Fui confrontada por uma pergunta de um cliente especial, que me deixou momentaneamente sem resposta (e olhem que não é fácil!).
Mas antes, deixem-me criar o contexto e pôr-vos a par da minha reflexão.
Como já disse várias vezes, tenho tido a sorte de 99,9% dos meus clientes serem pessoas agradáveis, educadas e gentis. Destes, alguns ainda se destacam mais pela positiva, como também já referi, quer pela preocupação e generosidade que demonstram, quer pela sua presença mais regular e assídua.
Existem ainda aqueles clientes que, sem explicação aparente,conseguem cativar-me de imediato e criam uma enorme afinidade entre nós, muitas vezes ultrapassando a relação cliente/Acompanhante.
Não são necessariamente homens bonitos ou jovens (mas também podem ser); mas são homens que me fazem esquecer que estou com eles por dinheiro... Englobo nesta categoria os clientes da Eva que se tornaram amigos da..., estando presentes na vida de ambas (que no fundo são uma só), seja através de um carinho, uma palavra reconfortante, um voto de confiança, uma ajuda numa altura mais difícil, uma disponibilidade e generosidade constantes.
De entre estes destaco o tal cliente que, estando nós numa das nossas tardes de amor (este cliente nunca fica menos de 4h comigo de cada vez) e num intervalo e descanso bem merecidos do "combate" (eu já me tinha vindo umas 2 ou 3 vezes!), ele me pergunta, entre beijos, o que era ele para mim...
À partida parece uma pergunta fácil, mas não é bem assim...
Esse homem é um ser humano maravilhoso, educado, culto, inteligente, com sentido de humor, uma grande experiência de vida e de como agradar às mulheres...
É também um amigo, que já me ajudou várias vezes, quer através de conselhos, preocupação e interesse genuínos, como também economicamente.
Assim, é mais do que um cliente. Não é apenas um amigo mas também não existe um laço emocional mais forte entre nós que ultrapasse a amizade...
Respondi-lhe isto mesmo.
É um cliente e um amigo.
Poderia ser só um cliente? Não! Há muito que ultrapassámos essa barreira.
Poderia ser só um amigo? Não, porque priva comigo de forma íntima e recompensa-me por isso.
Poderia ser um amigo colorido? Não, porque então não deixaria uma lembrança de cada vez que "namoramos".
E de facto, não sendo um namorado, acabamos por namorar quando estamos juntos (temos tempo e à vontade para isso). Exponho-lhe as minhas dúvidas e problemas, aconselho-me com ele, ele conta-me episódios da vida dele, rimos juntos, partilhamos partes das nossas vidas um com o outro...
É uma pessoa que me transmite tranquilidade, cuja sabedoria e discernimento me ajudam nos meus dilemas, divertida e que me sabe dar prazer.
Por tudo isto e muito mais, é o meu cliente mais que cliente; e o meu amigo mas não só amigo...
Enfim, é o meu cliente/amigo muito, mas mesmo muito especial!...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
10 abril 2012
09 abril 2012
«o segredo da rua» - bagaço amarelo
É verdade que o Amor começa sempre por ser um segredo só daquele que Ama. Pelo menos, quando me apaixonei por ela, só eu é que o sabia. Mais ninguém. Às vezes até me convenço que chegou mesmo a ser um segredo de ninguém, porque me apaixonei antes de eu próprio o ter percebido. Foi nessa altura que lhe comecei a chamar o segredo da rua. A ela. Mais ninguém.
Era uma rua qualquer de Aveiro onde eu a esperava todos os fins de tarde, só para a ver passar por um momento, e onde os sorrisos sedutores que eu ensaiara durante o dia inteiro me asfixiavam nesse preciso momento. Era um segredo só meu, esse Amor e essa asfixia contínua do tempo.
E a minha mãe a perguntar-me se eu estava doente e eu a responder que não, o meu amigo Paulo a perguntar-me se eu estava bem e eu a responder que sim, a minha amiga Luísa a perguntar-me se eu estava apaixonado e eu a abanar os ombros. Assim, todos os dias a mentir-me a mim mesmo através dos outros para não tocar na verdade que era um segredo só meu.
Passaram-se mais de vinte anos desde esse tempo até a poder ver de novo, por uma mera coincidência, num café do Porto, num encontro combinado às cegas através do email com uma leitora deste blogue (os que aqui costumam vir já conhecem a história). Lembro-me de a ter reconhecido com o mesmo sabor do vinho de hoje e de, por um momento, tudo isso ter sido um segredo cósmico só meu.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
08 abril 2012
Cena do filme brasileiro «De Pernas Pro Ar»
Alice, depois de sair do seu anterior emprego, passa a trabalhar numa SexShop com Marcela e muitas mudanças na sua vida começam a acontecer. Nesta cena, Alice vai assistir a um jogo de futebol do seu filho...
A pita
Ele chamava-me e eu ia logo ter com ele, trôpega e a abanar-me toda. Eu era a sua pitinha intensamente motivada para lhe ir comer à mão. Fosse qual fosse o dia ou a hora que ele aparecesse lá ia eu estender o pescoço às suas carícias de dedos e sentia-me recompensada por ele apreciar a fofura da minha pele e por entre tantas possíveis candidatas me ter escolhido a mim.
Nada como as suas mãos a avaliar-me os contornos do pescoço e as curvas do lombo com a mestria de gestos que tinha acumulado ao longo dos anos. E era uma autêntica ascensão aos céus quando com ambas as mãos me erguia à sua frente, olhos nos olhos, a fazer subir o desejo de que fosse mais qualquer coisinha na coisinha.
Um dia levou-me ao colo para outro lugar mais aconchegado, bucólico até com a palha acamada no chão e desapertou lentamente o cinto das calças como se fosse a contagem decrescente para o lançamento de um foguetão e depois, de sopetão, puxou-me contra si, virou-me de costas para ele e entrou por mim a dentro com o estretor de um tremor de terra que me abanasse todas as entranhas que até desfaleci logo ali. E hoje que descanso no paraíso dos aviários a fazer meia com a pomba do espírito santo ainda não lhe perdoei ter-me depenado toda antes de me deitar numa cama de cebolas e tinto do mais rasca no meio do seu forno de lenha para depois se deliciar a comer-me à dentada.
Nada como as suas mãos a avaliar-me os contornos do pescoço e as curvas do lombo com a mestria de gestos que tinha acumulado ao longo dos anos. E era uma autêntica ascensão aos céus quando com ambas as mãos me erguia à sua frente, olhos nos olhos, a fazer subir o desejo de que fosse mais qualquer coisinha na coisinha.
Um dia levou-me ao colo para outro lugar mais aconchegado, bucólico até com a palha acamada no chão e desapertou lentamente o cinto das calças como se fosse a contagem decrescente para o lançamento de um foguetão e depois, de sopetão, puxou-me contra si, virou-me de costas para ele e entrou por mim a dentro com o estretor de um tremor de terra que me abanasse todas as entranhas que até desfaleci logo ali. E hoje que descanso no paraíso dos aviários a fazer meia com a pomba do espírito santo ainda não lhe perdoei ter-me depenado toda antes de me deitar numa cama de cebolas e tinto do mais rasca no meio do seu forno de lenha para depois se deliciar a comer-me à dentada.
[Foto © Bernardo Coelho, 2008, Queria uma sandes de presunto por favor]
Doutor Ivan
Ricardo - Vida e obra de mim mesmo
(crica na imagem para abrir aumentada numa nova janela)
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