10 janeiro 2012

Assim se vai enriquecendo (e aquecendo, no caso) uma colecção de arte erótica

Recebi um e-mail há poucas semanas com um ficheiro PowerPoint. Não costumo abrir este tipo de ficheiros mas o tema deste despertou-me a curiosidade. Era sobre roupa de inverno... e pelo meio apareciam lá estes calções em lã:


Pois a minha amiga Celestita Rafael (não confundir com Rafael, que é o marido dela) pôs agulhas à obra e na passagem de ano tive esta prendinha maravilhosa para a minha colecção:


Como diz o povo, "às pilinhas que têm amigos nem arrefecem os umbigos".
E o ejamart odeu-nos: "A propósito desta obra prima de tricô, aqui vai a minha modesta homenagem:

Tricota-me uma calcinha
de lã, que seja quentinha,
com uma bolsa avantajada,
para sempre ter aprontada
aquela parte que é minha,
e que quando está sozinha
sente um frio de estremecer
e só lhe dá para encolher
se não tem nenhum carinho.
Nem que seja com um dedinho
de outra mão que não a minha
começa logo a crescer
e do frio a renascer.
Penso logo em coisa quente
e peço de modo urgente
àquela mão que está ali:
Pões-me a fazer chichi?"

09 janeiro 2012

«conversa 1868» - bagaço amarelo

Ela - O que é tu gostavas mesmo que acontecesse em 2012?
Eu - Acho que gostava de assistir a uma mudança política para a esquerda que pusesse um fim definitivo à pobreza e à miséria. E tu?
Ela - Bem... com essa resposta até perdi a vontade de dizer...
Eu - Vá lá, diz lá...
Ela - Eu estava a pensar que gostava que me crescessem as mamas um bocadinho.

bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Documentário sobre a prostituição em Cuba



Comentário do ejamart que, no espírito deste blog, também defende causas:
"Às vezes dá-me para escrever mais a sério. Não sei (não consegui entender com atenção), qual foi o espirito do responsável pela reportagem, se foi de âmbito sóciólogico-político, e de denúncia de uma situação de degradação económica, ou mais de "voyeur" e já agora aproveitar o que podia das oportunidades surgidas.
Todos sabemos que há prostituições e prostituições, mas aquelas são nitidamente do género estritamente económico e de subsistência, e com uma camada de oportunistas e chulos em órbita que só vêm contribuir para desgastar ainda mais a imagem do "socialismo" cubano e da sua falência.
Parafraseando a São Rosas, eu não consigo "entusiasmar-me" a olhar para aquelas apresentações de mamas e cus de umas miúdas, jovens mães, que o fazem só para dar de comer aos filhos (segundo dizem...). Acho aquilo verdadeiramente pornográfico, e nada erótico..."
O Charlie também comenta:
"Pois eu, que conheci Cuba ainda no tempo do Fulgêncio Baptista, (sim, que já sou muito vivido, eufemismo para velho) e que a conheço agora devo dizer em abono da verdade que, para o peditório da qualificação ou desqualificação em torno de opções políticas, já dei!
É abusivo atribuir ao socialismo de Cuba a prostituição, como seria abusivo atribuir a mesma coisa ao anterior ditador. Curioso como antes Cuba era o Casino-bordel dos Americanos a viver na zona de Miami, a uma meia hora de avião. «Chics for free», era o lema. Putas por dez cêntimos. Eu vi no tempo do Baptista miúdos a mergulharem na água por moedinhas de um cêntimo que os turistas lhes atiravam e, quanto a putas, ali mais acima há as de Macau e, dos tempos de hoje, há as de Londres, de Paris, de Lisboa, desde o Ritz até às do tipo «Intendente» e, neste particular, as coisas continuam e hão-de continuar, independentemente das opções e correntes políticas. Por isso acho abusiva a colagem da prostituição em Cuba ao regime actual, do mesmo modo que acho indecente o aliviar e até promoção turística em torno do mesmo tema levados a cabo aquando do regime do Fulgêncio Baptista. Prostituição é Prostituição e ponto."
E o OrCa também: "Nada de novo no que respeita à prostituição. Uma manifestação mais da «globalização» que a importância do dinheiro sempre gerou. E, numa perspectiva eminentemente masculina, circunscrevendo-me à transcendência da queca, estou em crer que uma fabulosa queca proporcionada por uma profissional grandemente competente ainda assim ficará a anos-luz de uma outra queca dada... apenas porque sim, porque está muito a apetecer a ambas as partes envolvidas. Se calhar estou enganado, ou tive sorte na vida...
Tirando isso, as pobres cubanas, as pobres tailandesas ou as pobres portuguesas que têm de se prostituir não me parece que sejam distinguíveis entre si. E a miséria humana que está por trás de cada uma destas mulheres, confesso que sempre me tirou todo o entusiasmo. E eu que gosto tanto de mulheres...!
Enfim, com o comentário anterior longe de mim dar uma de moralizador. Mas o facto é que, mal o dinheiro interfere na acção, lá se me vai a ponta. Enfim, cada um é como é. E espera-se que cada um seja feliz, coisa que não me parece transparecer no olhar de cada uma das personagens do documentário."

As Caldas Russas



via Watermeloncolya

Há momentos em que ser cavalheiro é uma estupidez



 «Chuva de verão»
arte de Corrado Ficarelli