23 outubro 2011

«Lisboa by night» - por Rui Felício


Há muitos anos que o Paulo não passeava pela Av. da Liberdade à noite. Alguns amigos assustavam-no dizendo-lhe que era perigoso andar por ali fora de horas. Não era como antigamente. Ladrões, chulos mal encarados, prostitutas asquerosas de faca na liga...
Mas naquela noite de sexta-feira aventurou-se. Deixou o carro no Marquês de Pombal e começou a descer a avenida.
Afinal os seus amigos exageravam. Aquela mulher de ancas bamboleantes, decote generoso e sorriso fatal que passeava perto do Tivoli era um espanto! Elegante, bonita, na flor da idade, lábios carnudos, dentes faiscantes de um branco brilhante, nem parecia prostituta. Mas era!
- Olá querido, queres passar um bocado de sonho?, atirou ela numa voz melodiosa, bem timbrada, abrindo a blusa, provocadora...
O Paulo, desabituado daquelas andanças, perguntou-lhe como é que era. E os preços...
- Uma punheta são 100 euros, amor!
- 100 euros?! Isso é um exagero!
- Olha! estás a ver aquele restaurante ali e mais abaixo aquela loja de moda? São minhas e comprei-as com o dinheiro das punhetas que faço.
O Paulo coçou a cabeça, e pensou que para ela ter comprado aqueles dois estabelecimentos de luxo a fazer punhetas a 100 euros é porque era especialista.
Foram ambos para um o esconso da entrada de um prédio da Alexandre Herculano.
- Benditos 100 euros, cogitou ele. Valeu a pena! Nunca nenhuma mulher lhe tinha dado tanto prazer.
- E broche? quanto levas?
- 500 euros disse ela. Estás a ver ali aquele cinema do outro lado da avenida? É meu, comprei-o com o dinheiro ganho a fazer broches.
- O Paulo já nem duvidava. Foi ao multibanco, levantou dinheiro de vários cartões e reuniu os 500 euros que ela arrecadou debaixo do vestido.
- Que broche monumental, gemia o Paulo! Esta gaja é fenomenal!
Doido, completamente fora de si de tanto prazer que ela lhe dava, perguntou-lhe:
- E a cona? quanto levas para me dares a cona? Nem que eu tenha que amanhã ir levantar o depósito a prazo para te pagar! 5.000, 6.000? Quanto?
Ela apontou para o Hotel Meridien perto do Parque Eduardo VII, e para o Ritz, mesmo ao lado.
- Estás a ver aqueles dois hotéis, os melhores de Lisboa?
- Já sei, disse o Paulo, és a dona deles. Compraste-os com o dinheiro ganho a dar a cona...
- Não meu querido! Poderia ser a dona deles se tivesse cona...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações

A cultura é uma coisa muito linda (parte 1)

crica para visitares a página John & John de d!o

21 outubro 2011

Fruta 22 - Sinfonia de frutas

Photobucket

Postalinho da empresa

Os meus colegas estão sempre a dizer que tenho uma grande tara.
Mas eles é que me trazem de vez em quando algumas coisas que revelam que são bem mais tarados do que eu.
Há dias mostraram-me o jornal «o Jogo» com esta foto da penúltima página. Queriam que eu lhes dissesse o que havia ali de estranho.
- Nada - disse eu.
Pois, pelos vistos só eu é que não via nada, porque toda a gente a quem mostrei aquela página me disse o mesmo.
Vejam e digam de vossa justiça:



O detalhe que causou burburinho

Como te sentires sensual quando estás com o período

Ou seja, a menstruação pode ser uma janela de oportunidades.

Photoshop é o poder

Pode sacanear todo mundo.



Ficou perfeito!

Capinaremos.com

20 outubro 2011

Ricardo Esteves - Volvo Romero (Testado ao Limite)

Também achas, como eu, que mudar a hora duas vezes por ano não é nada erótico?

No próximo dia 30 de Outubro, vira o disco e toca o mesmo.
Já são 206 os peticionários para que se acabe em Portugal com esta brincadeira nada erótica.
Sabias que qualquer petição subscrita por um mínimo de 1.000 cidadãos é, obrigatoriamente, publicada no Diário da Assembleia e, se for subscrita por mais de 4000 cidadãos, é apreciada em Plenário da Assembleia?
Se já assinaste, divulga a petição.

Consulta e assina a petição
Petição «não à mudança de hora»

Bilhetes postais com desenhos e quadras de Vilhena

Lembram-se de eu ter aqui dito, em 17 de Maio de 2010, que a Teresa Bizarro me falou de uns postais seus do mestre José Vilhena? E que tentei "trazê-los" para a minha colecção, mas ela deu-me tampa? "Acredito que gostasses dos postais... mas eu também! Enquanto eu não me fartar deles, contenta-te com as cópias..." - disse-me ela.

Pois agora a Teresa Bizarro fez-me chegar por mão bem amiga um envelope com cinco prendas, valiosíssimas pelo que são e pelo que significam por ela se desfazer de algo que guardava com tanto carinho. Não há troika que consiga cortar amizades assim... ou cobrar-lhes imposto.
E só espero que todos possamos ver, um dia destes, tudo isto num espaço de exposição da minha colecção.


(crica nas imagens para as aumentar)






Estes postais são das Edições Branco e Negro (sem data mas eu diria que são dos anos 70).