27 setembro 2011
Foi assim
O mar pintou de azul
o teu corpo moreno e nu;
o silêncio bastou
na tua entrega,
vertente inesperada;
lembrei-me de te olhar
e, no vão da varanda
o quarto estava na sombra.
Masturbavas-te.
Poesia de Paula Raposo
Com todo o orgulho, aqui está o primeiro video de apresentação da minha colecção
Estou toda molhadinha...
Muito obrigada, Miss Joana Well, Luís Gaspar, Joana Moura e Bill Evans!
E já está na forja mais um video com outro poema da Miss Joana Well. De seguida, haverá mais dois videos, com um texto e um poema do Jorge Castro (OrCa).
«Caminhantes no vale da sedução» - a funda São from São Rosas on Vimeo.
Muito obrigada, Miss Joana Well, Luís Gaspar, Joana Moura e Bill Evans!
E já está na forja mais um video com outro poema da Miss Joana Well. De seguida, haverá mais dois videos, com um texto e um poema do Jorge Castro (OrCa).
«Caminhantes no vale da sedução» - a funda São from São Rosas on Vimeo.
26 setembro 2011
Poesia de Casimiro de Brito na voz d'ouro de Luís Gaspar
O nosso amigo Luís Gaspar, do estúdio Raposa, volta a mimar-nos com Poesia Erótica, desta vez (a terceira) do também nosso amigo Casimiro de Brito:
nº 51 da Poesia Erótica do Estúdio Raposa
Denorex 80 (a banda mais sacana da cidade) - «Ereção»
Lembram-se da música «Oração» (tão repetitiva, coitadinha) da «Banda mais bonita da cidade», grupo brasileiro?
O grupo DENOREX 80 recriou-a como sátira erótica.
"Meu amor, essa é a última ereção
P'ra salvar a relação
Ereção não é tão simples quanto pensa
Haja sangue p'ra bombar essa cabeça
Ah, meu Deus, que dor
Cabem «duas bola inteira»
Cabe até uma torradeira [furadeira / betoneira / escavadeira / geladeira / etc.]
Só dói depois"
O grupo DENOREX 80 recriou-a como sátira erótica.
"Meu amor, essa é a última ereção
P'ra salvar a relação
Ereção não é tão simples quanto pensa
Haja sangue p'ra bombar essa cabeça
Ah, meu Deus, que dor
Cabem «duas bola inteira»
Cabe até uma torradeira [furadeira / betoneira / escavadeira / geladeira / etc.]
Só dói depois"
25 setembro 2011
Tradução do meu olhar
Está intacto, o vocabulário do meu peito.
Nenhuma palavra me abandonou,
nem a palavra que eu matei,
nem a palavra que estrangulei,
nem a palavra que deixei, órfã, no refúgio do coração.
Se, por vezes, o meu olhar te parece estranho
é porque o olhar são as mãos dos olhos
e, atrás deles, escondem-se essas palavras,
então, eu estarei a tocar o nosso mundo
com esses dedos, dedos que fervem
porque o silêncio ferveu tudo o que eu não disse
até à ebulição, e transbordou-me para o teu colo.
Nenhuma palavra me abandonou,
nem a palavra que eu matei,
nem a palavra que estrangulei,
nem a palavra que deixei, órfã, no refúgio do coração.
Se, por vezes, o meu olhar te parece estranho
é porque o olhar são as mãos dos olhos
e, atrás deles, escondem-se essas palavras,
então, eu estarei a tocar o nosso mundo
com esses dedos, dedos que fervem
porque o silêncio ferveu tudo o que eu não disse
até à ebulição, e transbordou-me para o teu colo.
Para onde as mulheres olham num homem
Experiência feita com quatro câmaras colocadas em... pontos estratégicos:
«Zé Feijão» - por Rui Felício
Criava porcos numa pequena courela que tinha ao pé da Quinta das Flores.
Levantava-se da enxerga onde dormia, no seu casebre de madeira, antes do sol despontar, ia despejando a lavagem dos baldes para dentro das pocilgas, e ficava a olhar os focinhos cor de rosa a chafurdar nos restos da comida que no dia anterior tinha andado a recolher nalguns restaurantes do Calhabé.
Ao fim da manhã, ao chamamento dos grunhidos dos animais, acorria a dar-lhes umas mãos cheias de farinha e enchia de água os bebedouros de pedra. Ao entardecer dava-lhes couves e mais restos de comida. Depois ia fazer a ronda pelos restaurantes para a recolha das lavagens.
Regressava já de noite ajoujado ao peso de duas grandes latas cheias de comida que equilibrava penduradas nas pontas de um grosso cajado que enganchava nos braços e assentava nas espáduas.
Certa noite, desabafou com o dono do restaurante Marbran, à Fonte da Cheira, queixando-se da sua vida rotineira, sem perspectivas, sem alegrias.
- Casa-te! Precisas de te casar, homem...
- Com quem?!, perguntou admirado o Zé Feijão...
- Ora, com quem. Com uma mulher, é claro!
- Homessa! Nenhuma me há-de querer...
- Tens que fazer por isso. Elas não vêm ter contigo, ora essa!
A partir desse dia o Zé Feijão começou a olhar para as raparigas das vizinhanças. Uma a seguir a outra iam recusando os seus pedidos de casamento. Riam-se da sua fealdade, chegavam a humilhá-lo com dichotes.
- Cheiras mal, diziam-lhe por entre gargalhadas sardónicas.
Não houve mulher nova, velha, feia, bonita, gorda ou magra que acedesse aos seus intentos.
Descoroçoado, cabisbaixo, no domingo da inauguração da nova Igreja de S. José, foi assistir à grande cerimónia.
Não se conteve quando viu aquele deslumbrante vestido vermelho a adejar na igreja, por entre a multidão de olhares que nele se concentravam.
Encheu-se de coragem e assomou à coxia:
- Quer casar comigo? Tenho um terreno na Quinta das Flores e crio porcos!
- Como posso eu casar contigo? Sou Bispo, fiz voto de celibatário...
Rui Felicio
Blog Encontro de Gerações
24 setembro 2011
Teste - Qual é o sexo do teu cérebro?
"As diferenças no corpo de homens e mulheres estão além da aparência e dos órgãos sexuais. A ciência detectou que até o cérebro apresenta características femininas ou masculinas. Essa diferença neurológica gera diferenças de comportamentos, sentimentos e modos de pensar entre homens e mulheres".
A revista brasileira Época disponibiliza este teste:
A revista brasileira Época disponibiliza este teste:
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