06 março 2012
Eva portuguesa - «Clientes»
Tenho tido vários tipos de clientes.
Uns educados, carinhosos, meigos, gentis, doces, preocupados; verdadeiros seres humanos.
Outros bonitos, corpos perfeitos, bom aspecto, "sarados", bem vestidos, bem falantes.
Alguns boas quecas, excelentes companheiros de alcova, que não precisam de se esforçar muito para me darem verdadeiramente prazer (e por vezes mais do que uma vez! ;) ).
Com sorte, há alturas em que um cliente junta várias destas características, pertencendo a duas ou mesmo três destas categorias.
Depois há os intolerantes, mal-educados, com a mania que são melhores, que fazem questão de me fazer sentir uma puta reles, quer com palavras, quer através de atitudes. É o típico cliente que, tendo uma vida lastimável e se sinta uma porcaria, gosta de vir descarregar isso em cima de nós, achando que somos bichos e estamos ali para fazer tudo o que querem, independentemente da forma que nos façam sentir. São estes que gostam de nos julgar, definindo aquilo que fazemos como "vida fácil", intitulando-nos de cabras mentirosas; cegos e surdos a qualquer tipo de sentimento humano... E são estes que adoram regatear preços, provavelmente achando que ainda devíamos ser nós a pagar-lhes!
E é com estes clientes (e apenas estes) que ponho em prática as técnicas de meditação que aprendi, para assim não lhes cuspir na cara e aguentar uma hora de puro sofrimento em que apenas penso nos 100€ que tanta falta me fazem...
Felizmente, diria que nem 1% dos homens que partilham a minha cama pertencem a esta estirpe em vias de extinção (espero eu)...
Aliás, acho que tenho tido muita sorte com os "meus homens", pois cada um à sua maneira tem-me feito sentir especial... Já por mais que uma vez tive a agradável surpresa de, ao abrir a porta, ver surgir uma rosa seguida de um sorriso... por vezes um lanche especial... uma caixa de bombons, recordando a doçura de quem a oferece... o meu perfume preferido, adivinhado, sentido, assimilado... aqueles sapatos da marca xpto que eu andava a namorar, que eram demasiado caros para as minhas posses (e adivinhando o meu número de pezinho de cinderela, como se de um príncipe encantado se tratasse)... uma ajuda extra numa altura de maior aflição minha, mostrando a bondade, humanidade e preocupação de quem o faz... até uma prendinha para o meu filhote, num gesto comovente de quem realmente me conhece e respeita como mãe...
Pequenos grandes gestos de verdadeiros homens, verdadeiros seres humanos, gentis, tolerantes, bondosos, sedutores, generosos, amigos, autênticos, únicos cada um à sua maneira...
Todos eles têm um lugar muito especial no meu coração, meu enquanto Eva e enquanto... e enquanto mãe...
Não é raro pensar neles com um sorriso; e tento sempre fazer com que cada um destes homens magníficos se sinta tão bem e tão especial como me faz sentir a mim... Com cada um individualmente, tento dar o meu melhor, ser aquilo que precisam e desejam e, sobretudo, fazer-lhes sentir que, mesmo que seja apenas por uma hora, nesse espaço de tempo eu me entrego numa dádiva genuína de quem sabe dar valor a quem merece e que sou apenas dele...
E isto não se compra, vende ou aluga, pois é a retribuição genuína e sentida da partilha da felicidade...
A eles agradeço tudo o que tenho, grande parte do que sou e o meu crescimento como ser humano, mulher e Escort...
Por e para eles espero continuar a melhorar...
Para eles dedico esta mensagem...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Uns educados, carinhosos, meigos, gentis, doces, preocupados; verdadeiros seres humanos.
Outros bonitos, corpos perfeitos, bom aspecto, "sarados", bem vestidos, bem falantes.
Alguns boas quecas, excelentes companheiros de alcova, que não precisam de se esforçar muito para me darem verdadeiramente prazer (e por vezes mais do que uma vez! ;) ).
Com sorte, há alturas em que um cliente junta várias destas características, pertencendo a duas ou mesmo três destas categorias.
Depois há os intolerantes, mal-educados, com a mania que são melhores, que fazem questão de me fazer sentir uma puta reles, quer com palavras, quer através de atitudes. É o típico cliente que, tendo uma vida lastimável e se sinta uma porcaria, gosta de vir descarregar isso em cima de nós, achando que somos bichos e estamos ali para fazer tudo o que querem, independentemente da forma que nos façam sentir. São estes que gostam de nos julgar, definindo aquilo que fazemos como "vida fácil", intitulando-nos de cabras mentirosas; cegos e surdos a qualquer tipo de sentimento humano... E são estes que adoram regatear preços, provavelmente achando que ainda devíamos ser nós a pagar-lhes!
E é com estes clientes (e apenas estes) que ponho em prática as técnicas de meditação que aprendi, para assim não lhes cuspir na cara e aguentar uma hora de puro sofrimento em que apenas penso nos 100€ que tanta falta me fazem...
Felizmente, diria que nem 1% dos homens que partilham a minha cama pertencem a esta estirpe em vias de extinção (espero eu)...
Aliás, acho que tenho tido muita sorte com os "meus homens", pois cada um à sua maneira tem-me feito sentir especial... Já por mais que uma vez tive a agradável surpresa de, ao abrir a porta, ver surgir uma rosa seguida de um sorriso... por vezes um lanche especial... uma caixa de bombons, recordando a doçura de quem a oferece... o meu perfume preferido, adivinhado, sentido, assimilado... aqueles sapatos da marca xpto que eu andava a namorar, que eram demasiado caros para as minhas posses (e adivinhando o meu número de pezinho de cinderela, como se de um príncipe encantado se tratasse)... uma ajuda extra numa altura de maior aflição minha, mostrando a bondade, humanidade e preocupação de quem o faz... até uma prendinha para o meu filhote, num gesto comovente de quem realmente me conhece e respeita como mãe...
Pequenos grandes gestos de verdadeiros homens, verdadeiros seres humanos, gentis, tolerantes, bondosos, sedutores, generosos, amigos, autênticos, únicos cada um à sua maneira...
Todos eles têm um lugar muito especial no meu coração, meu enquanto Eva e enquanto... e enquanto mãe...
Não é raro pensar neles com um sorriso; e tento sempre fazer com que cada um destes homens magníficos se sinta tão bem e tão especial como me faz sentir a mim... Com cada um individualmente, tento dar o meu melhor, ser aquilo que precisam e desejam e, sobretudo, fazer-lhes sentir que, mesmo que seja apenas por uma hora, nesse espaço de tempo eu me entrego numa dádiva genuína de quem sabe dar valor a quem merece e que sou apenas dele...
E isto não se compra, vende ou aluga, pois é a retribuição genuína e sentida da partilha da felicidade...
A eles agradeço tudo o que tenho, grande parte do que sou e o meu crescimento como ser humano, mulher e Escort...
Por e para eles espero continuar a melhorar...
Para eles dedico esta mensagem...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
32 cartas «Chansons à Boire»
Embora tenha o aspecto de um jogo de cartas, trata-se de uma caixa com 32 "cartas" que têm as letras de «canções para beber» (canções que os Franceses gostam de cantar quando vão para - e estão com - os copos) de um lado e uma ilustração deliciosa do outro lado.
05 março 2012
«conversa 1876» - bagaço amarelo
Ela - Estou um bocado deprimida com o último gajo com quem fui para a cama.
Eu (risos) - Porquê?
Ela - No fim disse-lhe que tinha sido bom. Enfim, que eu tinha gostado.
Eu - Ainda bem, então.
Ela - Mas ele respondeu-me que sim, que até tinha sido mais ou menos.
Eu - Mais ou menos?! Ena!
Ela - Pois. Expulsei-o logo da cama e de casa.
Eu - Também não era preciso tanto.
Ela - Era, era. Será possível que um homem não tenha um mínimo de sensibilidade?!
Eu - Nem sei que te diga...
Ela - Agora queria era pedir-te uma coisa.
Eu - O quê?
Ela - Que lhe devolvesses as cuecas. É que eu não o quero ver mais.
Eu - Queres que eu vá devolver umas cuecas a um gajo que eu não conheço de lado nenhum?! Claro que não.
Ela - É que senão ele vai lá casa buscá-las e não me apetece vê-lo durante uns tempos.
Eu - Ele que esqueça as cuecas.
Ela - Mandou-me uma mensagem, porque eu não lhe atendo o telefone, a dizer que tem medo que a mulher dele dê pela falta delas.
Eu - A mulher dele?! Ele é casado?!
Ela - Pelos vistos. Eu também não sabia.
Eu - Eu não lhe dou cuecas nenhumas, desculpa lá. E se eu fosse a ti também não dava. Com essa do "mais ou menos", o melhor que podes fazer é pôr as cuecas no lixo e deixar que a mulher dele descubra e se chateie.
Ela - Bem visto. Sabes que às vezes pensas mais como uma mulher do que eu própria?
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Eu (risos) - Porquê?
Ela - No fim disse-lhe que tinha sido bom. Enfim, que eu tinha gostado.
Eu - Ainda bem, então.
Ela - Mas ele respondeu-me que sim, que até tinha sido mais ou menos.
Eu - Mais ou menos?! Ena!
Ela - Pois. Expulsei-o logo da cama e de casa.
Eu - Também não era preciso tanto.
Ela - Era, era. Será possível que um homem não tenha um mínimo de sensibilidade?!
Eu - Nem sei que te diga...
Ela - Agora queria era pedir-te uma coisa.
Eu - O quê?
Ela - Que lhe devolvesses as cuecas. É que eu não o quero ver mais.
Eu - Queres que eu vá devolver umas cuecas a um gajo que eu não conheço de lado nenhum?! Claro que não.
Ela - É que senão ele vai lá casa buscá-las e não me apetece vê-lo durante uns tempos.
Eu - Ele que esqueça as cuecas.
Ela - Mandou-me uma mensagem, porque eu não lhe atendo o telefone, a dizer que tem medo que a mulher dele dê pela falta delas.
Eu - A mulher dele?! Ele é casado?!
Ela - Pelos vistos. Eu também não sabia.
Eu - Eu não lhe dou cuecas nenhumas, desculpa lá. E se eu fosse a ti também não dava. Com essa do "mais ou menos", o melhor que podes fazer é pôr as cuecas no lixo e deixar que a mulher dele descubra e se chateie.
Ela - Bem visto. Sabes que às vezes pensas mais como uma mulher do que eu própria?
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Mais alguns poemas eróticos lidos pelo Luís Gaspar
Para nossa satisfação, o Luís Gaspar continua a publicar leituras suas de poemas de vários autores, no seu (e nosso) Estúdio Raposa.
Aqui estão alguns exemplos:
Encandescente – Uma Cantiga de Seguir: “Em redor da vulva”
Bíblia – “Cântico dos Cânticos – 4º”
David Mourão-Ferreira – “Sobre mim cavalgas…”
David Mourão-Ferreira – “Nádegas”
Aqui estão alguns exemplos:
Encandescente – Uma Cantiga de Seguir: “Em redor da vulva”
Bíblia – “Cântico dos Cânticos – 4º”
David Mourão-Ferreira – “Sobre mim cavalgas…”
David Mourão-Ferreira – “Nádegas”
04 março 2012
Semana especial LGBT no Porta Curtas - «Fabricação Própria - A Desordem do Desejo»
Documentário de Carol Thomé - 2007 - 13 min
Um documentário de carne, osso e desejo.
Refém do próprio corpo, Guta Silveira conta como driblou a natureza. Ou seria o destino? Um retrato da primeira transexual operada legalmente no Brasil. A carne é um peso difícil de carregar.
Link directo para o filme aqui.
Um documentário de carne, osso e desejo.
Refém do próprio corpo, Guta Silveira conta como driblou a natureza. Ou seria o destino? Um retrato da primeira transexual operada legalmente no Brasil. A carne é um peso difícil de carregar.
Link directo para o filme aqui.
Um par de orelhas
Àquela hora da manhã não sei que raio de impulso de nossa senhora dos aflitos me deu para largar a bica e me levantar a interpor-me entre o murro certeiro do grandalhão e a cara dele. Talvez a quase certeza de que os homens não batem a uma mulher a não ser no recato doméstico sem audiências mas adiante.
Ele agradeceu-me polidamente com um novo café e fiz das tripas coração para não lhe berrar que a mim gajo nenhum paga coisa alguma. E ele lá foi abrindo as suas asas de deputado desterrado para a capital e circundado de gente por todos os lados, com propostas de acção, de negócio e de troca de favores a abarrotar-lhe os dias. Nem lhe faltava sexo mesmo que depois lhe pedissem um emprego melhor para si ou alguém da família ou um jeitinho para despachar uma licença na câmara daquele gajo que ele até conhecia. Tanto mais que choviam gajas a colarem-se com o corpinho todo pelo prazer de depois passearem o seu estatuto pelo braço. Às vezes até gastava umas notas valentes com meninas de preço tabelado só para escolher à sua maneira o que pagava.
Recolhi os instintos de o despir e de lhe apaziguar as mágoas com muita transpiração numa confusão de sexos na boca e mãos cravadas em nádegas e até da magia de fazer crescer uma pila dentro de mim em toques sincronizados e espasmódicos de vagina porque ele não precisava de uma foda mas de um par de orelhas amorosas que lhe espantasse a solidão dos dias.
Ele agradeceu-me polidamente com um novo café e fiz das tripas coração para não lhe berrar que a mim gajo nenhum paga coisa alguma. E ele lá foi abrindo as suas asas de deputado desterrado para a capital e circundado de gente por todos os lados, com propostas de acção, de negócio e de troca de favores a abarrotar-lhe os dias. Nem lhe faltava sexo mesmo que depois lhe pedissem um emprego melhor para si ou alguém da família ou um jeitinho para despachar uma licença na câmara daquele gajo que ele até conhecia. Tanto mais que choviam gajas a colarem-se com o corpinho todo pelo prazer de depois passearem o seu estatuto pelo braço. Às vezes até gastava umas notas valentes com meninas de preço tabelado só para escolher à sua maneira o que pagava.
Recolhi os instintos de o despir e de lhe apaziguar as mágoas com muita transpiração numa confusão de sexos na boca e mãos cravadas em nádegas e até da magia de fazer crescer uma pila dentro de mim em toques sincronizados e espasmódicos de vagina porque ele não precisava de uma foda mas de um par de orelhas amorosas que lhe espantasse a solidão dos dias.
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