Ouçam aqui o nosso amigo Luís Gaspar a ler o poema «modo de amar» de Maria Teresa Horta.
Modo de amar – I
Lambe-me os seios
desmancha-me a loucura
usa-me as coxas
devasta-me o umbigo
abre-me as pernas põe-nas
nos teus ombros
e lentamente faz o que te digo:
Modo de amar – II
Por-me-ás de borco,
assim inclinada …
a nuca a descoberto,
o corpo em movimento …
a testa a tocar
a almofada,
que os cabelos afloram,
tempo a tempo …
Por-me-ás de borco; Digo:
ajoelhada …
as pernas longas
firmadas no lençol ..
e não há nada, meu amor,
já nada, que não façamos
como quem consome …
(Por-me-ás de borco,
assim inclinada …
os meus seios pendentes
nas tuas mãos fechadas.)
Modo de amar III
É bom nadar assim
em cima do teu corpo
enquanto tu mergulhas
já dentro do meu
Ambos piscinas que a nado
atravessamos
de costas tu meu amor de bruços eu
Modo de amar – IV
Encostada de costas
ao teu peito
em leque as pernas
abertas
o ventre inclinado
ambos de pé
formando lentos gestos
as sombras brandas
tombadas
no soalho
Modo de amar – V
Docemente amor
ainda docemente
o tacto é pouco
e curvo sob os lábios
e se um anel no corpo é saliente
digamos que é da pedra em que se rasga
Opala enorme e morna
tão fremente
dália suposta
sob o calor da carne
lábios cedidos
de pétalas dormentes
Louca ametista
com odores de tarde
Avidamente amor
com desespero e calma
as mãos subindo
pela cintura dada
aos dedos puros numa aridez de praia
que a curvam loucos até ao chão da sala
Ferozmente amor com torpidez e raiva
as ancas descendo como cabras tão estreitas e duras
que desarmam
a tepidez das minhas que se abrem
E logo os ombros descaem
e os cabelos
desfalecem as coxas que retomam das tuas
o pecado
e o vencê-lo
em cada movimento em que se domam
Suavemente agora velozmente
os rins suspensos os pulsos
e as espáduas
o ventre erecto enquanto vai crescendo
planta viva entre as minhas nádegas
Modo de amar – VI
Inclina os ombros e deixa
que as minhas mãos avancem na branda madeira
Na densa madeixa do teu ventre
Deixa
que te entreabra as pernas docemente
(... e, tal como os modos de amar VII a XV, podem todos ser ouvidos no Estúdio Raposa)
27 fevereiro 2012
26 fevereiro 2012
Semana especial LGBT no Porta Curtas - «Doce e Salgado»
Ficção de Chico Lacerda - 2007 - 8 min
Dois adolescentes, amigos de colégio, descobrem o desejo.
Muitas vezes a amizade desperta desejos. A descoberta que revela é a mesma que confunde.
Link directo para o filme aqui.
Dois adolescentes, amigos de colégio, descobrem o desejo.
Muitas vezes a amizade desperta desejos. A descoberta que revela é a mesma que confunde.
Link directo para o filme aqui.
Já tenho o dever cumprido!
Aquilo era escuro e cheirava à mesma terra do chão que impregnava as nossas tendas. Ela estava deitada sobre uma esteira tecida e soergueu-se à minha entrada. Fixei-me naquelas mamas espetadas em forma de cone. Pedi que se levantasse e se virasse para lhe apreciar o traseiro que felizmente era em forma de pêra e dava rijos tecidos à palpação. Ficava-me à altura do peito mas já tinha pago e não me queria inquietar com a sua idade, aliás porque todos no pelotão diziam que em África as mulheres o eram mais cedo.
Abracei-a e ela manteve os braços ao longo do corpo o que me irritou e de pronto lhe ordenei que se deitasse o que ela cumpriu no segundo imediato jazendo de pernas abertas e mamas à apontar ao céu. Baixei as calças de camuflado e deitei-me sobre ela como na parada para encher e fui dando estocadas regulares até sentir que a pressão aliviava e a minha querida arma ficava oleada pelo rompimento. Então acelerei por ali fora e só parei quando a minha outra cabecita falou mais alto e me esvaí todo num ah fundo e vitorioso. Missão cumprida, foda-se!
O régulo vinha regularmente vender cabaças aos militares de patente ou aos que considerava terem os escudos necessários para gastar nessa relíquia, evitando cuidadosamente os bravos que abafavam a palhinha e eu só podia considerar uma honra ele ter-me escolhido.
Abracei-a e ela manteve os braços ao longo do corpo o que me irritou e de pronto lhe ordenei que se deitasse o que ela cumpriu no segundo imediato jazendo de pernas abertas e mamas à apontar ao céu. Baixei as calças de camuflado e deitei-me sobre ela como na parada para encher e fui dando estocadas regulares até sentir que a pressão aliviava e a minha querida arma ficava oleada pelo rompimento. Então acelerei por ali fora e só parei quando a minha outra cabecita falou mais alto e me esvaí todo num ah fundo e vitorioso. Missão cumprida, foda-se!
O régulo vinha regularmente vender cabaças aos militares de patente ou aos que considerava terem os escudos necessários para gastar nessa relíquia, evitando cuidadosamente os bravos que abafavam a palhinha e eu só podia considerar uma honra ele ter-me escolhido.
Turma de 84
Ricardo - Vida e obra de mim mesmo
(crica na imagem para abrir aumentada numa nova janela)
25 fevereiro 2012
Um sábado qualquer... - «Origens» (por Carlos Ruas)
Banda desenhada do brasileiro Carlos Ruas, que recomendo. Aqui, o Diabo aproveita uma ideia de Deus:
Um sábado qualquer...
Um sábado qualquer...
24 fevereiro 2012
Homens, tomem lá serviço púbico!
nina hartley teaching to eat pussy brought to you by Tube8
Merci beaucoup, mon ami
«Asneira da grossa» - Patife
Ontem estava à espera de falar com o meu editor quando a sua assistente trocou os pés pelas mãos com um telefonema e levou um belo raspanete. Entusiasmei-me com uma prontidão inigualável com a possibilidade de a consolar. Tenho esta fraqueza. Quando vejo uma mulher emocionalmente frágil vou logo a correr para a animar e dar-lhe 30 centímetros de prazer. Levo isso como uma missão. Sou um benemérito humanitário, pensam vocês. E pensam bem. Assim que me achego dela com olhar complacente, ela solta um Agora é que fiz asneira da grossa. “Oh boneca, eu dou-te a asneira da grossa”, apeteceu-me dizer-lhe. Mas dado o delicado estado emocional da moça disse-o na mesma, mas com um tom suave. Ela sorriu sem ponta de desdém. Conhecia a minha fama e sabe que não digo coisa com coisa. Mas digo cona com cona, por isso compensa. Começámos a falar e a conversa dela dava pano para mangas, tal como a sua boquinha daria pano para o meu mangalho. Mas o raio do editor chamou-a e mandou-a aos arquivos. O que foi uma pena. Mais cinco minutos e estava no papo. De cona.
Patife
Blog «fode, fode, patife»
Patife
Blog «fode, fode, patife»
«conversa 1874» - bagaço amarelo
Ela - As pessoas infelizes costumam ser histéricas de vez em quando.
Eu - Costumam?
Ela - Costumam. A histeria é uma máscara de felicidade.
Eu - Não sei se é.
Ela - Estou a falar daquela histeria festiva, em que uma pessoa faz a festa, lança os foguetes e ainda vai apanhar as canas.
Eu - Ah! Talvez...
Ela - Não é talvez, é de certeza. Eu sei porque também sou assim.
Eu - Histérica?
Ela - Sim.
Eu - Mas és infeliz, tu?
Ela - Sim, sinto-me infeliz.
Eu - Tem piada, nunca me pareceste uma mulher infeliz. Muito pelo contrário.
Ela - Lá está, isso é porque sou histérica. Tu és lento das ideias, não és?
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Eu - Costumam?
Ela - Costumam. A histeria é uma máscara de felicidade.
Eu - Não sei se é.
Ela - Estou a falar daquela histeria festiva, em que uma pessoa faz a festa, lança os foguetes e ainda vai apanhar as canas.
Eu - Ah! Talvez...
Ela - Não é talvez, é de certeza. Eu sei porque também sou assim.
Eu - Histérica?
Ela - Sim.
Eu - Mas és infeliz, tu?
Ela - Sim, sinto-me infeliz.
Eu - Tem piada, nunca me pareceste uma mulher infeliz. Muito pelo contrário.
Ela - Lá está, isso é porque sou histérica. Tu és lento das ideias, não és?
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Subscrever:
Mensagens (Atom)