magnética

É totalmente anti-natura, pois só se agarra a coisas metálicas... nomeadamente frigoríficos.
Apanhei-a na Praia da Rocha... para a minha colecção.

O sobe & desce



HenriCartoon