30 março 2012

A flor que mudou de sexo de um dia para o outro

"Desabrochou!"
Romicas


«BILFa-mos!» - Patife

Este ano vou mesmo puxar a brasa à minha sardinha até porque o ano passado estive sempre a puxar as brasas ao meu sardão. Já o ano passado aqui confessei que tenho um sonho. O Patife nasceu para pinar, por isso tem o sonho húmido de conquistar o BILF Award (Blogger I´d Love to Fuck) promovido pela excelsa Ursa Polar no, não menos excelso, blogue Quadripolaridades. Para mim, as mulheres são como as cerejas: vêm-se umas atrás das outras. Mas um prémio destes é coisa única para ostentar com orgulho e em lugar de destaque de qualquer currículo. Até porque, como já confidenciei, tenho o desejo secreto de ser tratado na intimidade por meu bilfinho pequenino, meu quiduxo bilfuxo ou, num momento de loucura, meu bilfalheco ordinareco. Por isso é com o Pacheco a trepidar de emoção que vos informo que este ano o Patife está nomeado para os BILF Awards. A votação decorre aqui. Quem não votar no Patife para o Blogger que vocês amariam afiambrar tem a peida descaída e as mamas flácidas.

Patife
Blog «fode, fode, patife»

«conversa 1883» - bagaço amarelo

Ela - O que é uma mulher boa na cama, na tua opinião?
Eu - É uma mulher que quando dorme não se enrola nos lençóis de tal maneira que eu fico ao frio. São difíceis de encontrar, mulheres boas destas...
Ela - Que coincidência, o meu marido queixa-se que eu faço isso. Será que sou má na cama?
Eu - Deves ser péssima.
Ela - Nunca ajudas nada.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Condicionamento social





Via Numaniste

29 março 2012

Agent Provocateur - «O Iniciado»

Traição

Sem saber mais o que pensar, Ana encolheu-se na cama e tapou-se completamente, decidida a desaparecer para sempre. Esgotada e vazia, foi surpreendida pelo peso reconfortante dos pesados cobertores e suspirou sem querer, sentido-se subitamente repousada e em paz: um dia, um dia qualquer, se lhe arrombassem a porta de casa e entrassem à sua procura, só encontrariam um corpo morto, mirrado e seco encolhido dentro da sua cama. Quando esse dia chegasse, um dia qualquer, já não a encontrariam dentro daquele corpo traído.

Caça à raposa

O rapper homofóbico



Para quem não está a par, pode ler a notícia aqui.

HenriCartoon

A graça volta a atacar

Crica para veres toda a história
A marca do vampiro engraçadinho


3 páginas (cricar em "next page")

oglaf.com

Totalmente beautiful

Quem nunca?




Me fez lembrar aquela música:
Por exemplo, os cachorro,
Que come a própria mãe,
Sua irmã e suas tias.


Capinaremos.com

28 março 2012

A Minha Primeira Vez


Sempre soube que seria apenas uma questão de tempo. Já tinha estado algumas vezes com casais, mas a oportunidade de estar a sós com uma mulher nunca se tinha verdadeiramente apresentado. Ou se calhar até já tinha, mas eu retraí-me – não havia atracção suficiente, ou predisposição, ou fosse o que fosse.
Naquela noite as coisas passaram-se de uma forma bem diferente. Eu estava com amigos, quando ela entrou pelo restaurante, puxou de uma cadeira e pôs-se a conversar com uma das minhas amigas. Não consegui tirar os olhos dela; a sua presença era impossível de ignorar – deve ter perto de 1,80m de altura, com uma pele luzidia, da cor dos grãos de café torrados. Apesar daquela altura, consegue ser feminina e tudo nela respira sensualidade: os olhos de felino, os lábios cheios e bem desenhados, as maçãs do rosto esculpidas, a testa alta com sobrancelhas definidas, o cabelo espesso e ondulado, a cair-lhe nos ombros. Pareceu-me exalar um aroma quente de madeiras exóticas. Eu estava hipnotizada.
Quando ela se levantou para se ir embora, eu não resisti e comentei em voz alta, em tom de brincadeira “Eu não gosto de mulheres, mas se gostasse, ia atrás dela!”. Eu sei; Um piropo foleiro, mas ela olhou-me por cima do ombro, sorriu um sorriso largo, revelando uns dentes magníficos e, pegando na cadeira onde estava sentada, levou-a para outra mesa com um outro grupo de pessoas, e sentou-se nela, virada para mim. Passámos as duas horas seguintes a avaliarmo-nos mutuamente.
Senti-me responsável por ter atirado os dados daquela forma. Às vezes meto-me em situações e depois não sei como sair delas, mas naquela noite, a trocar olhares e sorrisos cúmplices com aquela mulher, eu não queria sair daquela situação. Queria enterrar-me mais. O grupo com que eu estava a jantar deixou de existir, enquanto eu me imaginava a acariciar aquele corpo com seios generosos, a beijar aqueles lábios carnudos, imaginava aquele cheiro a sândalo a impregnar-se na minha pele, o meu suor a misturar-se com o dela.
Quando algumas horas mais tarde nos encontrámos a sós, no meu apartamento, tudo se passou de uma forma mais intensa do que eu tinha imaginado. Sentia-me uma menina, inexperiente, insegura, complexada…é verdade que nós, mulheres, gostamos de nos comparar com outras. O que iria ela achar do meu corpo? Será que ia gostar dos meus seios, do meu rabo, do meu cheiro?
Começou por despir-me devagar enquanto estávamos de pé no hall de entrada com as luzes acesas. Tirou-me os brincos e beijou-me as orelhas. Depois tirou-me o colar e beijou-me o pescoço, muitas vezes, sempre devagar, uns beijos quentes e generosos com um pouco de roçar de dentes. “Cheiras bem”, disse-me. Eu estava de pé, imóvel, sentia a cabeça a andar à roda, os ouvidos ainda a zumbir da música ensurdecedora do clube onde tínhamos estado. Ela parecia estar perfeitamente calma, controlada. Sabia exactamente o que estava a fazer. Beijou-me o colo até o fim do decote, sempre a inspirar profundamente para me cheirar. Encontrou o fecho lateral do vestido e levantou o meu braço para poder abri-lo mas deteve-se primeiro a beijar-me o sovaco, a parte interior do braço, tirou-me uma pulseira e beijou-me o pulso e os dedos das mãos, chupando neles levemente. Virou então a atenção para o fecho do meu vestido e abriu-o devagar, beijando a pele que ia expondo. Depois baixou-se à minha frente e pôs as mãos debaixo do meu vestido. Tirou-me as meias presas às coxas, uma de cada vez, com muito cuidado e quando a pele ficou nua e exposta, beijou-me as pernas, dedicando mais tempo à parte de trás dos joelhos. Eu sentia já o meu mel a escorrer de dentro de mim. Ambas tremíamos levemente de antecipação. Assim, agachada aos meus pés, olhou para mim e sorriu aquele sorriso magnífico e disse-me “Agora tens de me ajudar”. Foi como se me despertasse de um transe, e descalcei então os meus sapatos, as meias e tudo o resto. Despi-me completamente à sua frente enquanto ela me observava; deixei de ter medo do que ela pudesse pensar dos meus seios ou do meu rabo. Depois peguei-lhe pela mão e levei-a até ao meu quarto, onde a despi devagar, enquanto a ia beijando, tendo o cuidado de lhe prestar tanta atenção quanto ela me tinha prestado a mim. Não sabia onde estava nem para onde ia mas sabia que não havia forma de voltar atrás.
Nunca tinha feito amor daquela forma. A sua pele era firme e macia ao mesmo tempo, sem quaisquer pêlos; o corpo musculado mas extremamente feminino, com uns seios redondos de mamilos duros a apontar para cima. O sexo dela, muito diferente do meu, tinha mais carne e abria-se para mim como uma anémona e libertava um aroma a especiarias e mar, um misto de doce e salgado que me baralhava os sentidos.
O que foi feito, dito e sentido naquela noite, ficará para sempre gravado na minha memória. É demasiado íntimo e especial para o descrever em pormenor. Fizemos amor incessantemente até o sol estar já bem alto no dia seguinte. Finalmente adormecemos entrelaçadas uma na outra e eu sonhei. Sonhei com paisagens de desertos com intermináveis dunas ondulantes que se transformavam em corpos ofegantes de prazer; sonhei com praias cujas ondas rebentavam e desapareciam numa enorme fenda que parecia um sexo de mulher; sonhei com florestas de árvores de troncos escuros e polidos, como o corpo desta mulher. Quando acordei, ela já se tinha ido embora e deixara-me um recado escrito num guardanapo que dizia numa caligrafia solta: “Vou a pensar em ti”, e um número de telefone.